1: Avatar não me pertence. ^^ Mas o Zuko é meu! Kkk

2: Willa, Zeni, Chao e seus familiares são minha responsabilidade.

Cap. 1

Morra de Inveja!

Zuko pode se considerar um homem de sorte. Por quê? Ele tem tudo! Veja... Está um belo dia, uma manhã gloriosa de sol. Pra começar, ele adora dias assim!... Os pais são divorciados, é, mas na luta pela guarda dos filhos Zuko ficou com a mãe e sua irmã, Azula, com o ranzinza do pai. É lucro! Além disso, hoje ele vai para a praia com os seus melhores amigos: Aang, Katara, a namorada de Aang, o irmão dela, Sokka, a namorada deste, Suki, e a pequena Toph.

Zuko está no segundo ano do ginasial. É o rapaz mais desejado da escola inteira. Ah, e ele estuda em escola de rico (porque é cara, não pelo ensino)! Quer mais? Tá bom, eu nem ia falar, mas... Ele estuda em escola de rico porque a família é rica mesmo! O seu pai, Ozai, trabalha no exército, e o tio Iroh, irmão do pai, foi marinheiro. Ele, seu tio e o filho dele, consequentemente o primo de Zuko, se dão muito bem. Então... Quer saber por que ele está aborrecido?

Não é falta de protetor solar, porque a dona Ursa, mãe dele, se lembrou de colocar isso na mochila que preparou. Também não é fome, já que a primeira coisa que ele fez quando pisou na praia foi ir até a lanchonete e pedir um cachorro-quente. E se não é insolação ou dor de barriga, qual seria a razão para um rapaz jovem, atraente, rico, com bons amigos e rodeado de familiares, uns, que o amam, estar tão chateado debaixo de um guarda-sol de praia em um dia de céu azul?

O problema é esse... Faz três minutos (cinco depois de você ler o meu relato da história de vida dele), Zuko recebeu uma ligação da irmã, Azula. Ela disse que soube pela mãe que ele veio para a praia e avisou que está vindo também. Ela é uma garota pouco vaidosa e é muito cheia de si, então não se dá muito com Zuko, mas não chega a ser bem um incômodo, contanto que seja ignorada!... A questão é que ela tem duas amigas: Tai Li e Mai. Tai Li é divertida e simpática.

De fato, se Azula não ofuscasse seu brilho ela não seria obrigada a segui-la, com medo de ser perturbada! Não se pode dizer que elas são amigas. Estão mais para animigas... Mai é outra conversa. Não é a toa que a moça é a melhor amiga de Azula, porque elas são farinha de mesmo saco! As duas são ambiciosas, não se importam com a própria família (Azula só obedece ao pai e muito a contragosto) e gostam de atormentar as outras pessoas para divertimento próprio.

É isso que Zuko teme. Mai gosta dele, desde que eram crianças! Quando criança, ela e a irmã o deixavam louco! Agora Azula anunciou que vai encontra-lo em uma bela manhã de sol na praia com seus amigos, e que ainda vai trazer a sua ex-namorada? Ah é, eu me esqueci de comentar... Ele e Mai namoraram por um ano. Aang e os seus demais amigos acharam até que ele aguentou demais!... Mai ainda insiste em reatar e Zuko está sem opções.

De repente, Katara se aproxima e senta ao seu lado, sobre a toalha de praia. Ele suspira e encolhe os ombros, apoiando o queixo nos braços que rodeiam as pernas. Vendo o seu estado de bolinha, Katara ri de leve e cruza as pernas, se inclinando para observa-lo nos olhos.

- Zuko, não está se sentindo bem? – ela usa uma blusa e a sua saia decotada, com o short listrado por baixo, tudo da cor branca – Está muito quieto. Nem foi pular na água com a gente!

- Você sabe que eu não gosto muito de nadar.

- É... Você e a Toph. Acho até que ela dormiu! – os dois riem quando olham para o lado e a vêem dormindo sobre a cadeira-de-praia, debaixo da sombra do guarda-sol onde estão.

- Ela roncou agora a pouco. Ainda não está morta. – eles riem de novo e Zuko sai do seu estado bolinha, apoiando as mãos no chão e se inclinando para trás.

- Qual é o problema? – Katara insiste e ele volta a suspirar, encarando-a com sofrimento.

- A Azula ligou e disse que vem pra cá com a Tai Li e a Mai.

