Titulo: Uma Só Vez na Vida
Nota: Esta é uma fic Yaoi (Relacionamento entre dois homens) e terá Lemon (cenas de sexo) não sei quanto, mas terá se você não gosta não leia, ok? Eu não possuo Saint Seiya é minha paixão escrever!
Boa leitura!
Prólogo
Andando pelas ruas frias de Londres estava Kamus, um conceituado escritor de Nova York, estava hospedado na Marble Arch no Hotel Cuberlamd, na Oxford Street, a principal avenida comercial da cidade ao lado do Hyde Park e próximo a Picadily Circus. Muitos indagavam o porquê não optar por um hotel mais luxuoso já que dinheiro para si não era problema.
Olhou para seu relógio e pode calcular que estava caminhando a mais ou menos 1h.
Saíra do hotel após o encerramento da entrevista sobre seu novo livro, (Por Mais que eu Tente). Muitos já acreditavam no sucesso uma vez que, todos seus livros entraram na lista de Best-seller do New York Times.
À medida que foi percebendo que não poderia fugir de seus pensamentos começou a diminuir o ritmo. Parou para contemplar a neve que caia, qualquer um acharia um belo espetáculo mas, para se o Natal... despertava grandes tristezas...
- Já faz tanto tempo. Está tão vivo em minha memória.
Sabia que não adiantava ficar se lamentando. O correto era seguir sua vida e deixar as lembranças aonde devem permanecer.
Kamus Pierre Bittencourt, um jovem escritor de 28 anos estava fazendo o maior sucesso nos últimos anos pelos seus livros. Todos ficavam encantados com a maneira calma, delicada, sensível, amorosa e muitas vezes triste como escrevia. Seus livros já haviam sido traduzidos em mais de 15 países e fariam um filme sobre seu último livro.
Tinha uma maneira fria e calculada para conduzir as entrevistas sobre sua vida, isso deixava os repórteres intrigados principalmente o modo como se esquivava das perguntas sobre seu "filho".
Era um jovem ruivo muito bonito, elegante, educado e extremamente discreto (para não dizer frio), raramente participava de festas, baladas, jantares luxuosos.
Estava sempre presente em projetos sociais e obras de caridade, sempre fazia doações significativas para entidades carentes.
Nada se sabia sobre sua vida particular. Kamus sempre dizia que tinha um único amor em sua vida: Hyoga.
As moças de todas as idades, classes se jogavam aos seus pés mas, nada conseguiam com o charmoso escritor a não ser um discreto sorriso ou um autógrafo.
Estava cansado de tanto caminhar e resolveu se sentar no banco da praça que avistou. Ficou ali pensando na sua vida...Hyoga...o tinha como filho, não importava o fato de não ser seu pai biológico, seu amor e cuidados com ele eram maiores do que muitos outros que batiam no peito e diziam que eram seus filhos, sangue de seu sangue... Fechou os olhos por um momento e se lembrou da entrevista que encerra há pouco.
- Sr. Pierre, ouvir dizer que seu único amor é seu filho. - Falou Albert, repórter do The Independent.
- É verdade. Acredito que o verdadeiro amor que temos são os filhos. É algo que nem o tempo pode acabar.
- Mas ele não é seu filho.
- Ele É meu filho Sr. Albert.
- Acredito que possa ter uma grande consideração pelo garoto, que o trata muito bem. De qualquer forma, não deve ser o mesmo sentimento que nós pais legítimos temos.
Não estava acreditando no aquele cretino estava dizendo. Como podia dizer aquelas palavras sem ter o menor conhecimento de quem ele era, o que passou na vida e o que fazia por Hyoga?
Quem olhava para Kamus diria que estava na mais profunda calma. Porém, estava sentindo um ódio muito grande, uma revolta incontrolavél que teve vontade de mata-lo ali mesmo...
Buscou no fundo de sua alma a paz e tranqüilidade para responde-lo.
- Sr. Albert, quantos filhos tem?
Intrigado ele falou:
- Tenho um garoto Sr. Pierre, chama- se Patrick.
- E quanto tempo costuma passar com seu filho?
- Não tenho muito tempo. Sou um homem que trabalha muito. Costumo chegar tarde em casa porque tenho que revisar as matérias. Se deseja mesmo saber, vou vê-lo sempre antes do jantar e o acompanho até o quarto quando está indo dormir.
