O nosso valor

Prólogo:

Tudo começou com isso. Uma guerra. Uma guerra já esquecida por quase todos. Nessa época, antes mesmo que as grandes nações shinobis pudessem existir, houve um conflito entre homens e youkais. Seres sobre-naturais com poderes incríveis devastavam vilarejos, destruíam exércitos sem o menor esforço. Só que eles não esperavam que a força de um simples seres humanos podia ser tão grande que nem a sua vontade. Vendo que não tinha como aniquilar seres tão poderosos, os seres humanos mais fortes, juntos, baniram e aprisionaram os youkais dentro de uma de uma prisão infinita, onde não há escapatória e os condenam a vagar por esse tormento sem fim pelo resto de suas vidas não-mortais. Ainda teve alguns demônios que escaparam desse aprisionamento, que são conhecidos como os demônios de caudas, mas os humanos aprenderam a lidar com eles. Essa historia virou lenda, de lenda virou mito, de mito virou uma memória, e depois de memória virou nada. Um evento que determinou o destino de toda humanidade foi esquecido por quase todo mundo. Mas eu disse quase todo mundo

-Não acredito que finalmente encontramos esse lugar.-pronunciou um homem com tom de alegria na voz.-Então as historias são verdadeiras.

Começou gargalhar feito uma criança, que acabara de encontrar uma moeda, rindo como se mais nada importasse. Encontrava-se dentro de uma sala principal de um templo, que parecia estar abandonado há muito tempo, sem alguém o visitar nos últimos duzentos anos. Suas paredes estavam apodrecidas pelo tempo e o chão coberto por uma camada de poeira. Mas o esquisito era que não tinha nem vida animal dentro desse lugar. Nada de raposas, nada de cobras, nem mesmo aranhas podia se encontrar nesse lugar, porque normalmente um lugar desse estaria infestado por animais selvagens e insetos, tentando achar algum lugar para fazer moradia. Mas não tinha nada. Algo realmente estranho. Mas não para os nossos visitantes.

-Tem certeza que foi uma boa idéia trazer esse ser aqui, Hanzo-sama?-não era preocupação na voz da mulher, mas sim de provocação.

-Você acha mesmo que eu o convidaria para este lugar sem alguma razão? Ou você se esqueceu que era esse homem que tinha as informações corretas para achar esse lugar?-lembrou o provocado, deixando sua parceira em silencio.

-Eu posso ouvir os dois falando de mim. Eu não sou surdo, sabiam?-o homem risonho declarou.

-Como se eu importasse.-revidou a mulher.

-Ah, é serio? Então eu não importo do fato que você é uma bruxa velha bem mais velha do que eu. Eu peguei pesado, não peguei?

-Ora seu desgraçado.-rugiu ela, indo na direção dele.

Mas antes que ela conseguisse chegar nele, o terceiro companheiro apareceu entre os dois, segurando uma katana de uma forma ameaçadora.

-Se vocês começarem a brigar agora, não vou ter outra escolha senão matar os dois, porque vocês sabem que esse lugar não agüentaria isso por causa de seu estado e porque minha paciência é pouca.-ele falou de um jeito calmo, mas ao mesmo tempo com autoridade e fúria.

-Sumimasen, Hanzo-sama.-ambos pronunciaram, vendo que suas vidas podiam estar em risco.

-Muito bem. Então vamos logo, Futari-san, Megumi-san.

Assim os três continuaram a sua busca no maldito templo.