Kira

De inocente a criminoso…

Assim foi a vida de alguém

(ou de muitos alguéns…)

Como foste capaz…?

Destruir a tua família

Matar outros como tu

Não é a solução que procuras.

Sangue nas mãos…

Não és um Deus,

Aspiras a algo que não podes alcançar.

Tentas controlar um poder

Que o não é em ti.

Triste ilusão de mundo perfeito

É o teu sonho vívido,

Mentiroso.

(não te deixes controlar…)

Amigos são os nomes que

Escreves no caderno mortal da tua vontade

Nada mais.

O verdadeiro amigo já tu o mataste

Há muito tempo, quando

Ele queria acreditar que não

O eras.

É, ele queria acreditar…

Não lhe deste hipótese…

Kira, ele amava-te!

Procurava-te

(não fosse ele o melhor)

Mas não queria que fosses quem ele

Buscava incansavelmente.

Ele não queria…

Chegou o dia em que ele acreditou em ti!

(oh, triste!)

Esse dia fatal em que lhe cravaste o punhal de fel,

Cravaste toda a tua podridão de alma,

Insensível, dominado por um ideal

Inexistente, vazio e extinto.

Agora é a tua vez…

Os Deuses não gostaram da tua

Ideia de seres como eles.

Pegaram no seu próprio caderno

Agora…

Olhas à tua volta, quase eternamente inconsciente,

Tudo manchado do vermelho constante

Que de ti sai, mesmo não sendo apenas teu.

Onde estão quem amas?

Onde estão os supostos apoiantes

Do teu mundo vazio de realidade?

D'uns trataste,

Outros nem sabem quem és.

Quem és?

Um jovem, um assassino,

Um inocente, um maldito?

Quem és? Kira?

Não sei o que mais te chamar…

Sempre te assim auto-denominaste…

Mas sei que por detrás dessa máscara

Fria, insensível e cruel

Se encontra um pequeno fio de sentimento.

Se não acreditasse nisso,

Não diria que és humano.

Sei que o és, mesmo que o contradigas,

Pois sei o que anseias nesse teu final absoluto

Sei que sentes, sentes a falta do

Que desprezaste todos esses anos perdidos

Da fugaz vida…

As moiras eternas

Fizeram o seu juízo…

E cai o grande e poderoso Kira

Do seu pedestal de fumaça,

Sem ter abrigo do que pretendia…

Pobre Kira… pobre rapaz,

Pobre jovem seguidor de falsos ideais.

Poderei eu fazer os deuses e as moiras

Mudarem de opinião?... não o creio…

Afinal, sempre fui eu a observar-te de longe,

De onde apenas eu te observava atentamente,

Todos os teus passos, todos os teus pensamentos,

Todos os teus mais profundos anseios.

Quero que mereças uma segunda oportunidade…

Mas depois de tudo isto, serei capaz de ta conceder?

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N.A.: O meu primeiro poema como fanfic... ainda por cima do Death Note! ^^ Bem, espero que gostem (pra quem me envia reviews: agradeço do fundo do coração, sério! sinto-me feliz ^^)