Nota: Os personagens de Naruto não me pertencem, mas o enredo da fanfic é de minha total autoria.


.

.

Dicionário de Cama

Ventilador, bolinhas & acordos

.

.

O tempo estava abafado, muito abafado e a sala onde se encontrava não tinha ar condicionado. Sakura queria muito se concentrar no que o professor falava, era uma de suas matérias favoritas, com o professor mais sexy de toda a escola. No entanto sua atenção estava toda voltada ao som que o ventilador de teto fazia ao girar suas hélices e no quanto queria estar fora daquela sala pequena, claustrofóbica e abafada.

Uma bolinha de papel caiu sobre sua mesa. Sakura nem ao menos precisou se esforçar para descobrir quem tinha jogado. Um Naruto, há duas carteiras de diferença, acenava e gesticulava com as mãos e a boca deixando bem claro que o papel amassado tinha sido jogado por ele. Tão claro que não era só ela que sabia, mas a sala inteira, incluindo o professor, que preferiu ignora tal situação, já conhecia muito bem seus alunos. Principalmente o ser em questão.

Sakura abriu a bolinha de papel, fazendo uma careta pelo garrancho de Naruto: "Não vou poder te acompanhar até o Teme. Vou estudar com a Hina. Desculpa Sakura. ç.ç".

Ela pensou em dizer a Naruto que o ajudaria na matéria em que estava tendo dificuldade. Mas sabia o quanto a Hyuuga era apaixonada por seu melhor amigo e provavelmente, por essa razão, tinha se oferecido para passar um pouco mais de tempo com ele. Então dobrou o papel e sorriu para ele, balançando a cabeça em sinal de que estava tudo bem, ele poderia ir estudar com a Hinata.

Voltou a se escorar na parede ao seu lado direito, forçando-se a prestar atenção na aula, ou ao menos em Kakashi, ele merecia toda a sua atenção. Kakashi era a razão para Sakura nunca sentar próxima as janelas nos dias de aula de História, não queria que nada tirasse o seu foco. Porém aquela sala infernal não estava colaborando nenhum um pouco com um dos seus passatempos favoritos: observa-lo.

Há mais ou menos um mês as aulas de História tinham sido relocadas para uma das salas no térreo do prédio principal da escola, em frente as quadras desportivas. Já que a sala onde geralmente aconteciam as aulas ficava no anexo onde uma obra ocorria desde o começo do ano letivo.

Não tinha sido apenas História que sofrera com essa mudança, mas muitas outras turmas foram postas naquelas pequenas e inúteis salas. A utilidade daquele lugar era tão ridícula que antes algumas eram usadas para guardar o material dos atletas. Aquela obra desgraçada estava destruindo tudo, sua antiga sala era perfeita, as carteiras eram organizadas como nos antigos teatros romanos, o professor ficava no final da sala, na parte rasa e a cada fileira um patamar a mais como uma escadaria, desta maneira sentando na quarta fileira conseguia ter uma visão brilhante de todo o corpo do seu mais que amado professor, agora, naquele lugar xexelento, mal conseguia ver as pernas dele. Isso era um saco.

O sinal bateu e serviu como um despertador, pois toda a moleza que sentiu durante grande parte das quase duas horas que passara naquele lugar se dissipou. Ela nem chegou a guardar o material e sim jogou tudo dentro da bolsa de uma vez só.

— Bem, pessoal, é isso. — disse Kakashi batendo as mãos e chamando a atenção dos alunos com o som. — Não esqueçam do trabalho sobre a Revolução Francesa, valerá metade da nota de vocês desse semestre. — O burburinho se instalou sobre a sala e algumas lamentações foram bem audíveis, incluindo a de Naruto. — Pois é, pois é, eu tenho outra boa notícia. É provável que nossa aula da semana que vem seja na nossa antiga sala, parece que a obra vai continuar, mas algumas salas já estão liberadas, isso inclui a nossa.

Sakura teria ficado tão animada quanto a maioria dos alunos, festejado, jogado conversa fora e flertado discretamente com o professor, mas hoje não era um bom dia, não para essas coisas. Sem se despedir de ninguém saiu da sala, mas a sensação claustrofóbica continuou por um tempo.

Apertava a alça da mochila vermelha com várias cerejinhas desenhadas, contra o corpo. Sua respiração acelerada fazia parecer que ela tinha corrido uma maratona e nem estava tão rápida assim, era só o nervosismo tomando conta dela. Seus passos precisos iam em direção a casa dos Uchiha, bem, não que tivesse que se distanciar de seu caminho usual. A casa da família Uchiha ficava apenas uma rua de distância da sua própria casa - poderia mudar de ideia e não faria a menor diferença.

