Rachel Berry estava atrasada para sua primeira aula em seu primeiro dia de aula do ano letivo. Ela sabia que deveria ter parado após o terceiro DVD na noite anterior, mas seus pais estavam inflexíveis na decisão de passarem mais tempo juntos antes que o turbilhão de responsabilidades acadêmicas entrasse em seu calendário, e ela não poderia ficar com raiva neste momento. Ela escolheu entrar em pânico apenas um pouco.
Finalmente, ela derrapou até parar em frente a sua sala de Literatura. Respirando fundo, ela abriu a porta. O murmurar de diversas vozes flutuou até os seus ouvidos. O professor, ao que parecia, não havia chegado ainda. Ela sentiu os ombros relaxarem em alivio, mas também ficou um pouco desapontada, afinal, não teria oportunidade para experimentar a veracidade da desculpa que havia preparado para explicar seu atraso. (Ela tinha uma lista inteira de desculpas em casa. Sabe, apenas para o caso de precisar. Preparação é fundamental! Além do mais, ela era uma péssima mentirosa, então tinha que ensaiar. Isso também beneficiaria em sua carreira como atriz).
Então, mais uma vez, talvez ela não estivesse com tanta sorte. Porque enquanto esquadrinhava a sala, percebeu que quase todas as cadeiras desocupadas estavam nos fundos. Por isso ela odiava chegar atrasada. Ela preferia sentar na primeira carteira. Mas o único lugar disponível estava na quarta fileira.
Ao lado de Quinn Fabray.
Rachel não tinha muita certeza de como as coisas estavam entre ela e a loira. Elas não se viram o verão inteiro. Rachel passou a primeira metade das férias em um acampamento de artes. E assim que voltou, ela soube por outros colegas de Glee que Quinn estava visitando sua irmã em Boston, com a mãe. E depois, quando as duas estavam na cidade para as últimas semanas das férias, sempre que os membros do clube se reuniam, uma delas não pudera ir ou já estava ocupada. Era completamente intencional. Elas não estavam evitando uma a outra. Apenas acontecia daquela maneira.
Agora, aqui estava ela, no inicio de seu terceiro ano, e tanto acontecera nos últimos 365 dias, que ela não estava certa se poderia sentar ao lado de Quinn em Literatura. Ela decidiu descobrir. Afinal, Rachel gostava de pensar que elas progrediram muito desde o ano que passara.
Quinn não a notou enquanto se aproximava. Ela descansava o queixo na palma da mão, olhando pela janela. Rachel a observou por um momento. A loira estava usando uma simples camiseta verde e um jeans claro. Era um visual que Rachel não a via usar há muito, muito tempo, não desde que Quinn entrara para as Cheerios no primeiro ano.
"Quinn?"
Olhos castanhos claros se voltaram para ela, enquanto reconhecia aquela sobrancelha erguida. Rachel limpou a garganta calmamente.
"Posso sentar aqui?"
A loira deu de ombros e disse. "Esse é um país livre." E voltou a olhar pela janela, sem notar o sorriso de Rachel.
Progresso.
Na verdade, agora ela possuía coragem para perguntar sobre o verão de Quinn e fazer comentários sobre as terríveis circunstâncias que as impediram de se ver ao longo dos últimos três meses. Mas, então, o professor finalmente entrou na sala.
"... O exemplo mais proeminente neste épico é Penélope, que espera fielmente durante 20 anos o retorno de seu marido. Mas isso é apenas uma faceta. A Odisséia retrata o tema da fidelidade em muitas maneiras diferentes através de personagens e situações diferentes. Lealdade e família, comunidade, os deuses – um padrão medido na Grécia Antiga. Além disso, é importante compreender o tipo de pessoa em que um individuo pode pôr sua lealdade, ele tem que merecer..."
Rachel sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Ela o apanhou para verificar a mensagem de seu pai sob a mesa. Ele estaria numa reunião até tarde e não poderia apanha-la na escola. Ela se perguntou internamente se deveria falar para ele não se preocupar (ela poderia ir caminhando; eram apenas 25 minutos a pé e ela ignorara seu elíptico naquela manhã, e uma diva precisava de sua cota de exercícios diária. Ou poderia perguntar se Tina poderia lhe dar uma carona), ou se deveria espera-lo no campus (talvez ela pudesse começar a ler o épico grego do qual estavam discutindo naquele exato momento. Ou ensaiar na sala do coral). Eventualmente, ela decidiu pensar sobre isso mais tarde e guardar o celular.
Mas agora ela perdera alguns pontos cruciais da discussão que era feita em sala de aula. A morena franziu a testa. Anotações incompletas não era aceitáveis. Oh, ela poderia perguntar a Quinn. Ela se virou para a colega em questão pronta para fazer exatamente aquilo.
O que ela está fazendo?
A ponta da caneta de Quinn estava sendo pressionada não contra seu caderno aberto na mesa em frente a loira, mas no interior de seu pulso esquerdo.
Rachel abriu a boca para dizer alguma coisa, mas de repente, o professor estava mandando um dos estudantes nos fundos acordar. O garoto imediatamente pulou em sua cadeira, pedindo desculpas. Murmúrios baixos eclodiram nos corredores.
Quando ela finalmente se voltou para Quinn, a loira já estava soprando levemente a tinta preta, marcando permanentemente a tinta em sua pele de marfim.
Em letra cursiva, estilizada, a palavra Lealdade agora decorava o pulso de Quinn.
Sentindo o olhar da morena, Quinn olhou para ela. "Sim?" ela perguntou.
Rachel saiu de seu quase transe e apenas balançou a cabeça, em seguida, focando sua atenção de volta para o professor. Quinn não disse mais nada, e retornou para seu caderno. Rachel percebeu que poderia fazer perguntas mais tarde.
Mas ela também percebeu que Quinn poderia estar apenas entediada.
É hora do almoço e Rachel está caminhando para o refeitório, animada com a expectativa de passar algum tempo com o resto do Glee Club. Ela já vira muitos deles pelos corredores desde que o dia começara, ou na sala de aula, mas não houve tempo para trocar mais do que algumas palavras ou acenos rápidos com qualquer um deles.
Metade de seus colegas ainda não gostavam dela particularmente, ela sabia. Mas nenhum deles a ignoraria ou a mandaria ir embora (não mais) se eles se cruzassem ou se ela sentasse ao lado deles na mesa. Com exceção de Santana, mas realmente, ela fazia isso com todos, menos Brittany.
Então, era virou na esquina do corredor com muito entusiasmo, mais do que o habitual, porque este ano ela teria amigos de verdade com quem passar seu tempo.
E quase colidiu com um grupo de Cheerios. As lideres de torcida pararam de sorrir e conversar rapidamente.
"Preste atenção por onde anda, maluca."
"Desculpe." Ela ofereceu, tentando sair depressa do caminho.
"Apressada para chegar a algum lugar, não? Como se alguém realmente quisesse ver você."
Ondas de risos atravessaram o grupo de meninas mais uma vez. Ela reconheceu a maioria como finalistas da equipe. E também alguns rostos desconhecidos, que deduziu serem calouras. Ela percebeu que estava certa quando Stephanie, uma das finalistas, virou-se para suas colegas mais jovens.
"Essa aqui," disse ela, apontando para Rachel. "é uma, dos muitos perdedores que escola desponibiliza para que vocês pisem neles se tiverem vontade."
Houve mais burburinhos, e Rachel sentiu seu sangue ferver. Seus punhos se apertaram.
"Ooh, olhem, a maluca está ficando com raiva. Estou morrendo de medo." Os olhos de Stephanie passaram por cima do ombro de Rachel. "Por que nós não... lhe damos alguma coisa para que essa maluca esfrie a cabeça?"
E assim, Rachel sentiu a familiar sensação de medo começar pela sua espinha.
Ela se virou, e é claro, havia um cara do time de basquete de pé, segurando uma raspadinha extra grande com um sorriso estampado no rosto. Ela viu a mão dele começar a se mover e instintivamente fechou os olhos, prendendo a respiração.
E então, ela sentiu um puxão violento em seu braço, enquanto caía contra o corpo de alguém. Segurando-se na pessoa a procura de equilíbrio (e apesar de ser um bocado exagerado, já que a pessoa ainda segurava seu cotovelo), abriu os olhos e encontrou seu rosto enterrado em cabelos loiros.
Ela ouviu um grito muito agudo, e se virou para encontrar Stephanie coberta com uma raspadinha de cereja.
"Pelo menos combina com seu uniforme." Ela disse, antes que pudesse se conter.
Uma risada fez cócegas em sua orelha direita, e ficou um pouco surpresa ao descobrir que sua salvadora era, aparentemente, ninguém menos do que Quinn Fabray.
Não houve muito tempo para pensar naquilo, porém, porque Stephanie estava gritando novamente, apontando e gritando (incapaz de formar palavras coerentes). Todos ficaram em silêncio e imóveis, em choque. O atleta que jogara a bebida estava ficando cada vez mais pálido.
"Sobre o que é toda essa balbúrdia infernal?"
Todos os olhos se voltaram para Sue Sylvester, que atualmente estava intimidando pessoas em seu caminho (havia corpos voando em direção aos armários) através da multidão que se aglomerava. "Estou tentando traçar o melhor plano de ataque contra os direitos dos animais para que as autoridades não se lamentem sobre meu novo hobby – poucas coisas são tão divertidas quanto a caça aos ursos pardos – e pelo amor de tudo que é não-sagrado, o que aconteceu com você Steph?"
Stephanie deu um passo em direção a treinadora, olhando para Rachel e Quinn. "É tudo culpa delas!"
Ela colocou as mãos nos quadris com os olhos apertados. Rachel lutou contra o impulso de recuar, mas era impossível, já que Quinn a segurou pelo cotovelo mais uma vez, colocando-se ligeiramente em sua frente, para protege-la.
"Qual é o problema, Fabray? Você criou uma vontade súbita de defender a escória do McKinley?"
"Não." a resposta veio à loira facilmente. Rachel sentiu-se estremecer um pouco. Quinn não tinha pretendido... Salva-la?
"Oh, bom. Eu tenho uma hierarquia para manter, e prefiro não ter que lidar com uma triste e patética tentativa de minar a gloriosa hierarquia natural. Só para ficar claro, se eu ouvir qualquer coisa sobre você tentar algo... vou bater tanto na sua cabeça, que você vai parar na China."
Para a surpresa de todos, e um pouco de horror, Quinn realmente sorriu. "Gostaria de ver você tentar."
Chamas saíram das narinas de Sue, e se Rachel não fosse mais inteligente, pensaria que a treinadora estava respirado fogo. "Tem certeza disso, Fabray?"
A loira inclinou a cabeça para o lado e cruzou os braços sobre o peito. "Eu não tenho medo de você."
Suspiros e piadinhas foram ouvidos da platéia em torno delas. A mulher mais velha se inclinou para baixo, apenas alguns centímetros de distância do rosto de Quinn. "Você realmente quer que eu descubra seu blefe."
Quinn levantou uma sobrancelha. "O que você faria, Srta. Sylvester? Porque eu tenho certeza de que já atingi o fundo do poço ano passado quando estava grávida e sem-teto. Eu não tinha família, não tinha amigos, e nem Deus em certo ponto, e de certa forma, nem mesmo meu corpo me pertencia. Todos os meus pertences cabiam dentro de uma mochila. E sem mencionar o fato de dar a luz, porque aquilo foi terrível. Você já tentou empurrar um pequeno ser por entre suas pernas?"
E provavelmente pela primeira vez na história, Sue Sylvester estava sem fala (e tinha uma careta horrível em seu rosto). E pela primeira vez também, Rachel repentinamente percebeu quão ruim (ruim era a forma como ela poderia começar a descrever) fora o segundo ano de Quinn.
"Foi o que eu pensei. Então você pode me ameaçar o quanto quiser, mas você não pode me impedir de fazer o que eu quero. E isso inclui ajudar pessoas que me ajudaram a escapar do 'fundo do poço' – pessoas que definitivamente não são a 'escória do McKinley' (Rachel achava que seu sorriso poderia alcançar as orelhas) – a sair do caminho de bebidas geladas e similares." Quinn olhou para as Cheerios. "Ou querer vingança se não chegar lá a tempo. E, claro, vocês nunca vão poder provar nada contra mim, porque afinal de contas," ela se voltou para Sue. "Eu aprendi com a melhor, não, Treinadora?"
Houve uma batida quando Sue riu com vontade. "Lembrei mais uma vez do porque você sempre foi minha favorita, Q. Eu te ensinei bem. Tem certeza de que não quer sair daquela vala Backstreet Boy do Shuester e seu bando de cabeças ocas? Eu estaria disposta a abrir uma vaga para você na equipe."
Quinn não esperava que seu discurso lhe rendesse uma chance para voltar ao seu posto de líder de torcida. Ela piscou algumas vezes, processando através do choque. Em algum lugar, ela registrou Stephanie e o resto das Cheerios a encarando. Ela sentiu um leve puxão em sua manga. Virando a cabeça, pegou Rachel lhe observando com uma expressão preocupada e esperançosa, lábio preso entre os dentes. Quinn lhe deu um pequeno sorriso. "Eu não vou desistir do Glee." Ela disse baixinho, tanto para a morena quanto para sua ex-treinadora.
Rachel sorriu.
"Tudo bem. Cante rimas naquele berçário, desde que ainda possa dar mortais duplos."
"Se eu voltar, você vai ter que parar de sabotar o Glee."
"O quê? Agora, preste atenção, você já provou que tem o rugido, as garras e os caninos de uma leoa, Q, mas você não vai me dizer o que fazer."
A loira deu de ombros. "Você é que precisa de mim."
"Como é?" e a mulher de vermelho estava de volta sobre as duas. "Escute aqui, senhorita, Sue Sylvester não precisa de ninguém."
"Srta. Sylvester, com o devido respeito." Quinn disse calmamente. "Se você fez a pesquisa, o que eu sei que sempre faz, então sabe que realmente tem alguma competição para o campeonato deste ano. Não me interprete mal, vocês foram bem ano passado, mas você também sabe que teria sido muito mais fácil se eu estivesse no comando. Porque vamos encarar os fatos, enquanto Santana é uma mais-do-que-decente HBIC, ela não liga de verdade para o que realmente importa."
"Verdade."
Todos os olhos se voltaram para a latina que acabara de aparecer. Brittany ao seu lado, claro.
"Essa coisa de liderança pode ser uma droga. É muito trabalhoso ter que ficar de babá e manter a equipe inteira na linha o tempo todo."
"Viu? E você vai precisar de mais este ano. Minha dança é a segunda melhor depois da de Britt. Você precisa de mim. Quero dizer, mesmo, sério?" Quinn fez um gesto indicando Stephanie, que ainda pingava rapadinha. A garota soltou um guincho indignado.
"Oh, pelo amor de- vá se limpar Steph!" Sue gritou. Stephanie rapidamente a obedeceu. Rachel olhou para ela, sabendo que demoraria horas até que a garota conseguisse se livrar dos resquícios da bebida.
A treinadora suspirou e se voltou para Quinn novamente. "Você está pedindo muito, Q. É meu instinto ferir os fracos. E os irritantes. Porque, Deus, aquele clubzinho é irritante!"
Quinn balançou a cabeça. "O quê? Você está dizendo que não seria capaz de encontrar uma forma de acabar com o Glee sem que eu saiba? É tão difícil enrolar uma garota de 17 anos?"
"Então você está dizendo... que eu posso sabotar o Glee, mas que você não pode descobrir."
"Eu certamente não vou desistir de tentar, mas vou manter um olho em você. Ter o incentivo de ficar por perto de você é bom para voltar a equipe. E eu posso desistir, levando comigo a grande chance de ganharmos a competição deste ano, se descobrir qualquer trapaça sua. Eu amo ser líder de torcida, de verdade, e não vou deixa-la usar S e B, também."
Sue considerou um instante. "E sobre o cabelo do Shuester?"
"Vamos fazer deste um jogo justo. Insulte o cabelo dele o quanto quiser."
"Excelente! Tudo bem, Q, nos falaremos mais tarde. Entrarei em contato." E com isso, Sue virou de costas, em direção ao escritório.
"O show acabou, pessoas!" Santana rosnou e a multidão se dispersou também. Havia sussurros e mensagens de texto urgentes ao redor, e não havia duvidas de que até o fim do dia todos saberiam que Quinn estava de volta ao topo da pirâmide.
Brittany gritou e abraçou Quinn. "Você está de volta ao time! Nós vamos brincar juntas no chuveiro de novo!"
Rachel levantou uma sobrancelha, fazendo com que a ex-ex-lider de torcida corasse. "Não é o que parece."
"Nós temos uma impressionante coleção de patinhos de borracha, Rachel. Você tem que ver. Como eles fazem aqueles sons, mesmo? Ah, falando em sons, você sabia que Quinn faz um quack realmente muito, muito bom?"
Quinn grunhiu.
"Ela consegue mesmo? Eu peço uma demonstração qualquer dia desses." Respondeu Rachel, piscando os olhos.
"E parecia que você estava falando sobre uma brincadeira diferente, B." Santana disse com um sorriso.
"Oh. Aquilo. Nós podemos fazer aquilo também, se você quiser, Q!" Brittany disse.
"Eu passo, B."
Sem se importar, Brittany deu de ombros. "Oh! Vamos logo ou a gelatina pode acabar!" ela agarrou o braço de Santana e correu para a lanchonete.
Quinn balançou a cabeça com tristeza. Enquanto ela e Rachel seguiam o mesmo caminho sem pressa, ela estava na frente e sentiu o olhar da morena em sua nuca. E continuou.
Então ela olhou por cima do ombro. "O quê?"
Rachel se assustou um pouco e parou. Quinn virou-se totalmente. Ela estava prestes a perguntar de novo, mas Rachel abaixou os olhos, brincando com a barra da camisa. As sobrancelhas de Quinn se uniram, ela nunca vira a morena agir daquele jeito.
"Obrigada."
A voz que disse aquilo era tão não característica de Rachel, que Quinn achou ter imaginado. Depois ela percebeu que Rachel Berry estava envergonhada.
A morena limpou a garganta, e a olhou nos olhos. "Obrigada." Ela repetiu.
Quinn acenou. "Não tem, humm, de quê."
Elas ficaram ali por alguns segundos, até Quinn inclinar a cabeça em direção ao refeitório. "Vamos lá. Você está com fome?"
Rachel andou ao seu lado. "Aquilo foi... incrível. O que aconteceu."
A loira se inclinou um pouco mais perto. "Quer saber um segredo?" ela sussurrou.
"OK." Foi a resposta ansiosa, mas igualmente calma, de Rachel.
"Dar à luz? Foi um passeio no parque em comparação com aquilo."
Rachel se segurou no pulso de Quinn, enquanto ria. Quinn riu com ela, porque, realmente, aquele sorriso? Era contagiante.
Quando as duas finalmente controlaram a respiração, Quinn não pôde deixar de notar que Rachel Berry era realmente muito bonita (talvez até linda) daquele jeito – bochechas coradas, olhos brilhantes, sorriso feliz.
E ambas se perguntaram quando o mundo virara de cabeça para baixo, com Quinn Fabray salvando Rachel Berry das raspadinhas em vez de joga-las, ganhando palavras tímidas de gratidão e compartilhando piadas para que todos pudessem ver.
Porque ambas sabiam que aquele não era o mesmo mundo de 15 minutos atrás.
Ainda assim, elas não reclamaram.
"Então, como você conseguiu se manter firme em frente a Sylvester?" Rachel perguntou.
Quinn sorriu, o mesmo sorriso pequeno de mais cedo, e levantou o braço que Rachel ainda segurava. E lá estava, no interior do pulso de Quinn. As pontas dos dedos de Rachel se moveram sozinhas, tocando levemente as letras pretas que fluíam.
Lealdade.
Mais uma prévia de uma nova tradução postada originalmente no perfil da autora Humbirdbum, com o total de seis capítulos. Vou começar a postar assim que o Epílogo de Admirador do MySpace sair. Obrigada a quem tiver um tempinho para ler e aproveitem para ver uma prévia de outra nova tradução Conforto Na Noite através do meu perfil. Continuem acompanhando Eu Estarei... e outras Ones-Shots. BJS!
