Blood Case

Titulo: Blood Case - Five Five:Fifty-Five
Categoria: Bandas / the GazettE (menção de outras bandas)
Gênero: Yaoi/Slash, Policial, Mistério, Sobrenatural, Romance, Drama, Angst, Lemon
Personagens: Aoi, Kai, Uruha, Reita, Ruki, Miyavi, ...
Beta: Pipe

Disclamer: the GazettE pertence a PSCompany, mas em uma mesa de jogos em plena Las Vegas, aproveitando que todos estavam bêbados - inclusive Aoi - fiz com que assinassem um documento me dando plenos poderes sobre seus corpos enquanto Blood Case esta sendo escrita, logo, eles são meus temporariamente, hehe

Sinopse: Uruha é um investigador particular que acaba topando - em um de seus casos - com Aoi, um vampiro de aproximadamente 450 anos que é filho bastardo de Henrique VIII. Em meio às investigações, Uruha começa a notar que seus casos vão sempre para o lado sobrenatural, ainda mais depois de conhecer Aoi. Infelizmente para conseguir desvendar alguns casos, o jovem investigador precisa constantemente da ajuda de seu ex-parceiro, o cético policial Reita. Entre casos estranhos e mortes sem soluções lógicas, será que um triângulo amoroso se forma? Ou quem sabe um quarteto?

Esta fic se baseia na série de televisão canadense Blood Ties, a qual fora escrita com base na série de livro sobre vampirismo da escritora Tanya Huff. Por isto, para quem assiste à série, aviso: Estarei sim trabalhando, escrevendo e adaptando muitas das falas, cenas e afins da série para encaixar os personagens de the GazettE. Então, com os créditos dados a escritora dos livros e a série, se me permitem, tenho que analisar e escrever. Sintam-se à vontade para ler e comentar se assim desejarem.


Blood Case

- Five:Fifty-Five –

Parte 01


-

As portas duplas de vidro se abrem dando passagem para três indivíduos que caminham apressadamente…

"Tomara que toda essa espera seja recompensada quando recuperamos esse seu... troço". Comentou o moreno.

"Um vaso de vidro do Primeiro Século Romano, dificilmente é... um troço!". Comentou o cliente.

Caminhavam rápido pelo saguão do hotel, passando distraidamente pelo recepcionista e por mais um outro homem...

"O que não entendo é: se a coisa tem tanto valor, porque você enviou esse troço para o tal Benoit sem ver a cor do dinheiro? É estúpido!". O terceiro homem, maior dentre os três, comentou enquanto arrumava os óculos, de aro negro, em seu rosto ao virarem em um dos corredores.

"Eu sempre fiz assim antes, ora... Ele primeiro avalia a peça e depois manda o dinheiro". Notou os outros dois o olhando de forma incrédula. "Ele sempre me pagava. Pagava-me praticamente na hora".

"Bem, se conseguirmos recuperar o troço...".

"Vaso...".

"Ok, o tal vasotroçoromano para você...". Olhou mal-humorado - pela interrupção - para o outro, mas continuou. "... é melhor reconsiderar a forma como pratica seus negócios". Falava enquanto mais uma vez dobrava em um dos corredores do hotel.

"Como ele se parece?". Questionou o moreno.

"O vaso?".

"Não, o cara". Rolou os olhos.

"Ah, me disseram que ele tem quase 50 anos. Parece que ele é de Portland".

"Espera, você nem mesmo o conhece?". O moreno olhava para o cliente sem acreditar na estupidez. "Vamos pegar esse vaso e dar o fora daqui, certo?". Questionou, irritado, o parceiro ignorando o cliente.

"Wow, parece que alguém acabou de ficar irritadiço!". Zombou o maior.

Irritado com a situação, agarrou o braço direto do maior, fazendo-o voltar-se para si. O cliente, senhor Keller, parou logo atrás dos dois.

"Eu vim pra cá assim que você me chamou. Se eu soubesse que nesta noite teríamos apenas um caso de simples recuperação, eu teria...". Interrompeu a fala, olhando para o cliente e aspirando o ar – que não precisava, fazendo assim um barulho de pura irritação –, voltou a fitar o maior nos olhos escondidos por detrás das lentes. "... feito uma parada para morder antes...".

"Oh...". Foi o único som que saiu daqueles lábios em entendimento.

Uma sensação pairou pelo local, atraindo a atenção do moreno, fazendo com que suspendesse qualquer possível assunto de imediato. Seus olhos e sentidos aguçados perscrutavam cada canto. Como se estivesse atrás de uma presa.

O parceiro ao notar a postura adotada pelo outro, se preocupou. Tinha algo estranho ali.

"Aoi, o que foi?"

"Tem algo aqui... Sinto dor, medo e ódio...". Seus olhos vagavam atentos pelo corredor à sua frente enquanto continuava a descrever... "Sofrimento...".

"Aoi, estamos no motel 'Nem te conto'. A pior coisa que pode estar acontecendo neste momento é: um garoto bem ocupado com alguém tentando resolver problemas de pagamento, ham?!". Fez uma piada que foi completamente ignorada pelo moreno.