Conhecia os moradores daquela residência, como conhecia os da sua e naquele momento ela estava indo visitar um deles, Sasuke Uchiha, vulgo seu melhor amigo, vulgo pessoa que nunca falta a escola sem um motivo muito sério.

Tinha passado a manhã toda focada no seu celular à espera de uma mensagem do dito cujo, junto com Naruto que também estava à espera de uma resposta para o aparente sumiço de Sasuke. Até os professores estranharam a ausência dele. Uma vez a praga foi para a aula ardendo em febre e dizendo que não sentia nada.

Os professores não o deixaram assistir a aula e a enfermeira ligou para casa dele, tia Mikoto foi busca-lo pronta para matar um dragão e Sasuke ficou uma semana de castigo apenas por ser responsável. Ele era tão, insuportavelmente, responsável que seus pais queriam que ele aprontasse as vezes e quem sabe até mesmo ser um pouco rebelde.

A falta de Sasuke só podia ser algo muito sério. Sério o suficiente para preocupa-la ainda mais porque eles tinham planos para essa tarde, planos muito importantes para Sakura. Importantes demais!

Parou em frente à porta da casa de seu amigo e bateu duas vezes. Segurou ambas as alças da mochila e fitou os próprios pés, não demorou para ser atendida. Quando a porta se abriu, levantou a cabeça e deparou-se com a última pessoa que queria ver e ao mesmo tempo a única que queria encontrar todos os dias: Itachi Uchiha.

Itachi era o sonho de consumo de Sakura desde sempre e após assistir A Pequena Sereia aos sete anos de idade, a convicção de que ele era o seu cara não pode ficar maior, principalmente porque ele tocava flauta como o Erick, gostava de viagens marinhas como o Erick e uma farrinha não matava, exatamente como quem mesmo? Itachi era o irmão mais velho de Sasuke, um dos melhores amigos de seu irmão Sasori. Além de ser o homem mais belo que ela já tinha visto em toda a sua vida.

Ele tinha uma magia própria de sempre faze-lo ruborizar quando estavam juntos, mas não queria que isso acontecesse estava chateada com o maldito. Ele não merecia o seu rubor.

— Eu estou aqui para saber de Sasuke — umedeceu os lábios sentindo que começaria a gaguejar a qualquer momento. — e para passar a matéria do dia para ele. — Itachi tirou a torrada da boca, fitando-a com um ar de graça, achava fofo as reações dela sempre que estava perto dele.

— Está lá em cima de quarentena, pode entrar — disse afastando-se da entrada e a deixando passar. Sakura deu dois passos à frente fechando a porta atrás de si, surpresa com o que acabava de ouvir.

— Quarentena? Como assim? É alguma coisa muito séria? — Itachi sorriu dando de ombros de forma descontraída.

— Na verdade não. Mamãe o colocou de repouso forçado, mas é só uma gripe boba. — Sakura se acalmou ao ouvir aquilo, retirou as botas, deixando-as sobre o hall de entrada, soltou uma das alças de sua mochila, segurando apenas uma delas.

— Mãe, Sakura está aqui! — Ouviu-o gritar e sumir pelo corredor que dava a cozinha e em poucos minutos uma mulher morena, com ar doce e afável surgiu.

— Sakura, querida. — Mikoto a abraçou apertado. — Está tão magrinha... — a Haruno sorriu com as bochechas ardendo, o poder Uchiha só poderia ser hereditário.

— Eu queria saber como o Sasuke está Tia Mikoto e eu trouxe a matéria para ele. — Deu uma leve batida na bolsa a lateral de seu corpo.

Mikoto aquiesceu e puxou Sakura pelos ombros levando-a até a escadaria que ficava em frente à sala da residência.

— Não é nada grave, apenas acordou febril essa manhã e com um pouco de tosse, mas você o conhece, isso se agravaria e ninguém ficaria sabendo. Por isso assim que eu notei o interceptei e proibi de ir à escola, mas dessa vez ele não resistiu muito. O que foi muito bom. — Sakura a ouvia com calma e atenção, acenando algumas vezes.

Pararam em frente a uma porta branca cheia de adesivos de algumas bandas que ele curtia, uma faixa parecida com as da polícia dizendo: "keep out"; e uma placa de um mustang classic que eles tinham encontrado semana passada largado em um beco há três quarteirões de seu bairro.

Sasuke estava largado sobre a cama, uma parte de seu corpo estava coberta e a outra estava por cima dos vários lençóis que tinham sido jogados em cima de si durante a manhã. Mantinha sua atenção voltada à TV de plasma sobre uma buffet na cor grafite. Precisava zerar Assassin's Creed o quanto antes. Naruto já tinha feito e era humilhante demais ser deixado para trás por aquele retardado.