- Ah, então vejo que é um homem dedicado ao trabalho. Acontece que se você fosse MUITO dedicado em questões mais importantes que sua vida profissional iria saber que passa pouquíssimo tempo com seu filho. Deve estar ciente que grande parte da violência que estamos vivendo é por falta de educação, convivência, companhia, orientação e carinho que os pais deixam de passar aos filhos.
- Evidente que estou sabendo. Todos sabemos, vemos noticias sobre violência por falta de estrutura, educação e por outros fatores o tempo todo.
- Certamente é por isso que vou lhe dizer uma coisa: MEU FILHO tem a minha companhia todos os dias. Toma café da manhã comigo, o levo para escola, acompanho seu desenvolvimento no colégio, estudo com ele, quando fica doente cuido pessoalmente dele, quando vejo que meus cuidados não bastam providencio um médico imediatamente e respondo todas as perguntas sem duvidar ou vacilar em nenhum momento, passamos horas conversando sobre tudo e todos, providenciamos o jantar juntos e muitas vezes ele dorme comigo... Sabe por quê?
Essa altura Albert, estava totalmente desconcertado.
- Porque ele me diz que sou o melhor pai do mundo. Que não existiria outro a quem ele desejasse que fosse seu pai. Eu o amo acima de qualquer coisa nessa vida. Minha vida profissional não signifca nada para mim perante meu filho. NUNCA deixaria Hyoga de lado para revisar os capítulos que escrevo.
- Jamais duvidei do amor que sente pelo garoto. Apenas expressei meu ponto de vista em relação a pais adotivos. Como passa tanto tempo com ele e ainda consegue tempo para escrever Sr. Pierre? - Perguntou tentando mudar de assunto.
- Escrevo por amor à cultura e a arte. Não por dinheiro. Escrever vai muito além do dinheiro, ali estão envolvidos vários sentimentos. Geralmente me dedico nas horas de folga quando ele está no colégio ou dormindo.
Odiava se expor dessa maneira. Nesse caso sentiu que era necessário. Olhou para aquele grupo de repórteres reunidos e disse:
- Então para encerrar essa entrevista vou dizer a todos vocês para que não reste nenhuma duvida. Pai é aquele que cria, cuida e ama. Não estou dizendo que minha relação com Hyoga é sempre um mar de rosas. Muitas vezes nos desentendemos mas eu o amo e lhe dou educação para que seja um bom homem. Ensino lhe que existem outros valores na vida além do dinheiro, a ser uma pessoa de bem. Que não importa com quem esteja se relacionando todos merecem respeito, lhe digo quando deve pedir desculpas e sempre falar por favor e dizer obrigado. Essas palavras podem fazer uma grande diferença na vida.
Todos na sala estavam surpresos por Kamus se prender a tanto tempo em um assunto tão pessoal era algo que jamais havia acontecido com o Sr. do Gelo como alguns costumavam dizer.
Após seu desabafo, no final do salão, começou a ser ouvido um bater de palmas tímido e calmo. Todos se viraram para ver a repórter do The Times que aplaudia com um sorriso no rosto. Gesto que não passou despercebido a Kamus que compreendeu que ela apoiava totalmente suas palavras. Aos poucos todos no salão se encontravam de pé aplaudindo com força as palavras tão certas e dignas que ele tinha pronunciado.
- Uma boa noite a todos. - Foi sua última frase antes de se retirar.
Massageou a testa antes de abrir os olhos, estava se sentindo exausto pelos últimos acontecimentos. Resolveu comprar um chocolate quente.
No caminho reparou em um casal que passava, estavam abraçados e trocavam juras se amor.
Não queria parecer indiscreto mesmo assim, parou para ver o longo e apaixonado beijo que trocavam. Não pode deixar de sentir uma grande inveja daquele casal. Como gostaria de estar no lugar deles e ficar com a pessoa que ultimamente ocupava grande parte de seus pensamentos.
- Milo...
Era impossível não ser lembrar dele. Colocou a mão nos lábios e sentiu novamente a sensação daquele beijo. Como se pudesse sentir suas línguas se encontrando para aquela caricia maravilhosa...
- O que estou pensando? Ele é um homem!
Não devia se sentir tão espantando, já teve este tipo de relacionamento com um belo rapaz. Foi apenas um caso, voltado totalmente para sexo ele se sentia nas nuvens quando estavam fazendo amor. Havia jurado seria sua única experiência homossexual. Na época estava em grande conflito não sabia o que queria pelo menos era assim que queria pensar então, houve essa oportunidade de estar junto de Saga. Foi muito bom o tempo que passaram juntos, pena que foi tão pouco. Isso aconteceu a muito tempo, bem antes de Hyoga e Milo... Seu Milo.
