Já fazia dois anos desde que fora
embora, deixando para trás sua casa, sua cidade e seus amigos.
Apesar de sua partida nunca deixara de manter contato com os mesmos,
pois sempre acreditou que verdadeira amizade deve ser mantida por
toda vida, apesar de não se falarem com freqüência sempre fez
questão de saber como todos iam. E agora depois de tanto tempo
finalmente estava voltando; não sabia se era a ansiedade de enfim
rever todos novamente ou a saudade que estava sentido, mas parecia
que percurso da viagem havia sido dobrado, nunca sentira que uma
viaje demorara tanto, pois parecia que estava uma eternidade dentro
daquele maldito avião, e o pior era o olhar irônico que seu irmão
lhe lançava, ou melhor, irmão não! Meio irmão, só em pensa que
agora teria que morar com o mesmo! Não sabia discerni se era sorte
ou castigo. Sorte por que enfim não teria que prestar conta dos seus
atos com ninguém e castigo, por que bem ele teria que morar com o
sesshoumaru, e ele não é lá a companhia mais agradável com quem
irá conviver né? Mas da pro gasto. Ahhh!! A quem estava tentando
enganar o sesshomaru é mesquinho, chato, frio, tem um humor do cão
e pra completar ainda por cima é feio.
Enfim o avião pouso.
Agora sim olho pela janela ao meu lado e posso ver o aeroporto,
sorrio ao imaginar quantas coisas me esperam do lado de fora desse
avião.
- pretende ficar com essa cara de bobo da corte a vida
toda, ou vai pegar logo essa mala para desembarcarmos logo desse
avião seu imprestável. Falou sesshomaru enquanto pegava a sua
mala.
- feh! Vai pro inferno sesshomaru
-infelizmente eu já
fui irmãozinho e foi lá que eu conheci você.
Teria dado uma boa
resposta, mas quando virei pra responder a altura, ele já estava
desembarcando.
0oo0
- ...e principalmente você que
possui um poder espiritual inato, não faz idéia do quão incrível
é.ah meu jovem, sabe quando...
- chegamos! Ate que não demoramos
muito não é?
Disse uma sorridente kagome se aproximando do jovem
a sua frente.
-ah não vovô, já enchendo o saco do miroki de
novo não é? Vamos miroki e sango. Disse enquanto puxava pelos
braços de ambos. – já estamos atrasados.
-é mesmo? E de quem
é a culpa em?
-aff! Sango eu não demorei nem tanto assim não é
miroki?
-não, claro que não kagome, estava em uma ótima
conversa com o seu avô, ou melhor, monologo, e não deu nem pra nota
o tempo passar. Sabe se ele me falasse mais uma vez do meu inato
poder espiritual, juro a você que tava cogitando a hipótese de me
matar afogado naquela xícara de chá.
-é né, vovô sabe ser
chato quando quer, principalmente quando tem um propósito.
Olhava
para todos os lados a procura de um rosto familiar, pois não via a
hora de finalmente revê-los.
-inuyasha!. Virou a cabeça para
enfim pode ver a dona da voz que o chamou.
-inuyasha meu amigo.
Falava um sorridente miroki, indo em sua direção. – há quanto
tempo em cara. Falava em quanto apertava a sua mão.
- que bom que
voltou! A gente tava morrendo de saudades. Dizia sango enquanto o
abraçava.
- e você bruxinha não diz nada não, é? Que modos de
receber os amigos!
- ai! Nem depois de dois anos fora você
melhora o seu vocabulário não, né. Falava fingindo ta ofendida.
-
espera! Deixa eu pensar... Aprimorei sim quer ouvir. Kagome o olhou
desconfiada, em seguida deu um leve tapa em seu peito.
- para
minha saúde auditiva e para não ter que sair presa daqui por matar
cento hanyo, acho melhor não - Mudou um pouco a forma que o
olhava, seu olhar estava carregado de saudades e carinho.- você não
faz idéia de quanta falta fez né, cheguei a pensar que não o veria
mais.
