-Oh, droga!-Exclamou Sirius, ao perceber que um dos ovos havia se partido.

Ele havia feito compras e voltado para casa. Apenas na hora de tirar as coisas das sacolas que percebeu a meleca que estava aquilo ali.

-Oh, droga!-Repetiu, correndo com o ovo para a pia.

Mas, afinal, o que se faz com ovos quebrados?

Este era o único pensamento que lhe vinha à cabeça.

Monny estava no pequeno apartamento do amigo naquele verão e, ao vê-lo naquela situação, explodiu em uma gargalhada e teve de se encostar no umbral para não cair.

Sirius se virou depressa, com a clara crua do ovo ainda nas mãos.

-Monny! Minha salvação, pare de rir e ajude o seu pobre amigo que não sabe cozinhar! O que se faz com ovos quebrados?-Indagou, com uma cara de nojo para a meleca residente em seus dedos.

Remus pegou uma toalha e se aproximou de Sirius. Pousou o ovo na pia com delicadeza e sentou o amigo em uma cadeira esquecida na cozinha. Devagar, começou a limpar os dedos melecados de Padfoot.

Sirius observava Remus embevecido. Nunca havia reparado que o amigo ficava tão bonito rindo de suas trapalhadas e ensinando-o a fazer uma omelete.

-...agora me explique, Pads, como um homem adulto de 20 anos que mora sozinho não sabe cozinhar. –Indagou-lhe, divertido, o castanho.

-Comida chinesa?-Respondeu, simplesmente, Sirius.

Remus esquadrinhou-lhe o rosto, sério, até ter certeza de que ele falava sério. Então riu de novo.

Isso fez cócegas no estômago de Sirius e este estava começando a ficar inconformado com a falta de proximidade dos dois. Se aproximou e abraçou Remus pelas costas, colocando o rosto na curva de seu pescoço para aspirar melhor o seu perfume. O lobisomem corou furiosamente e se atrapalhou na hora de virar a omelete, fazendo-a cair no chão.

-Ah!-Exclamou.

Ia se virar para pegar algo para limpar a sujeira, porém o corpo do moreno o impedia. Sirius não desistia do abraço e agora estavam face a face. Remus engoliu em seco ao encarar as orbes azuis do outro.

-O que pensa que está...-Começou a ralhar.

Sirius mandou às favas a precaução e o medo e agarrou Remus em um beijo arfante. Há sete anos aguardava por aquele momento. Desde que estava no terceiro ano em Hogwarts olhava o amigo com algo mais do que uma "amizade saudável".

Remus se sentia nas nuvens. Não havia como não corresponder ao beijo de Black, tão envolvente, possessivo... Como ele sempre imaginara. Abriu os olhos devagar após o beijo. Ambos estavam arfantes.

Sirius roçou a língua no lóbulo da orelha de Remus, fazendo-o suspirar e deu uma risada safada.

-Acho que vai ser um prazer ter você aqui em casa neste verão, afinal, eu terei a temporada toda para aprender o que se faz com ovos quebrados.

Nota da Autora:

"O que se faz com ovos quebrados?" foi feita baseada em uma situação vivida por esta que vos fala, com uma deturpação da minha mente doentia típica de escritores.

Estava eu, NiiaChan, retirando as compras das sacolas, quando percebi que haviam OVOS nas sacolas! Abri a caixa de ovos e me preparei para colocá-los na geladeira, porém tive minha mão melecada por... clara crua de ovo quebrado! Pensamento natural que se vem à cabeça nessas horas? "Mas, afinal, o que se faz com ovos quebrados?"

Por que de Sirem para essa fic? Oras, de acordo com todos os testes realizados por esta pessoa aqui, eu tenho a personalidade tresloucada do Sirye e o meu par ideal é o Remye \o/

Até a próxima,

Beijos,

NiiaChan