"Sinto uma presença aqui". Aoi comentou enquanto começava a andar a espreita. Ignorando o parceiro. "Uma marcação... deles". Afastou-se a passos apressados, seguindo seus instintos. Deixando para trás os outros dois.

"Aoi?". Chamou o maior ao ver o moreno se afastar. E ao notar que este não dava sinais que iria parar, começou a segui-lo.

O terceiro, o Sr. Keller, que até então havia se calado ouvindo a estranha conversa entre os dois homens, para não ficar para trás, começou a segui-los pelo corredor do hotel.

A porta do quarto 403 bateu com força antes dos três homens adentrarem o corredor. Enquanto seguiam o corredor mais à frente, deixando-se levar pelos instintos de Aoi, se depararam com uma camareira fazendo uma entrega – frustrada -; a bandeja, por puro descuido, tombara no chão espalhando os petiscos, gelo e copos.

Mesmo observando os três aquela cena, optaram por não ajudarem. Estavam em um caso, seguindo – segundo Aoi – uma presença. Não tinham tempo e nem poderiam parar para ajudar em algo tão corriqueiro quanto aquilo. Sendo assim continuaram a caminhar pelo corredor.

O silêncio que envolvia os três, aparentemente estava incomodando um dos homens, e para acabar com essa sensação, o mesmo fora quebrado...

"Com certeza seus métodos são estranhos. Nunca vi algo assim. Seu amigo mais se parece com um cachorro puro-sangue". Disse enquanto caminhava o Sr. Keller.

"Você entendeu perfeitamente a parte que diz respeito a sangue, meu chapa...". Comentou sarcástico o maior do trio.

Os três pararam subitamente. O corredor mais a frente fazia uma curva, direcionado para a esquerda, e ao fundo, uma janela se encontrava aberta com as cortinas semitransparentes balançando em meio a um vento que não existia.

Um estrondo foi ouvido enquanto as cortinas ainda tremulavam.

Ardência.

"Arrgg...!". Puxando rapidamente a manga comprida da blusa de gola rolê preta para cima, pode ver as tatuagens que adornavam os seus pulsos brilhando como se estivessem pegando fogo, e as mesmas estavam ardendo intensamente em resposta a algo sobrenatural.

Seus olhos, embaçados pela dor e pela lente fora de foco, fitaram novamente a janela, e mesmo com a visão enevoada pode notar vultos negros, fantasmagóricos voando em sua direção. Na direção dos três.

O primeiro a ser atingido foi Aoi, que sendo envolto em uma luz de tom amarelo, era circundado por espectros sedentos. Segundos depois os mesmos espectros voaram para cima dos outros dois...

-B.C-

O relógio na mesinha marcava 5:55. Final de tarde, início de mais uma agitada noite...

Assustado, dando um pulo e olhando para os lados ainda se debatendo, encontrava-se um homem. Sua respiração estava descompassada. Seus olhos escuros vasculhavam ao redor...

"Ok, sua meia hora acabou". Determinou um rapaz alto, de cabelos com um corte longo picotado, bagunçado com gel, em roupas pretas com detalhes em pink, cujo seus olhos 'azuis' encontravam-se demarcados por delineador negro, quando havia aberto a pequena janela de divisão das salas.

Ainda assustado, o homem de cabelos loiro-mel se levantou. Estava tendo dificuldade para se localizar. Aquilo fora um pesadelo? Se foi... Porque a sensação de realidade estava lhe parecendo distorcida?

"Uruha, você está bem?". Abriu a porta que separava as salas e entrou preocupado.

Ainda se sentia confuso ao caminhar pela saleta com a respiração desordenada.

"Não... Eu tive... humm... eu tive um sonho, ou algo do tipo...". Disse zonzo.

"Pelo seu estado parece que teve mais um pesadelo então...". Franziu o cenho.

"Sim, eu estava... Eu... Eu e Aoi estávamos em um motel...". Passou a mão pela testa tentando focar a visão.

"Então isso não é pesadelo, Uruha. Quem me dera...". Falava com um sorriso maroto nos lábios, mas fora interrompido.

"Estou falando sério, Miyavi. Eu e Aoi estávamos num prédio, era um motel. Estávamos caminhando pelos corredores e algo veio na nossa direção. Era como uma energia, maligna, ou algo parecido...". Sua respiração estava ainda abalada.

"E??". Soergueu uma das sobrancelhas.

Engoliu em seco ao fitar os olhos do assistente ao responder...

"E eu morri...". Seus olhos estavam bem abertos, fitando o moreno.

"Uau, que sonho legal!".

"Não. Não foi um sonho legal, Miyavi... O que quer que seja, me rasgou ao meio e eu pude sentir cada mísero momento disso". Seus olhos vagaram para o relógio, notando que o mesmo marcava 5:55. Algo estava estranho.