- vem cá bruxa. A puxou para um
abraço apertado. –eu disse "ate logo"! Lembra, não pretendia
ficar longe por muito tempo. Falou ao pé da orelha para que só ela
o escuta-se. Ato esse que a fez ficar rubra ate os fios de cabelo,
principalmente por lembra as circunstâncias que foram ditas essas
palavras.
Então ele ainda se lembra, pensou consigo mesma. Não
conseguia entender o porquê de fica mais alegre do que já estava se
é que era possível; mais só de imaginar que talvez aquele momento
em que se despedirão foi tão marcante para ele, a ponto de ainda
lembra, como foi importante para ela, já fazia com que o sorriso de
seu rosto aumentasse.
-quanta nostalgia! Mas é melhor andarmos
logo, não quero pegar aquele transito horrível. Falava miroki
enquanto dava dois tapinhas nas costa do amigo, fazendo com que esse
cessasse o abraço para pegar as malas. – deixa que eu ajudo com
isso.
- certo você leva aquelas ali. Apontou para umas três
malas gigantes.
- dêem as mãos e eles irão querer levas seus
braços, tu só pode ta de brincadeira né.
- ué você ofereceu
ajuda e eu aceitei.
- certo, mas como eu sou apenas um humano só
levarei aquela, que por sinal é a maior e a mala de mão.
- é,
mas em compensação aquela é a única que tem rodinha.
- olhe
para o lado positivo,o que vale é a intenção.
- vocês vão
ficar nessa briguinha a manhã toda, é! Ou podemos ir embora.
Sango
já estava cheia de toda aquela cena, girou os olhos em sinal de
tédio quando seu olhar se fixou em algo, ou melhor, alguém.
Sesshoumaru que permanecia calado ate o momento.
-kagome, aquele
não é o seshoumaru? Meu deus o que acontece com esse homem, ou
melhor, yokai, parece que cada ano que passa ele fica mais
bonito.
Falava baixo enquanto olhava para a fonte de sua
admiração.
-não sei não sango, parece que os
homens dessa família é como vinho, cada ano que passa fica melhor.
Tentava falar o mais baixo possível, enquanto olhava para inuyasha.
– mais tenho que concorda com você, como dizem quanto mais velho o
vinho parece que fica melhor. Nesse momento o olhar de seshoumaru
recai sobre as duas, o que as deixa completamente rubras.
- vamos
tomar vinho sim, temos que comemorar a volta dos que quase se
perderão, né inuyasha, afinal! Que tipo de vinho você gosta
sangosinha? Pensei que não gostasse. Falava um empolgado miroki
enquanto ajudava inuyasha a levar as malas. As duas meninas que
escutavam caladas ate agora com uma gota na cabeça, não agüentarão
e cairão na gargalhada.
- e relmente não gosto, só falei por
fala. Mas já kagome...
- eu também não. Falava sentido os olhar
frio de seshoumaru sobre si. - é bom... vamos passar o resto da
manha aqui ou podemos ir logo embora?
- vamos logo que eu to
morto! Odeio avião. Logo chegaram ao estacionamento, e seguiram em
direção ao carro de miroki.
- eu to com a impressão de que
estou esquecendo algo, mas se esqueci talvez não fosse de muita
importância.
- se você lembrou de lembra então com certeza e
de importância, né inu. Falava kagome quando, como num estalo
lembrou-se do que esquecera. - na verdade você esqueceu do seu
irmão...
- na verdade esse imprestável nem fez questão de
lembra pra ter esquecido. Falava sesshoumaru enquanto se aproximava
do carro e colocava as malas no mesmo.
- Primeiro! Imprestável é
sua... . acabou por não terminar a frase.
- olhe o que você vai
fala, por que a única mãe que conheço é a sua.
- feh! Segundo
deixe espaço para as minhas malas, afinal eles vieram aqui me
busca.
