Tempos de Mudança - Capítulo 1

Recados:

- Olá a todos. Essa é a minha primeira fic, então se estiverem gostando, ou quiserem fazer alguma crítica, só mandar um recado.

- Vou tentar manter a média de postar um capítulo por semana, qualquer coisa eu aviso.

- Saint Seiya, não me pertence. Pertence ao Masami Kurumada. Essa fic não tem como objetivo ganhar dinheiro. É uma coisa de fã para fã

- Meus agradecimentos à Mari e à Krika Haruno por terem me ajudado a betar e me apoiarem a continuar escrevendo

Divirtam-se


Grécia, berço da filosofia e democracia e outras inúmeras contribuições para a história humana. Os milhões de turistas que visitam o país, e locais com o Parthenon e a cidade histórica de Olímpia, de repente se sentem como se estivessem dento da mitologia Grega, que descreve contos de deuses, semideuses e guerreiros de feitos sobre-humanos. Para praticamente toda a população do planeta, são histórias para se ler em livros, mas poucas pessoas vivem essa lenda de forma muito real. Atena, deusa da guerra e protetora da cidade de Atenas, vem ao mundo para protegê-lo a cada duzentos anos, e junto dela, cavaleiros capazes de feitos comparados aos dos guerreiros mitológicos a partir do uso do cosmo, parte da energia do Universo contida dentro de cada ser.

Os Cavaleiros de Atena envolveram-se em batalhas mortais, defendendo o planeta das tentativas de outros Deuses de tomar o controle dela para si, onde pereceram de forma heróica. Após a Guerra Santa contra Hades, o deus do submundo, restavam apenas poucos cavaleiros de Prata e de Bronze, alguns muito feridos. Inconformada com aquela situação, Atena, que nessa reencarnação usa o nome de Saori Kido, pede clemência às almas dos seus guerreiros, que nunca puderam ter uma vida normal, a Zeus, pai de Atena na mitologia e líder dos deuses. O deus ponderou por algum tempo, afinal os cavaleiros levantaram punhos contra os deuses em nome de sua filha. Decidiu, para surpresa de todos, chamar Poseidon para a conversa. Mesmo com sua alma presa em uma ânfora, depois de tentar tomar a terra da Atena, o deus dos mares podia se comunicar com os outros deuses. Depois de muito tempo de conversas e promessas, a jovem Kido prometeu libertar Poseidon, que poderia novamente viver dentro de Julian Solo, a pessoa escolhida por ele para ser sua forma humana. Em troca, os dois teriam que conviver em paz. Depois do acordo selado. Zeus permitiu que eles tivessem novamente seus protetores. Todos os Cavaleiros de Ouro, incluindo o grande mestre Shion, e Generais Marinas tiveram suas almas trazidas do mundo dos mortos.

Três anos se passaram. Os cavaleiros de ouro mantiveram as Doze Casas como sua morada, os de prata e bronze, foram divididos e espalhados pelo mundo para ajudar a manter a paz. Alguns ficaram no Santuário, incumbidos do treinamento dos novos cavaleiros. Todos eles alternando suas funções como cavaleiros com uma vida dita normal...

- Obrigada Saga, não sei o que faria sem você ao meu lado.

- Você sabe que essa é minha missão, Atena.

- Saga...

- Me desculpe. Aqui é Senhorita Saori.

Saga, o cavaleiro de ouro de gêmeos, resolveu manter-se sempre perto da Deusa. Depois de voltar à vida, tornou-se o braço direito de Saori Kido, a jovem herdeira de Mitsumasa Kido e responsável por manter seus negócios e a Fundação Graad. Ter uma figura imponente como ele ao seu lado ajudava nas difíceis negociações que tinha que fazer com grandes executivos, enquanto ela ainda não tinha nem mesmo 17 anos de vida.

- Acho que acabamos por hoje. Você pode ir, apenas preciso organizar esses papéis.

- Está bem, mas caso precise de algo, me chame. Até mais.

- Até mais.

A jovem Kido esperou o Cavaleiro se retirar para escorregar na cadeira e dar-se cinco minutos de relaxamento antes de organizar os últimos papéis. Saga já caminhava pelos corredores quando uma voz o fez parar.

- Já vai?

Virou a cabeça para ver de onde vinha voz conhecida. Assim como ele, outros cavaleiros resolveram manter-se próximos a Atena, trabalhando dentro da Fundação.

- Kamus? Sim eu já vou. A reunião já acabou.

- Sorte sua, eu tenho alguns pepinos para resolver ainda.

O Francês também ocupava um cargo de confiança. Era o diretor de logística das empresas da Fundação na Europa.

- As pessoas fazem as besteiras, e sobra pra que eu resolva.