"Oookey... Nada de burritos congelados para o almoço". Comentou o assistente que mesmo preocupado tentava soltar uma piada para aliviar a visível tensão. "Ah, preciso do arquivo do Ackerman". Mudou de assunto rapidamente.

O loiro, ainda zonzo, virou-se para pegar o arquivo que se encontrava sobre sua mesa. Seus olhos recaíram no jornal do dia, Toronto Sun, onde se destacava uma notícia: 'Solucionado! Polícia resolve mistério de 30 anos. Suspeito entrega assassino do armazém'. Pegando o jornal e colocando-o de lado, seus dedos buscam tateando pela mesa o arquivo. Com o mesmo já em mãos para entregar ao moreno, em um ato descuidado, a ponta do arquivo esbarra em um cálice dourado, adornado com uma cúpula de vidro vermelho, fazendo o objeto tombar no chão, espatifando o delicado adorno.

"Merda!". Fitava o cálice no chão.

"O cálice!".

"Foi um acidente, Miyavi... Desculpe-me". Desculpava-se preocupado.

"Eu sabia... Sabia que você o odiava!". O moreno comentou, apontando-lhe o dedo, frustrado.

"Não, não é isso, eu até que gostava muito dele...". Estava pra se abaixar quando na porta um homem surgiu interrompendo o ato e a conversa.

"Olá, Takashima Kouyou?". O homem, com cabelos castanhos mesclados com fios grisalhos, adentrou a pequena saleta.

Uruha fitava o homem com certa estranheza.

"Nós nos conhecemos...". Apontou para o homem.

"Eu acho que não". Respondeu o senhor em retorno. "Sou Jacob Keller, e preciso da sua ajuda". Disse aflito, fitando os olhos do investigador.

-5:55-

Durante a conversa, descobriu que o Sr. Keller era vendedor de antiguidades e que o mesmo estava procurando por um de seus sócios no negócio, o Sr. Benoit Fournier.

O nome não lhe parecia estranho, como se de alguma forma já tivesse ouvido sobre o mesmo, porém, mesmo buscando em sua mente, não consiga assimilá-lo.

O Sr. Keller informara que seu sócio lhe contratara para procurar por uma peça especifica para ele, um vaso de vidro Romano, e que já havia lhe enviado o artefato a mais de um mês para o sócio e que até a presente data o mesmo não lhe enviara nenhum pagamento.

O número do sócio não se encontrava na lista e com isso não tinha como procurá-lo para saber o que tinha acontecido, ou até mesmo para recuperar o vaso. O que mais conseguia pensar era que seu sócio havia lhe passado à perna, e que era vítima de uma fraude.

"E para onde exatamente você enviou o vaso?". Questionou o loiro após ouvir com atenção.

"Usei um entregador, e tudo que tive em troca foi o endereço de cobrança, que era nada mais do que uma caixa postal em uma loja de fotocópias". Disse sem jeito ao sentar-se no sofá.

"Você costuma negociar com pessoas que nem mesmo conhece um pouco?". Perguntou descrente.

"Sim". Disse se ajeitando vendo o olhar incrédulo do investigador. "Ele é um homem muito rico, e também reservado...". Viu o outro elevar as sobrancelhas. "E não gosta que saibam onde reside...".

"Pelo visto ele é um dos grandes. Que está no topo do topo...".

"Meus contatos são pessoas excêntricas. A gente aprende a não fazer perguntas".

"Quando você é pobre, você é louco. Quando você é rico, você é excêntrico, certo?". Mantinha uma sobrancelha erguida e os braços cruzados sobre o tórax.

"Os meios que usei para encontrar esse vaso eu não posso te revelar. Mas confesso que os meus negócios não sobreviverão se não encontrar logo o meu sócio e for pago pelo serviço".

Um pequeno momento de silêncio pairou entre eles...

"Verei o que posso fazer. Darei uma olhada".

O Sr. Keller meneou a cabeça concordando e de seu casaco retirou um cartão. Solicitando para que ligasse a qualquer hora, dia ou noite, caso alguma pista fosse encontrada.

Segundos depois, o homem parado na porta já pronto para se retirar fitava o jovem investigador, que distraído olhava intensamente o cartão em sua mão, passando entre os dedos pensativamente.

-B.C-

A noite já se fazia alta e Uruha se encontra ao telefone investigando mais uma empresa de entregas...

"Hey Gary, estou um pouco enrolado e pensei que você poderia me fazer um favor...". Riu ao ouvi a resposta do outro. "Oh, você deve ser fantástico... Aposto que você é realmente bonito, com uma voz dessas... Pena que você esteja tão longe". Riu mais um pouco. "Escute Gary, temos aqui um pacote endereçado a caixa postal 413 em seu endereço, e como possuímos uma política restrita de não enviar encomendas para caixas de correio... Então, eu estava pensando se você me daria o endereço do registro e assim poderíamos fazer a entrega corretamente...". Mais um riso escapou de seus lábios entre o flerte para conseguir as informações.