- AQUELA MONSTRA VAI VIR PRA MESMA PRAIA QUE A GENTE? – quando ela se dá conta do grito e que falou mal da irmã dele, põe as mãos na boca – Ai não, me desculpe!

- Tudo bem. – Zuko sorri – Eu não gosto de ficar perto dela também.

- Mas ela ainda vai trazer a Tai Li e a Mai? A Tai Li não tem problema, até gostamos de falar com ela, mas a Mai? Aquelas duas quando se juntam são o capeta!

- Gostaria de ter percebido isso antes de começar a namorar a Mai... – ele comenta mais a si mesmo e suspira, voltando ao estado de bolinha.

- Ah não! Nós temos que fazer alguma coisa, ou elas vão acabar com nosso fim-de-semana!

- E o que sugere? – diz aborrecido – A minha irmã nos encontraria mesmo se fugíssemos!

- Não vamos correr e nem nos esconder! Eu tive uma ideia. Vem comigo! – Katara segura Zuko pela mão e joga um pouco da água da sua garrafa sobre o rosto de Toph – Ei Toph, acorda!

- Ah, o quê? – ela se sacode e Zuko ri – Katara! Por que fez isso?

- O Zuko precisa da gente. É uma crise de emergência!

- Gravidade dupla? – Toph levanta da cadeira em um pulo – Vamos nessa!

Os três se dirigem até o mar e Katara chama Aang, Sokka e Suki. Todos vão para a parte detrás da praia e se reúnem em círculo perto das rochas que limitam a floresta. Katara põe uma mão nas costas de Aang e outra nas de Toph, que por sua vez coloca uma nas de Zuko e ele toca as de Suki, apoiando a mão nas costas de Sokka e este nas de Aang. Zuko espera na curiosidade para saber o que Katara está aprontando. Toph de repente olha para a floresta atrás dele.

- Sou só eu, ou mais alguém ouviu o barulho de uma lira?

- Talvez sejam canibais artistas! – Suki fala baixo, com tom de mistério, e ri quando Toph faz um bico, virando o rosto.

- Ou índios modernos! – Aang sugere sorrindo e Sokka e Katara olham para ele, rindo.

Toph usa uma faixa dourada na cabeça e um vestido de renda verde. Suki já está com um top e um short-saia, os dois da cor preta e vermelha. Ela e Sokka estão com um rabo-de-cavalo estranhamente igual e ele usa apenas um short lilás. Aang está com um calção amarelo.

- Tá bom, já chega! – Katara chama a atenção de todos – Nós temos que ver como vamos nos livrar da Azula e da Mai quando elas chegarem.

- E a Tai Li? – Zuko questiona e todos se entreolham.

- Ela é legal. – Aang diz simplesmente e os outros sorriem.

- É sim, eu não tenho nada contra ela. – Suki concorda.

- Só com o fato de ela ser a animiga da Azula, mas fora isso tá tudo bem. – Toph suspira.

- Então vamos ao plano de ataque! – Sokka desfaz o abraço em grupo e coloca sua mão no queixo – Pra começar, nós sabemos que Azula e as outras gostam de uma boa competição... E se nós fizéssemos um campeonato de vôlei? Quem perder sai da praia!

- Ela vai perceber na hora que isso é uma armadilha pra manda-la embora. – Toph fala.

- Mas a ideia é boa! – Zuko sorri – Só precisamos de um castigo melhor.

- Eu ficaria contente se nós pudéssemos fazê-las nos servirem por um dia! – Katara ri.

- Nossa! Eu não sabia que você era tão malvada assim. – Aang comenta com um sorriso e a faz rir de forma mais maligna ainda.

- Melhor ainda! – Suki diz de repente – E se o grupo perdedor ajudasse a catar os lixos da praia? Não precisariam ir longe e elas ficariam ocupadas o resto do dia! Azula nem vai poder se dignar a reclamar com os pais do Zuko se for uma competição justa.

- Mas ninguém garante que elas não vão trapacear. – Aang lembra.

- É verdade, mas eu gostei do plano. – Zuko bate na mão de Suki – Vamos espera-las.

A galera concorda e volta para a praia. Ainda está cedo, cerca de oito da manhã. Azula é enjoada para se bronzear, então prefere acordar cedo, mas nos fins-de-semana é difícil levantar antes do sol, então vai demorar a se aprontar e chamar as meninas. Zuko volta para debaixo do guarda-sol e Toph resolve ir nadar com os outros. Ele é o mais vestido de todos: camisa cruzada e calça bufante cor vermelha, e por cima ainda um roupão vinho e dourado.