- quando você deixa de reclamar podemos ir. Falava já
sentado no banco do motorista.
- e quem disse que você vai
dirigir? Você vai deixa esse folgado dirigir seu carro miroki?
-
he he, eu não tenho nada contra.
- covarde! Mas eu não vou no
banco de trás não!
- tudo bem inuyasha, eu vou, te dou um
desconto dessa vez.
Alem de eu perde o volante do carro
ainda tenho que vir no banco de trás, isso não é justo. Pensava um
contrariado miroki.
Após 45min os rapazes chegaram em casa. Como
sempre miroki ajudou inuyasha a retira as malas do carro, enquanto as
garotas foram conhecer casa, já sesshomaru se dirigiu logo para o
quarto, quase 30min depois miroki e as garotas já estavam de
partida.
- nós já vamos, esperamos vocês as nove para irmos
comemorar.
- comemorar? Se eu conheço bem o seu conceito de
comemoração, quer dizer pegação, não é?
- pegação? Eu
agora sou um novo homem meu caro, pertenço apenas a uma mulher.
-
que por sinal é muito braba. Falava kagome com um sorriso travesso
no rosto.
- por kami! É o apocalipse! Quem é essa pobre
criatura. Falava inuyasha com a cara de espanto.
- eu nem te digo!
Você vai vê-la hoje à noite lá na shikon aonde vamos. Ah! Rin
também vai conosco.
- Rin? A garota novata?
- que não é tão
novata assim né inuyasha, dizia kagome com uma cara de
incredulidade, afinal já faz um ano e meio, que nós a conhecemos.
-
de certa forma novata já que eu não a conheço.
- como queira,
as nove e vê se não atrasa. Dizia enquanto se dirigia ao carro. –
pera! Quem vai dirigir sou eu!
- ham! A não só faltava essa. Eu
tenho amor à vida sabia, e quero aproveitá-la.
- mas você
deixou o sesshoumaru não foi?
- por isso mesmo.
- então
sugiro que me deixe dirigir.
0oo0
Estava em seu quarto e não conseguia esquece-se do que ele lhe dissera no aeroporto "eu disse ate logo lembra" não deixava de sorri toda vez que pensava nisso, pois afinal, ele lembrava. Contudo não parava de se perguntar o por que de ficar tão feliz com isso. Estava tão distante em seus pensamento que não percebera o tempo passar, já era quase oito e ainda não tinha começado a se aprontar pra "comemoração" como dizia miroki, tinha que caprichar no visual, não podia estar apenas bonita teria que estar linda, afinal ele estaria lá. Espera! Desde quando ela se importava com a opinião dele a seu respeito?
Nove horas, e por incrível que
pareça já estava pronta, não sabia como foi que se arrumou tão
rápido. Mal acabara de desse a escada quando escutou alguém a
chama.
- Mãe to indo! Vou dormi na casa da sango ta!
- não se
esqueça de me ligar quando chegarem em casa - Não entendia o por
que de sua mãe sempre insistir em mandar ela ligar, pois sabia que
iria chegar em casa só de madrugada, e pra não preocupar sua mãe,
ligava sempre antes de uma hora de algum lugar que não fizesse muito
barulho. Não sabia se ela acreditava que já estava em casa, contudo
era a única forma que encontrara de não preocupar sua mãe.
-
certo mãe pode deixar que eu ligo sim.já vou. Dizia se dirigindo ao
carro. – cadê o Miroki.
- ta com a rin no carro, ele não quis
corre o risco de encontrar seu avô.
- então ta, podemos ir, não
vejo a hora de chegarmos.
- por que toda essa produção em?
Deixa-me pensa... Ah! Ou melhor, me deixa eu reformular a sua frase:
não vejo a hora de encontra o inuyasha. - No mesmo instante kagome
corou enquanto sango ria da cara abestada da amiga. Essa que por sua
vez só se limitou a ficar rubra, pois quando sango terminou foi no
mesmo instante que chegaram ao carro. Entretanto não parava de
pensar no que sango falara, pois talvez, apenas talvez ela tivesse
razão.