Ouviu alguns sons abafados vindos do primeiro andar, mas ignorou, Itachi deveria está fazendo algum tipo de reunião imbecil com a sua "gangue", todos irritantes como o seu irmão. Permaneceu focado em seu jogo até ouvir uma leve batida em sua porta, virou o rosto para responder, mas sua mãe já estava invadindo o quarto.

— Para que você bate se não vai esperar eu responder? — Pausou o jogo irritado, largando o controle sobre a cama.

— Para você ter tempo de se recompor caso esteja fazendo algo inadequado. — Sasuke se jogou contra a cama, escorando parte do corpo a parede fitando o controle, resmungou um: "Como se desse tempo." que foi completamente ignorado por sua mãe.

Mikoto fitou a bagunça no quarto, o único local onde Sasuke não era responsável e organizado. Suspirou e voltou sua atenção para o corredor, sorrindo para a Sakura ali parada, quase se desculpando pela zona. Sasuke inclinou o corpo para frente querendo observar o mesmo que sua mãe.

— Venha, querida, pode entrar. Ele está vestido. — Uma Haruno sem jeito passou pela porta e o Uchiha fechou a cara, fitando sua mãe com seriedade. Por que ela precisava fazer esse tipo de brincadeira? — Meu filho, Sakura veio trazer a lição para você. Não seja grosso com ela. — Devolveu o olhar sério, deixando um aviso mudo para o rapazinho sobre a cama. — Vou trazer um lanche para vocês.

A porta foi fechada e a matriarca da família Uchiha se retirou bastante animada, deixando um clima instável e desconfortável que nunca tinha acontecido entre aqueles dois. Sakura deixou a bolsa cair sobre os seus ombros, segurando-a com as suas duas mãos, fitou o quarto bagunçado e parou sua análise no garoto sobre a cama, ele não parecia tão mal. Sasuke a fitava também, mas diferente da apatia usual havia algo a mais nos olhos negros, até mais que o desconforto obvio.

— O que realmente quer aqui? — Perguntou tirando o jogo da pausa, sem oferecer nada a Haruno.

Mas Sakura não se importou e largou sua bolsa junto a dele sobre uma poltrona no canto do quarto e se sentou na borda cama. Já conhecia o jeito de Sasuke muito bem para não esperar gentileza e tato.

— O que? — Disse levando uma das mãos ao coração, a expressão e o timbre denotando um falso ressentimento. — Eu não posso estar honestamente preocupada com o meu melhor amigo? — Sasuke a fitou e apenas soltou uma baforada de ar, revirando os olhos, incrédulo. — Sério, eu me preocupei. Você não é de faltar, fiquei ainda mais surpresa quando sua mãe disse que não relutou dessa vez, quase como se estivesse fugindo de algo.

Sasuke a fitou pelo canto dos olhos, mas logo voltou sua atenção para o jogo fazendo uma careta por não ter percebido que estava prestes a ser atacado. Não a respondeu. Sakura estava prestes a voltar a falar quando Mikoto abriu a porta do quarto com uma bandeja cheia de guloseimas. A mais velha parou ao lado da porta fitando uma Sakura no canto da cama e Sasuke muito concentrado no seu jogo. Cruzou o quarto largando a bandeja com violência sobre a escrivaninha.

— Sasuke Uchiha! — Esbravejou a mulher recebendo a atenção do mais novo. — Sakura não veio aqui para ficar vendo você jogar. Vamos, pode desligar esse vídeo game e pegar o caderno para começar as anotações. — Mikoto se virou e pegou um copo com suco e um pratinho com uma fatia de bolo. — Tome, meu bem. — o timbre dela mudou instantaneamente ao se virar para Sakura.

A Haruno pegou o que lhe foi oferecido, tomou um gole do suco, deu uma garfada no bolo e arquejou ao senti-lo se desfazer em sua boca.

— Este bolo está uma delícia, Tia Mikoto — deu outra garfada, sorrindo entre elas —, como sempre, ninguém cozinha como a senhora. — A Uchiha sorriu ainda mais e Sasuke revirou os olhos, tomando um gole do suco que sua mãe tinha lhe oferecido, não estava afim de comer, nem de assistir aqueles paparicos.

— Obrigada, querida. Eu fiz seu bolo favorito já presumindo que você passaria hoje por aqui para dar a lição a Sasuke. — Sakura sorriu, surpresa com a afirmação, fitou o Uchiha que estava entediado com a troca de elogios que rolava, já tinha desligado o vídeo game e agora fitava a própria parede como se algo de muito interessante fosse sair dali.

— Não podia deixar o meu melhor amigo na mão. — Fitou-o intensamente e ele arqueou as sobrancelhas, ciente das implicações daquela frase.

— Você é realmente um anjo de menina. — Deu de ombros um pouco encabulada e Mikoto passou por eles tentando não se incomodar com a zona que estava aquele lugar, meninos, já deveria estar acostumada. — Bem, hoje eu não vou poder fazer companhia a vocês. Terei que sair rapidinho, comportem-se crianças. — Disse a matriarca dos Uchiha de forma animada. Já ia fechando a porta quando se lembrou de algo. — Ah, qualquer coisa se não se sentir bem, meu amor, é só me ligar. — E piscou um dos olhos para o seu filho, acenando para os dois, deixando um Sasuke corado e emburrado e uma Sakura entre risinhos pelo comentário ouvido.

Com a saída de Mikoto o quarto ficou em um silêncio absoluto, Sasuke fitava a colcha que o cobria, já tinha largado o copo sobre a cômoda ao lado, o corpo despojado sobre a cama.

Sakura ainda se deliciava com o bolo, tomou um longo gole de suco antes de fitar o adoentado. Colocou seu prato sobre a bandeja e o copo junto ao dele, levantando da confortável cadeira onde estava sentada e pousando na borda da cama. Escorado sobre o encosto e as pernas cobertas, fitou toda a movimentação de sua amiga sem nada a dizer, sabia desde o início que ela estava armando algo.

Sakura levou uma das suas mãos até a testa de Sasuke, vendo como estava sua temperatura, em um movimento brusco o Uchiha afastou a mão dela.

— Para que está fazendo isso? — Disse irritando-se com a presença dela. — Deixe os cadernos aqui, eu anoto tudo e te devolvo amanhã.

— Não. Sabe muito bem que não estou aqui para passar a lição com você. — A fitou e a Sakura sorriu de canto. — Estou me certificando se que está em boas condições. — Esperou por uma resposta, mas ele continuou parado, analisando as próprias mãos e fazendo um esforço sobre humano para ignora-la.

Sakura sorria de forma amena e a sua fisionomia era suave, mas o tempo passando e a falta de resposta por parte dele foi deixando-a tensa e nervosa.

— Sasuke, você lembra, não lembra? Nosso acordo... — ele se remexeu desconfortável, não queria tocar naquele assunto, não mesmo. — ele ainda está de pé. E o dia combinado era hoje! — Um silêncio pesado tomou conta do quarto, enquanto Sakura o fitava e Sasuke preferia olhar para todos os cantos do cômodo, até se deu conta de que a outra meia que procurava estava de debaixo de sua cômoda. No final sua mãe estava certa precisava arrumar aquele quarto.

Sakura soltou um suspiro alto e afundou as mãos no colchão ao lado dele, em vista disso ele não pode continuar a ignora-la, voltou sua atenção para os vibrantes olhos verdes dela.

— Tem certeza? Você quer mesmo isso? — Ela aquiesceu. Arrastou o corpo para a beirada da cama dando espaço para ela entrar no canto junto a parede.

Prontamente, Sakura entendeu a mensagem e se enfiou naquele espaço, com a coberta cobrindo a ambos, deitou a cabeça sobre o travesseiro, enquanto Sasuke deslizava pela cabeceira passando a descansar a cabeça ao lado da dela.

— Não entendo você... — disse fitando o rosto feminino com atenção. — para que a pressa?

— Não a pressa alguma, eu... — se voltou para ele e não pode responder de imediato. Podia ver que ele estava assustado, escondia bem, mas aquilo mexia tanto com ele, quanto com ela. — só quero... do jeito como planejei. Eu me preparei para hoje, não pode ser outro dia — ficou quieta, fitando o teto, com os dedos bem fincados a manta que os cobria.

A verdade é que mesmo com todo o preparativo psicológico e emocional, ainda podia sentir uma pontinha de medo do que estava por vir. Seu estômago se embrulhava, mas ela tentava não pensar sobre.

— Você é o meu melhor amigo. Eu confio em você.

Um milhão de coisas passaram na cabeça dele para refutar aquela afirmação. Não era só uma questão de confiança, não deveria ser. Tinham muitas outras questões envolvidas no que eles estavam prestes a fazer e até mesmo o fato dele não ser o único "melhor amigo" aumentava o somatório, mas nada disse, apenas a fitou, passando seu corpo por sobre o dela e arrastando a garota para o meio da cama.

Sem deixar que o contato visual entre eles fosse quebrado, Sasuke inclinou a cabeça para baixo e seus lábios, sutilmente, tocaram aos dela. Ele se afastou para logo em seguida voltar a uni-los, demorando um pouco mais para parar dessa vez, até junta-los uma terceira vez em um beijo intenso. Suas mãos deslizaram pelo corpo delgado, parando na cintura fina de Sakura e apertando-a. Dando início ao primeiro ato de suas vidas: o sexo. Nenhum dos dois era apto no assunto. Não possuíam experiência na área, a não ser alguns amassos que eventualmente deram em outras pessoas.

Já havia um tempo que o único assunto de Sakura era sobre perder a virgindade e como se já não fosse complicado lidar com ela falando sobre isso, Sasuke ainda teve que aguentar a ideia de ter sido o escolhido para a missão. Outro virgem que de nada sabia (não na pratica), e o pior, o virgem que gostava dela.

Um gemido baixo, quase um arquejo saiu da boca pequena. Sasuke afastou os lábios dos dela apenas para desabotoar a blusa de algodão branco, seus dedos tremiam um pouco, mas ele fez o possível para não demonstrar. Blusa aberta os beijos voltaram, a mão se posicionou, novamente na cintura e de uma forma tímida subiu por entre o ventre liso, fazendo Sakura estremecer.

Os dedos de Sasuke tocaram a parte inferior do sutiã branco de renda, erguendo parte da peça e deixando o começo do seio claro a mostra, outro gemido saiu, a Haruno passou os braços pelas costas dele enquanto os beijos desciam pelo seu pescoço.

De uma forma extintiva a garota moveu-se embaixo do corpo de Sasuke, erguendo uma das pernas, encaixando o corpo de Sasuke com o seu, roçando sua perna a lateral do corpo dele enquanto o corpo deles pareciam encontrar um ritmo próprio.

O aperto sobre o seio se tornou mais urgente, o Uchiha ergueu de uma vez a peça branca, tocando no mamilo rosado com a ponta dos dedos. O corpo de Sakura correspondeu ao toque e ele o torceu bem de leve, seus lábios desceram de forma discreta, beijou o mamilo quase de forma receosa, mas a reação de Sakura foi tão positiva a investida que ele foi instigado a explora-lo. Sugou o pequeno ponto em questão e ela arfou erguendo o tronco de uma vez, assustando um pouco o Uchiha.

Sakura parou sentada, semi-ofegante, ficando de joelhos a sua frente, Sasuke imitou a posição da amiga. Os dedos dela procuraram os braços ainda magros, mas que possuíam alguns músculos, ela os deslizou por ali, enquanto seus lábios roçavam o pescoço dele. As mãos dele acariciavam a lateral da cintura dela, encontrou o fecho da saia pregueada e a abriu, no mesmo momento a Haruno puxou a blusa dele para cima, arrancando a peça surrada.

Afundou as mãos nos cabelos negros e macios, tomando os lábios dele em um beijo exigente. Ela não sabia direito o que estava fazendo, nunca o tinha visto dessa forma, nunca tinha se excitado por Sasuke, mas algo naquela situação toda a excitava.

Sasuke apertou o corpo de Sakura contra o seu, ouvindo-a arfar, suas mãos desceram até as nádegas pequenas e arrebitadas apalpando-as. Os lábios se afastaram e a boca de Sakura procurou novamente o pescoço dele e logo os ombros, mordendo o ponto da clavícula. Doeu, mas ele gostou.

Uma das mãos dele voltou a subir buscando mais uma vez encontrar o seio de Sakura, mas ela se afastou um pouco, alguns centímetros foi o suficiente, levou as mãos para atrás desabotoando a peça branca já torta em seu corpo, levou os dedos até as alças sobre seus ombros e as puxou, deixando que o sutiã caísse sobre a cama.

Quem arfou dessa vez foi Sasuke, ora fitava o rosto de Sakura, ora os seios. Queria muito se concentrar no rosto dela, mas não conseguia deixar de descer o olhar e observar sua amiga apenas com uma calcinha de renda branca.

Sakura não tinha seios fartos, nem uma bunda grande, mas tudo em seu corpo era jeitoso e delineado, as curvas eram bem acentuadas, nada desproporcional, tudo se encaixava com tamanha delicadeza em suas curvas frágeis que a tornava perfeita aos dele. Nenhuma mulher o excitaria mais que ela, independente de como parecesse. Naquele momento ele soube que não queria ter um outro alguém que não fosse ela.

Em um movimento brusco puxou-a para si. Voltando a beija-la, dessa vez de forma urgente, tomando seus lábios com sofreguidão. O dorso dele roçando ao dela, era uma sensação tão prazerosa que soltou um arquejo de contentamento e ambos voltaram a cair sobre a cama. As mãos de Sasuke buscaram os mamilos entumecidos, estimulando-os e as de Sakura passeavam pelas costas dele, volta e meia arranhando-o sem nem perceber. Beijavam-se com uma certa dependência e clamor, línguas roçando uma na outra, lábios mordiscados, não havia tempo para respirar.

Arrastou seu corpo por sobre o dela, sentindo sua ereção roçar na calcinha dela, outro tremor tomou o corpo de Sakura e por alguma razão a tensão surgiu por alguns instantes, as mãos se tornaram menos urgentes, mas Sasuke não queria acabar com aquele momento. Voltou a mordiscar e sugar o pescoço dela e Sakura pareceu se acalmar.

Tocou a ponta da língua em um dos mamilos e a garota se contorceu por completo, desceu os beijos pelo ventre dela, mordiscou a lateral da barriga puxando a pele, algo que sempre tinha tido vontade de fazer. Seus dedos chegaram primeiro a última peça da vestimenta de Sakura, a puxou de uma vez. Completamente nua, um rubor tomou o rosto alvo, ela queria tapar o próprio sexo e parar por ali, mas não dava.

Sasuke beijos os joelhos dela e logo os afastou, fitou a abertura entre as pernas delgadas com um misto de curiosidade e desejo. Inclinou-se para frente pronto para toca-la, mas Sakura remexeu-se, segurando o braço dele.

— Não, eu não quero que fique olhando... — voltou a beija-la, dessa vez com calma, a garota estava voltando a ficar tensa e ela tensa, era sinônimo dele tenso.

A verdade é que no fundo estava bastante aliviado, poderia parecer besteira, mas a visão o confundiu. Meio que sabia o que fazer, meio que não sabia, seus temores eram parecidos com os dela, mas em um nível completamente diferente. Afastou-se um pouco do corpo de Sakura, em um movimento rápido ele retirou a calça junto com a cueca.

Ela passou pelo mesmo conflito que ele, não queria olhar, parecer indelicada, mas seus olhos não deixavam de voltar ao membro que surgiu. Sakura começou a hiperventilar. Ele não caberia, não tinha como caber, se coubesse ia machucar, dois dedos dela já não tinha sido algo muito bom, imagina aquilo.

Sasuke se sentou ao lado de Sakura e a puxou, erguendo parte do tronco, levou as mãos aos cabelos claros, agarrando-os e afundando sua boca na dela. A Haruno agarrou-se a ele, tentando se levar pelo clima que ele estava tentando criando, sem pensar em como o resto do processo seria.

As mãos dele deslizaram por sua coxa, apenas as pontas dos dedos em um roçar calmo e leve, em outro momento poderia ter sentido cocegas, mas um formigamento surgiu e uma sensação em seu estomago começou a aflorar, tomando-a aos poucos. O beijo de Sasuke era forte e intenso, em alguns momentos pura calmaria, mas logo ele voltava a inebria-la. Sem perceber, ele a tinha deitado, mais uma vez na cama, uma das pernas foi parar entre as suas e aos poucos e com o máximo de jeito ele começou a separa-las, criando um vão entre as coxas claras, sua mão subia e descia do quadril de Sakura enquanto a outra mão mantinha-se em sua nuca.

Subitamente suas pernas estavam abertas e as mãos dele em sua cintura, os beijos foram minguando, suas pernas erguidas e flexionadas, por um breve momento o membro dele roçou pelo interior de suas coxas e um frio trespassou corpo de Sakura e apesar de uma adrenalina a ter dominado e estar com uma excitação fora de tamanho, um pavor surgiu. Medo de que a mãe dele aparecesse por aquela porta, o irmão, o pai, medo de estar fazendo algo errado e com a pessoa errada. Era assim mesmo que ela tinha planejado? Não, não era. No fundo ela sabia que não era e isso era um pouco aterrador, era muito, por sinal.

As mãos de Sasuke foram parar nas coxas dela, entre a poupa das nádegas. Pernas abertas, encaixado no meio, respiração presa dos dois lados. A primeira investida falhou, a segunda também, corado e sem jeito os dedos dele deslizaram pelos lábios externos dela. Sakura tapou o rosto com ambas as mãos, a sensação era boa apesar da apreensão, ele encontrou a abertura com os dedos e voltou a se posicionar. Ter a cabeça de seu membro pressionada a entrada da Haruno já era prazeroso e o desconforto que tinha surgido com o nervosismo inicial, diminuía aos poucos. Mas ainda assim estava cheio de receio.

