Disclaimer: PJO pertece ao Rick Riordan. Mas eu quero a Calipso para mim.
Calipso encarou a flor. Levou os dedos carinhosos até as pétalas, acariciando-as.
Uma maldição. Sempre um herói em Ogígia, um herói que iria abandoná-la. Nenhum herói deixaria a vida de riscos e batalhas para uma vida calma numa ilha paradisíaca. Nenhum herói iria escolhê-la, nunca. E ela já estava conformada com isso – não poderia ser diferente. Nunca seria diferente. Uma lágrima pensou em escapar pelo olho, mas logo os dedos de Calipso a recolhiam. Não podia chorar. Era o destino. Mesmo que os deuses se entristecessem de sua maldição, nunca poderia sair de lá. E talvez, não quisesse. Pelo que Hermes lhe dizia do mundo mortal, ela não sentia vontade de voltar. Caminhar entre concreto, num chão duro e com paredes ao redor. Preferia todas as suas flores e seus jardins, que Deméter às vezes cuidava também.
Calipso se lembrou de Percy. Outro herói que havia se encantado por ela, mas que não iria abandonar os amigos e as lutas. Isso a fez sorrir – as Parcas eram realmente maldosas. Nenhum herói que chegava às suas mãos era bruto, egoísta, malvado. Todos eram gentis e bons amigos. Todos apaixonantes. Calipso nunca vira um como Percy Jackson, entretanto. Aquele acabara sendo deveras especial. E aquela flor, o enlace lunar, seria inesquecível. Os dedos de Percy a tocaram, os olhos de Percy a admiraram.
Calipso levantou-se e andou até o lago, os pés molhando-se na água doce. Por uns instantes, imaginou o som das ondas do mar. E sorriu.
Em Manhattan, Perseu Jackson plantava uma flor no seu jardim.
N/A: Só uma ficlet porque... sei lá, eu precisava fazer isso. Percy/Calipso está entre os meus três casais preferido. E... Ah, sei lá. Calipso. (L)
