Pokemon Alternative Series - Johto Journey - Ep.01: Um Novo Começo
-Que comecem a luta!
Batalhas Pokémon: nada no mundo é mais emocionante do que isso. Todos os dias milhares de treinadores tiram seus diferentes pokémons das pokébolas e iniciam duelos com o mesmo objetivo: tornar-se o maior mestre Pokémon do mundo.
-Mas vejam só, senhoras e senhores! O Vaporeon do campeão está evitando todas as Folhas Navalha de Tropius com um Ataque Rápido, o que torna o Tropius um alvo fácil!
-É isso aí, Vaporeon! Arrasa!
Sally Kinson é uma desses treinadores. Determinada a se tornar a maior mestra Pokémon de todos os tempos, ela pretende vencer todas as lutas que enfrentar e vencer todos os campeonatos.
-Vai, Vaporeon, use o Raio de Aurora agora!
O único problema de Sally é que ás vezes ela esquece onde está...
-Vaporeon prepara um poderoso Raio de Gelo. Parece que é o fim de Tropius... Esperem! Tropius usa um movimento de Time Duplo, deixando Vaporeon confuso!
Essa sequência de movimentos deixa Sally confusa.
-O quê? Mas eu disse Raio de Aurora!
-É incrível, senhoras e senhores! Enquanto Vaporeon elimina as cópias com o Raio de Gelo, o verdadeiro Tropius prepara-se para atingi-lo com um Ás Aéreo! E acerta Vaporeon, levando a vitória ao treinador desafiante!
Fim da batalha, fim de fantasia. Sally desliga a TV, aborrecida com o fim da luta. Ela senta na cama e cruza os braços, resmungando:
-Aquele Time Duplo era imprevisível. Qualquer pokémon aprende Time Duplo!
É nesse instante que Samantha, mãe de Sally, abre a porta e corrige a filha:
-Qualquer pokémon aprende Time Duplo, com exceção aos Wobbuffets, Caterpies, Weedles, Wurmples...
-Eu sei quais pokémons não aprendem Time Duplo, mãe.
-Então deixa eu ver se entendi: andou viajando pela TV de novo?- Sally faz uma careta de decepção e acena com a cabeça. -Ora, deixe disso, querida, nem era você lá! Aliás, campeões como os da TV também perdem. Eu sei bem o que é isso! Ah, uma última coisa: já está tarde, é melhor dormir cedo para acordar cedo amanhã.
-Não se preocupe quanto acordar cedo amanhã, mãe!- Sally pega um relógio-cuco e um despertador de cima de sua escrivaninha. -O relógio-Pidgey e o despertador Marill estão programados para tocar no mesmo horário: se um falhar, o outro me acorda amanhã! Ótima idéia, não?
Samantha suspira. Comenta, antes de sair:
-Seja como for, te espero amanhã. Ah, por acaso já decidiu que pokémon vai escolher com o Prof. Elm?
-Já escolhi. Boa noite, mãe.
Sally apaga a luz, deita na cama e começa a ter sonhos com Folhas Navalha e Chicotes de Cipó.
****
Nove da manhã. O relógio-Pidgey e o despertador Marill tocam, fazendo Sally acordar e desligá-los, impaciente.
-Dois despertadores, mas que droga de idéia...
Assonada, ela desce as escadas e vai até a cozinha, onde encontra sua mãe, que pergunta:
-Qual dos despertadores tocou?
-Os dois.
-Hah! Eu sabia que isso ia acontecer.- Samantha prepara uma xícara de leite para a filha, e completa: -Precisa fazer as coisas na medida certa; tudo que está em falta ou em excesso é ruim.
-Hunf. Eu só queria garantir que ia fazer as coisas certas hoje. Afinal, hoje é o meu dia de começar uma jornada pokémon, e já estou um ano atrasada, certo?
Logo Sally percebe que disse o que não devia, pois Samantha subitamente parece decepcionada.
-Sally, querida, por acaso você se sente chateada por ficar o ano passado estudando no Instituto de Treinamento? É um lugar bom para treinadores se prepararem para suas jornadas e, sinceramente, eu achei que mesmo aos dez anos você ainda não tinha maturidade para treinar pokémons e...
-Ei, calma, mãe, você já disse isso! É claro que no começo eu fiquei irritada por ter que ficar lá ao invés de pôr o pé na estrada, mas depois percebi que valeu a pena. Agora, sei o suficiente para ter um ótimo começo e me tornar a maior treinadora Pokémon do mundo!
Samantha sorri, notando a determinação da filha.
-OK. Mas agora é melhor se apressar para chegar ao laboratório do Prof. Elm. E sue primo vai estar te esperando lá, já que vai aproveitar para te acompanhar até chegarem à cidade de Azálea.
Sally faz uma careta de discordância ao ouvir os comentários sobre seu primo. Enquanto arruma itens de viagem e roupas em sua mochila, pergunta:
-Sabe, mãe, o Tracey tem mesmo que ir comigo?
Enquanto sua prima se prepara para sua primeira jornada, Tracey se prepara para chegar em New Bark. Dentro de um táxi, ele pensa em Sally; faz um bom tempo que não vê a tão teimosa e esquentada prima. "Espero que tenha amadurecido um pouco, após tanto tempo", pensa, e, de súbito, a motorista começa a falar:
-É a primeira vez que vem para Johto?
Saindo de seus pensamentos, Tracey tenta afastar a timidez para responder:
-Er... sim, eu nunca visitei meus tios em Johto. Eles viviam nas Ilhas Laranja, mas se mudaram para New Bark há seis anos.
-Então é uma visita de família?
-Não exatamente. Eu sou assistente do professor Carvalho e vim recolher dados para uma pesquisa sobre migrações pokémon.
-Deve ser uma pesquisa interessante.
O veículo percorre a estrada, passando por um trecho mal-pavimentado e complicado para se guiar. Ligeiramente incomodado, Tracey pergunta:
-Com licença, mas, quanto tempo ainda falta de viagem, senhorita... Ah, desculpe, esqueci seu nome...
-Helena. Mas pode me chamar de Lena. E quanto a sua pergunta,- Lena graceja -não precisa se preocupar. Falta pouco agora.
Tracey fica aliviado. Porém, preocupada, Lena pensa: "Espero que a pequena tenha chegado bem."