Seus olhos, ao se desviarem em direção à porta - uma vez que havia escutado passos -, pousaram sobre uma figura sensual que se encontrava encostada no batente da mesma, segurando um sobretudo negro em um dos braços, vestindo uma blusa negra com finos fios de cor prata, aberta até a metade do tórax, deixando a mostra a pele alva. Era seu parceiro noturno. O vampiro Shiroyama Yuu, mas conhecido como Aoi.

Um pouco desconcertado por ter sido pego flertando com um desconhecido pelo telefone para conseguir informações, e vendo o sorriso malicioso que brotava nos lábios bem desenhados – e tentadoramente carnudos - daquele ser que lhe fitava, tentava manter o ritmo da conversa. Afinal, não queria perder o que o funcionário da empresa poderia lhe dizer.

"Oh, vamos lá Gary... Esse não é o meu primeiro contato. Eu sei que vocês possuem o endereço...". Sorriu vitorioso ao se ajeitar na mesa para começar a anotar. "Uma companhia numerada? 22 Corrigan...". Repetiu enquanto anotava. "Oh Gary, você é maravilhoso... Fico te devendo essa". Olhou para o vampiro e viu este sorrindo mais abertamente.

Ao desligar o telefone rapidamente, voltou-se para o outro e apontando o dedo...

"Não...". Seu semblante estava fechado, já prevendo as possíveis piadas do outro.

"Me responda uma coisa... Diga-me que você sempre depende da sutileza de estranhos". Disse sarcástico.

Uruha nada replicou naquele momento. Apenas puxou sua jaqueta de couro negro da cadeira e passou batido pela porta quase atropelando Aoi.

"Bem, se isso não apimentar a noite, eu não sei o que poderia...". Deu de ombro antes de seguir o loiro, imaginando qual outra gracinha poderia soltar para tirar do sério o investigador.

-5:55-

Uruha, Aoi e Sr.Keller, caminhavam pelos corredores da empresa onde Benoit Fournier se encontrava, a mesma que estava ligada ao endereço da caixa postal.

Havia uma movimentação ao final do corredor, em frente a uma das salas. Um policial montava guarda no local, enquanto dentro dela, outras pessoas, policiais e responsáveis pela perícia, se encontravam agitados.

"Eu tenho que entrar lá, quero pegar a minha peça!". Disse Keller simplesmente ignorando o que pode ter acontecido no local.

"Espere!". O vampiro disse ao passar a frente do cliente.

"Apenas o mantenha aqui do lado de fora". Uruha pediu ao parceiro antes de se voltar em direção à sala.

Caminhando apressado, seus olhos por detrás das lentes fitaram o policial fardado em frente a porta.

"Olá John!". Cumprimentou o policial e adentrou a sala.

Uma faixa amarela isolava o local do crime, deixando claro que apenas o pessoal envolvido poderia ultrapassar.

Aoi e Keller observavam do lado de fora com curiosidade, cada um com seus pensamentos.

Dentro da sala movimentada de policiais e peritos, um corpo jazia estirado de bruços sobre o tapete.

"Os peritos dizem que ele não deve estar morto há mais de uma hora". Um dos policiais comenta com o parceiro enquanto ajeita a luva e passava para perto da janela.

"E o cara do quarto ao lado?". Questionou o parceiro.

"Nunca se falaram, e achava que ele tinha um trabalho estranho". Riu baixo enquanto anotava algo mais no bloco em suas mãos.

Os olhos do policial mais alto e loiro vagavam pelo local, até pousar em um determinado trecho. Sua mão envolta na luva elevou-se apontando.

"Vi uma pegada de sangue na estante...".

"Sim, já coloquei a perícia a par. Dentro de poucas horas teremos algum resultado".

"Bom trabalho, Takanori". Sorriu ao parceiro, vendo este lhe sorrir discretamente antes de se abaixar e analisar mais uma vez o corpo. Passos ao seu lado lhe chamaram a atenção.

"Ah...". Virou o rosto tão logo seus olhos bateram sobre a vitima. "Este é Benoit Fournier?".

"Oh não, isso não pode ser bom...". Murmurou desanimado ao ver o loiro maior ao seu lado.

"Obrigado pela calorosa recepção, Akira!". Sarcástico como sempre.

"Qualquer outro momento que não seja o de um homicídio, certo?". Voltou o rosto para encarar o maior. "Então... O que desta vez? Vai me dizer que ele foi morto pelo bicho papão ou por uma gárgula?". Elevou uma de suas sobrancelhas.

"Não...". Olhou com um discreto sorriso nos lábios. "... só estou aqui para reaver uma peça de vidro romana". Passou a mão pela franja e ajeitou os óculos. "Não posso acreditar nisso. O primeiro caso normal que recebo e o cara com quem eu precisava ter uma palavrinha, está morto!". Fez uma pausa ao caminhar até o corpo e questionar ao outro. "O que aconteceu?".

Um suspiro saiu dos lábios do policial loiro antes de sua voz...

"Bem, temos um único ferimento pontiagudo em seu abdômen. O local foi, obviamente, revirado de cabeça pra baixo. Provavelmente ocorreu uma luta". Relatou sem saber exatamente o porquê disto.

