Sinto Por Ele
Dione
Amizade: Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por afeição sexual.
Sim, amizade era isso mesmo. Um sentimento de simpatia, afeição por alguém, e nada mais. Apenas gostar de alguém. Sem atração sexual. O mais importante de tudo. O que eu sentia por ele era somente amizade, nada mais que isso. Gostaria de sempre poder contar com ele, contar segredos, compartilhar fatos, e muito mais. Eu gostaria que ele sentisse o mesmo por mim, que sentisse que podia contar comigo, que pudesse compartilhar coisas comigo. Nada mais. Mas parece que quanto mais o tempo passa, mais os sentimentos amadurecem e se tornam outros baseados nos antigos, e na maioria das vezes, mais verdadeiros. E o meu sentimento por Harry mudou, ele amadureceu. Mas mudou para qual?
Amor: Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa.
Não, esse significado não se aplica no que sinto por ele. Era o que sentia antes. Não é mais isso. Algo mudou, aconteceu. Passou dessa etapa. É uma coisa mais forte e mais precisa, mas mesmo assim, menos lógica e menos exata.
Amor: Sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também atração física. Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura.
Esse era um significado bem condizente com o que sinto. Eu também sinto amizade por ele ainda. Por que amizade é um tipo de amor. Mas aquele sentimento, aquela amizade evoluiu, sem por que nem para quê. Apenas mudara o estágio, e passara a ser mais que querer compartilhar, querer contar segredos. Era querer fazer parte desses segredos, era querer fazer parte dos pensamentos, das falas, dos fatos, de tudo que acontecesse com Harry. Era querer estar sempre presente. Mas também passa disso. Cheguei ao ponto de desejá-lo, de querer beijá-lo como homem, não como amigo. De poder abraçá-lo mais forte que os demais, de tê-lo para mim, e não somente em pensamento, mas também em corpo.
Eu sempre vou assumir que sou amiga dele e que sempre fui. Mas nunca vou poder assumir que o amo. Que o amava mais que tudo, e que esses simples e míseros verbetes, eram muito, muito pouco para classificar os sentimentos que tenho por ele.
O que sinto por ele é mais real e mais consistente que as palavras podem descrever, mas é bem menos idealista. Essas palavras me passavam coisas irreais, coisas que eu simplesmente tenho por ele antes desse estágio atual. Não chega a ser necessário a todo o momento, mas ele é um fato, um fato que nunca quero que saia da minha vida, ou que seja apagado pelo tempo.