— Ah... ah... bem, tem outras formas, outras maneiras... quer dizer, nós não precisamos ser literais. — disse ligeiramente tremulo e suado. Ela podia ver tudo que ele queria esconder, naquele momento Sasuke era quase um livro aberto como nunca tinha sido antes, ele não daria para trás agora. Ela não estava dando, ele tinha que prosseguir.

— Eu quero ser literal e não poupada para mais tarde. — Sua voz não falhou, sua convicção não se perdeu, mas por dentro estava desesperada. — Se não for com você, vai ser com outra pessoa eventualmente, então... vamos não discutir e simplesmente fazer.

Sasuke respirou fundo e Sakura prendeu a respiração. Os dedos dele se afundaram na carne de suas pernas e uma pressão se fez presente bem na vulva dela. Sakura mordeu o lábio inferior cravando as unhas na cintura do Uchiha enquanto ele apertava-se, empurrando toda a espessura de seu membro para dentro dela. Ambos soltaram um arquejo, por razões distintas. Sakura fechou os olhos, liberou o ar que não podia mais ficar contido em seus pulmões, remexeu-se tentando buscar uma posição confortável, mas não havia uma.

— Não está indo. — disse ela por entre dentes. A expressão de Sasuke parecia ligeiramente sofrida, mas era ela quem estava sentido aquela dor lacerante. Ou seria os dois?

— O que? — Sasuke pareceu retrair-se, mas logo ele voltou a empurrar e ela mordeu o lábio para não gritar.

— Não está entrando! Você está sei lá... eu não sei, empurrando o lugar errado, só pode, não é possível — Sakura voltou a se remexer embaixo dele, como doía. Tentou relaxar, tentou se excitar com alguma coisa, tentou puxa-lo pelo pescoço, mas não dava; estava quase pedindo para ele parar, mas não podia. Mordeu o lábio inferior com força.

— Como não? — Sasuke puxou as pernas de Sakura ainda mais para os lados, criando uma abertura um pouco maior, inclinando o seu corpo para cima do dela A expressão que ela fez com esse movimento quase o fez desistir, mas ela voltou a beija-lo e por um tempo isso foi tudo que aconteceu enquanto ele tentava, desajeitadamente, colocar-se dentro dela.

Abruptamente a Haruno parou, jogando a cabeça contra o travesseiro.

— Tem algo errado, você não está entrando. — chegou a erguer um pouco o quadril, mas de nada adiantava, estava quase chorando. Como doía.

Sasuke voltou a se erguer aturdido com a situação, tinha certeza que estava conseguindo, mas seria melhor averiguar tudo de novo e depois tomar impulso mais uma vez. Chegou o corpo para trás, mas ao fazê-lo Sakura segurou os seus braços. Com os olhos arregalados, ela o fitou.

— Para, você está dentro. — Ele não se moveu mais, apenas fitou a garota nua sobre sua cama.

— O que? Você está brincando comigo? — Ela maneou a cabeça exasperada.

— Não. Eu, eu... estou sentido você sair... — a fitou por alguns instantes e Sakura voltou a se deitar.

— Tem noção da tensão que você me fez passar?

— Sério que você quer falar da sua tensão? Nessa situação — ele a ignorou, voltando a posição que estava — Vai, pode continuar.

Não soube dizer em qual momento isso aconteceu, nem por quanto perdurou, mas a barreira foi rompida e agora não tinha dúvida para nenhum dos dois, ele estava dentro. A pressão era tremenda tanto externa quanto a interna, Sasuke apoiou os cotovelos na cama e ajeitou as pernas, começando a movimentar-se.

Sakura conteve um gemido, mas pela careta ele não soube dizer se de dor ou de felicidade, provavelmente de dor. Bem devagar movia os quadris como tantas vezes ouviu, leu e viu serem feitos. Podia sentir a carne dela espremendo-o, mordeu o lábio, precisava segurar-se ao máximo.

A Haruno passou os braços em volta do pescoço de Sasuke, mordendo o ombro dele, como doía. Aquela dor de algo a rasgando no início era realmente ele dentro e não apenas forçando passagem. Não conseguia distinguir o que realmente estava sentido com as investidas de Sasuke, latejava de uma tal forma que chegou a pensar se não iria começar a chorar, mas tinha um algo a mais. Algo meio abafado e escondido que em um ou dois movimentos aliviou os seus sentidos por um momento, mas a dor ainda era algo muito presente e forte. Esses breves instantes de prazer pequenos demais para serem levados em consideração.

Sakura chegou até mesmo a pensar em pedir que ele parasse, mas não podia, não podia mesmo. Não teria mais a ajuda de Sasuke se fizesse isso, tinha chegado até ali, ele já estava dentro dela, não tinha porque voltar atrás logo agora, era só aguentar mais um pouco.

