N/A: Oie oie! Bem, primeiro que tudo muito obrigada por dar uma oportunidade a MS, minha primeira long da categoria! Espero que gostem desta ideia da mesma maneira que eu estou a gostar de a desenvolver! Antes de vos deixar ler o prólogo peço a todos que leiam cuidadosamente as explicações que coloquei aqui porque sem estas informações a leitura fica bastante complicada! Boa leitura!
— O nome falso de James é Charles Fleamont. Charles porque eu considero que o avô paterno de James tinha esse mesmo nome. E Fleamont porque, para além de ser o sobrenome de uma família bruxa de sangue-puro também é o primeiro nome do pai de James. ( Segundo a própria J.K. Rowling, o sobrenome Fleamont foi extinto pela falta de linhagem masculina na família; as mulheres Fleamont continuaram a sua linhagem como Potters – depois do casamento. A mãe de Charles Potter (o avô de James) era uma Fleamont e no seu leito de morte pediu que a linhagem da sua família não desaparecesse em vão, por isso, Charles deu o nome de Fleamont Potter ao seu único filho – o pai de James).
— O prólogo da história acontece no ano de 1987 – ou seja "seis anos depois" quando James Potter (ou Charles Fleamont) regressa definitivamente a Hogsmead. No entanto, vamos regressar atrás no tempo para descobrir o que realmente aconteceu com James.
— Nesta fanfic, o James nasceu no ano de 1964 (4 anos depois do que é suposto no enredo original). A Lily terá a mesma idade que ele. Já o Sirius e o Remus são dois anos mais velhos que eles (mas vamos ter aquela típica relação Remus/James/Sirius, não se preocupem!)
— A família de James é assassinada a 31 de Outubro de 1981 (Quando o James tem 17 anos)
Disclaimer: Fanfic realizada de fã para fã sem qualquer fim lucrativo. Algumas personagens que constam nesta fanfic não são da propriedade de J.K Rowling ou do universo na qual elas se desenvolvem. Todas essas personagens, classificadas como 'originais', são da minha propriedade intelectual a qual pertencem todos os seus direitos. Assim, qualquer cópia ou semelhança não autorizada desta fanfic será encarada como plágio e denunciada como tal.
Resumo/Sinopse: Quanto vale um segredo? Dependendo do que seja, pode custar tua própria vida ou de quem você ama. Com uma ameaça mortal iminente, Dorea e Fleamont Potter decidem esconder seus filhos num pequeno vilarejo escocês, guardando o segredo de suas localizações com um grande amigo. No entanto, seu segredo é vendido a Voldemort e quase toda a família Potter é assassinada. James, o único sobrevivente, fica em coma por seis longos meses.
Obstinado a vingar a morte de seus pais e proteger o legado Potter, o caçula dos Potter foge e muda sua identidade, forjando, com a ajuda de Alastor Moody a sua própria morte. Durante os seis anos em que esteve fora, James estuda e acompanha seu inimigo. A morte de seus pais será vingada, de fato, mas primeiro James precisa de descobrir o nome do homem que entregou sua família a uma morte certa.
Mas mal sabe ele quem realmente vai enfrentar, não fosse o nome do culpado Edward Evans, um bruxo sangue-puro, amigo de longa data da família Potter e pai de Lily Evans, sua ex-namorada.
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MADE OF STONE - PRÓLOGO
[18 de Janeiro de 1987, Quinta-feira - CASA-ABRIGO DA ORDEM DA FÊNIX]
Todos permaneceram calados ao vê-lo entrar no pequeno cômodo, se sentando logo em seguida em uma das cadeiras vagas, alheio à presença dos restantes membros. Retirando das suas pesadas vestes um jornal, acabou por abri-lo cuidadosamente, sem pronunciar qualquer palavra, ignorando o olhar confuso que os restantes ocupantes da sala lhe lançavam, sem compreender a sua presença ali.
Afinal, Charles Fleamont nunca havia colocado os pés naquele lugar.
Apesar de representar um membro ativo da organização desde que a mesma havia sido criada em 1982 e de participar nas mais importantes missões que haviam sido realizadas nos últimos meses, o pupilo brilhante de Alastor nunca participava nas reuniões feitas na sede da Ordem, pelo menos não fisicamente. Na verdade, se não fosse a sua presença nas diversas missões que realizara ao lado da organização, o seu rosto nem sequer seria reconhecido naquele lugar.
Talvez tenha sido por isso mesmo que, assim que os seus olhos castanhos-esverdeados pousaram nas folhas de papel do jornal, um pequeno barulho de fundo se instalou. A presença daquele homem não podia trazer boas notícias.