"A roupa toda é a que eu vou usar pelo resto do dia, antes, durante e depois da praia.", o senhor esquentadinho disse para a mãe antes de sair de casa. Se não fosse o vento, ele morreria com o calor, mas Zuko é um homem resistente e quente! Opa... Apaga a última palavra!... Sim, bom, o caso é que enquanto Zuko está relaxando vê uma linda garota, tão vestida quanto ele, se deliciando com a brisa e o cheiro do mar, passando calmamente na sua frente, meio ao longe.

Ela usa um vestido vermelho listrado feito de algodão, com bordados brancos no final, e o par de tamancos, com fitas vermelhas, mais lindo do mundo! Os seus reluzentes cabelos da cor do fogo são muito compridos e estão presos em marias-chiquinhas altas. Os olhos são peculiares, semelhantes à Turmalina Rubelita. Sua pele é branca e parece delicada, enquanto que seus seios são fartos e o corpo é tipo violão. Isso chama a particular atenção dos machos que passam.

Um deles então segura o pulso dela quando se cruzam e o amigo dele ri, observa-a na sua tentativa frustrada de se afastar. Eles parecem bêbados, o que é uma vergonha essa hora! Zuko não perde tempo e corre até os três, cerrando os punhos e fazendo uma cara de poucos amigos.

- Ei! – os homens olham para ele – Vocês têm alguma coisa a tratar com minha namorada? – eles saem de perto com raiva e a garota recolhe o braço, massageando o pulso.

- Obrigada. – ela sorri, mas com cara de quem vai chorar.

- Tudo bem. – ele se aproxima dela e segura com delicadeza sua mão – Machucou?

- Um pouco, mas eu estou bem. – de repente, a garota bufa irritada e o assusta – Que saco! Isso vive acontecendo comigo! Eu não posso ir a lugar algum sem receber uma cantada? – ela o encara, nervosa, e Zuko até demora a responder, um tanto surpreso, a constrangendo – Ai, por favor, me desculpe! Eu perdi a cabeça!... Qual o seu nome?

- Zuko, e não tem nada não. – ele sorri e ela, corada, ri – Sabe... Isso acontece porque você é muito bonita. – a moça se surpreende e cora ainda mais, então é a vez de Zuko ficar sem graça – Ah, não é que eu esteja te cantando, só que...!

- Tudo bem. – ela sorri gentilmente e põe as mãos atrás das costas – Eu te agradeço. – eles ficam um tempo sem saber o que dizer e então Zuko recomeça.

- Você... Não quer tomar alguma coisa comigo?

- Ah... Eu não posso, desculpe, mas eu realmente sou grata por você ter me ajudado! – ela passa por ele correndo – Tchau.

- Espera! – Zuko grita, erguendo a mão, e a garota se vira – É que... – ele se constrange – Nem me disse o seu nome.

- Ah! – ela ri – É Willa. – ambos sorriem e Willa acena – Foi um prazer Zuko.

Ela anda de costas mais um pouco antes de se virar e voltar a correr. Zuko fica parado e embasbacado por algum tempo até Sokka se aproximar, com Aang logo atrás.

- Aê Zuko! – Sokka rodeia o pescoço dele com o braço e sorri maliciosamente – Eu vi heim!

- Viu o quê? – Zuko tenta desconversar, mas Sokka ri e o cutuca no peito.

- Ora, você, com aquela gatinha linda! Quem era heim? – Zuko se afasta emburrado.

- Eu só sei o nome dela. Ela estava sendo chateada por uns caras e eu a ajudei.

- E qual o nome dela? – Aang se interessa e Zuko sorri inconscientemente.

- Willa. – Sokka e Aang sorriem um para o outro com malícia.

- E quando marcaram de se ver de novo? – Sokka insiste e Zuko se assusta.

- Ah, qual é Zuko! Nós vimos que você ficou muito interessado nela! Não quer revê-la?

- É claro que eu quero – ele confessa sem querer -, mas não é assim! Eu nem sei quem ela é! – abaixa a cabeça, deprimido – Eu a chamei pra beber alguma coisa comigo e ela disse não.

- Mas ela explicou por quê? – Zuko nega e Sokka põe a mão no queixo, pensativo.

- O que estão fazendo? – as garotas se aproximam e Katara prossegue – O que houve?