- Não reclama. Se eu te conheço em 15 minutos isso está resolvido.

- É provavelmente sim.

A resposta veio junto de um sorriso.

- Bom, eu já vou indo. Essa roupa social me faz sentir um pingüim.

- Sorte que não preciso usar terno o tempo todo, senão eu já teria derretido. Até mais.

Após as despedidas, o Grego partiu em direção ao Santuário, enquanto Kamus iria resolver o tal problema. Os 5 minutos que a jovem Kido se dera já haviam passado, e ela organizava os papéis quando ouviu a porta sendo batida, autorizando a entrada.

- Entre.

- Com licença, Senhorita Saori.

- Ah, oi Marin. Entre.

A Amazona de Águia também trabalhava no local. Ela entrou na sala de reuniões com um envelope em mãos.

- Chegou agora a pouco, parece importante.

A Deusa recebeu o envelope em mãos, e logo percebeu o timbre das Empresas Solo nele. Abriu, e enquanto lia o conteúdo, o rosto sério passou para o alívio e em seguida para um sorriso radiante. Imaginava o que poderia Poseidon estar aprontado, mas estava enganada.

- Isso vai ser ótimo. Marin avise a todos os Cavaleiros de Ouro. Reunião no Salão do Grande Mestre, amanhã às 9 horas.

- Aconteceu algo?

A Amazona perguntou preocupada com o pedido repentino.

- Não se preocupe, são boas notícias.

- Está bem, eu aviso então. Com licença.

Enquanto ela saía, a Deusa relia a mensagem que acabara de receber.


Salão do Grande Mestre, 8:45 da manhã

Todos os Cavaleiros de Ouro estavam no recinto, alguns com uma feição ansiosa, outros mais tranqüilos, mas todos estavam curiosos para saber do que se tratava a aquela reunião marcada com certa urgência.

- Será que Atena soube de alguma ameaça?

Miro perguntava a Aioria que estava ao seu lado, que respondia quase que instantaneamente.

- Não sei. Espero que não.

- Se bem que eu estava a fim de desenferrujar os músculos...

O escorpiano estralava os dedos da mão enquanto dizia aquilo.

- Mesmo? Pois sua displicência com seu treinamento, especialmente no último ano me faz pensar o que seria de você em uma nova guerra...

Os dois viram a cabeça, e encontram o dono da voz.

- Ih, qual é Shaka? Dá pra você relaxar uma única vez na vida?

- Estou apenas expondo fatos.

Então a conversa entre os três se transformou em uma leve discussão. Enquanto isso Saga e Kamus conversavam com Mu. O ariano havia voltado a Jamiel, ficando a maior parte do tempo por lá treinando Kiki e consertando armaduras. Voltava para a Grécia apenas para entregar as armaduras prontas e levar as danificadas. Os outros dois explicavam a ele como era o dia a dia do escritório de uma grande empresa.

- Sabe, eu não consigo acreditar como vocês dois conseguem ficar trancados naquele local o dia todo, estressados, preocupados...

- Eu até gosto. Resolver problemas que a princípio não tem solução. É divertido.

Kamus abria um sorriso enquanto falava.

- Eu prefiro minha liberdade de ir e vir. Jamiel me dá a paz espiritual de que preciso para continuar meu serviço.

Os três continuaram a conversa. Outros grupos de Cavaleiros conversavam, e apenas um mantinha-se afastado, encostado em uma das colunas, de olhos fechados, mantendo um semblante de quem não queria parecer, mas estava incomodado com o barulho. Máscara da Morte observou aquilo, e saiu da roda onde conversava com Dohko, Shura e Aldebaran para ir de encontro a ele.

- Oi.

- Oi. Dá pra me deixar em paz?

Respondeu seco.

- Que foi? Tá de ressaca?

A pergunta pareceu ter o atingindo em cheio, o que fez Afrodite fechar ainda mais a cara.

- Se eu pudesse ter tido mais umas quatro horas de sono eu ficaria muito grato também...

- Por que foi dormir tão tarde?

- Você esqueceu, não é? Aposto que todos vocês esqueceram...

Disse levantando a voz para que pudesse ser ouvido por todos.

- Eu não esqueci Afrodite, mas foi como eu te disse. Não sei se é o tipo de ambiente que me agrada...

Disse Shura levemente constrangido. Depois de voltar à vida, Afrodite decidiu "sair do armário" e assumir ser homossexual, então se tornou Promoter de festas voltadas para esse público, a ponto de se tornar sócio de uma Boate, que teve inauguração no dia anterior. Ele convidou a todos os Cavaleiros, mas nenhum apareceu. Nenhum dos presentes tinha problemas de relacionamento com o pisciano, e Atena também o apoiava. O único que aparentava não gostar do estilo de vida de Afrodite era Shion, mas por ele ter o costume de exagerar nas noites em que vai para as festas. O que Shura havia falado expressava o sentimento de todos os outros.