Chegarão a shikon as nove e dez, e quando descerão do
carro deram logo de cara com quatro pare de olhos âmbares os
encarados. E como inuyasha estava bonito, isso kagome não pode deixa
de nota.
- às noves em? Falava um inuyasha com cara de limão
azedo. - Hum!!! Você deve ser a rim, a namorada do miroki né?
-
namorada do miroki eu? Fala rim visivelmente confusa. – sou..
Eu...Não... Sim..sou a rin, mas não a namorada do miroki. Dizia
enquanto olhava alternadamente para sango, miroki e kagome. Notando a
confusão da menina inuyasha tentou contorna a situação.
-não,
é eu pensei...que... é...Vamos logo nos já estamos atrasados.
- você pensa demais inuyasha.
Falava kagome enquanto ria do embaraço do amigo. -oi seshoumaru, que
bom que veio. Pensei não o veria mais hoje.
- e bom pra me
atualizar um pouco das coisas a minha volta.
Falava ele enquanto
olhava para rin, essa por sua vez ao senti o olhar de seshoumaru
sobre si, ficou parecendo um pimentão de tão vermelha.
- é
gente essa é rin, a garota de quem eu falei, lembram. E rin esses
são os irmãos Taisho, o que ta com cara enferuscada é o inuyasha e
o outro o seshoumaru.
- hai! Disse rin simpaticamente.
- quem
ta com a cara enferruscada bruxa
- você chato. Falou fazendo
bico por causa do apelido.
- é melhor entramos, ou esse dois vão
passa a noite todo nessa discussãozinha. Falava Sango, arrastado rin
pra dentro da shikon. Logo todos estavam sentados conversando
animadamente. Certo nem todos inuyasha e kagome ainda não tinham
entrado, certamente ainda estavam discutindo qualquer coisa que
ocupassem demais suas mentes para não nota que os outros já haviam
entrado. Seshoumaru estava sentado apenas escutado a conversa dos
outros. Na verdade os únicos animados ali mesmo eram Miroki, sango e
Rin que ainda riam comentado sobre o embaraço de Inuyasha logo
cedo.
- podemos saber por que vocês não nos chamaram para
entramos. Falava Inuyasha com cara de pouco amigos.
- bem como
podemos dizer! Não queríamos atrapalha a conversa amigável de
vocês. Falava um alegre miroki enquanto acompanhava os dois amigos
sentarem nas suas respectivas cadeiras.
- então quando essa
garota misteriosa vai chagar miroki? To começando a achar que ela
não existe. Falava inuyasha enquanto pedia sua bebida.
- na
verdade ela existe sim, e já esta aqui conosco.
Inuyasha olhou a
sua volta, a procura de outra garota desconhecida por ele que
estivesse próximo de miroki, mas não encontrou nenhuma próxima e
as únicas que estavam próximas estavam acompanhadas.
- desisto de procura essa louca que
aceitou ser tua namorada!
- louca não, digamos corajosa, isso
corajosa. Falava sango enquanto via inuyasha levantar uma
sobrancelha, para logo abrir a boca em sinal de espanto.
- ate que
enfim a ficha caiu, eu sabia que você era burro, mas nem tanto.
Dizia seshoumaru vendo a cara de bobo do irmão.
- mas como? Vocês
dois? Ela deixou de te bater? Você deixou de passa a mão nela? Mas
vocês eram amigos, como? COMO? VOCÊ ME CHAMOU DE QUE?
- quando
eu digo que ele é lento... Você me dá a prova disso. Se me dão
licença eu vou indo e irmãozinho não me espere.
- como se eu
fosse realmente esperá-lo.
Falava enquanto via seshoumaru se
levantar e se dirigir a saída.
- mas será que da pra vocês me
contar essa historia.