"Sim, parece que ele tem marcas, defensivas, em suas mãos...". Seus olhos recaíram sobre o outro policial ali agachado. "Olá Takanori!". Desviou o olhar ao receber outro nada agradável.

Voltando seus olhos para o policial loiro que ali permanecia prostrado, observou por pouco segundos um detalhe, e logo se levantou...

"É a sua faixa da sorte?". Se aproximou olhando.

"Hum?!". Tocou a faixa sobre o rosto. "Não, é somente uma faixa".

"É somente a sua faixa da sorte...". Fitou-o diretamente. "Com quem você gostaria de ter sorte hoje, Reita?". Seus olhos estreitaram ao sibilar o apelido, e logo voltou o rosto em direção ao parceiro do policial. "Ah... certo!". Abaixou a cabeça.

"Olha, não existe isso de sorte...". Gaguejava levemente. "Esta é a mesma faixa que você me deu depois... Depois de resolvermos as mortes 'Àries', ok? Para mim é apenas ligado ao trabalho".

Um pequeno momento de desconforto pairou entre eles. Cada um olhando para um lado.

"Ohh... Ok, ta legal! Sim... Quando recebemos a ligação, eu e Takanori estávamos fora, celebrando o encerramento do caso Nicholls...". Passou a mão pelo cabelo e logo sentiu a textura da luva.

"Sim, eu ouvi sobre isso. Parabéns!". Falou ainda desconfortável.

"Quem poderia imaginar que tinha sido o velho, huh?". Olhava para frente, longe dos olhos castanhos que lhe fitavam.

"Tsc, com certeza eu não". Riu discreto.

"Trabalhamos nesse caso por quanto tempo? Seis meses completos?". Riu e olhou para o parceiro do outro lado da sala. "Takanori reabriu o caso semana passada, dizendo que tinha uma suposição sobre os arranhões no volante do velho". O sorriso agora era bem diferente.

"Isso sim que é uma bela suposição...". Uma pontada de inveja rondava seu comentário ao olhar em direção ao policial menor que estava absorto na investigação juntamente com os peritos.

Akira notando o semblante do amigo, se aproximou de seu rosto, comentando baixo.

"Tenho certeza que se tivéssemos mais tempo, conseguiríamos resolver, ok?". Sua voz era mais tenra que o normal.

Ambos se fitavam.

"Sim, sim, conseguiríamos...". Disse concordando simplesmente para mudar de assunto.

Seus olhos nesse momento recaíram-se sobre um bloco de notas acima da mesinha de mogno ao lado do sofá. No papel encontrava-se uma anotação...

"Empire
Hotel
Midnight
"

"Então, quem é esse cliente?". Akira questionava, fazendo com que a atenção do loiro voltasse para si.

"Oh!". Encarou o amigo. "Um homem chamado Jacob Keller". Optou por não comentar sobre a anotação. "Estávamos juntos pela última uma hora e meia, sendo assim não tenha esperanças".

"Ok, só checando possibilidades...". Desviou o olhar para o corpo no chão.

"Aham... Todas elas". Mordeu o canto do lábio inferior, tentando não aparentar inquietação. Mas encontrando uma outra forma de... implicar. "Então você foi celebrar usando a sua faixa da sorte... com ele...". Mordia-se por dentro.

Akira olhou para o loiro e com um suspiro irritado e olhos estreitos deixou sua voz sair...

"Sim... Totalmente profissional...".

Uruha olhara intensamente para o loiro à sua frente, e com um retorcer de lábios, colocando suas mãos dentro dos bolsos da jaqueta, deu a volta se retirando.

Akira desconcertado por tudo o que pode ler nas feições do loiro, após jogar o peso do corpo de um lado para o outro, abriu seus braços tentando verter alguma explicação.

"É apenas uma faixa, Kou!". Deixou os braços largados ao lado do corpo enquanto via a silhueta do loiro mais alto sumir pela porta.

-B.C.-

"Ele está morto...". Disse ao sair da sala, passando por baixo da faixa que interditava o local.

"O que você quer dizer com 'ele está morto'?". O cliente questionava incrédulo.

"Parece que ele foi assaltado, o local está todo revirado!". Caminhava apressado, sendo seguido pelo homem, e pelo vampiro.

"Temos que recuperar a peça, eles devem ter uma idéia de quem fez isso!". Keller continuava falando, seguindo pelo corredor.

"Hey!". Falou parando em meio ao caminho, voltando-se para o cliente. "Um homem foi morto naquela sala!". Voltou a andar.

"Mas eu devo dinheiro para as pessoas que me venderam aquela peça!". Dizia desesperado. "Eu tenho que conseguir aquilo de volta. Você vai me ajudar ou não?".

"Eu sei onde a sua peça vai estar hoje a noite...". Disse que se afastou rapidamente. Aquele homem estava lhe deixando doído.

Aoi até então não dissera nada, apenas observava a ambos, traçando mentalmente suas conclusões.

