Seus olhos duas esmeraldas, um brilho intenso, fugaz e fatal. Seu cabelo são fios de fogo, ou de sangue. Pele alva como a mais pura neve. Um sorriso sarcástico sempre baila nos lábios finos, junto com o cigarro apoiado no canto da boca, aquela boca rosada, aqueles lábios que foram feitos para serem tocados, beijados. Vi como ele ria com os amigos. Até que as esmeraldas se prenderam em mim, ele percebeu que estava a ser analisado, um brilho de malícia atravessou o seu olhar, um brilho indiscritivel que me arrepiou, não sabia lidar com aqueles olhos que me encaravam, mas não queria fugir, romper quele contacto tão frágil. Ele sorriu para mim, vi seus lábios formarem duas palavras, "Olá estranho". A malícia do seu olhar em conjunto com aquelas palavras mudas levaram um rubor às minhas bochechas. Ele entendeu e sorriu do meu embaraço. Vi-o a levantar-se da cadeira, apagar o cigarro, falar algo para os amigos. Meu coração caiu pensei que ele ia embora e nunca mais o veria, mas o que raio se está a passar comigo? Estou aqui a sofrer por uma pessoa que nem conheço… Eu não estou bem. Continuei imerso nos meus pensamentos, até que um sussurro rouco e sensual me despertou de meus devaneios.
- Posso me sentar aqui?
Ergui os olhos a medo, não podia ser ele, não podia. Mas era ele que estava ali de pé com a mão apoiada na cadeira e aquele sorriso nos lábios.
- Po… Pode…
Engasguei completamente, que vergonha, ele pelo contrário não se mostrava incomodado com isso, parecia divertir-se com o meu embaraço. Baixei de novo a cabeça para a mesa, não conseguía encarar aquele olhar.
- Então? Não vai olhar para mim agora?
Oh meu Deus, será que ele ia discutir comigo, ou troçar de mim por estar a observa-lo?
- Desculpe, não era minha intenção incomoda-lo.
Ele olhou para mim sério. Os olhos dele prenderam os meus.
- Não foi incomodo nenhum. Pelo contrário. Mas agora vai permitir que eu faça uma pergunta.
Eu assenti lentamente com a cabeça.
- Gostou do que viu?
Novamente aquele sorriso de pura malícia voltou aos lábios dele. Eu novamente me engasguei, este homem o dom de me deixar sem palavras. Atrevido, malicioso e lindíssimo.
- Então não me vai responder?
Ganhei coragem, inspirei com força, ergui a cabeça e mergulhei naquelas pedras preciosas.
- Sim… Devo confessar que gostei muito…
Por Deus o que eu fui dizer, bem ele agora ou me agradece ou me mata…
- Ainda bem… Porque eu também gostei do que vi!
Eu não sabia o que dizer não sabia o que pensar, ele estava a elogiar-me. Não sou o tipo de pessoa habituada a ouvir elogios, muito menos de um ruivo sexy como aquele. A confusão estava estampada no meu rosto e ele entendeu isso perfeitamente.
- Bem não me diga que não esta acostumado a ouvir isso? Devo dizer que isso é quase sacrilégio alguém tão bonito deveria ouvir no mínimo um elogio por dia.
Ele estava a tentar seduzir-me, reuni toda a coragem que existia no meu ser e resolvi entrar naquele jogo.
- Sem duvida que seria muito agradável, principalmente se os elogios vissem de um ruivo sexy.
Ele deu um meio sorriso, aqueles olhos faiscaram.
- Ai é? Gosta de ruivos?
- Na realidade eu gosto mesmo é de olhos verdes e maliciosos. E que me tentam seduzir.
Senti a perna dele encostar na minha quando ele a esticou debaixo na mesa. Um arrepio percorreu o meu corpo. Semicerrei os olhos quando a mão dele tocou na minha.
- Bem e então será que sedução esta a funcionar?
Claro que ele não precisava de resposta, mas apenas queria espicaça-me mais. Existia uma aura em torno de nós, um clima de atracção.
- Hum… Não sei se devo responder, posso estar a jogar-me nas garras do lobo mau.
Vi-o a dar uma deliciosa gargalhada. A língua dele passou por aqueles lábios tão sensuais numa espécie de convite mudo.
- Então fique a saber que é o Capuchinho Vermelho mais sensual que eu já vi. E já agora basta de formalidades, a partir de agora nada de você.
- Tem uma coisa que eu gostava de comprovar. Estou a pensar nisso desde que te vi.
- Podes perguntar.
O ruivo esperava pela resposta com os lábios entreabertos. Inclinei-me para a frente e toquei aqueles lábios maravilhosos com os meus. Tão doces, e tinham um sabor ténue a tabaco. Depois voltei de novo ao meu lugar.
- Decididamente eu tinha razão.
Ele olhou com uma pontada de confusão no olhar, mas nunca desarmando aquela postura tão sensual.
- E no que tinhas razão?
- Definitivamente os teus lábios foram feitos para serem beijados.
Ele agarrou o meu pulso e levantou-se.
- Vem comigo!
Fui arrastado por ele até o banheiro. Ele trancou a porta e me olhou com olhos de predador. Senti as mãos dele nos meus ombros ele puxou-me levemente para si, sem me dar tempo sequer para responder ele cobriu a minha boca com a dele, cerrei os olhos e agarrei a sua camisola . Uma mão puxava minha nuca, outra agarrava minha cintura. Senti a língua suave a pedir passagem para dentro da minha boca, e eu acedi, permiti o acesso, e senti aquela língua macia a vasculhar cada canto da minha boca, a mão dele encontrou a minha pele debaixo da camisola. Um gemido saiu da minha garganta e foi abafado por aquela boca quente e suave, nossas línguas iniciaram uma batalha deliciosa, que provoca choques eléctricos pelo meu corpo. Sentia um formigueiro no meu baixo ventre, a excitação estava a tomar conta dos meus sentidos. O ruivinho devia sentir o mesmo,pois no momento em que ele me puxou mais para ele eu pude sentir o volume sob os jeans.
- Estas a ver Capuchinho, é perigoso provocar o Lobo Mau.
Eu sorri malicioso.
- Este é o perigo mais delicioso que eu já alguma vez imaginei.
- Vem comigo, vem comigo para minha casa!