- bem respondendo as suas perguntas, eu e
sango estamos namorando há quase um ano, e... pow! Inuyasha eu sou
homem ela é mulher, você não vai querer que eu desenhe né? As
coisas foram acontecendo, e quando nós demos conta já estávamos
apaixonados.
Falava como quem ta explicando algo para uma criança,
enquanto via a boca do hanyo abri e fecha, para perguntas que nunca
foram feitas.
- bem quanto a sango bater no miroki, eu acho que o
miroki tem um lado masoquista, nunca vi alguém gosta de apanha tanto
na vida. Kagome falava enquanto via surgir na face do amigo um
sorriso.
- isso responde a minha ultima pergunta.
A
"comemoração" durou quase a noite toda, deveria ter sido uma
noite alegre, mas como tudo na vida, o que é bom duro pouco; ao
menos para kagome. Para ela a festa acabou quando viu inuyasha indo
fala com uma garota que estava olhando para ele desde a hora que eles
chegaram. A jovem tinha os cabelos acima do ombro, à pele branca e
de uma aparência misteriosa, o que a deixava ainda mais exótica.
Depois que seshoumaru saiu inuyasha não ficou nem cerca de uma hora
sentado com os amigos, ou seja, ele ficou com a tal garota misteriosa
a noite toda. Era estranho para kagome ficar sentada na mesa a noite
toda amuada, nem mesmo rin que é tão tímida.
Se bem que rin desapareceu há algum
tempo, miroki e sango só faltam se engolirem e inuyasha estar em
algum lugar com aquela garota. Tava contando que não ia ficar
sozinha esta noite, pois essa seria a noite deles. Não se importava
de ficar sozinha, pois quando inuyasha estava viajando ela sempre
arrumava um par dança, quando não o que era muito raro e só
acontecia quando essa recusava dançar com desconhecido, ficava com
rin, porem essa noite ela não sentia vontade de dança e pra piora
não sabia onde rin tinha se metido. De tudo o que era pior, era ver
inuyasha com aquela garota, quem ela não sabia o nome, mas desde já
sentia antipatia por ela, ele a beijava como nunca tinha visto beija
outra garota, se bem que ela nunca tinha visto ele beija alguém,
pois ele nunca tinha ficado com ninguém na frente dela. E isso a
estava incomodando, não sabia o porquê, mas tudo o que ela queria
era sai dali o, mas rápido possível.
Lembrou-se que tinha que
ligar para a sua mãe e saiu do meio de todo aquele barulho, chegou
no lado de fora e sentou na calçada, pegou o célula, ligou para a
sua mãe deu qualquer desculpa, e disse que ia dormi, se bem que o
que mais desejava no momento era estar em seu quarto, não sabia o
porque mais do nada sentiu uma forte vontade de chora.
-ta tudo
bem kagome? Aconteceu alguma coisa?
- ta tudo bem sim sango, só
to com um pouco de dor de cólica, saber que quando eu fico assim, a
única coisa que eu quero é cama. Desculpe por estragar o resto da
noite de vocês.
- não se preocupa não kagome, faz assim a sango
te leva pra casa, e eu vou com o inuyasha, quando ele for pra casa.
-
mas miroki e a rin? Eu não sei onde ela se meteu. E o inu não ta de
carro lembra, ele veio com o seshoumaru.
-
a rin já foi kagome, quanto você seu miroki, pode ir com a gente
não é? Chama logo o inuyasha pra gente ir embora diz a ele que a
kagome não ta bem.
Depois de quase 15min chega miroki com um
inuyasha preocupado, quando chegaram ao carro viram uma kagome
deitada no colo de sango, com os olhos fechados, não estava
dormindo, só não queria vê-lo, não agora, não nesse momento, mas
tarde. Mas não agora.
-hei kagome? Ela ta dormindo sango? Se ela
tava passando mal por que não me chamaram logo em? o que ela tem?
