Notas iniciais: Fic se passa durante a quarta crônica de Nárnia. Os irmãos Penvensie retornaram para Nárnia chamados por Caspian, só que um pouco mais velhos. O Edmundo tem 15 anos nessa fic, okay? Vai demorar um pouco para os nossos heróis aparecerem mas acho que valerá a pena.

Sumário: Katrina Fletcher é uma telmarina que vai a guerra fingindo-se passar por seu irmão, que está doente. Lá, ela ouve e vê coisas que não deveria. Sem ter tempo de colocar a cabeça no lugar, um estranho aparece em sua vida para bagunçar ainda mais as coisas. Sumário péssimo. A história é bem melhor, prometo! u.u

Estranhos

a multichapter fic by NaylaS2

Prólogo - Parte 1

(Katrina's POV - Ponto de vista da Katrina)

Eu sabia que isso ia acontecer. Pensei quando vi meu irmão se dirigir à porta. Só não sabia que ia ser tão rápido. Ou melhor, sabia, só não queria aceitar. No fundo, ainda tinha as esperanças de que a guerra acabaria magicamente, como uma criança que tem esperanças de receber um doce. Mas não era tempo para esperanças. Não enquanto o Miraz for o Rei, não enquanto essa guerra perdurar. Engoli em seco.

- Ashton Fletcher - Uma voz seca e debochada chamou pelo nome do meu irmão. Tive a impressão de que se cobras falassem, a voz delas seriam assim. - Você terá o prazer incomensurável de se juntar as tropas do nosso amado rei miraz no combate contra os terríveis narnianos.

Ashton estava imóvel. Ele sabia o que isso significava. E o pior, ele sabia que eu sabia o que isso significava. Ele tentou sair da casa com o soldado para me manter longe, mas este o impediu de sair.

- Sua presença é requisitada amanhã cedo.

Amanhã cedo? Não pode ser! Ok, mudei de idéia, a voz dele estava mais para a do diabo.

Meu irmão abriu a boca para responder mas um ataque de tosse o impediu. Ele pôs a mão na testa e se desequilibrou por um segundo. Corri até ele.

- Ele está doente, senhor. Creio que não seria apropriado...

- O que é ou não apropriado cabe ao Rei Miraz decidir, senhorita.

Claro. Como se o Rei Miraz iria tirar a bunda gorda de seu trono para fazer alguma coisa.

- Katrina, por favor. - Ashton sussurrou ofegante.

- Ele não vai! - Coloquei-me entre os dois

- Seu irmão está desprezando a honra de proteger a pátria?

Agora, fiquei impressionada, achei que pátria era uma palavra difícil demais para esses cretinos, mas estava enganada. Porém eles continuam sem saber o significado dela. Milhares e milhares de pensamentos invadiram a minha mente. Mas pelo primeira vez em anos decidi ouvir ao meu irmão e ficar com a boca calada.

- Ele está doen..- Não pude terminar porque a mão pesasda do soldado atingiu em cheio o meu rosto, jogando-me no chão. Antes que eu pudesse gritar de dor, senti a ponta de sua espada em meu pescoço.

- Não! - Ashton berrou desesperado. - Eu vou, eu vou!

- Alguma objeção, senhorita? - Ele sorria de satisfação.

Todas. Pensei em abrir a minha boca pra responder, mas ela não obedeceu aos meus comandos. A lâmina fria continuou onde estava e seu dono não fez nenhuma menção de guardá-la. Minha respiração estava ofegante e minha visão se tornou um pouco nublada. Não! Não ouse desmaiar agora! Repeti pra mim mesma.

- Por que está tremendo? Está com medo? - A espada agora percorria a minha bochecha fazendo um pequeno corte. - Tão linda você...seria uma pena ver o seu rosto de boneca todo coberto de sangue...- O soldado estava apreciando cada segundo.

- BASTA! - Meu irmão pegou sua espada e a encostara no peito do outro. - Sou eu que vocês querem, está lembrado?

- E o que um moribundo pode fazer? - Ele desarmou meu irmão tão rápido que não consegui acompanhar, derrubando-o no chão. - Acha que precisamos de você? Sabe o que você é? NADA! - Chutou o meu irmão com força. - Mas o Rei Miraz gosta de ver a linha de frente de batalha matar-se por ele. - Chutou- o de novo e Ashton uivou de dor.

- PÁRA! - Berrei com todas as minhas forças. Peguei a espada do meu irmão e a brandi contra o soldado, fazendo-lhe um grande aranhão no braço. Ele voltou-se contra mim.

- Gosta de brincar de guerra, senhorita Katrina? - Ele segurou meu braço com força, torcendo-o. - Não é muito aconselhável para mulheres. Ele gargalhou.

- Aaaah. - Não conseguia suportar a dor. - Me s-sol-ta-aa!

- Normalmente eu diria não, mas machucar uma ruiva linda como você vai contra os meus pricípios. - Me jogou no chão. Estimo melhoras para o seu irmão, pois se ele não se apresentar amanhã cedo no acampamento, creio que teremos que puní-lo. A menos é claro que você, meu anjo, resolva se passar por ele. - Deu mais uma gargalhada e saiu.

- Oh, Ashton! - Corri até meu irmão, que jazia inconsciente no chão. Minhas mãos logo ficaram vermelhas de sangue, do sangue dele. Tive uma vontade imensa de vomitar, mas tentei ignorá-la.

- MONSTRO! - Berrei para o Nada. - EU ODEIO VOCÊ! ODEIO! ARRGH! - Soquei o chão diversas vezes, sem parar nem quando começou a latejar. - Odeio, odeio, odeio...- Não conseguia parar de chorar.

A gritaria atraiu minha vizinha e amiga de infância Keira. Ela correu até mim e examinou meu rosto por um breve instante e depois se dirigiu ao meu irmão.

Maldito sejam esses soldados. Maldito seja o Rei Miraz, maldita seja essa guerra! Por que tudo isso tinha que acontecer? Lembrei das velhas e maravilhosas histórias da era de ouro de nárnia que eram contadas e recontadas em segredo por toda a cidade. Onde estava Aslam agora? O Grande Leão, grande herói e protetor de Nárnia! Onde estava ele? Maldito seja, Aslam! Por ter deixado tudo isso acontecer conosco.

N/A: Dramático? Era pra ser..haha

Não, o prólogo ainda não terminou. Ansiosos? Gostaram? Odiaram? Querem mais? Não querem nunca mais ouvir falar de mim ou de uma das minhas histórias? Bom, mande-me uma review me avisando. Críticas são sempre bem-vindas, assim como elogios.

Beijos a todos.