DGM é da tia Hoshino e a música usada é Noah's Ark dos Young Heretics. Essa fic contém spoilers, então leia por sua conta e risco.
(Eu senti a sua falta, fandom.)
Noah's Ark can't save us all
Binary against the squall
And in it's wake
Good men will fall
And finally we can move on
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Não foi ao colocar, mais uma vez, os pés dentro daquela máquina estranha (e tão, tão familiar, em qualquer sentido possível) que Allen parou para refletir nas consequências do assim chamado "ato de traição" que estava prestes a cometer.
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We have so much to answer for
We asked for help to start this war
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Tampouco foi no instante imediatamente posterior, enquanto segurava nos braços uma velha amiga e companheira de guerra, assegurando-lhe de que tudo iria acabar bem, mais cedo ou mais tarde. Dando-lhe como presente de despedida por tempo indefinido suas últimas palavras à Ordem por ora, sendo ele aquele que aguentaria ser chamado de absolutamente tudo (maldito, exorcista, Destruidor do Tempo, general, aprendiz idiota, moyashi, pirralho, Noah, pierrô, Décimo Quarto, Neah, aberração, monstro, filho, ameaça), menos de traidor por aqueles de quem mais gostava.
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Can we forgive
The things we've done
Take our things
And move along
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Afinal, nomes podiam ser mudados e apelidos quase sempre se perdiam em meio às areias infinitas do tempo. Ainda assim, sua essência não poderia ser alterada, contanto que ele realmente pudesse reconhecê-la como sua. Foi por esse exato motivo que decidiu assumir a responsabilidade por seus atos mais uma vez e fazer o que fosse preciso para que tivesse certeza de que aquela voz dentro de sua cabeça que definia seus objetivos e lhe repetia "Continue andando, siga sempre em frente" era mesmo a sua. Para que tivesse certeza de que sim, ainda era o mesmo, o que quer que aquilo significasse. Não tinha nenhuma dessas duas.
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Safe and sound
Can we abstain
From looking to that ark again
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Podiam até cogitar, Allen pensou, que ele houvesse decidido ir embora desde o primeiro momento em que começou a ser visto com olhos de suspeita ao invés de amizade dentro daquela organização de intenções ambíguas que chamava de lar. Ledo engano.
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And at our end
We find ourselves
No closer to heaven
No closer to hell
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A verdade, por mais dolorida que fosse a todos que zelavam pela alma daquele (pobre, coitado, maldito) rapaz – e a ele mesmo – era que aquela decisão sempre estivera tomada dentro de seu coração, apenas aguardando o momento certo e oportuno para mostrar-se a ele e ser posta em prática. Sua vida, até então, fora baseada em erros e acertos, não? Um a mais não poderia fazer tanta diferença assim, e Allen tinha toda a certeza de que estava certo sobre aquilo.
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Can we forgive
The things we've done
Take our things
And move along
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Foi com tal sensação de paz e segurança dentro de si que deu aquele passo decisivo em direção ao destino (e a si mesmo). Não pôde evitar, também, lembrar-se de quando a convivência na Ordem fora um pouco menos violenta e cheia de intrigas. Ele sentia falta daquilo. Falta de sorrir. (E de ver os outros sorrirem também).
Ele iria voltar.
E quando voltasse, faria de tudo para que todos aqueles que tanto amava pudessem sorrir e viver em paz novamente, ainda que o custo fosse sua vida. Naquele momento, era a única coisa de que Allen tinha certeza, e nem era uma certeza tão forte assim.
No entanto, para ele, era mais do que o suficiente.
[N/A] Bem, eu adoro essa música. Sabia que cedo ou tarde ia acabar fazendo algo relativo a DGM com ela, por razões óbvias, e... aqui está.
É, eu senti falta de escrever fics, e nem garanto que vou postar frequentemente como costumava fazer, mas... não custa tentar.
Reviews fazem a autora uma pessoa mais feliz. (:
