Santana teve a certeza de que sua vida iria mudar completamente assim que fixou os olhos em , ajeitou cuidadosamente os seus cabelos para trás antes de dar alguns passos para frente.
"Pare", Brittany disse num tom meio choroso.
Santana respirou fundo e a encarou, desolada.
"Você realmente precisa ir?", a loira perguntou.
"Sim. E, no fundo, você sempre soube disso".
Disclaimer:Todos os personagens são da série Glee. A história me pertence, não os personagens – e o enredo surgiu numa tarde, enquanto eu escrevia coisas aleatórias. A fic contém cenas de sexo, abuso de álcool e drogas. Não leia se você não tiver a "mente aberta".
PRÓLOGO
"Eu deveria mesmo devolver essas coisas. Ou simplesmente me livrar delas"
Santana olhou pela milésima vez o que parecia ser sua cama. Correndo os olhos rapidamente, constatou que havia dezenas de "tralhas" espalhadas por todo o seu lençol; fotos, cartas, bichinhos de pelúcia e alguns CDs antigos. Piscou duas ou três vezes antes de dar as costas mais uma vez para as memórias e ir em direção a cozinha.
"Porque eu não posso simplesmente me livrar disso tudo? É algo tão fácil... e além do mais, é passado."
Abrindo a geladeira, deu algum tempo para aqueles pensamentos sórdidos e, batendo ruidosamente as unhas na porta metálica, percorreu os olhos antes de encontrar o que desejava, dando assim alguns goles direto da garrafa do que parecia ser um vinho branco barato.
"Ou eu deveria ligar. Sim. Eu deveria."
Aquele era um ritual quase que sagrado no seu dia. Acordar de ressaca e, para ajudar a ignorar a bile em seu estômago, tomava mais alguns quatro ou cinco goles de alguma bebida barata. E sobre os artefatos em sua cama?
Era sempre assim. Toda noite antes de dormir – isso quando ela dormia – era inevitável se sentir solitária e até um pouco amarga. E com isso, dia após dia, tudo o que Santana fazia era beber, esquecer, só para então lembrar-se de novamente de tudo o que havia acontecido. Sua vida não passava de uma completa bagunça.
"Você acabou de ligar para Susan. Deixe o seu recado, porque eu provavelmente não estou."
Santana revirou os olhos quando a secretária eletrônica atendeu. Deu um chute no pufe que estava em sua frente e pigarreou antes de cantarolar:
– Oi. Sou eu. Só liguei porque queria... conversar. Me ligue quando estiver em casa.
Silêncio. Respirando fundo, girou a garrafa em suas mãos e abaixou a cabeça. Por um breve momento, se perguntou se aquilo era o certo a se fazer - mas não demorou muito para que a embriaguês acabasse com sua dúvida. Alguns minutos depois já estava falando novamente:
– Poxa Susan, como você consegue me ignorar por tanto tempo assim? Por favor, atenda. Eu realmente preciso falar com você... Você não sabe como tem sido difícil para mim! Como é que você pode tocar a sua vida depois de tudo? Eu não agüento mais e...
Santana ficou quieta enquanto tentava se lembrar do que gostaria de falar. Pelo sim ou pelo não, resolveu desligar e assim que ouviu o barulho estridente do telefone sendo colocado no gancho, se arrependeu imediatamente. "Eu já não fiz isso a semana passada?", pensou. "Acho que ela irá pensar que eu estou um pouco desesperada. Mas nãoimporta... desta vez ela irá atender. Com toda a certeza.".
Bebendo mais alguns goles, deixou a garrafa vazia em cima da mesa enquanto, meio cambaleante, pegou as chaves do seu carro velho.
Santana realmente estava com problemas.
N/A:Este é um prólogo feito durante a vida atual de Santana. É feito no passado... é como contar uma história de trás para frente. Primeiro capítulo em breve.
