Law & Order não me pertence. Se fosse meu... Ah! As coisas seriam diferentes...

FRAQUEZA

"Fique."

Uma palavra. Uma fraqueza. E eu perdi a chance de ser feliz.

Não culpo Kathy. Culpo a mim. Agi como um adolescente cheio de hormônios, que pensa com a cabeça de baixo antes de pensar com a de cima.

Amo meus filhos, mas não amo Kathy – não como um marido deveria amar sua esposa. Amo minha parceira Olivia Benson. Aquela que eu chamo de raio de sol.

Liv é minha parceira em todos os sentidos. Parceira no trabalho, na vida, na amizade e no amor; porque eu sei que ela também me ama. Nos casos em que precisamos passar por um casal – como quando fingimos sermos casados e queríamos adotar um filho ou quando ficamos seminus nos agarrando – sei que ela se sente feliz como eu. E triste por não ser verdade.

Porque também sei que ela não tem mais esperanças em um "nós".

Meus filhos a adoram, Kathy tem ciúmes (com razão, admito), mas gosta dela. Liv sempre ajudou a família Stlaber: quando a Maureen teve problemas, no parto do Eli...

"Sou casado." "Ele é casado." São as únicas respostas que podemos dar quando perguntam a um de nós se já tivemos algo. Pela expressão que fazem, da para ver que não acreditam, mas o que podemos dizer? "Temos um relacionamento moral e emocional extremamente profundo, não vivemos sem o outro, nos amamos e queremos sempre estar juntos, mas não podemos ter nada fisicamente sexual porque nenhum de nós agüentaria a culpa por trair Kathy?". Melhor ficar na resposta padrão.

Chega a doer fisicamente quando não estou em um caso com ela. Munch e Fin são ótimos policiais, mas não conseguem protegê-la como eu. Muito menos aquele agente do FBI. Ninguém pode.

As agências que rejeitaram Olívia para adotar estavam redondamente enganadas. Ela seria uma excelente mãe. Quando eu via Kathy com aquela barriga, não conseguia de deixar de imaginar Liv com uma barriga enorme também; com um filho meu crescendo dentro dela. Não suportaria vê-la tendo um filho com outro homem, seria a prova de que ela estaria ligada com alguém que não sou eu. Ela deve saber da minha hipocrisia, sabe que apesar de eu ser casado, não gosto quando ela namora. Nunca me apresenta seus namorados.

Eu amo Eli e sou feliz por este bebê ter nascido, mas odeio o motivo pelo qual ele está neste mundo. Foi a minha fraqueza de carne e de espírito que permitiram que ele foste concebido e assim, perdido a chance de continuar divorciado e com as portas abertas para um novo relacionamento.

Um dia Liv vai encontrar alguém que possa dar o que eu não posso. Ficarei feliz por ela encontrar uma felicidade e odiarei cada segundo por não ser eu.