Hospital de São Mungos, 12 de Janeiro de 2006

Talvez isto pareca uma estupidez ou mesmo uma raridade vindo de mim. Não sou de escrever diários mas acredito que há dias demasiado unicos para serem esquecidos. Por isso escrevo, mesmo sabendo que guardarei este dia para sempre na minha memória, na esperança que um dia alguém, ao ler estas palavras, perceba a magnifictude deste acontecimento.

Porque hoje ela nasceu. O fruto mais perfeito do meu amor pela Hermione nasceu. A minha bébé. A minha princesa. Uma flor chamada Rose. E ao tê-la nos meus braçs, a única coisa que eu pensei foi: Como alguém pode ignorar o amor á primeira vista? Porque foi isso mesmo… assim que os meus olhos encontraram o seu rosto, eu amei-a. O toque suave da sua pele, a carinha redonda, o corpo pequeno, e os suaves cabelos ruivos ainda ralos na cabeçinha. E agora com ela, eu sinto-me completo. Porque tudo é perfeito com ela em meus braços e a minha existênçia não podia ser mais fundamentada que agora. Porque este amor, nem eu tenho palavras para definir. Pois acho impossivel existir algo tão puro, tão perfeito e lindo como o sentimento que eu sinto por este pequeno ser. E agora adormecendo-a em meus braços, enquanto a Hermione descansa, eu apenas consigo pensar em como a guerra foi inutil. Que razões são essas que fazem homens matar, quando todos os dias nascem crianças, seres tão puros com ela… E agora eu sei, que não haverá maldade no mundo, e que nenhum ser maligno se ocupará de mim, não enquanto na minha memória restar a pureza da sua imagem.