-5:55-

Uma camareira passava tranquilamente pelo hall do hotel, enquanto o recepcionista assoviando uma melodia observava a mulher em sua vestimenta padrão rosa, passar com algumas toalhas em mão.

Portas duplas de vidro se abrem dando passagem para três indivíduos que caminham apressadamente…

Olhos castanhos escuros fitam o recepcionista, e olhos ônix seguem o mesmo destino...

"Ok, eu acho que é hora de você me dizer o que está acontecendo aqui...". Aoi voltou seu olhar para o loiro, que olhava atentamente para todos os lugares daquele hall. Vendo que o cliente se afastara de ambos, aproveitou... "Como você sabia que o vaso não se encontrava no escritório de Benoit? A polícia acredita que o assassino roubou e o levou embora...". Disse parando a frente do loiro.

"Eu sei. Benoit tinha o compromisso de comprar o vaso, e tinha uma anotação em um bloco no escritório". Olhava para todas as direções, franzindo o semblante.

"Isso poderia ser da semana passada, ou noite passada...". Olhava para o loiro notando sua inquietação.

"Você já teve uma sensação... Como se você já estivesse presenciado, estado, em algum determinado local antes?". Voltou a caminhar, olhando de um lado ao outro, tendo o vampiro ao seu lado.

"Você se refere como déjà-vu, paramnésia?".

"Algo do tipo... Só que tenho a sensação de algo maior...". Viraram em um corredor a esquerda.

"Este não seria o tipo de lugar que eu visitaria duas vezes, Uruha. Mesmo em um déjà-vu...". Sorriu maroto.

"Dois caras saem para um drink... Isso é um encontro?".

"Sobre exatamente o que estamos falando?". Soergue uma sobrancelha enquanto seguia o loiro.

"Estava apenas imaginando. Digo, em um drink está implícito avanço sexual?". Lançou a pergunta e novamente voltou o rosto para os demais corredores e portas.

O moreno apenas parou de andar, ao lado do loiro para poder fazer uma analise.

"Uma outra relação tão estranha quanto a que partilhamos, sem sexo – não por mim, e não ainda –, infelizmente. Isso para mim é altamente novo. Não tenho muita experiência neste tipo de encontros". Sorriu de canto.

"Sério?". Fitou o moreno, que uma ponta de sarcasmo. "Então você não deixa a sua marca neles antes de morder?". Voltou a andar, passos casuais, enquanto a conversa fluía.

"Meus relacionamentos são usualmente intensos e passionais em um primeiro momento". Olhou rapidamente para o rosto do loiro ao seu lado. "Eu não preciso fazer um avanço sexual... Eu sou um!". Terminou a frase sussurrando-a ao pé da orelha do loiro, envolvendo sua cintura de modo provocante.

Sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo. Era sempre assim, quando se descuidava, abaixava suas barreiras, Aoi vinha e lhe instigava de alguma forma.

"Eu odeio quando você faz isso...". Tentou se desvencilhar dos braços do moreno.

"Eu sei que sim...". Roçou o corpo antes de liberar o loiro. "Qual o motivo de todo esse questionamento?". Voltaram a andar.

"Bem, eu só estava imaginando o porquê um cara iria colocar sua...". Hesitou e tentou disfarçar. "... gravata da sorte apenas para trabalhar, especialmente quando ele pretendia sair com uma pessoa mais tarde".

"Humm... Este cara hipotético que estamos falando...". Umedeceu os lábios. "Porque seria tão errado ele usar sua... gravata da sorte, se ele acredita em tal coisa, para um encontro após o trabalho?". Franziu o cenho. "Esse cara hipotético que estamos falando, não seria o Suzuki e sua 'faixa' da sorte?". Arqueou a sobrancelha.

Teve que soltar um suspiro. Era difícil enganar Aoi com coisas como aquilo.

"Porque talvez quem tenha dado a ele o pedaço de pano da sorte, tenha sido eu?, e que essa pessoa, no caso eu, poderia ficar chateado de vê-lo usando com um otário qualquer?". Encostou-se a parede, evitando olhar no rosto do moreno, sabendo o que poderia encontrar ali.

"Olha...". Rolou os olhos antes de prosseguir. "Se for de algum consolo, acredito que seja necessário muito mais do que um simples acessório para se conquistar alguém".

Ajeitou os óculos e se desencostou da parede.

"Você não tem uma camisa da sorte, ou cuecas...". Parou e olhou atentamente para o vampiro. "Você usa cuecas, não?". Sentiu o rosto esquentar ao ver o sorriso malicioso brotando nos lábios do outro. "Então, camisa, ou meias, da sorte?". Desviou o olhar sem graça pelo lapso.

"Bom...". Cruzou os braços. "Tenho um boné que Ana Bolena me deu um pouco antes dela tentar me envenenar, e eu ainda estou aqui, então eu creio que isso é um acessório de sorte, não?". Aproximou-se mais se aproveitando que o loiro se encontrava de costas e com os braços cruzados. "E se você quiser saber se uso roupa debaixo... posso lhe mostrar a qualquer momento...".

