20/02/2010 – Tókio.
Corria pelas ruas bem iluminadas de Tókio. Ela e os guerreiro junto com a resistência iam para a casa de Alice no jato de Marucho já que finalmente poderiam voltar para Nova Vestróia , e o melhor é que dessa vez todos iam.
Bufou, não sabia que a casa de Marucho era tão longe.
Quando finalmente chegou à mansão abriu sorrateiramente a porta. Porém quando percebeu que Dan, e Julie estavam em uma conversa séria decidiu não atrapalhá-los, ficando fora da visão deles.
- Você acha mesmo que devemos levar a Runo, Dan? – Perguntou Mira.
Os olhos de Runo se arregalaram, não acreditava no que Mira acabara de perguntar.
- Acho que não, ela sempre atrapalha – Respondeu Dan friamente.
Runo sentiu pontadas em seu coração, não ia agüentar ouvir mais nada. Saio de seu esconderijo assustando seus "amigos".
-Runo – Sussurrou Dan – Não é o que parece, nós não...
O cortou.
-É o que parece sim – Disse friamente e cortante.
E sem mais uma palavra saiu da mansão, não sem antes é claro bater a porta com uma força desnecessária.
...
20/02/2010 – Tókio,restaurante/casa dos Misaki.
Chegou ao restaurante de seus pais acabada, não acreditava no que tinha acabado de presenciar.
Assim que entrou no recinto, foi surpreendida por sua mãe.
-Runo precisamos conversa-Falou sua mãe
Assentiu com a cabeça sentando-se em uma cadeira qualquer.
-Eu e seu pai conversamos – Pausou – E bom, chegamos a conclusão de que você tem levado essa história de Bakugan longe demais, seria melhor se você fosse para uma escola interna.
Runo fechou os olhos, se sua mãe tivesse falado isso antes, antes dela sair do restaurante mais apressada para ser mais exata, teria dado um ataque, mais agora não, seria até melhor assim.
Esboçou um sorriso falso e respondeu:
- Concordo com a senhora mãe, eu preciso pensar mais nos meus estudos, conhecer gente nova – Pausou- Vai ser melhor assim, quando eu começo?
A senhora Misaki olhou assustada para sua filha sentindo um alivio no coração, pensava que sua filha não ia aceitar a decisão.
- Daqui a uma semana – Respondeu para sua filha.
-Bom, eu estou meio cansada, vou subir para descansar um pouco –Respirou fundo – E se por acaso alguém ligar para mim, ou aparecer aqui para falar comigo,diga que eu não estou.
A mãe apenas assentiu vendo sua filha subir as escadas que davam em sua casa,ficou preocupada,alguma coisa tinha acontecido com Runo,ela não era assim...
...
20/02/2010 – Nova Vestróia.
-Cadê a Runo? – Perguntou Marucho para ninguém em especial.
Os integrantes que acabavam de chegar se olharam culpados.
Na mesma hora, Marucho,Shun e Ace perceberam que havia acontecido alguma coisa,alguma coisa ruim.
- Nós... Nós... Nós – Mira não conseguiu continuar, a culpa esta á consumindo.
- Nós estávamos conversando, e bem, nós falamos uma coisa ruim de Runo e – Dan pausou, estava mal - ela ouviu.
Alice, Julie e Baron apenas acenaram com a cabeça, não estavam em condições de falar.
Todos se entreolharam, tiveram o pressentimento de que não veriam Runo por um bom tempo.
...
27/02/2010 – Aeroporto de Tókio.
A menina de cabelos azulados olhava tediosamente o ambiente enquanto seus pais acertavam algumas coisas com a atendente que cuidava das passagens, bagagens, burocracias em geral.
As crianças brincavam alegres com seus brinquedos, pais cuidavam das burocracias, adolescentes ouviam musica em seus Ipod's, todos felizes... Como ela desejava estar.
Seus supostos amigos a procuraram naquele dia,telefonaram,foram até seu restaurante/casa, mais em vão, sua mãe gentilmente falará que ela não estava.
Não queria ver eles nunca mais, nem mesmo Alice,Shun,Ace e Marucho, que não tiveram nada haver com a cena que havia presenciado.
E afinal, ela era orgulhosa demais para dar o braço a torce e perdoar seus "amigos".
-Runo – Chamou seu pai.
-Sim – Respondeu.
- O seu avião já chegou querida – Anunciou o senhor Misaki.
Depois de se despedir de seus pais entrou na sala de embarque, sem olhar para trás uma única vez, deixaria o seu passado, agora viveria apenas o futuro, Dan e sua "trupe" haviam morrido pra ela.
Uma imensa vontade de vomitar lhe atingiu quando percebeu que essa atitude não iria afetar os "guerreiros" afinal ela só atrapalhava.
