Notas da Autora
Fala galerinha linda!
Depois de um período de férias e incontáveis bloqueios literários, cá estou eu de volta, com um hentai recheado de hormônios em ebulição. Meu primeiro trabalho hentai foi um KakaSaku e agora eu volto me aventurando em um SasuSaku, que é e sempre foi o meu casal favorito de Naruto e, SIM, NÓS SOMOS CANNON AGORA!
Em tributo, me obriguei a escrever e publicar algo (tenho muitos projetos para esses dois, o problema é o bendito bloqueio que eu sofro com frequência). E eis que temos Detention.
Espero que vocês gostem. Procurei manter a mesma linhagem de ST. Ponto de vista do nosso gatinho Uchiha.
Deverá ser publicada em 3 ou 4 atos. Este é o primeiro.
O próximo será publicado quando eu estiver devidamente motivada (vulgo, receber reviews :v).
Amo vocês! 3
Detention
Ato I
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Mentalmente, eu não conseguia parar de praguejar aquele demônio de cabelos loiros. Tudo bem que nós éramos o trio da destruição, do caos e da baderna, mas logo hoje quando executamos o maldito plano dele, o desgraçado não vem pra escola. Todos os dias, desde o primeiro ano, ele, Sakura e eu coordenávamos sabotagens tanto com os professores quanto para os calouros. Infelizmente, nem sempre a gente conseguia sair impunes. Hoje foi um desses.
Ontem na hora da saída, nós três nos reunimos com Naruto para recebermos dele as tais "bolinhas da alegria", como o demente resolveu apelidar. Era uma caixinha com cerca de cinco bexigas de festas na cor preta, estavam levemente enchidas por alguma substância que ainda não tínhamos conhecimento.
- Mas que porra, Naruto.
- Calma, Teme! Vocês só tem que ter boa mira e acertar uma bolinha no alvo. – ele respondeu maroto, enquanto conferia visualmente se ninguém por perto o veria passando a caixinha pra mim. – Eu vou deixar com vocês porque tem que ter muito cuidado pra não estourarem e, vocês sabem como sou estabanado.
Continuei olhando a caixinha, agora em minhas mãos.
- O que tem dentro delas? – a rosada resolveu perguntar. Não nego que também estava curioso.
- Olha, se eu contar, perde a graça. Mas basicamente vai fazer toda a escola ter uma crise violenta de risos do coitado do alvo. E é isso que importa. – rolei os olhos com a resposta do loiro.
- Isso não é nada ilícito, é, dobe?
- Nada! Só uma traquinagem... novidade. Eu garanto que é seguro. Eu teste na Kurama. Em dose muito menor, mas testei.
Kurama era o nome da cadela de estimação do Naruto, e ele amava aquele monte de pulgas. Se ele afirmou o teste com ela, no mínimo aquilo não oferecia riscos.
- Se liga! Não vá estourar antes, teme. Ou seremos nós a rir de você... – ele comentou enquanto eu rangia os dentes de raiva, caminhando até meu armário escolar e guardando a caixa.
Agora o filho da puta estava em casa, enquanto eu e Sakura estávamos trancados dentro da porra da sala de detenção, sozinhos, porque o inspetor disse que não teríamos fogos de artifícios e nenhum outro tipo de bomba para abalar a estrutura do prédio e nem o por abaixo. E eu era obrigado a observar, tediosamente, a rosada arrancando folhas do bloco de anotações que recebemos para copiar durante uma hora o texto que foi deixado no quadro, transformá-las em bolinhas e arremessa-las em direção ao quadro.
Irritante...
Irritante...
Definitivamente, irritante.
Uma bolinha quicou no quadro e caiu sob a mesa do professor.
Outra bolinha mal chegou a atingir o quadro negro e foi ao chão.
Irritante...
Virei meu rosto para a direita, na direção dela. Ela não pareceu se importar. Uma nova bolinha de papel foi atirada para a frente.
Garota irritante...
A quarta bolinha de papel foi jogava com mais força, bateu no quadro, quicou e voltou, acertando em cheio minha orelha. Num impulso de ira e surpresa pela mesma ter me atingido, soquei a mesa, fazendo o primeiro barulho atípico no local.
- Mas que porra, Sakura! Dá pra parar com essa merda?
- Estou entediada. – limitou-se em responder.
- E você acha que eu não?
A vi dar de ombros enquanto arrancava uma nova folha do bloco e a amassava. Bufando, levantei e reduzi o espaço entre nós que eram de duas fileiras de carteiras escolares. Nem se abalou. Apoiei meus braços na mesa dela, me curvando levemente para ficar mais próximo da altura em que ela estava e assim entrando em seu campo de visão.
- Você está me incomodando. – coloquei.
- E você me atrapalhando.
- Quem foi que mandou você mirar aquela porra com pó de mico no Orochimaru-sensei?
- Pelo menos meu alvo foi em um. Pior foi você que atirou a bexiga no ventilador da sala do primeiro ano! – percebi a alteração no tom de voz dela. Seus olhos verdes e brilhantes, agora tinham um tom mais escuro e estavam duros e penetrantes, pareciam agir como ácido nos meus, corroendo até meus pensamentos. Maldito dobe. Maldita Haruno.
