Bom essa é a minha nova fic,muito criativa (criativa até demais) que fala sobre aventuras e muita ação, queria que vocês lessem e depois, dissessem o que acham...
"Procurar aonde menos esperamos encontrar segredos: esse é o caminho para a verdade. A pergunta é: você estará pronto para ouvir-la?aguentará até o final?Como vai se sentir ,após descobrir que poderia ter descoberto isso antes e feito tudo diferente?Isso é o que vamos saber,agora..."
"Além dos tempos, eu vivo"
Capítulo 1 – A fenda no tempo e o livro misterioso
Depois da queda de Voldemort, a vida de Harry jamais pôde voltar ao normal. Pelo contrário, ela ficou muito melhor!A paz, o sossego, Harry pedia por isso há séculos e finalmente os conseguira, merecidamente.
Porém, antes de cair, Voldemort levara vários amigos dele, pessoas queridas que Harry sabia que jamais iria encontrar de novo: Lupin, Tonks, Moody, Fred , Collin, Cedric, Dumbledore, seus pais, Sirius...
Essas perdas foram dolorosas, algumas mais e outras menos, mas em todas Harry se sentiu profundamente triste e incapaz de fazer alguma coisa.
Nesse exato momento, ele estava aprendendo a seguir em frente, apesar de todas as decepções, perdas e obstáculos, a não deixar que o passado influencie o seu futuro, pois o futuro dele deverá ser construído do melhor jeito possível.
Como Harry, Ron e Hermione perderam todo o sétimo ano letivo enquanto caçavam horcruxes e como todos de Hogwarts estiveram nas garras dos comensais da morte durante um bom período (leia-se: um ano letivo inteiro perdido), todos os alunos de Hogwarts tiveram de fazer um ano de novo. Não houve muitos protestos, por incrível que pareça: todos queriam se livrar do pesadelo que havia sido o ano anterior e começar de novo, apesar de terem que se esforçar bastante para passar de ano.
Agora, Harry estava visitando, por alguns dias, a casa do largo Grimmauld. Como proprietário, ele tinha de torná-la "habitável", apesar de não pretender morar ali, no futuro. Ele fazia isso pelo valor sentimental que a casa tinha, pois era de Sirius Black e monstro, que finalmente se tornara um elfo gentil com todos, vivia ali e não queria se mudar. Tinha mais uma razão: Harry se lembrava dos tempos que viveram ali,quando a ordem da fênix existia,por isso não tinha coragem de abrir mão da casa, por enquanto...
-Ah, Harry, me desculpe, mas monstro não andou fazendo o trabalho dele tão bem assim, a casa ta igual a um depósito de poeira!-reclamava Hermione, passando o dedo num vaso. O dedo ficou sujo de pó.
-Isso significa mais faxina?-exclamou Ron, molenga - estou tão cansado que...
-Ron, temos que ajudar o Harry!-censurou Hermione.
-tudo bem, pessoal... -disse Harry, desejando que seus amigos se preocupassem menos com ele.
-ah, que é isso, Harry, você sabe que nós viemos aqui para ajudar você, principalmente, não precisa ficar envergonhado-disse Hermione, lançando um feitiço para limpar o vaso do corredor.
Harry nem soube como agradecer, só conseguiu sorrir para os seus dois amigos.
-onde é que está o monstro?-perguntou Ron, olhando para os lados, rapidamente - se ele aparecer eu vou esfregar o nariz dele na poeira e...
-Ron!-exclamou Hermione, horrorizada-Lembra que nós não podemos maltratar o monstro, ele não gostaria nada disso, coloque-se no lugar dele!
-Ah, não é aquela história do FALE de novo, não é?Aquilo já deu uma canseira...
-não tem nada a ver com o FALE!-retorquiu Hermione, olhando feio para Ron - o que eu quero dizer é...
Harry balançou a cabeça, rindo. Aqueles dois não tinham jeito, mesmo. Após tudo e eles continuavam brigando, como nos velhos tempos!
Enfim, depois de um pouco de faxina, chegou à hora mais crítica da limpeza: o sótão, lugar onde nenhuma alma viva parecia ter pisado há, pelo menos, um século atrás. Saíram de lá com as mãos doendo e foi quando Molly disse:
-não precisam se preocupar, queridos, que essa parte eu limpo!Junto com Gui e Jorge, não é mesmo, rapazes?
-pode deixar-falou Gui, suado de tanto esfregar a sujeira. Jorge estava do outro lado, parado e sentado sobre um caixote:
-Jorge, não vai limpar, também?-observou a Sra. Weasley.