Uruha se manteve parado, firme, sua cabeça balançava em negativa enquanto seus olhos fitavam um ponto qualquer no teto. Descrente daquela conversa.

"Esqueça que eu perguntei...". Disse o loiro de braços cruzados.

O moreno ria discretamente, com a plena intenção de atormentar mais um pouco o outro, mas teve seu intento interrompido pelo aparecimento do cliente. Que voltava a se juntar a eles.

"Humm... Com licença?".

"Keller... Já fez o seu passeio?". O loiro fitava o homem atrás de si.

"Não encontrei nada por lá, e vocês, já encontraram o meu vaso?". Olhava do moreno ao loiro e expectativa.

"Eu acho que tenho uma idéia de onde seu vaso possa estar, mas creio que teremos que nos apressar...".

Os três começam a caminhar, cada vez mais seus passos se aceleram.

O som de farfalhar de tecidos denotava que uma janela se encontrava aberta, o alto ranger da porta - da sala de manutenção - sendo fechada ao passarem pelo corredor, fazia com que os sentidos de todos se colocassem em alerta.

Viraram em um corredor à esquerda, Uruha a frente, sendo seguido por Aoi e o cliente...

"Tomara que toda essa espera seja recompensada quando recuperamos esse seu... troço". Comentou o moreno.

"Um vaso de vidro do Primeiro Século Romano, dificilmente é... um troço!". Comentou o cliente.

"Piknik". Olhou para trás em direção ao moreno, vendo este lhe direcionar um olhar confuso. "Você está com fome, não está?". Observou o outro com a mão por sobre o estomago.

"Eu poderia ter comido". Franziu a testa ao olhar as costas do loiro.

"Você não comeu o dia todo". Disse ainda andando.

"Como você sabe disso?". Estava ficando sério.

Enquanto caminhavam pelo o corredor, àfrente dos três, se depararam com uma camareira fazendo uma entrega – frustrada -; a bandeja, por puro descuido, tombara no chão espalhando os petiscos, gelo e copos.

Os três homens agora estavam parados, olhando a cena.

"Ela fez de novo...". Sentenciou o loiro.

"O que você quer dizer com, 'ela fez de novo'?". O moreno fitava seriamente o rosto do loiro.

"Eu te disse, eu estive aqui antes...". Voltou a caminhar, entendo em seu encalço o vampiro que neste momento não estava com seu bom humor.

"Se for assim, se já esteve aqui antes, deveria fazer com que este caso fosse excessivamente simples, não?". Seus lábios tensos deixavam à mostra os dentes. "Para onde nós vamos a seguir?".

"Eu não sei ao certo...", continuava a caminhar, receoso, pelo corredor. "Nós apenas começamos a procurar pela coisa, e então algo aconteceu...". Piscava algumas vezes para que seus olhos ajustassem o foco.

"Algo como...?". O moreno perguntou desconfiado.

"Como se tivéssemos morrido". Levou uma das mãos à testa, tenso.

"Com licença, sobre o que vocês dois estão falando?". O homem que os seguia estava impaciente com aquela conversa sem sentido.

Aoi parou subitamente. Olhando fixamente em frente, fazendo com que seus músculos faciais se tencionassem.

"Você sentiu isso, não foi? A energia...". O loiro olhava atentamente para o vampiro.

"Como você sabe disso?". Sibilou com os olhos estreitados.

"É ódio, medo, dor e sofrimento...".

Enquanto numerava cada um dos sentimentos que preenchiam o local, notava como o corpo do vampiro se movia ao andar. Como se estivesse espreitando uma presa. Prestes a atacar.

Aoi tomou a dianteira a passos apressados, seguindo seus instintos, virando em mais um dos milhares corredores que aquele hotel possuía, sendo seguido pelos outros dois homens.

Após dobrarem mais um corredor os três pararam subitamente. O corredor era longo e ao final fazia mais uma curva, direcionado para a esquerda. Ao fundo deste, uma janela se encontrava aberta, já vira anteriormente aquela mesma janela, com as cortinas semitransparentes balançando em meio a um vento que não existia.

Desta vez pode ver um homem, de bigode e cavanhaque, vestido todo de preto, portando uma maleta negra. Como se fosse uma arca, recoberta de um material que não conseguia distinguir.

"Ele!". Apontou o loiro na direção do homem.

Este apenas lançou um olhar como se não se importasse e moveu um passo em direção a porta de um dos quartos.

"Eu acho que este é o cara...". Disse olhando o rosto do vampiro.

Aoi deixou suas presas à mostra, e um rugido irrompeu seus lábios no momento em que, usando uma velocidade sobre-humana, segurava o homem a quem Uruha havia apontado.

Pegando o humano pelo pescoço, jogou-o de encontro a parede, fazendo com que este soltasse rapidamente a maleta no chão e esta se abrisse.

Um estrondo foi ouvido enquanto as cortinas ainda tremulavam.

Novamente a ardência.