Falava inuyasha com um certo peso na consciência, pois havia
prometido que a noite seria apenas deles(sango,miroki,kagome e
inuyasha) como nos velhos tempos, mas no fim das contas miroki tava
com sango ele passou a noite toda com yuka e nos fim das contas
haviam a deixado sozinha
- ela tava passando mal, mas não queria
atrapalhar a nossa noite, se bem que eu também acho que ela também
deveria ter chamado a gente.
Falava sango enquanto passava a mão
nos cabelos de kagome em uma tentativa muda de pedi desculpas por
também tê-la deixado sozinha.
O percurso pra casa foi
silencioso, apenas quando chegaram na casa de sango foi que kagome
levantou-se pra sair do carro.
-hei! Kagome você ta melhor?
-
vou ficar assim que tomar um remédio. Desculpe por estragar o resto
da noite de vocês...
- feh! Garota, você deveria se preocupar
mais consigo mesma sabia! E também a noite já deu o que tinha que
dá. Não se preocupa não, vê se melhora ta.
Dizendo isso ele
deu um beijo em sua testa e voltou para o carro, miroki que se
despedia de sua namorada com um carinhoso beijo, acenou para kagome
disse algo como vê se melhora e seguiu para deixar inuyasha em casa
e segui em direção a sua.
Entrou no quarto, jogou-se na cama,
afundou o rosto no travesseiro e permitiu que o que tanto lutou para
segurar a noite toda inundasse seus olhos, e simplesmente chorou, não
queria esconder mas o que sentia. Por anos mentia pra
si mesma, dizendo que o que sentia por seu amigo não passava de um
carinho especial de irmão, porem nessa noite viu todo seu esforço
de anos ir por água abaixo.
- é por causa daquele baka que você
ta assim né? Eu desconfiava que você gostasse dele. E imagino o que
você ta sentindo. O inuyasha é um idiota mesmo.
- a culpa não é
dele sango, é minha eu sempre soube que o inuyasha via e Verá em
mim uma amiga, no Maximo o papel que eu posso obter é de uma irmã
mais nova. DROGA!
Falava com a voz cortada pelo choro, sabia que
podia confia em sango, queria desabafa, queria chora, precisava chora
e chorou.
- lembra quando ele disse que iria embora, da festa de
despedida que nos fizemos pra ele? Lembra que ele pediu para a gente
não ir se despedir dele no aeroporto. Pois disse que não gostava de
despedida? Pois é eu fui, você melhor que ninguém sabe como sou
teimosa, neh! Quando cheguei lá...
..........................................................flech back..............................................................
corria
com todas as minha forças. Não acredito que aquela baka vai embora
sem nem ao menos deixar eu me despedir dele no aeroporto pensava
consigo. Ao olhar próximo a um banco, ele estava em pé com sua mala
de mão na cadeira. Não pode deixar de sorri quando o viu, porém
seu semblante era triste, também quem não estaria triste por viajar
obrigado pelos pais. Era assim que queria se despedir dele, queria
que sua última lembrança dela fosse com um sorriso no rosto e com o
mesmo sorriso se aproximou dele. Viu que ele farejou o ar,
provavelmente sentira o cheiro dela ali.
- você não tem jeito
não é! Eu pedi para não vir.
- não sei por que você pediu,
sabia que de qualquer jeito eu viria.
Suspirou vencido, sabia que
não adiantaria discutir com ela ali, e também como seria a ultima
vez que a veria pessoalmente, já que ela estava ali mesmo queria
aproveitar a sua companhia.
- quanto tempo falta para seu vôo.
-
dez minutos.
- tão pouco tempo! Queria passa mais tempo com você,
mas como só temos 10min, vou dizer logo pra que eu vim.
Pegou um
embrulho dentro da bolsa e o entregou.
- um colar?
- sim fui eu
quem o fez! Chama-se kotodama e serve para afastar os maus espíritos
e trazer boa sorte. Na verdade queria te dar algo especial, que
durasse pra sempre. Mas...
- aposto que foi seu avô quem deu a
idéia.