- Chega!! Não quero mais pensar nisso.
Achou melhor deixar o chocolate para outra hora e voltar ao Hotel.
Parou em frente ao grande relógio de Londres e pode observar que faltava 20mim para a meia-noite. O Natal o deixava muito deprimido era quando suas lembranças mais tristes voltavam nunca conseguiu fugir daquele sofrimento. Jamais o deixava em paz.
Estava andando cada vez mais rápido. Quando chegasse, poderia se fechar no seu quarto e beber até perder a consciência de modo que assim, fingiria que nada tivesse acontecido estaria tudo bem... como sempre! Que estavam todos felizes, ele, sua prima Anastácia e Hyoga. Estavam ansiosos pela chegada do 2º filho de Anastácia! Estavam sempre discutindo para saber como se chamaria... Estava quase decidido que seria Isack..
Poderia até pensar que Milo estaria compartilhando a alegria do Natal com eles!Que ele o protegeria e cuidaria das suas feridas.
Cada vez que tinha esse pensamento seu coração apertava. Sabia que tais coisas jamais iriam acontecer.
Mesmo estando com pressa, esperou que o sinal para pedestre estivesse aberto para continuasse seu caminho.
Estava tão distraído e com tanta vontade de ser ver livre deste tormento que não reparou no carro que vinha em alta velocidade e totalmente desgovernado em sua direção.
Quando percebeu já era tarde, tudo que sentiu foi um forte impacto em seu corpo. Viu - se sendo jogado para frente em uma velocidade e distância que jamais poderia dizer.
Assim que seu corpo encontrou-se no chão sentiu que iria morrer. Percebeu sua vida se esvaziando aos poucos. Sua mente começava a ter visões que sempre lutará a esquecer.
Tudo estava como em filme. Tentou se mexer. Somente o fato de pensar já o fazia sentir dor.
Sentiu um gosto de ferro na boca. Devia ser do sangue. Não conseguia dizer nada. Estava sentindo dor nas costas. Com certeza quebrará algumas costelas. Suas pernas que estavam em um ângulo que jamais poderia imaginar que existisse.
Fechou os olhos e pediu a Deus que aquela tortura acabasse logo. Tentou olhar ao seu redor e se deparou com Hyoga, estava dizendo para ser forte, esquecer o passado e ser feliz. Mesmo parecendo um absurdo Kamus sorriu. Ele sempre dizia isso mas era fraco demais para seguir em frente.
Começou a ouvir muitas vozes e percebeu um homem desesperado falando o tempo todo que a culpa não era sua, possivelmente era o motorista. Algumas pessoas o olhavam com desprezo outros apenas balançavam a cabeça.
Percebeu um rapaz falando contigo não conseguia entender. Estava começando a sentir sono. Sabia que não seria bom se dormisse.
Sempre sonhara que morreria dormindo. Achava que este tipo de morte não lhe causaria dor. No momento não estava pensando em se. O que Hyoga faria se algo lhe acontecesse?
Quando voltou para uma das vozes percebeu aquela figura loira e linda na sua frente... Milo... Ele ria para si e lhe estendia a mão como no dia em que o beijara... Estava parecendo que ira lhe beijar novamente.
- Meu Deus como adoraria beija-lo e ser feliz ao seu lado. - Pensou Kamus.
Agora estava se sentindo muito cansado... Como há muito não se sentia... Só conseguia pensar em Hyoga e Milo... Começou a sentir uma forte dor na cabeça.. Estava tendo cada vez mais dificuldade para respirar...
- Milo...
Foi a última coisa que pensou antes de entrar na mais profunda escuridão.
Continua...
Estou realizando o sonho de postar minha fic! Estou muito feliz por essa conquista! Podem ser pequenas para alguns mas, para mim é muito !! Sei que talvez muitas pessoas tenham visto alguns erros aqui. Peço que me desculpem é minha primeira fic e não sou perfeita...(Revisei este capitulo mais de 20x..rsrs) Não tenho mangas para me basear algumas informações retirei de outras fic´s. (Não copiei idéia de ninguém apenas informações que acredito que a grande maioria deve saber). Vou fazer o possível para atualiza-lá uma vez por por mês.
"Uma Só Vez na Vida" está sendo baseada em um livro. Achei que seria um máximo compartilhar com vocês através de Kamus e Milo.
Até breve,
Nataly-San. (Fevereiro/2008)