- Ah, mas pelo menos para conhecer o local vocês podiam ir. Não é uma Boate exclusivamente gay, sabiam?

- Sim, mas...

O Espanhol tentou continuar, mas foi interrompido pelo Sueco.

- Acho que vocês estavam com medo é de gostar, e digo mais, aposto que tem mais gays aqui nesse recinto, apenas não descobriam ainda.

Afrodite falava com um sorriso bobo no rosto enquanto os outros se olhavam.

- É mesmo? De quem você desconfia?

- É segredo, Gian.

- Já falei pra não me chamar assim...

O Canceriano demonstrava alguma irritação na voz ao falar aquilo.

- Ah, mas é tão fofo...

- Me chama de Máscara, me chama de Giancarlo, mas não de Gian. Fui claro?

- Tá bom...

Afrodite então fechou a cara, fingindo estar chateado. O assunto foi esquecido, e todos voltaram para suas conversas. Não demorou a Atena e Shion entrarem no recinto. Após uma leve reverência coletiva, Shaka tomou a palavra.

- O que aconteceu Atena? Ficamos preocupados com essa convocação urgente.

- Não se preocupe Shaka, não estamos em crise. Pelo contrário trago uma boa notícia.

- Então nos diga.

- Bom, ontem à tarde eu recebi uma carta de Julian Solo.

- Julian Solo... Ou Poseidon?

Aioros ergueu a sobrancelha ao ouvir o nome.

- Como você preferir. Bom, eu vou lê-la para vocês.

Cara Atena. Venho por meio de essa carta convidar a você e seus Cavaleiros para a Festa que irei realizar no dia 30 de Julho em minha residência de Verão, na cidade de Kavos, na Ilha de Kérkyra. Pode convidar todos os Cavaleiros que quiser. O traje social é obrigatório.

Julian Solo/Poseidon

O silêncio tomou conta do local por alguns instantes, até que as vozes de Miro, Aioria e Afrodite, mesmo naquele estado, foram ouvidas.

- FESTA!

Outros eram mais comedidos em sua excitação, mas Shaka e Kamus pareciam preocupados.

- Atena, você não acha que isso pode ser uma armadilha?

O Indiano perguntou com a voz quase abafada pelos três que ainda comemoravam.

- Eu também pensei nisso, mas ontem à noite eu fiz algumas ligações. Essa festa é dada pelos Solo desde a época do pai do Julian. Ela é voltada para altos funcionários, clientes e acionistas das Empresas Solo. Dessa vez ele expandiu um pouco mais os convidados.

- E... Quem você vai levar?

Foi a vez de Kamus falar. Aquela pergunta fez todos ficarem em silêncio novamente.

- Todos os Cavaleiros de Ouro que quiseram ir. Vou chamar também Marin, Shina, e os Cavaleiros de Bronze no Japão. Quem quiser ir, venha falar comigo nos próximos dias

- Eu vou.

- Eu também.

Disse Miro erguendo o braço, seguido dos outros dois mais animados. Os outros ainda pareciam não saber o que falar. Saga aproximou-se do irmão, falando com ele de modo particular.

- Isso é verdade?

- Sim, é sim...

Kanon tinha uma função similar à do irmão, mas trabalhando dentro das Empresas Solo. Porém tinha autorização para morar no Santuário de Atena, junto com o irmão

-... Mas ele não me disse que tinha intenção de convidar vocês.

- E como são essas festas?

- Tudo que um Grego adora. Boa comida, boa bebida, música, dança... A festa sempre tem temática grega tradicional e marinha. Julian diz que é um modo que agradecer ao mar por toda a fortuna que ele oferece a eles.

- É, considerando que a família Solo possui praticamente o monopólio sobre o transporte marítimo na Europa, faz sentido. Mas por que você nunca me disse nada sobre essas festas?

- Desculpe, mas não queria deixar você na vontade, afinal era somente eu o convidado.

- Está bem. Mas dessa vez vamos juntos.

- Certamente.

O irmão General Marina disse abrindo um sorriso. Depois de ambos retornarem à vida, os irmãos fizeram as pazes, e deixaram o que havia ocorrido no passado

A partir daquele dia, faltavam dez dias para a festa acontecer. Ali mesmo, Miro, Afrodite, Aioria, Shura, Saga e Kanon confirmaram suas presenças. Os outros disseram precisar de algum tempo para pensar se iam ou não. Depois de terminar com os Cavaleiros de Ouro, Atena esperou dar a hora do almoço para se comunicar com os Santos de Bronze.