-Sabe como é não é?Eu estou poupando energia para a próx... -ele parou de falar ao ver o olhar zangado de sua mãe - tudo bem, mamãe... Olha... Estou pegando o paninho... Molhando na aguinha... Vou passar na parede...
Enquanto Jorge tentava acalmar sua mãe, Ron, Harry e Hermione desceram para o terceiro andar. Sim, todos os Weasleys vieram ajudar, juntamente com Neville e Luna, o que, pensava Harry aliviado, significava menos trabalho para poucas pessoas.
-Olha, eu vou limpar o quarto do Sirius... Tudo bem?
Hermione e Ron assentiram com a cabeça. Eles iriam limpar outros cômodos do mesmo andar, então.
Harry abriu o quarto com uma sensação de frio no estomago. Da última vez que esteve ali, ele estava fugindo de comensais e estava ansioso por pistas que o levassem até as horcruxes. Entrar naquele quarto significava revirar um monte de lembranças já esquecidas pelo tempo... E que não se repetiriam, novamente. Poderia ser pesaroso, mas Harry queria entrar lá e ver todas as fotos espalhadas pelos cantos, ver aquelas lembranças. Parecia até que queria matar as saudades de uma época que jamais conheceu, era essa a sensação...
Determinado, Harry girou a maçaneta...
Tudo estava do mesmo jeito que Harry havia encontrado no ano passado, nada havia mudado, nem sequer uma pilha de livros antigos escolares. A poeira chegou ao nariz de Harry o fazendo espirrar. Ele não estava querendo tanto assim limpar, só queria ver as coisas que tinham dentro daquele quarto.
Ele começou a revirar as gavetas e os armários, tirando a poeira e olhando todos os objetos existentes ali... Harry leu várias cartas dos marotos (e riu! algumas eram até engraçadas) e se divertiu olhando todos os objetos mágicos inúteis que Sirius tinha em seu quarto (alguns eram bisbilhoscópios quebrados e outros Harry nem sabia o que era). Tinha algum lixo da Zonko's em algumas gavetas abarrotadas.
Então, na última gaveta a ser vasculhada, Harry, enquanto tirava do local uma xícara partida que mordia o nariz, viu um brilho fraco e luminoso preencher todo o fundo do armário. Intrigado, ele meteu a mão na direção do brilho e encontrou, na última gaveta, um objeto estranho com características exclusivas.
Era um círculo que cabia na palma da mão. Tinha um relógio de sol, nas bordas e no centro, tinha um relógio de areia. No meio, tinha um relógio de água... Mil maneiras de se marcar o tempo... Os contornos do objeto é que emitiam um brilho fraco, pareciam ser feitos de luz. O círculo era meio transparente, a palma da mão de Harry poderia ser vista atrás dos relógios, a imagem da palma conseguia se sobrepor a do objeto,algumas vezes.o objeto era cortado por inúmeros meridianos e paralelos.
Harry ergueu uma das sobrancelhas. Nunca tinha visto um objeto desse tipo, antes. Apertou o círculo. Nada aconteceu. Ele procurava algum botão ou uma alavanca, mas não encontrava nada. Cansado de procurar algum efeito, ele olhou admirado para aquilo. Como se chamaria?Ele olhava relaxado, os relógios funcionarem, calmamente...
De repente, os relógios ficaram agitados, o brilho dos contornos se intensificou. Harry viu imagens do mundo, dos dias passando, na parte superior do círculo. Assustado com a mudança brusca deixou cair o círculo no chão, mas ele não se espatifou.
Então, Harry sentiu um calor atrás dele e se virou: o antigo brilho fraco do circulo estava saindo da escrivaninha. Um vento levantou as folhas ao redor e um estojo desapareceu, quando foi atingido pelo brilho. No lugar deste, um livro de tamanho médio apareceu no ar (vindo do brilho?) e se chocou contra a madeira da escrivaninha,provocando um baque surdo.
Harry, receoso, se aproximou do livro. Já tinha tido experiências com livros mágicos o suficiente para saber que não eram confiáveis e este não parecia ser nem um pouco. Decidiu ignorar o livro e resolveu catar o objeto circular com relógios do chão. Mas, quando ia pegá-lo uma surpresa: o objeto sumiu!
Ele olhou aterrorizado para o livro e confuso demais para saber o que estava acontecendo!Como algo pode ter sumido?o que era aquilo?Harry se aproximou do livro, a varinha na mão, pronto para qualquer outro susto. Abriu o livro e inesperadamente viu letras familiares:
"Sirius Black"
Sirius escrevera um livro?Pensou Harry, atordoado. Folheou as páginas daquele livro misterioso e verificou o registro de datas e de passagens que ocorriam nessas datas:
"não é um livro qualquer: é um diário"
Então, Harry pensou se leria as lembranças de seu padrinho; poderiam ser intimas demais e ele não gostaria que as lessem... Mas, Harry ficou curioso demais para não resistir e pensou que Sirius poderia até desculpar por bisbilhotarem seu diário, não se importaria tanto, desde que não fossem contar para meio mundo:
"é, Sirius iria perdoar isso, é claro que iria. ele deve entender..."