Ela continuou sustentando o olhar e eu tive que me controlar para não agarrá-la pelos cabelos e roubar um beijo. Não que eu já não tivesse feito isso antes. Sakura e eu somos um tipo... diferente de amigos. Eu soube logo quando começamos a estudar na mesma turma que ela era afim de mim. Este foi o motivo principal para ela se juntar a mim e Naruto e formarmos o trio da pesada. Ela era inteligente demais, bonita demais pra fazer parte da turma da bagunça. Não combinava. Mas foi o único pretexto que ela arrumou de ficar mais próxima de mim. Rolei de olhos e me afastei, seguindo até a mesa do professor e recolhendo algumas das bolinhas caídas no chão.
Sakura e eu trocávamos beijos escondidos em momentos de carência extrema. Eu não permitia que ela divulgasse isso pois mantinha a minha imagem de "inatingível" na escola. Era um saco ter as fedelhas da escola no seu pé, ainda que inflasse meu ego. Mas eu tinha meus momentos de fraqueza e era ali que a rosada entrava. Uns beijos, uns amassos, toques mais ousados – porque sim, ela me permitia tocar em seu corpo o quanto eu quisesse- e sempre em locais longe dos olhos de todos. Na maioria das vezes era numa salinha abandonada no sótão da escola. Nenhum aluno ía lá porque dizia ser amaldiçoada, com gemidos de assombrações que eu e Naruto descobrimos não ser nenhuma alma penada. A verdade era apenas uma mentira dos antigos alunos que usavam a sala para copular com suas parceiras...
Enfim, eu ainda não tinha me decidido se chegaria à esse ponto com a minha amiga especialmente irritante porque, no final, eu não pretendia magoar os sentimentos dela. Curtíamos sim, mas tínhamos um acordo.
Fui pego de surpresa quando me levantei segurando a ultima bolinha visível na área para jogá-la na lixeira, vendo Sakura parada em frente à mesa do professor, me olhando com um sorriso maldoso nos lábios.
- Né, Sasuke-kun... Isso é estúpido. Estamos no período de provas, todos os alunos já foram liberados e a essa altura já estão em suas casas. Só temos nós na escola. Aposto que até o tonto do inspetor foi embora.
- Sakura, eu não pretendo sair daqui antes de aquele cronometro apitar. E ainda faltam quarenta minutos para isso. Só, por favor, fica quieta na sua...
- O tempo demora mais pra passar quando não temos nada pra fazer.
- Você fala demais! – ralhei, descartando o papel em minhas mãos. – Estaremos ainda mais encrencados se metermos o pé daqui agora. Não piore as coisas.
Eu queria muito, de verdade, poder ir pra casa ali. Mas era arriscado demais não levar uma suspensão ou até o "convite para mudar de escola".
- Talvez você queira comer... – e dizendo isso, ela depositou sobre a mesa o obentô dela. Olhei do pote com o lanche para ela incrédulo.
Tsc.
Irritante.
- Sério? Lanche? – soltei um suspiro decepcionado com a tentativa falha da Haruno de me distrair. – Eu não quero o seu lanche.
Ela então sentou-se sobre a mesa de madeira lustrada, no seu jeito doce e angelical, como sempre ela fazia quando queria que eu soubesse que ela me queria.
- Bem... – com as pequenas mãos, ela segurou a barra da camisa social que compunha nosso uniforme – talvez então você queira outra coisa...
Droga! Absorvi suas palavras, sorvendo da malícia contida nelas, enquanto as orbes esmeraldinas encontravam as minhas negras como o breu. Sem que pudesse evitar, levei minhas próprias mãos à gravata do uniforme dela, afrouxando o aperto em seu pescoço alvo.
- Talvez... – soltei em um murmúrio tão baixo que duvidei que ela tivesse ouvido.
Ela desabotoou os botões debaixo para cima, até os que ficavam na altura do vinco do sutiã branco com estampas pequenas e infantis. Até nisso consegue ser graciosa. Soltei o tecido da gravata e deslizei minhas digitais pelas costelas dela, torneando a cintura pequena e experimentando mais uma vez da sensação de sua pele macia ao toque. Soltei um suspiro. Fechei meus olhos e senti Sakura respirar lenta e profundamente, elevando os seios pequenos encobertos pela peça de algodão.
Merda, Sakura!
Durante todos esses 28 meses que viemos ficando, eu nunca deixei as coisas chegarem a esse ponto, e confesso que queria experimentar da essência da minha companheira. E agora me encontrava segurando delicadamente a cintura dela, extasiado na expectativa de tê-la pra mim.
Irritante...
Você tanto fez que agora conseguiu.
Irritante...
Sim. Porque você sabe que dessa vez, eu não vou conseguir me controlar e recusar a sua oferta.
Irritante...
Porque não. Não era um caso de controle...
Irritante...
Era um caso de que eu simplesmente não queria recusar.
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Continua.
Notas Finais
O Ato II já está escrito. Publico com reviews que receber! :v
Beijos e não me matem. Deixem reviews que é mais produtivo! La la la la la la!
