Nome do autor: Dione
Título:
Ship: Ron/Hermione
Gênero: Romance/ Drama
Classificação: K+
Spoiler: 7
Observação: Pós-Hogwarts

Item:

- Caco de Vidro

NA: Dark, você me fez escrever um ship, que pra mim, só no livro e olhe lá. Esse é meu presente de natal pra ti, e espero que goste. O formato da fic foi quase que um poeminha teatral relacionando os sentimentos, dores e afins da Mione.. Essa fic foi escrita em 20 minutos, e tem rimas casuais, então, perdoe-as. Não foi nada montado, aconteceu. E é presente também pra uma ficwriter que vai betar minha PWP,(se minha criatividade vier) Mandy.

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Coração de vidro

Por Dione

Amizade. Paixão. Amor.

Sentimentos diferentes.

Todos para ele, por ele.

Sentidos por mim, direcionados a ele.

Tudo era para ele.

" Por que, se eu te dei tudo? Lhe dei amor, paixão."

" Não é tão simples assim."

" Mas então, complique."

" Eu tinha uma amiga, não uma mulher ao meu lado na cama."

Meu coração.

Sempre foi e será dele até o meu fim.

Mas sua construção foi frágil.

E eu mesma não sabia.

Meu coração era de vidro.

" Eu sempre fiz tudo o que me pediu, nunca relutei. Tudo o que você quis, era lei."

" Mas o que eu queria era que você respondesse, que você implicasse."

" Então você nunca me quis. Por que você bem sabe que não sou assim."

" Era só amizade, Hermione. Meu sentimento não mudou, mas não era amor. e isso não foi traição."

E quando descobri, algo quebrou.

Meu coração se espatifou na escuridão do vácuo imenso ao meu redor.

E eu vi o vento levar os cacos míseros.

Os cacos de vidro, que antes, eram meu coração.

" Hermione, o que está fazendo?"

Um copo. Quebrado.

Cacos de copo. Cacos do coração.

Sangue. Da sua mão.

Sangue. Do seu coração.

Seu coração de vidro sangrava.

" Hermione, deixe-me curar isso aqui."

" Não. Deixe sangrar. Está vendo o sangue das minhas mãos? É o sangue do meu coração."

" Eu não queria te magoar, só gostaria que você me entendesse, me perdoasse."

" Perdoar é possível, Ronald. Entender uma traição é impossível."

Uma vez quebrado, nunca consertado.

Os cacos levados foram embora e não voltaram.

E só sobrara o vento cantando em seu ouvido.

E mandando sua razão embora.

" Suma."

" O quê você disse?"

" Suma. Saia de perto de mim." – Pisou nos cacos a sua frente, e sentiu a dor. A dor de esmagar seu coração.

" Eu..."

" SUMA!"

Ele a respeitou.

Saiu e não voltou.

Assim como os cacos do seu coração também não.

Agora ela chorava. Chorava por amor.

" Sua traição foi mais fundo que qualquer outra coisa, Ronald."

Chorava também por ódio. Por dor. Por rancor.

Seu próprio corpo acabara de quebrar e virar cacos.

Cacos de vidro quebrados.

" Não há recurso, nem explicação."

Cacos unidos, sem conexão.

Era os cacos do seu corpo e coração.

E todos os cacos foram levados pelo vento.

E só sobrava o canto da dor.

" Você conseguiu. Me traiu. E me destruiu."