Harry virou as páginas ansioso. A data era de Julho, nas férias de verão, antes do quinto ano:
"droga! porcaria de lugar! eu preferiria continuar no Caribe a ter de vir para Londres e ficar na casa de meus "adorados" pais! Todo mundo diz que é para o meu bem,mas e para o bem da minha saúde mental?Alguém entende o que eu sinto ao ficar trancado nessa casa caindo aos pedaços,com monstro a tiracolo?não!Além de sentir tédio,eu tenho um profundo ódio dessa maldita casa e do maldito quadro da minha mãe que vive a berrar em minhas orelhas!por que eu não explodi essa barraca velha antes,por que não mandei tudo pros ares,para que a ordem escolha outro esconderijo seguro para eu ficar?Me sinto mais preso aqui do que em Azkaban,ta legal Azkaban era pior,na verdade não sei quais das prisões é a pior e nem vou ficar gastando meus miolos pensando nisso!Só sei que aqui é um dos mais horríveis lugares do mundo!
Bom, eu estou num daqueles dias de tédio, principalmente quando não há reunião da ordem, sem vontade nem de levantar da cama, quando tive esta idéia: peguei um dos meus antigos cadernos escolares, rasguei as poucas folhas que eu usei e fiz da coisa um diário. Vale tudo para não ficar sem nada para fazer e isto é bom, por incrível que pareça, para passar o tempo. Olha, já está no final da manhã, enquanto eu passei uns trinta minutos escrevendo sobre o quanto odiava minha mãe, monstro e essa casa. E eu nem sabia que tinha tanta disposição para escrever, para falar a verdade seria a última coisa que eu faria, mas isso até que está legal: estranho, não?
A partir de agora, vou passar a escrever poucas coisas da minha, agora, triste e vazia vida e é claro, passar alguns segundos jogando (ridículo, mas a culpa de estar preso e entediado não é minha) forca comigo mesmo (ou jogo da velha )
(partes preenchidas com joguinhos)
Bom, é a única coisa que eu posso fazer no momento. Ficar fazendo coisas idiotas enquanto estou de novo, preso... Ficar sem nada para fazer é a coisa mais entediante que existe no mundo!Eu estou preso numa maldita casa, numa gaiola!E EU QUERO SAIR DAQUI AGORA!
Molly está batendo na minha porta: é hora do almoço. Com minha impaciência transbordando, eu me arrasto até a sala de jantar.
(3 dias depois)
FINALMENTE ALGO INTERESSANTE NESSA POCILGA!
Um passarinho, ou melhor, Remo me contou que estavam planejando tirar Harry da casa dos malditos Dursley!Ou seja, ele vai vir morar aqui!É óbvio que estou comemorando, finalmente uma boa companhia para me livrar do tédio!É claro que estou ansioso para vê-lo, minha última carta para ele não foi digamos que... Tão boa assim... Minhas respostas não foram satisfatórias. Ordens do Dumbledore, ele queria que não enviássemos tantas novidades, não contássemos sobre a ordem, mas,por favor!O que ele sabe?Ele está deixando Harry na mais completa ignorância, isso é inaceitável!O que ele pretende fazer, afinal?Me deixando aqui preso e ao Harry,que vai ser o último a saber de tudo!Quanta injustiça!"Dumbledore merecia era uns bons chutes na..."
Harry ouviu um barulho de vozes. Pensou serem as vozes de seus amigos e fechou o livro, rapidamente. Quando viu que seus amigos, ainda não foram até o quarto do Sirius, nem terminaram a faxina, ele tornou a ler só que pulando, distraidamente, o final do parágrafo anterior:
"O engraçado é que ultimamente, não tive nada daquela inspiração anormal para escrever algo no meu diário. não estava, com vontade, por isso fiquei dias sem escrever: só agora que a inspiração anormal retornou. talvez seja pelo fato de ter que ficar faxinando essa porcaria de casa, que deveria ser demolida de uma vez, para não ficar me enchendo e me acabando com a paciência!ou pelo fato de terem(sim!) mais reuniões da ordem.A parte ruim das reuniões é a presença de Snape.
