Olá pessoa! A pois voltei bem rapidinho, não conseguia estar muito tempo sem esses meus comentários desnecessários mas que eu amo! Espero que gostem do que está para vir. Beijos. Devo acrescentar que estou a espera dos vossos comentários, as minhas fanfictions não são nada sem o vosso apoio. Viva a fanfiction da nikax-granger Coma, ela não anda a postar mas promete :D


14 Novembro de 2002

Havia cinco anos que a grande guerra contra Voldemort tinha acabado, dois anos depois Hermione Granger passou a ser Hermione Weasley, casou-se com o Ronald a 26 de Maio, uma semana antes do memorial para a morte do Dumbledore.

Hermione tinha insistido para se casarem nesse dia, tanto Ron como o Harry pediram-lhe para trocar a data, afinal é um pouco estranho escolher a data de casamento exactamente uma semana antes do memorial, mas para Hermione essa data era importante, era extremamente importante, todos os anos nessa data ela sentia-se feliz, sentia-se cheia de esperança, e essencialmente sentia saudade. O único problema é ela não saber o que lhe fazia falta, de onde vinha esse sentimento de saudade.

No dia do seu casamento com o Ron, Hermione teve as suas dúvidas, todos diziam que era perfeitamente normal, era o stress, que ia todo correr bem, quando tanto explicar a Ginny o que ela sentia esta não percebeu, a ruiva até ficou ligeiramente ofendida com as palavras da sua amiga, afinal ela ia casar-se com o seu irmão.

- Tens de perceber, eu amo o Ronald, mas parece que ao casar-me com ele estou a trair alguém, não me parece correcto, e tenho essa sensação desde que comecei a namorar com ele, eu adoro estar com ele, mas tenho sempre a sensação de estar a trair alguém, que o que estou a fazer não é o correcto.

- Hermione, andaste com outra pessoa para além do meu irmão? – Perguntou a ruiva.

- Claro que não, sabes muito bem que nunca tive olhos para outra pessoa que não fosse o teu irmão.

- Então não te percebo, em breve tens de descer as escadas para te casares com o meu irmão, e neste momento estás a dizer-me que queres estar com outra pessoa e não sabes quem é.

A melhor amiga da Hermione tinha conseguido resumir em poucas palavras os sentimentos que invadiam a sua cabeça e o seu coração.

Mas no fim ignorou esses sentimentos sem nexo, e juntou-se ao Ron no altar.

Viveram dois anos de um casamento feliz, e com a promessa de muitos mais. Ambos tinham um emprego estável, uma casa só deles com três quartos, e a cada dia que passava o desejo de aumentar a família deles crescia em Hermione, ela desejava ter um filho, mas tinha tanto medo de o perder, como se já lhe tivesse acontecido e a dor era profunda.

Durante meses tentaram, mas sem sucesso, era estranho, nem com uma dose diária de hormonas para a estimular levavam a ter um filho, nem uma vez conseguiram conceber.

Hoje, iam ter uma consulta em St Mungos para descobrir qual era o problema deles. Ron tinha vindo com ela, mas insistia que o problema era dela, visto que na família dele nunca tinham tido problemas para ter filhos, e quando o Ron falava assim, só o auto-controlo da Hermione a impedia de destruir a cara do marido ou mandar-lhe com o feitiço silêncio para ter uns momentos de paz. Para ela era horrível não estar a conseguir conceber filhos, e o marido não a ajudava a sentir-se melhor.

Finalmente, Luna Lovegood apareceu, levou-os até ao gabinete do médico que estava a tratar do caso deles. Despediu-se com um beijo na face e um abraço a cada um deles, e saiu do gabinete. Pouco tempo depois entrou o médico Bones, o homem já apresentava uns anos na sua face, mas o seu ar sério e pesado davam-lhe mais do que ele realmente tinha, o seu cabelo grisalho estava numa desordem completa, como se tivesse passado as mãos pelo seu cabelo imensas vezes.

- Miss Hermione e senhor Weasley, por favor sentem-se. Já recebi os seus resultados.