- Zuko está com um problema amoroso. – Aang diz simplesmente e o rapaz cora.

- Eu não estou com problema amoroso! Eu só a salvei e ela...

- Ah, você conheceu uma garota? – Suki o interrompe, animada – Quem é ela? É legal?

- Aí é que está. – ele volta a se deprimir – Ela foi embora antes que eu pudesse perguntar alguma coisa. Eu tentei chama-la pra tomar algo, mas não deu certo. O nome dela é Willa.

- É um nome bonitinho. – Toph sorri – Mas você viu pra onde ela foi?

- Ela seguiu na direção da outra ponta da praia, onde nós estávamos antes.

- Então vamos atrás dela! Não pode deixa-la ir embora tão fácil!

- Nossa Toph, que disposição! – Katara comenta cruzando os braços – Por que tudo isso?

- Eu tive que ficar escutando esse bobão reclamando sobre Mai desde que Azula ligou. Se for pra ele calar a boca, eu ajudo a encontrar a tal garota! – todos riem e Zuko fecha a cara.

Logo todos decidem ir atrás de Willa. Eles seguem suas pegadas logo atrás de Toph, uma rastreadora nata. As marcas os levam até o local onde fizeram reunião antes. O grupo pára.

- As pegadas terminam aqui. – Toph anuncia e todos começam a vasculhar os arredores.

- Mas depois daqui só tem uma floresta tenebrosa! – Sokka aponta pra frente – Ela entrou?

- Provavelmente. – Katara sussurra – Ou então veio andando até aqui de propósito só pra gente segui-la, porque é uma espiã da Azula.

- É! – Sokka concorda animado – Ela deve estar espionando o Zuko só pra informar tudo...

- Não seu idiota! – Katara grita – Eu tava só brincando! – todos, menos Sokka e ela, riem.

- Bom... Não vamos saber se ficarmos parados aqui. Vamos entrar! – Aang aponta para a floresta, animado, e as garotas recuam um passo, exceto Toph.

- Eu não sei não... Esse lugar parece assustador. – Suki encolhe os ombros e Sokka puxa a garota para junto dele por eles também.

- Não se preocupe querida. Eu te protejo! – ele diz confiante, estufando o peito.

- Sinto-me bem mais segura. – ela fala sarcástica e todos, menos Sokka, riem.

- Vocês podem ficar se quiserem. – Aang diz – Eu entro com o Zuko.

- Não! Vamos todos! – Katara fala e olha para os outros, que concordam com as cabeças.

O grupo entra devagar e seguem a trilha em meio às árvores, plantas e estranhos rastros de animais. Toph continua indo na frente, como rastreador, mas Zuko lidera. Logo atrás, Aang anda rindo com Katara grudada em seu braço. Em igual estado, Sokka e Suki vem atrás deles. E quando Zuko escuta o som de água, ele vê uma espécie de cortina de plantas verdes e as afasta.

- Eu não acredito nisso! – Katara fala por todos, olhando, maravilhada, o lugar secreto e muito belo da praia de quem ninguém teve conhecimento antes – É tão lindo!

Por detrás da floresta, feita na maior parte de algas, este lugar ficou escondido. Parece-se com um tipo de clube secreto, onde as rochas enfileiradas sobem a montanha, à frente do grupo, e se assemelham a banquinhos. Do lado esquerdo, outra "cortina de folhas" tapa a visão do mar e o chão é coberto também pela areia branca. Uma fogueira no centro do lugar só não os chama mais atenção do que o canto direito, onde cravada entre uma rocha está um retrato.

- Que tipo de garota você arrumou agora Zuko? – Sokka o encara, mas ele está olhando a sombra que se aproxima por um "corredor", uma fenda na montanha, entre os bancos de pedra e a parede improvisada para o porta-retrato emoldurado – O que foi? – uma Willa alegre e meio molhada surge carregando uma bandeja com frutos do mar, mas quando os vê se assusta e larga.

- O que estão fazendo aqui? – ela reconhece Zuko – Zuko?

- Oi. – ele parece despertar – Ah, desculpe! Nós não queríamos invadir o seu espaço. É só que eu... – ele coça a cabeça, sem jeito – Eu...

- Permita-me explicar senhorita. – Sokka circula o pescoço de Zuko com o braço esquerdo e dá uma tossezinha, fingindo seriedade – Meu amigo aqui estava com muita vontade de vê-la e nós, como os bons amigos que somos, queríamos ajuda-lo a te encontrar, já que você saiu corre...