Ele, agora, está se achando o superior para cima de mim, mas duvido que ele ficaria com essa bola toda há algum tempo atrás,quando sua presença era uma piada na mão de nós quatro,dos marotos!Agora mesmo, eu quero pendurá-lo de cabeça para baixo com um feitiço, arrancar-lhe suas calças e lavar a boca dele com sabão, como nos velhos tempos!Hahahaha!
Tudo bem que naquela época eu admito que exagerávamos um pouco com as brincadeiras para cima de Snape,mas agora mesmo,ele estava merecendo isso!Se não merecia naquela época, hoje ele está fazendo pra merecer!Por falar no tempo dos marotos, agora me lembrei daquela detenção em que James e eu pegamos por ficar nos corredores a noite e..."
-HARRY!
Harry fechou o diário, mas já era tarde demais. Ele lançou um olhar por trás do ombro e se deparou com Ron e Hermione, parados na porta, enquanto observavam Harry ler os pensamentos de Sirius, que o padrinho escrevera no seu próprio diário. Harry sentiu seu rosto esquentar ao ver seus amigos:
-HARRY!O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO!MEXENDO NAS COISAS DO SIRIUS?ISSO É INVASÃO DE PRIVACIDADE!VOCÊ GOSTARIA QUE ALGUÉM MEXESSE NOS SEUS SEGREDOS, MESMO DEPOIS DE VOCÊ ESTAR MORTO E...
Ela parou, lançando um olhar desesperado ao Harry. Falar do passado pode ser muito difícil e doloroso,principalmente sobre alguém que já se foi...e das lembranças deixadas por eles na terra...
Hermione baixou a cabeça, decepcionada com Harry. Ron pegou na mão dela e lhe sussurrou algumas palavras; parecia consolá-la. Hermione assentiu com o que quer que Ron tenha falado. Depois, Ron entrou no quarto de Sirius dando uns dois passos, agora era a vez dele falar com Harry:
-Cara!O que é que você ta vendo e...
-escutem!-Harry pediu,interrompendo a próxima ladainha ou o que seja-Venham ver só o que eu encontrei,é interessante não digam nada, só escutem...
Ron foi em direção á Harry, curioso. Hermione suspirou: parecia que Harry não iria ouvi-la tão cedo, estava entusiasmado demais, então era melhor fazer o que ele pediu e depois dar um discurso sobre invasão de privacidade, Etc. Porém, mesmo assim, Hermione também se aproximou dele, intrigada com o que ele tinha nas mãos.
Harry sorriu ao ver seus dois amigos perto dele, interessados. Ele ia começar a ler um novo trecho do diário de Sirius:
"Minha vida nunca fora tão agitada assim, desde que cheguei ao largo grimmauld. Primeiro, a visita do Harry (finalmente as coisas estão dando certo nessa pocilga!) foi ótimo vê-lo novamente, são e salvo, apesar do ministério estar tentando expulsá-lo de Hogwarts.
(Sirius conta sobre a chegada do Harry e quando contaram sobre a ordem da fênix)
Porém,outro fato ocorreu,há poucos dias, depois da chegada do Harry, quero dizer nem foi tão depois, passou uma semana. Tenho que admitir,aquilo foi bem estranho e ainda estou me recuperando do baque e de toda a história que eu assim:eu estava faxinando o sótão,quando eu encontrei..."
-GAROTOS!HORA DO JANTAR!
Depois de berrar e não obter respostas, Molly apareceu na porta do quarto de Sirius, assustando a todos:
-A comida está na mesa, já podem ir jantar!Vamos, vamos!Já chega de faxinar e. .. O que estão olhando parados nesse canto?
-NADA!-o trio respondeu, escondendo o diário embaixo da escrivaninha.
-Venham, já está pronto!-Molly os chamava.
-vamos ver de novo o diário hoje, não é cara?-perguntou Ron, enquanto Hermione oferecia ajuda a Sra. Weasley para colocar os pratos na mesa. Ron estava ansioso para continuar e aquela interrupção fora um grande incomodo para sua curiosidade.
-tenha certeza que sim. -Harry lhe lançou um sorriso, num dos cantos dos lábios.
Depois do jantar, eles saíram correndo e pegaram o diário debaixo da escrivaninha:
-VAMOS, HARRY!To morrendo de curiosidade!-Ron abria o diário de mais de trezentas páginas, afobado.
-Calma, Ron!Deixa o Harry encontrar a página!-Hermione disputava espaço com Ron, tentando pegar o diário de suas mãos.
Harry livrou o diário das mãos competitivas deles e abriu na parte em que pararam, ele tornou a ler a última parte do parágrafo:
-Vamos continuar...
"Tenho que admitir, aquilo foi bem estranho e ainda estou me recuperando do baque e de toda a história que eu vivi...
Foi assim:eu estava faxinando o sótão,quando eu encontrei..."