Hermione absorvia cada palavra do médico, afinal a cara dele não indicava nada de bom, e ela queria que o problema fosse do Ron, assim ele aprendia a ficar calado quando não deve.

- Devo dizer que estes resultados foram peculiares. – Os olhos castanhos do médico observavam a Hermione com alguma curiosidade. – Vou começar com as boas novidades.

As longas pausas que o médico fazia cada vez que falava já estavam a irritar profundamente a Hermione, ela só queria saber o resultado, não é preciso serem apresentados de forma tão dramática.

- A boa novidade é que ambos são saudáveis, e perfeitamente capazes de conceber. Corremos várias análises, que indicavam que tudo deveria estar a correr bem para vocês. Experimentei técnicas muggles como a inseminação artificial, como sugeriu miss Hermione, e devo dizer que os resultados não foram os esperados, para dizer a verdade nunca tinha presenciado uma inseminação in vito

- in vitro – corrigiu a Hermione.

- Correcto, in vitro, mas pelos dados que obtive pesquisando na medicina muggle, o que estava a acontecer não era propriamente o que era esperado. Acontece que os seus óvulos, miss Hermione, não aceitam os espermatozóides do senhor Weasley.

- Hein? – Perguntou delicadamente (nem por isso) o Ron.

'Sempre teve um dado particular com as palavras.' Pensou a mulher do ruivo, que ainda estava a processar o que o médico estava a dizer.

- É como uma alergia, os óvulos da sua mulher destroem-se quando em contacto com os seus espermatozóides.

- O que são espermatozóides?

- Merlin Ronald, é a tua semente, o que é utilizado para conceber crianças. – Respondeu Hermione irritada com o que estava a acontecer-lhe, e sem paciência pela idiotice do marido.

- Mas o que isso implica? – Perguntou a Hermione, ela não percebia o que estava a acontecer, apesar de ter lido imensos livros, tanto de muggles como de feiticeiros, e nunca tinha ouvido da rejeição de um esperma.

- Esta é a parte mais difícil, demorei um pouco para conseguir perceber o que se estava a passar consigo, depois de vários testes com outros espermas, assim como discussões com colegas de trabalho em várias áreas, chegamos a conclusão que havia uma espécie de feitiço em si que a impedia de ter filhos com outros homens.

- Amaldiçoaram a minha mulher? – Perguntou o ruivo ao mesmo tempo que a morena perguntava:

- Como assim com outros homens?

- Pergunta pertinente, miss Hermione. Acontece que em certas famílias de puros de sangue, as mais antigas, quando um membro da família se casa, há uma magia muito antiga que 'acorda', e essa magia leva a que eles só possam ter filhos um com o outro, e suponho que foi isso que lhe aconteceu senhora Weasley.

- Espera aí, está a dizer-me que estou casada? Para além do Ronald?

- Não sei bem o que vos aconteceu mas devo acrescentar que se realmente está casada com alguém, o seu casamento com o senhor Weasley é automaticamente anulado.

- Não estou a perceber. – Informou o Ron.

- Vou por isto de uma maneira muito simples, a sua mulher estava casada antes de se casar consigo, e por isso é que ela não pode ter crianças consigo, ela só pode conceber com o seu marido, e você não é o marido dela visto que se fosse seria bigamia, e isso não é aceite neste país.

Ron desfigurou o médico e olhou para a Hermione que estava lívida. Ela tinha a certeza que o médico não estava enganado. Tem toda a lógica, uns anos atrás, quando o Draco Malfoy a torturava devido ao seu estatuto de sangue, Hermione tinha decidido descobrir mais acerca do seu inimigo, e durante esses estudos tinha descoberto que em muitas famílias de puros de sangue, o casamento despertava magias antigas, impedindo filhos fora do casamento.

- Sugiro que analisem o registo de casamento no ministério.

A voz do médico acordou a Hermione.

- Mas eu nunca me casei antes do Ronald, antes do Ronald nunca tinha tido um namorado, nunca estive com mais ninguém para além do Ron, ele foi o único amor que tive, o que se está a passar, deve haver algum erro. – Proclamou.