- como você pode dizer uma coisa dessas, eu disse que
queria te dar algo especial não foi... Na verdade foi ele sim.
-
Eu sabia.
- ate mesmo aqui tu é chato!!!
- feh! E você vai
senti falta desse chato. Disse emburrado. – bruxa.
- sabe, o
pior é que é verdade, afinal vou perde meu melhor amigo. Disse com
a voz embargada, sua tentativa de não chora estava indo por água
abaixo.
- você não vai perde, existe telefone sabia.
- nã –
o é a mes-ma coisa. Falou com a voz entrecortada.
-passageiros do
vôo 174 com destino a São Francisco, por favor, embarquem no portão
4.
Se seu plano de não
chora estava falhando, agora sim tinha falhado por completo, chorava
copiosamente e ele que estava ao seu lado a abraçou, numa tentativa
frustrada de consolá-la, pois este ato só sérvio para que a jovem
chorasse ainda mais.
- ta vendo por isso eu não queria que
vinhe-se por que seria mais difícil a despedida. Ao pronunciar essas
palavras a apertou mais em seus braços, na verdade não queria ir
embora, não queria deixar seu país, seus amigos e principalmente
sua amiga que estava ali tão fragilizada em seus braços, e por kami
não queria soltá-la, mas tinha que ir embora.
- não chora ka,
saber que no mundo a coisa que mais odeio e te ver chorar.
Afastou-se
um pouco colocou a mão no bolso e de lá retirou um colar.
- sabe
minha mãe me deu esse colar e me disse que eu deveria dá-lo a
alguém importante, por isso quero dá-lo a você. Falava enquanto
olhava nos olho já vermelho de tanto chora, que por sinal as
lagrimas ainda rolava pela face branca da menina.
- se sua mãe
te deu então dever ser algo pra ficar na família, não posso
aceitar.
- sabe a historia desse colar e interessante. Disse
ignorando o que a jovem falara já colocando o colar no pescoço da
mesma. – o pingente dela e o coração de uma miko, que eu não me
lembro o nome, esse pingente se chama jóia de quatro almas, diz a
lenda que se você deseja algo de coração ele se realizará.
-
você me deu algo de valor, e eu te dei um colar que meu avô me
ensinou a fazer, não é uma troca justa. Falava enquanto franzia a
sobrancelha, gesto esse que o fez ri, ela era uma das poucas pessoas
que conseguia arrancar dele um sorriso sincero, e isso a deixava
muito feliz. Um outro chamado do embarque fez com que eles se
separassem de vez, e que mais lagrimas manchassem o belo rosto da
menina.
- você veio e...
ela jamais soube o que ele diria
naquela momento, pois sua frase foi interrompida pelos lábios da
menina sobre os seus. Não sabia o que pensar, ficou paralisado,
nunca imaginara que ela ousasse beijá-lo, talvez por sempre ver nela
uma figura fraterna? Simplesmente não conseguiu corresponder o
beijo, não sabia se fora o choque ou a maneira tão repentina que a
mesma se separou dele. Olhou para ela confuso e viu que a jovem a sua
frente estava completamente vermelha.
- o que...
- você me deu
algo especial, então também te dei algo muito especial pra mim. Meu
primeiro beijo.
Olhou para ele a sua frente, sabia que estava
vermelha. Principalmente quando ele levou sua mão a seu rosto e
olhando-as nos olhos
- seu primeiro beijo era pra ser com alguém
especial, não acha? Alguém por quem você estivesse apaixonada.
-
quem melhor que meu melhor amigo em? Quanto à paixão.
Ela fez
uma careta que o fez rir, olhou nos olhos dela aumentou o sorriso
-
pensei que o primeiro beijo de uma garrota tivesse que ser doce,
entretanto o seu é salgado.
Olhou nos olhos dele mais uma vez, as
lagrimas que tinham cessado voltaram, ainda com mais intensidade, o
sorriso travesso de outrora tornou-se triste, apertava suas mão
segurando a barra da saia que usava na tentativa de controlar as
lagrimas, tentativa essa mais uma vez frustrada pois a cada tentativa
chorava copiosamente.