Raramente o seu rosto era visto e pouco ou nada se sabia sobre aquele homem. O seu sobrenome, Fleamont, indicava que descendia de uma família bruxa, tipicamente conservadora, que até então se achava extinta pela falta de membros. O seu rosto, sempre erguido, davam-lhe um ar sombrio, parecendo implacável. Fleamont não se deixava abalar por nada, nem por ninguém. Mesmo quando os seus olhos pousaram na figura de Edgar Bones, completamente irreconhecível e desmembrado, depois de ter sido torturado até a morte. Nem nesse momento o pupilo de Alastor havia demonstrado qualquer tipo de sentimento. Talvez a convivência com o mentor, também ele implacável, o haviam tornado assim.
Mas, como Sirius havia dito várias vezes, Fleamont era um verdadeiro mistério.
Ele não tinha amigos, familiares conhecidos ou sequer uma ficha de identificação do Ministério da Magia. Aquele homem era um verdadeiro fantasma que, por alguma razão em particular, havia sido escolhido por Moody como seu pupilo. Assim, durante os últimos anos, Fleamont recebera um treino especial, por parte de um dos melhores membros daquela organização. Se havia alguém que estava mais do que preparado para duelar na guerra que eles estavam travando há anos, esse alguém era Fleamont. Um ótimo duelista, como Sirius pudera constatar na última batalha que Fleamont havia travado ao lado da Ordem da Fênix, sempre com aquela pose altiva e inexpressiva enquanto duelava, nunca demonstrando parte fraca ao seu oponente (que na maior parte das vezes não era, de longe, um adversário à altura).
Fleamont era, sem sombra de dúvida, um dos melhores homens que aquela organização possuía. E ao mesmo tempo o maior mistério de todos.
Mas, se o próprio Albus Dumbledore e Moody achavam que ele era digno de confiança, porque não confiar também naquele homem?
Pelo menos, era isso que Alice defendia, sempre que se reuniam naquele pequeno cubículo depois de uma batalha que contava com a presença do homem. Mas, mesmo assim, depois de ouvir milhares de vezes aquela explicação, Sirius não conseguia confiar em Fleamont e o olhar inquisidor que lhe lançava desde que ele entrara naquele cômodo confirmava isso mesmo.
Havia algo em Fleamont que não batia certo. Na verdade, havia muitas coisas naquele homem que não batiam certo. Talvez fosse por isso mesmo ele não conseguia depositar nele a mesma confiança que depositava nos outros membros da organização. Fleamont tinha um segredo, isso era um fato, e Sirius não iria descansar sem descobrir o que ele guardava.
Parecendo notar os olhares que lhe eram lançados pelo homem de cabelos negros que se encontrava duas cadeiras ao lado da sua, Fleamont retirou os seus olhos do jornal que lia, os depositando, por poucos segundos, na figura de Sirius Black que logo torceu o nariz e estreitou os olhos, demonstrando o seu desagrado mais uma vez.
Fleamont até podia ser muito bom duelista, um pupilo brilhante de um homem louco e ser digno da confiança de Dumbledor, mas isso não queria dizer que ele era, de fato, de confiança. Pelo menos, não da de Sirius.
Percebendo o desagrado do outro homem, Fleamont voltou a encarar o papel, sem proferir qualquer palavra ou fazer transparecer qualquer expressão que indicasse se estava ou não afetado com a postura de Sirius (ou pelo menos com a desconfiança que este deixava transparecer na sua face). Parecendo até divertido com a situação, o homem passou as mãos pela barba por fazer e, por um compasso de segundos, Sirius podia jurar que ele havia sorrido, confirmando que de fato a desconfiança de Black não o havia afetado, de todo.
Sirius preparou-se para dizer algo, mas a mão de Lupin sobre o seu ombro o impediu. Afinal, a desconfiança que o amigo tinha em Fleamont era mais que pública. E, por muito que concordasse com Sirius que aquele homem escondia algo, não havia qualquer razão para desconfiar da lealdade dele à Ordem da Fênix. As pessoas guardavam segredos, mas isso não as tornava mais ou menos confiáveis. Sirius devia compreender isso, afinal, o próprio Remus era a prova viva de que os "segredos" tornavam as pessoas melhores ou piores.
Estreitando os seus olhos para Sirius numa tentativa silenciosa de fazer o outro conter as palavras que pareciam queimar dentro da sua garganta, Remus apertou com força o ombro de Sirius por alguns segundos, sabendo que aquilo havia sido mais do que suficiente para impedir que o amigo perguntasse, de uma vez por todas, quais eram as intenções de Fleamont.
Eles já tinham problemas suficientes em mãos, não precisavam de perder tempo com coisas inúteis como aquelas.
Algo dentro dele o fazia acreditar que, mais cedo ou mais tarde, iriam descobrir quais segredos Fleamont guardava.
No entanto, nenhum deles estava preparado para o que estava para vir. Na verdade, ninguém estava. Nem para as palavras amargas que Moody iria proferir momentos depois e muito menos para os acontecimentos daquela noite. As coisas finalmente estavam a ameaçar mudar e a presença de Fleamont naquele lugar marcava apenas o início disso mesmo.
