Manhã de Domingo

One Shot de ShiryuForever94

Disclaimer: Esta é uma fanfic, feita por fã, para fã. Feito totalmente sem fins lucrativos. Os direitos de Saint Seiya, Saint Seiya Episódio G, Lost Canvas e de todos os seus personagens pertencem à Toei Animation e Masami Kurumada. A exploração comercial do presente texto por qualquer pessoa não autorizada pelos detentores dos direitos é considerada violação legal.

Capítulo Único

Manhã de domingo. Não precisaria sair cedo. No entanto, a força do hábito o fazia acordar sempre às seis horas em ponto.

Pegou a xícara de chá fumegante e provou o gosto adocicado. Chá de canela era uma das coisas que aprendera a gostar com Milo.

Pegou o jornal deixado à porta para ler as primeiras notícias.

Paris era realmente uma cidade cosmopolita como poucas. Leu rapidamente as principais manchetes e folheou o caderno de cultura. Arregalou os olhos ao ver uma chamada de página em que um grupo de pessoas fazia uma manifestação por conta de um autor de determinado mangá que viera a público dizer que dois de seus personagens eram apenas amigos. Uns tais de Camus e Milo. Havia desenhos dos personagens, análises sociológicas, entrevista com um psiquiatra e um psicólogo. Enfim, um carnaval e tanto com o assunto que parecia despertar paixões.

- Engraçado. Parecem conosco!

Levantou da belíssima poltrona em puro veludo vinho e foi até o quarto. Abriu as cortinas e ouviu a zanga habitual do rapaz.

- Ei, hora de levantar.

- Camus, são seis e cinqüenta da manhã! Está pensando que sou passarinho?

- Ah, venha logo, tem uma manchete interessante no caderno de cultura. Sobre uma manifestação acerca de uma entrevista de um autor de mangá.

- Mangá?

Milo suspirou, ergueu-se com apenas as roupas íntimas que usava para dormir. Fez um afago no ombro de Camus e foi para o banheiro. Algum tempo depois, refestelado na sala em tons claros do apartamento que ficava em Avenue Fauche, o bairro mais elitista da França. Bebericava seu chá de canela e leu a matéria de que Camus havia falado. Terminou de ler e franziu o cenho. Olhou para Camus e olhou para o tal Camus do desenho.

- Basearam os personagens na gente, Camus?

- O que estão dizendo aí?

- Que eles são apenas bons amigos.

Camus arqueou levemente a sobrancelha e num gesto bem estranho para ele, que era bastante contido, não conteve as gargalhadas...

- Espere aí, o autor não era aquele seu amigo de faculdade?

Camus riu ainda mais.

- Eu entendi, Camus! Que coisa!

- Nossos sócios no escritório vão rir bastante, tenho certeza.

- Algumas coisas apenas são, Camus. Ou não são. Depende dos olhos de quem vê.

- Ou do coração de quem sente. Hum, vamos almoçar fora?

- Não, vamos ficar em nosso belo apartamento hoje. Temos trabalhado muito. Talvez escrever uma carta para a editoria, dizendo que achamos hilário tentarem explicar o inexplicável, mas enfim, fazer o que?

- Mon ami, quero morrer seu amigo.

- Eu sei, amigo.