-talvez por que esse seja um beijo de adeus,
e beijos assim nunca serão doces. Adeus inuyasha.
Ele estendeu a mão ate a face da
jovem, enxugando as lagrimas que teimavam em cair. Deslizando-as ate
seu pescoço, puxando a mesma novamente para um beijo, com a mão
livre guiou os braços dela ate seu pescoço, logo em seguida
deslizado-as ate sua cintura. Corresponda, corresponda,
corresponda... Era a única coisa que ele pensava no momento, e
quando a sentiu corresponder, por kami! Por mais que tentasse jamais
saberia descrever o que sentira no momento, a enlaçou em seus braços
para que podessem aprofundar mais o beijo, mas logo tiveram que se
separarem por falta de ar. Com a testa junto a dela respirando ainda
com dificuldade.
- jamais diria adeus, adeus são para aqueles que
nunca mais se encontraram, e como eu pretendo vê-la novamente muito
em breve, então direi ate logo, pois logo estarei em breve estarei
novamente ao seu lado. Bruxa!
viu-a franzir o cenho quando o ouviu
a chamar de bruxa, contudo não pode deixar de sorrir quando viu se
formar um sorriso nos lábios da garota a sua frente.
- então
certo, ate logo inuyasha. Sentiu-o estalar um beijo em sua testa,
dando-lhe mais um abraço. Ele pegou a mala de mão e se dirigiu para
o portão de embarque, porem antes de entra virou-se e a viu fitando
com um olhar triste, deu um meio sorriso.
- hei! Kagome! Espero
que este tenha sido doce, pois os beijos de "ate logo", sempre
vêem acompanhado da esperança de um breve reencontro.
- ATE
LOGO! Dizia enquanto acenava com a mão. – meu amigo. Meu amigo??
Disse mais pra si
mesma.
...........................................fim de flex
bakh.......................................
Sango que escutava tudo sem nem ao
menos pisca, de tão concentrada na historia, estava boquiaberta.
Quando kagome terminou de relata toda a historia, que olhou para a
morena ao seu lado pode ver no rosto da mesma incredulidade.
- eu
não posso acreditar! Tudo isso aconteceu, e só agora que você me
conta. Depois de dois anos!
- eu não sabia o que pensar de tudo
isso, na verdade nem entendia direito o que tinha acontecido. Como
podia eu de uma hora pra outra beija meu melhor ?!
-
como você podia se apaixonar por ele? Não é?
- Nani? Não! Não,
não, eu não estou eu não posso. Sango! Ele é meu melhor amigo, e
depois, se ele não corresponder meus sentimentos. Vai ficar tudo
estranho entre nós.
- é, então você admitiu que gosta dele não
é, e isso já é alguma coisa. E quanto a vocês serem amigos o que
tem isso de mais. Eu e o miroki também éramos amigos.
- eu to
tão confusa, não sei o que pensar. Ou melhor, não consigo para de
pensar.
Falava afundado o rosto no travesseiro, seu rosto inchado
de tanto chora, seus olhos que outrora estavam tão vivos e alegres,
estavam agora tristes e vermelhos. Sentiu sango afagar seus cabelos,
sabia que a amiga queria ajudar, e às vezes apenas a companhia de
alguém já era o bastante. Queria dormi e esquecer esta noite,
principalmente a cena que não parava de rolar em sua mente como um
disco velho, a qual seu amigo, por quem tem tanto carinho, estava nos
braços de outra. Céus como tinha medo admitir, pois sábia que
quando admitisse que realmente o amasse nada mais seria como era
antes. E sinceramente tinha, mas medo do que pudesse acontecer.
Preferia estar ao seu lado como amiga. Sábia que era covardia de sua
parte, mas não havia, mas nada que podesse fazer.
- é melhor
irmos dormi kagome. Amanhã será um longo dia.