- Tá bom Sokka, cala a boca! – Suki o puxa pelo outro braço e tapa sua boca.

- Isso é verdade? – Willa encara Zuko, com um vago sorriso, e ele fica acanhado como ela.

- Ah... Bom... É. – ele a olha de leve e ela ri, formando um clima.

- Eu sinto muito por ter saído correndo. É que ainda precisava pegar comida pra almoçar.

- Você mora aqui por acaso? – Aang recebe um soco no estômago de Katara logo depois.

- Desculpe. Nós não estamos te chamando de pobre! – ela tenta corrigir.

- Você não está ajudando Katara. – Toph comenta em alto e bom som, aborrecendo-a.

- Tudo bem. – Willa ri – Não é bem que eu seja sem-teto. É só que... – ela desmancha seu sorriso por um momento, mas logo desperta e pega a bandeja no chão, que por um milagre está com todos os frutos do mar sobre ela ainda – Querem? – Sokka e Aang aceitam e vão comendo.

- Ostras são tão nojentas! – Toph comenta quando Sokka engole o recheio de uma.

- É o que eu mais costumo ter pra comer. – todos a encaram e, sem jeito, ela ri – Acho que isso não está ajudando muito na minha afirmação de que não sou pobre. – Willa pega um cacho de bananas e duas maçãs de uma vasilha – Podem comer se quiserem.

Toph e Suki pegam as bananas e Katara e Zuko comem as maçãs. Eles se acomodam sobre as rochas e o esquentadinho senta ao lado de Willa, que já recolocou a vasilha com o restante do cacho de bananas detrás do banco de pedra onde está sentada. Ela suspira e olha para todos.

- Acho que devo explicar... Na verdade, o meu nome é Willa Shubolt.

- Ah, é o mesmo sobrenome do corredor de fórmula um, Lino Shubolt. – Sokka comenta e engole mais um camarão antes de perceber a quietude de Willa – Espera aí!... Você é a filha dele?

- Sou. – a garota confessa – A fama do meu pai tira um pouco da atenção da mídia para a minha mãe e eu, então a nossa foto não chega a aparecer muito nos jornais e na televisão.

- E por que você está nesse lugar? – Toph ergue uma sobrancelha.

- O meu pai não quis dizer nada aos jornalistas, mas o meu tio, irmão da minha mãe, teve um problema com alguns traficantes de drogas. – ela abaixa o volume da voz, entristecida – Ele não teve como pagar pelas compras que fez e a minha mãe assumiu a responsabilidade da dívida, mas o trabalho dela na padaria não é o suficiente e por isso o pai começou a trabalhar direto nas corridas europeias. Para evitar que eu me machucasse, mamãe falou com um amigo dela, senhor Bumi, e pediu que ele me ajudasse a ficar escondida. E já que ele tem um ponto de venda nessa praia, ele preparou este lugarzinho para mim e eu trabalho de garçonete pra ele para pagar pela comida que eu como. Mas as frutas eu mesma pego na floresta. Foi assim que caí de uma árvore e me molhei numa poça!... – ela ri um pouco e pausa, aguardando alguma manifestação alheia.

- Sabe... Eu conheço o Bumi há muito tempo. – Aang sorri – Por isso a gente sempre vem nessa praia. – a simplicidade da mudança de assunto é tanta que Willa começa a rir.

- Sério? – ela limpa as lágrimas de risos – Não se incomodam com tudo o que eu contei?

- Ah, eu acho que todo mundo tem problemas. – Katara comenta sorrindo – Sabe, Sokka e eu perdemos nossa mãe quando éramos pequenos e papai é marinheiro, então ele viaja muito. A Toph tem pais muito protetores e ela raramente sai de casa! – a pequena dá de ombros.

- E eu perdi meus pais em um acidente de carro há alguns anos também. – Suki diz.

- Eu também sou órfão. – Aang se pronuncia – Mas eu moro com meu padrinho, então dá pra dizer que ele é como meu pai. Os pais do Zuko são divorciados e a irmã dele é terrível!

- Acho que ninguém aqui pode se considerar com sorte. – Zuko ri – O lado bom é que não tem perigo de sentir inveja da vida de nenhum, então somos bem unidos!... Quer se unir a nós?

- Vocês me querem no grupo? – todos concordam e ela ri – Está bem. Eu aceito!