"Arrgg...!". Suas mangas estavam dobradas um pouco acima dos pulsos, e ao fitar os mesmos, pode visualizar as tatuagens brilhando intensamente, como se estivessem pegando fogo, em resposta a algo sobrenatural.

"Mas... O que é isso?". Keller olhava assustado. Seus olhos logo vagaram para a maleta aberta. "Isso, é isso!". Passou a frente de Uruha seguindo em direção a maleta.

O loiro ainda encurvado pela dor, olhou em direção a maleta. Algo estava errado. Muito errado.

"Keller, não!". Gritou.

Aoi que até então estava imprensando o homem suspeito, tentou deter o outro...

"Não, Keller, não!". Disse largando o homem e indo segurar o cliente.

Estando os três distraídos, cada um absorto em uma situação diferente, não notaram o homem, que Aoi havia imobilizado antes, caminhar até a maleta caída em meio ao corredor.

Quando Uruha notou, já era tarde demais, mesmo tentando andar, a única palavra que saiu de seus lábios inicialmente foi o nome do parceiro...

"Yuu...!".

Seus olhos estavam embaçados pela dor das tatuagens, mas pode ver o momento em que o homem moreno, abria a caixa, fazendo com que de dentro dela, vultos negros, fantasmagóricos, os mesmo que vira antes, saíssem. Envolvendo não só ao homem, mas também que se espalhassem por todo o corredor.

Sem pensar em mais nada, além de evitar que aquilo – seja lá o que era – pudesse escapar, juntou forças e correu em direção a maleta, no intuito de fechar a caixa.

O vampiro segurava raivosamente o cliente contra a parede, e quando seus olhos negros se voltaram para Uruha, só pode ver o loiro se jogando de encontro ao homem e ambos sendo envoltos pelos espectros...

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- Blood Case 5:55 –

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Continua...


Enfim, end do primeiro capítulo... respira aliviada Confesso que foi trabalhoso, adaptar, alterar e manter certos detalhes.

Vamos lá explicar um tico...

Eu resolvi começar Blood Case, não do início, e sim de algum ponto próximo, hehe. Ou seja, pretendo sim fazer uma série Blood Case. O que quero deixar bem claro é que vou contar posteriormente como Uruha se tornou investigador/Detetive particular, como ele conheceu Aoi; a relação do Uruha com Akira; e de Akira com Takanori. Assim como também a explicação para que Uruha tenha Miyavi como assistente. E não, não me esqueci do Kai, mas por enquanto é melhor deixar quieto... rsrs

Vários personagens vão entrando nesta série (adicionarei nas categorias conforme for aparecendo). E alguns destes possuem ligação ou com Aoi, ou com Uruha, ou com... 'coloca o dedo indicador na frente dos lábios em segredo.'

Primeiro... Aoi, filho do Henrique VIII, licença poética e adaptativa. O Rei lá não parava com o cetro dentro das calças, por que então ele não poderia ter uma amante exótica? Japinha? Please, nada de fatos históricos para responder isso, sim?! Como eu disse licença poética XD

Ahh... Não enumerei certas coisas na fic, mas vou deixar aqui umas notas...

A paramnésia é alteração da memória desencadeada pela descoincidência holossomática gerando rememorações além da experiência pessoal da vida intrafísica atual, pode ser rememoração de outras vidas, de experiências projetivas extrafísicas, intrusões mnemônicas e falsas memórias devido alterações parapatológicas no holossoma decorrentes de intoxicações ou cansaço.

O déjà-vu é uma palavra francesa para o fenômeno pouco compreendido pela Psicologia no qual a consciência apresenta uma sensação mnemônica de já ter visto alguma coisa ou situação experimentada, de fato, pela primeira vez.

Maiores informações sobre: Concienciopédia(dot)org

Piknik, seria mais como uma expressão... "Bingo!", ou para alertar sobre o déjà-vu... Ele apenas optou por essa XD

Estou um pouco receosa sobre a aceitação desta fic, então, preciso saber se vocês gostaram ou não.

Um detalhe sobre Blood Case – 5:55 – ... O plot desta fic não seria para GazettE, estava arquivado para um outro fandom o qual eu escrevia (escrevo, mas ando desanimada), mas após conversar sobre este plot, e pensar bem, optei por direcioná-lo ao nossos meninos. Então, dependo de vocês, para saber se posso prosseguir tranqüilamente aqui, ou se apenas escrevo e em vez de compartilhar, coloco-o no meu LJ restrito aos usuários de lá. O que me dizem?

Agradeço a Pipe e a Isabella, por betarem esse texto insano. Espero que não me xinguem ou degolem, hehe

Palavra da beta: UAU! Primeiro, vou dizer que "Sim! Aoi É um atentado violento ao pudor!" Depois, eu adoro plots sobrenaturais, com vampiros poderosos e sedutores. Como maior vítima de deja vus que eu mesma conheço, saber da paramnésia é uma surpresa das boas. Eu não vejo TV, não conheço a série, então tudo pra mim é novidade e prazer. Por mim, fecho os olhinhos e mergulho de boa.

Bjins e aguardo comentários...?

Litha-chan