Japão

Já era fim de tarde no Japão quando os cinco Cavaleiros de Bronze se reuniram na Mansão Kido. Porém o clima não era dos melhores. Seiya e Shiryu conversavam de um lado da sala, do outro, os irmãos conversavam de forma discreta. No meio, sentado em um sofá Hyoga apenas esperava de braços cruzados, mas não conseguindo evitar olhar para Shun toda hora. O fato é que Cavaleiro de Andrômeda era outro que se assumiu gay depois de todas as batalhas, e ele e o loiro haviam começado um relacionamento, mas o Hyoga era bissexual, e isso resultou em problemas em dobro para o virginiano, que depois de um ano de idas e vindas depois de traições, resolveu acabar com tudo de vez. Ikki havia prometido dançar sobre a cova rasa do loiro se ele tentasse algo mais com seu irmão. Hyoga, por outro lado, ainda estava confuso sobre o que sentia de verdade, e vê-lo depois de menos de uma semana depois do término definitivo o deixava incomodado. Não demorou para que o telefone tocasse.

- Alô? Olá Saori. Sim, estão os cinco aqui. OK, já vou colocar...

Shiryu então ligou o viva-voz. Atena, depois de ouvir os mesmos questionamentos que ouvira de Shaka vindos da boca de Seiya, deu o mesmo recado para os cinco. De novo, gritos animados foram ouvidos, agora do outro lado da linha.

- Já estou imaginado o tamanho da festa que vai ser.

Seiya esfregava as mãos.

- Só espero que você não dê uma pobre em festa de rico. Vai ter que aprender a ter um pouco de classe, pelo menos.

Ikki, que não perdia a oportunidade de importunar o Pégaso, não deixou barato.

- Cala a boca, frango assado.

- Vem calar, sua mula alada.

- Ei...

Shiriyu ergueu a voz, apontando para o telefone, ainda ligado no viva-voz.

- Bom, acho que falo por todos quando digo que aceitamos o convite.

O dragão falava movendo a cabeça pela sala, e recebendo quatro acenos positivos.

- Certo.

Respondeu uma Atena levemente vermelha de vergonha por causa por causa do modo como seus cavaleiros se comportaram. Na verdade, todos eles precisariam de algumas aulas de etiqueta.

- Eu quero que venham para Atenas daqui a cinco dias, podem preparar suas malas.

- Está bem, até mais

Disse Shiriyu, mas antes Shiriyu que desligasse o telefone...

- Ah, Saori!

- Que foi Seiya?

Disse ela assustada com aquele grito que ele deu pouco antes de ela desligar o telefone.

- A Seika. A Seika pode ir também?

Ele disse com certa apreensão na voz. Não sabia se seu desejo seria atendido. Desde que Seika recuperou a memória, os irmãos voltaram a ser apegados. Moravam juntos próximo ao centro. Seika já estava na faculdade enquanto Seiya terminava o colégio. Após pensar um pouco, Saori falou.

- Eu acho que não vai ter problema

- Obrigado. Ela vai adorar saber disso

- Então até mais

- Até

Então dessa vez conseguiu desligar o aparelho. Após pensar um pouco, acabou por se convencer que não só os cavaleiros de bronze, mas alguns de ouro talvez precisassem de aulas do tipo. No Japão, depois do cavaleiro de dragão desligar o telefone. Ikki e Seiya voltaram à sua conversa misturada com troca de ofensas. Hyoga não demonstrou, mas começava a pensar em usar a festa para tentar descobrir o que realmente queria com Andrômeda, enquanto o mesmo, ao contrário dos outros, pareceu estar apreensivo. Fênix percebeu aquilo.

- Shun, tá tudo bem? Shun...

- Ah, Ikki

- Você está distraído. Aconteceu algo?

- É que essa festa... Julian Solo era o Poseidon, não?

- Mas você não ouviu o que Atena disse?

- Sim, mas... Nada, nada não

Shun desconversou, depois de Saori ter desligado é que se deu conta de uma coisa, mas era algo que queria guardar para si no momento.

- Vamos Ikki? Temos que fazer o jantar, e eu quero estudar um pouco mais antes de dormir.

- Vamos. Boa noite para vocês.

Andrômeda, assim como Seiya, Hyoga e Shiriyu ainda estavam terminando o curso colegial. Ikki já havia se formado, mas decidiu usar esse ano para estudar bem para o vestibular, além de ainda decidir que curso universitário iria fazer. Shun e Ikki moravam juntos. Hyoga e Shiriyu continuavam na mansão Kido, pois não pretendiam ficar no Japão depois de concluírem os estudos.

Continua...

Espero que tenham gostado. E não se esqueçam dos reviews

Até mais