Sem pensar Sasuke intensificou as investidas, afundando-se sobre o corpo de Sakura, mas até os seus movimentos eram sofridos, apertado demais. Tremia de prazer, arquejando, volta e meia soltando um gemido baixo. O ato em si não demorou, não conseguiu se segurar por muito tempo. A pressão foi tanta que no ímpeto acabou gozando de uma vez, dentro dela, agarrou-se a Sakura e ficou assim por um tempo, envergonhado do que tinha acabado de fazer.

Afastou-se e ao fazê-lo ela pareceu sinceramente aliviada com a distância que surgiu entre eles. Ele tentou não se chatear com aquilo, mas foi até difícil, se não estivesse envergonhado e mole, Sakura teria ouvido umas boas.

Quando as coisas se acalmaram o quadro se tornou inadequado, Sakura estava deitada ao seu lado, as pernas flexionadas e a mão no início do ventre fitava nada em especial, parecia perdida. Pensou em puxa-la para os seus braços e aninha-la ali, mas não parecia a coisa certa tão pouco. Eles não tinham feito amor, era um trato seco e impessoal, talvez não houvesse outras vezes, tudo dependia dela.

— Desculpa, eu não...

— Pelo o que está se desculpando? — ela deu uma risadinha, virando a cabeça para ele.

— Bem, não usamos camisinha e eu... — ele não completou a frase e sabia que suas bochechas estavam coradas, o que fez ela continuar a rir. Sasuke sem jeito era algo fora do comum.

— Está tudo bem. Eu já estou tomando pílula, eu disse que estava pronta para isso. — ele apenas aquiesceu, fitando-a de relance.

— Foi... eu, eu nunca me senti assim... — ele não queria dizer que foi incrível, que apesar de toda a confusão tinha gostado demais. Uma das melhores coisas que já experimentou e tinha gostado por várias razões e a principal não tinha sido o ato em.

— Bem, para ser sincera, eu também... — Saura umedeceu os lábios e desceu um pouco mais a mão tapando seu sexo. — nunca me senti assim, mas não foi tão maravilhoso. Acho que eu estou dolorida.

— Sakura, eu... — Sasuke ergueu o tronco fitando o corpo da menina de forma apreensiva.

— Relaxa, acredito que ficaria assim com qualquer um... — sorriu, virando-se de frente para ele. — Não somos mais virgens.

— E daí? — Sasuke voltou a afundar no seu canto, tinham trocado, ele estava voltado para a parede agora e ela na ponta. — O que isso muda?

— Tudo. — ela se ergueu encolhida, tapando os seios e pegando o uniforme espalhado sobre o chão e a cômoda. — Agora nós basicamente não sabemos nada, somos péssimos, mas isso pode mudar e muito com o tempo.

Ele se sentou na cama vendo-a colocar o sutiã e logo em seguida a blusa, subiu a saia de uma vez sem deixar que ele visse muito mais coisa. Sasuke puxou a coberta tapando seu próprio sexo.

— Quer dizer que vai ter outras vezes? — Ela o fitou escorado na parede com a coberta até a cintura do corpo. Uma expressão leve, talvez pela moleza que ele estava sentindo ou por algo a mais que ela continuava sem saber identificar.

— Sim, faremos o suficiente até sermos bons para impressionar as pessoas certas — ele não gostou de ouvir aquilo, franziu o cenho.

— Pessoas certas? — Ergueu uma das sobrancelhas sem compreender.

— É, quer dizer, você não quer que a primeira vez com a garota que você goste seja um fiasco, né? — Ela sorriu, balançando a cabeça sem perceber o que suas palavras causaram a Sasuke. — Tem que ser espetacular, você tem que saber como trata-la porque ela é importante para você. Não decepcionar de forma alguma. — Sakura pegou a calcinha e correu para o banheiro que tinha acoplado ao quarto dele.

Sasuke afundou a cabeça no travesseiro, passando as mãos pelos cabelos desalinhados, ele era um projeto, uma cobaia para os avanços sexuais de sua amiga louca. O pior de tudo era que ele já tinha transado com quem queria, ele estava naquele momento com a pessoa certa. Riu sem vontade de sua própria desgraça.

Por que ele tinha embarcado nessa?

Por que não a mandou procurar Naruto?

Por que?

.

.


Nota: Mais uma nova aventura UA para se curtir, espero que vocês tenham curtido esse primeiro capítulo. Esse sexos tão frio, mas é porque o feel não era a prioridade kkkkkkkkk Não deixem de me dizer o que acharam e até mais;*