Olha eu aqui, começando mais uma fic! Finalmente a NejiXHina que eu sempre quis está para sair. E meus profundos agradecimentos vão para a AnaCorazza, que me ajudou a organizar as idéias e a fazer parecer decente! hahaha Muito obrigada, flor! Essa é totalmente dedicada a voce!

Espero que voces gostem! Neji e Hinata se pegando é tudo de bom, e nessa fic eu pretendo dar asas ao casalzinho!

Aproveitem!


Capítulo 1

Neji tinha um mau pressentimento. E o problema era que: quando ele tinha um mau pressentimento alguma coisa ruim acontecia. Sempre. E ele tinha um mau pressentimento.

Era essa voz na cabeça dele dizendo que ele devia pegar uma missão de duração indefinida e sumir da vila. Agora.

Ele devia seguir esse pressentimento. Mas o que podia estar para acontecer? O dia parecia calmo o bastante, Konoha estava numa rara época de paz com as vilas vizinhas. Até as missões estavam calmas.

Ele sacudiu a cabeça. Estava tudo bem. Não tinha nada com que se preocupar. Provavelmente no fim do dia Lee ia aparecer com um novo corte de cabelo horrível e ia querer convencer Neji a cortar o dele também.

Neji entrou no condomínio dos Hyuuga. Esse era mais um dia de primavera. Quente, mas agrádavel. As flores estavam começando a mostrar suas faces. Era a estação preferida de...

Neji parou de andar. Hinata.

A prima estava ajoelhada entre um canteiro de flores, vestida numa yukata lilás. Ela tinha os braço levantados e estava prendendo o próprio cabelo, num coque relaxado. Como ela estava de costas para ele Neji apenas podia ver a curva do pescoço dela. Mas só essa visão já era suficiente para tirar o folêgo dele.

Talvez ele devesse ter saído procurando uma missão.

Era ridículo se sentir do jeito que ele sentia. Hinata era a prima dele, para começo de conversa. E ela era... Ela. Kami, não tinha porque ele sentir essa... Essa absurda atração que ele sentia por ela.

Neji lembrava bem que quando ele era uma criança, a primeira vez que ele vira Hinata, ele a achara bonitinha. Isso parecia ter acontecido há séculos atrás. Quando o pai dele morreu ele passou a odiar a herdeira, decidindo que era mais fácil culpar e castigar a ela do que seria culpar e castigar Hiashi. E então teve um ponto em que odia-la não era o suficiente. Foi quando ele quase a matou.

Nunca ia importar que anos se passaram, que ela o tinha perdoado, várias vezes. Ele nunca ia se perdoar. Ele só tinha a agradecer a todos os Jounnins que pularam na arena para para-lo. Se ele tivesse realmente matado Hinata...

Depois daquilo ele começou a levar a sério seu dever de guardião. Protege-la, treina-la, ter certeza de que ela estaria sempre segura. Não porque ela era a herdeira dos Hyuuga, mas porque ela era Hinata.

E foi então que... Ele começou a olhar para ela com outros olhos. Como ela era bonita, como a pele dela era perfeita. Como o sorriso dela era iluminado.

Foi ai que ele começou a deseja-la.

No começo ele se odiava por isso. Era errado. Tinha que ser! Mas ele sabia que não era verdade. Era muito comum casamentos entre primos em clãs poderosos como os dele. Mas Neji não queria casar com Hinata.

Ele era seguro o bastante de si mesmo para admitir, mesmo que fosse só em pensamento, que o que ele sentia por Hinata era desejo, lúxuria. Claro, ele também sentia carinho por ela, mas não no sentido romântico. E era por isso que ele nunca ia demonstrar suas intenções para Hinata. Ela era do tipo de garota que ia querer, não, ela merecia, alguém que a amasse como se ela fosse a única mulher na fasse da terra. E Neji não era essa pessoa.

Não que isso o impedisse de olhar, de desejar, de imaginar.

-NEJI!

Neji bufou. Hinata levantou a cabeça, olhando em volta.

-NEJI! –Hanabi gritou de novo, vindo na direção do primo.

-Eu já tinha ouvido o primeiro grito, Hanabi. –Neji falou, a voz controlada como sempre –Não precisava gritar de novo.

-Se eu não grito esse lugar fica quieto demais. –a morena menor falou como se fizesse total sentido gritar porque tudo estava quieto.

Neji segurou a vontade de revirar os olhos.

Ele viu pelo canto dos olhos que Hinata estava observando os dois com um sorriso gentil no rosto. Hinata, como Hiashi, era flexível demais com Hanabi. Por isso a caçula era uma pirralha mimada.

-Oto-san quer falar com você. –Hanabi explicou –Agora mesmo.

Neji arqueou a sobrancelha.

-Ele falou qual o tema?

-Não. –Hanabi falou tranquila –Mas não deve ser nada sério. –ela deu de ombros –Ele parecia calmo.

Neji achou melhor não contar para Hanabi que as piores notícias vinham quando Hiashi parecia calmo.

-Obrigado, Hanabi. –ele falou, sem conseguir segurar um pouco do sarcasmo –Eu vou ve-lo agora mesmo.

Neji ignorou os gritos de encorajamento de Hanabi e a sensação do olhar de Hinata sobre si. Ele caminhou silencioso como uma sombra até o escritório de Hiashi. E quando ele abriu a porta e deu de cara com o tio ele teve certeza de que ele devia ter ido procurar uma missão.


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