The Other Prince
Ela era exatamente como uma princesa de contos de fada e precisava viver isso apropriadamente. Eu era seu príncipe perfeito. Amor de infância, amigo da família, amigo dela. Eu era perfeito pela primeira vez na vida, éramos perfeitos juntos e todos só podiam torcer por nós, o casal perfeito no final da guerra. O amor prevalecendo sobre todo o mal que Voldemort causou. O menino que sobreviveu salva aquele menina que havia sido possuída por Tom Riddle.
E fomos felizes por um tempo e tudo era sobre o sorriso dela e aqueles momentos, não havia nada que eu pudesse desejar mais, ela era linda, ela era genial e a mais engraçada de todos os Weasley, depois da guerra achei que nossas mãos não se soltariam mais e o próximo passo seria o casamento.
Não notei que ela começou a se afastar, que o sorriso não era tão grande e as risadas não eram mais tão altas, eu estava ocupado, eu estava preocupado. Voldemort estava morto, mas havia tanta coisa pra fazer, tantos Comensais, tantas coisas para consertar, tanta coisa pelas quais lutar que não percebi.
E ela se afundava na carreira, no quadribol, nos amigos, nas noites longe de casa, em ficar longe de mim. Posteriormente soube que ela tentava se convencer de que era apenas uma fase, tudo daria certo. Penso que se eu soubesse, talvez tudo daria certo.
Ginny era minha princesa, mas provando um novo tipo de contos de fada, ela me deixou. E agora eu estou aqui, no jornal diz que ela está se casando. Ela escolheu outro príncipe, um príncipe que nem mesmo poderia ser chamado de príncipe, ela estava na França acompanhada de Draco Malfoy realizando o casamento de seus sonhos. E nas fotos, todas aquelas paisagens românticas e luzes e beleza e Ginny sorri como nunca sorriu pra mim. Nem toda a luz da França brilhava mais que ela naquele vestido de noiva, nem toda beleza da Torre Eiffel, nem os pequenos cafés poderiam sugerir maior felicidade e amor que o sorriso dela.
Ela estava se casando, na França, com Draco Malfoy. Toda a mídia estava lá e todos se lamentavam por mim. Eu gostaria de estar feliz por Ginny, mas era impossível, não sou tão bom assim, é difícil sequer olhar para as fotos, para o sorriso de Malfoy que parecia uma afronta pessoal. Imaginei que agora ela já era chamada de sra. Malfoy. Logo ela que sonhava desde os onze anos ser a sra. Potter. Logo ela que teve a chance de ser a sra. Potter e não quis mais, sonhou tempo demais, talvez.
A França era um país lindo e eu certamente não pisaria meus pés lá tão cedo.
