Parente é Serpente

Dia 12 de janeiro, aniversário desse capricorniano lindo! E como não poderia deixar isso passar em branco, e como há muito planejava um novo fic com esse casal, Shura e Maíse, espero que gostem dessa fic em homenagem a esse espanhol caliente.

Deveria ser um oneshot, mas as idéias foram evoluindo...evoluindo...vamos ver no que vai dar!

Boa leitura!

Prólogo

"Aniversário do Shura?"-Maíse quase gritou quando ouviu Marin lhe contando isso.-Como eu pude me esquecer?"

Estavam sentadas em uma mesa, em um pequeno restaurante, com Dione e Desirée.

"Você tem se dedicado aos negócios e sua loja está reformando."-comentou Dione.-"É natural se esquecer..."

"Mas, esquecer do aniversário do próprio namorado?"-falou Marin.

"E vão me dizer que nunca esqueceram os aniversários deles!"-resmungou.

"Dezesseis de agosto...o aniversário do Aioria. Nunca esqueço!"-respondeu com um sorriso divertido.

"Sete de fevereiro."-falou Desirée.

"Oito de novembro."-respondeu Dione.-"Ah, se ele esquecer o meu!"

"Então por que não se lembraram de me lembrar mais cedo?"-explodiu.-"Está tarde da noite! Onde vou arranjar um presente para ele?"

"Use a imaginação."-respondeu Marin se despedindo dela.-"Os rapazes vão levá-lo para um festinha em um bar da cidade, o Oásis."

"Usar a imaginação."-suspirou, depois um sorriso iluminou seu rosto.-"Claro, por que não?"

O.O.O.O.O.O.O.O.O.O.O

No Oásis, um bar muito movimentado e freqüentado em sua maioria por cavaleiros e amazonas, devido a sua proximidade com o Santuário, um grupo alegre festejava ao redor de uma mesa, em um canto, o aniversário de um amigo.

"Tá ficando velho, hein?"-brincava Milo, já meio alterado pela bebida.-"Eu me lembro de quando o vi pela primeira vez no santuário. Tu já era Cavaleiro de ouro e mantinha a maior banca de bonzão! Agora é um cara legal!"

"E você era um moleque chato e metido a galã e...e continua um cara chato e metido a galã!"-respondeu com um sorriso.

Comentário divertidos a respeito de Shura se seguiram, e o espanhol de repente ficou sério.

"E qual é? Por que essa cara?"-perguntou Aioros.

"Acho que Maíse se esqueceu do meu aniversário...não falou nada o dia todo, nem telefonou..."-suspirou.

"Você está assim porque quer fazer o famoso pedido a ela, certo?"-falou Aioros.

Os amigos começara a rir e a brincar com ele, sobre ser um homem sério agora.

"Chega gente...chega, Dios!"-ele suspirou.-"É...estou um pouco nervoso com isso. Vou fazer o pedido hoje mesmo, mas eu não a encontrei nenhuma vez e..."

"Acho que deveria ver a beldade que acabou de chegar, amigo."-comentou Saga olhando para a porta do bar.

Todos voltaram os olhares para onde Saga apontava. Shura engasgou com a própria cerveja ao ver quem entrava e como estava vestida. Parada na porta do bar, usando uma minúscula saia e blusinha preta estava Maíse, mais atraente do que conseguiria imaginar.

E não era o único a perceber isso, pois todos os homens presentes pararam o que faziam para acompanharem com os olhos a bela ruiva que entrava agora, caminhando na direção da mesa dos cavaleiros de ouro.

O olhar de Shura começou pelas sandálias de salto alto que ela usava e subiu pelas pernas compridas e bronzeadas, a micro saia deixava as coxas a mostra. Sentiu a boca seca diante da visão.

"Acho que ela não se esqueceu do seu aniversário não."-comentou Saga rindo.

"Podem parar de olhar!"-disse aos amigos, alguns estavam boquiabertos.-"Fechem as bocas´, hombres!"

Ao se aproximar, Maíse sorriu como um anjo, um contraste gritante com sua aparência sensual e lasciva.