O médico olhou para o casal que estava a frente dele, e pode ver nas expressões deles que era verdade, o Ronald Weasley segurava na mão da mulher como se lhe estivesse a dar coragem, e Hermione Weasley olhava para o médico como se ele tivesse todos os segredos do universo guardados em si.

- Acho que devemos analisar a sua memória. Venha miss Hermione – pediu o médico, que preferia não lhe chamar Weasley agora que sabia o seu diagnóstico, e tinha a certeza de não estar enganado.

O médico levou-a até a ala dos Danos causados por feitiços, deixou-a numa sala com uma cama, pediu-lhe para se deitar na cama. Momentos depois uma enfermeira veio, esta transfigurou a roupa da Hermione para um pijama branco áspero. Deu-lhe uma poção que Hermione reconheceu imediatamente ao cheiro, era uma poção para dormir, tomou-a e adormeceu imediatamente.

Ao acordar, a primeira coisa que pode ver foi a cara do seu melhor amigo, quando se mexeu, sentiu mãos a seguraram nela, ajudando-a a sentar-se, era o Ron. Este beijou-a na testa, e voltou a sentar-se do outro lado da cama dela, os seus melhores amigos estavam a olhar para ela com um ar triste.

- Hermione, o que o médico disse pode ser verdade. – Começou o Ron.

- Segundo parece usaram o feitiço Obliviate em ti, não sabemos o que foi retirado, e não conseguiram devolver a tua memória. – Continuou o Harry.

- Claro que não conseguiram, só o feiticeiro que aplicou o encantamento é que o pode remover.

Ela estava a ficar perdida. O que é que lhe tinha acontecido para lhe retiraram a memoria.

- Amanhã vamos ao ministério – disse numa voz decidida.

Os seus melhores amigos acenaram que sim. Harry despediu-se do casal prometendo encontrarem-se no dia seguinte as portas do ministério. Ron ajudou a Hermione a voltar para casa.

Nem uma única palavra foi pronunciada entre eles até o dia seguinte, ambos perdidos nos seus pensamentos.

Ron tinha medo de perder a sua mulher, e Hermione não sabia o que pensar o que dizer o que fazer.


15 Novembro de 2002

Encontraram-se com o Harry no seu cubículo no departamento dos Aurors. Este tinha já feito o pedido para garantir acesso aos arquivos.

A dirigente do departamento acolheu-os com um sorriso enorme.

- Espero que não se importem de partilhar a sala, houve dois homens que pediram para ver os mesmos arquivos que vocês.

- Não tem qualquer problema – respondeu a Hermione.

Para eles não tinha problema nenhum, até entrarem dentro da sala e verem uma cabeça loira e uma morena a analisar um livro enorme.

- Afinal vamos esperar – disse o Ron ao ver o Draco Malfoy e o Theodore Nott.

Estes ao ouvirem a voz do Ron levantaram a cabeça, para o espanto Trio Dourado o Nott sorriu, especialmente para a Hermione, enquanto Malfoy limitou-se a mostrar nojo.

O Harry olhava para os dois Slytherin com algum interesse, Ron esperava que os seus companheiros voltassem para trás, e Hermione não conseguia tirar os olhos dos Slytherin, estando a sorrir para o Nott, e olhando de esguelha para o Draco. Ela não os via desde a guerra, e só queria abraça-los como se fossem os seus dois melhores amigos.

- Hermione – disse o Nott com uma felicidade genuína.

O Draco Malfoy olhou para o seu amigo como se ele tivesse um corno de unicórnio na testa. Ficaram silenciosos a olharem uns para os outros, se não fosse do Nott e da Hermione a sorrirem um para o outro a intensidade do silêncio seria de cortar com uma faca. O Harry foi o único corajoso o suficiente para quebrar o silêncio.

- O que é que vocês querem com os registos? – Perguntou aos Slytherin.

- Não te interessa Potter – respondeu o Malfoy.

- Deixa-me refazer a minha pergunta qual de vocês os dois precisa de ver os registos?


O que acham? Estou bem encaminhada?

Adoro Fanfiction.