"Feliz aniversário, querido!"-disse se curvando e beijando os lábios dele.-"Passei aqui para avisá-lo que seu presente está esperando em minha casa."

"Bem, eu estava com os rapazes e..."

Ela inclinou-se e cochichou em seu ouvido.

"O que você está olhando agora...é o seu presente de aniversário."-e deu um sorriso malicioso.-"Vamos?"

Imediatamente ele retirou algumas notas do bolso e jogou sobre a mesa, acenou para os amigos e pegou Maíse pela mão, saindo imediatamente do bar.

Algum tempo depois, eles já chegaram ao pequeno apartamento de Maíse. Ela mal teve tempo de falar alguma coisa. Ele a beijou e nada mais importava.Os lábios moviam-se sobre os seus provocantes, as línguas se tocaram, enrolaram-se, sugaram-se, aumentando o calor entre seus corpos.

Com um gemido rouco, ele pressionou-lhe o corpo contra a parede, e Maíse sentiu cada músculo daquele corpo rijo contra o seu, ela espalmou as mãos nas nádegas firmes e arqueou o corpo. As mãos dele deslizaram da cintura para dentro da blusa e apertou com força o seio, depois ele começou a deslizar os dedos de maneira provocante sobre o mamilo.

Sôfregos se separaram e Máise sorriu, afastou-se.

"Sou seu presente de aniversário...venha."-ela chamou entrando no quarto.-"Você quer?"

"Eu adorei meu presente, cariña."-ele pegou na mão que Maíse oferecia, os dedos entrelaçaram-se.

O.O.O.O.O.O.O.O

Sete horas da manhã...

O vôo 434 vindo do Brasil já havia pousado há algum tempo no aeroporto internacional de Atenas. Nisso uma senhora de cabelos cor caramelo, vestida de maneira austera com um conjunto cinza, caminhava acompanhada por várias outras pessoas, mais alegres e falantes.

Na entrada do aeroporto, chamaram alguns táxis, e seguiram até a praia de Mirkinos.

O.O.O.O.O.O.O.O

Shura abriu os olhos na manhã seguinte e sorriu sentindo os dedos de Maíse acariciando suas costas. Aquela noite havia sido especial, Maíse e ele alcançaram as estrelas várias vezes, e ainda estavam cansados, mas satisfeitos e felizes.

Estavam juntos há oito meses e estavam felizes .Queria tê-la sempre perto dele.

Será que era o momento ideal para fazer o pedido? E se ela não quisesse? E se dissesse não?

Ele virou-se para encará-la e a abraçou. Ficou acariciando seus cabelos e seu rosto, calado.

"O que foi? Está tão sério."

"É que tenho algo a lhe perguntar, cariña."-ele sorriu.-"E sinceramente, isto está me dando mais medo do que qualquer batalha que eu tenha enfrentado até agora."

"Então diga logo!"

Shura ergueu-se e levantou correndo procurando algo nos bolsos de sua calça, finalmente achou uma pequena caixinha azul de veludo. Ele suspira e encara a bela mulher nua, enrolada nos lençóis a sua frente. Era agora...

"Maíse...você quer se..."

A campainha tocou e Maíse vestiu a camisa de Shura para atender.Shura suspirou, xingou quem quer que fosse na porta e guardou a caixinha de volta no bolso da calça, depois colocou a cueca e foi para a cozinha.

"Tem torta na geladeira, Shura."-Maíse disse antes de abrir a porta.

"Achei."-ele falou, comendo a torta e parando na soleira da porta da cozinha.

"Deixe um pouco para mim, guloso."-dizendo isso, ela abriu a porta, achando que era uma das meninas da loja, já acostumadas a verem Shura por lá, mas então o sorriso sumiu.-"MAMÃE!"

"Mamãe?"-perguntou Shura.

"Oi, Maíse. Não vai nos convidar para entrar?"-A senhora mostrou que estava acompanhada por mais dois casais, um rapaz sorridente e três crianças, depois lançou um olhar reprovador a maneira que a filha se vestia e para o rapaz parado de roupa intima, olhando-a espantado e corado.-"Será que chegamos em má hora?"

continua...