N/T: Olá, essa história é a tradução da fic com o mesmo título, escrita por Cheryl Dyson, e foi autorizada pela autora. O link da fic original está na minha lista de favoritos. Eu amei no momento em que eu comecei a ler, e terminei muito rápido mesmo. É relativamente pequena, tem apenas 8 capítulos, mas é recheada de DracoxHarry!


Harry entrou no gabinete da Ministra da Magia e ficou surpreso ao ver que Draco estava lá. Vê-lo fez o estômago de Harry dar uma curiosa cambalhota, sem surpresas, porque a presença do Malfoy em sua vida geralmente agia como prenúncio de desgraça.

Afastou a idéia irracional e tentou sorrir para a Ministra, ignorando Malfoy, como costumava fazer, a menos que a etiqueta ou o seu trabalho exigisse o contrário.

"Ministra," Harry a comprimentou educadamente com um questionamento em sua voz.

Cho estava com uma expressão sombria, o que não ajudou em nada a acalmar os nervos de Harry. "Ficou feliz que você esteja aqui, Harry. Eu tenho algumas notícias que podem afetar você e Draco."

Harry olhou para Malfoy. Sabia que devia ser sério para Cho chamá-los pelo nome. Ela sempre se referia a eles como 'Auror Potter' e 'Conselheiro Malfoy' enquanto estavam nas instalações do ministério.

"O que é?" Malfoy exigiu.

"Alcott Nott escapou."

Harry sugou o ar assustado e lançou um olhar para Malfoy, cuja face refletiu o espanto de Harry por um momento antes de sua máscara fria habitual voltar ao lugar.

"Como?" Malfoy perguntou.

"Durante seu transporte para Azkaban. Houve uma tempestade. Ainda não temos certeza se foi magicamente induzida ou se eles simplesmente aproveitaram o mau tempo. Independentemente disso, perdemos dois Aurores no ataque."

"Quem?" Harry perguntou entorpecido, sentindo-se doente. Nott. Caralho.

"Blewitt e Montagne."

Harry fez uma careta. Ele não gostava de Blewitt, mas sabia que o homem tinha dois filhos não muito mais novos que Lily. E Montagne tinha sido um bom Auror.

"Há alguma pista?" Malfoy exigiu, como se fosse qualificado em investigação. Ele não era nada mais do que um promotor do Departamento de Execução das Leis Mágicas, supostamente ajudando a sentenciar os criminosos que Harry e os outros Aurores rastrearam e trouxerem perante à Suprema Corte dos Bruxos. Ainda assim, foi uma pergunta válida.

"Não. Ele pegou a varinha do Blewitt e desaparatou. Nós não sabemos—"

Cho foi interrompida pela porta sendo aberta com ímpeto. "Ministra Chang, me desculpe por interromper, mas chegou uma coruja e achei que poderia ser importante. Menciona o Auror Potter e o Conselheiro Malfoy."

Harry se coçava para arrancar a mensagem das mãos do subsecretário, mas esperou até que Cho lesse e então entregasse para ele. A mensagem era curta, mas arrepiante.

Potter e Malfoy,

Preparem-se para conhecer íntimamente a angústia.

Não estava assinado. Harry entregou sem palavras para Malfoy, cujo rosto empalideceu mais do que Harry teria pensado ser possível.

"Nós vamos, naturalmente, atribuir—" a voz de Cho foi cortada por Malfoy.

"Ele vai atrás das crianças."

Harry olhou para ele, estreitando os olhos. "O quê?"

"Preparem-se para conhecer a angústia, Potter. O quê recentemente fez Nott sentir angústia?"

O sangue de Harry congelou.

Malfoy assentiu. "O filho dele. Ele nos culpa, quer vingança, e agora está livre." Malfoy largou a mensagem na mesa da Cho, virou e se dirigiu para a porta. "Vou tirar Scorpius de Hogwarts. Deixarei um pedido de licença antes de ir, Ministra. Bom dia."

Malfoy já tinha saído antes que Harry pudesse impedí-lo. Ele tentou de qualquer maneira, correndo para o corredor e agarrando o manto do Malfoy pela costura do ombro. Segurou firmemente e não soltou até Malfoy parar e olhar para ele.

"Por quê? Hogwarts é o lugar mais seguro da Grã-Bretanha."

Malfoy sorriu de deboche. "Se você acredita nisso, então é mais estúpido do que eu pensava." puxou o tecido para livrá-lo das mãos de Harry e ajeitou seu manto, obviamente se preparando para sair. Cho Chang o interrompeu.

"Conselheiro Malfoy, Auror Potter, preciso que vocês voltem para meu escritório e sentem-se. Tenho uma idéia que pode ajudar todos nós."

xx*x*xx

"Uma equipe de Aurores foi enviada para Hogwarts. Eu só... me sentiria melhor se Lily estivesse com você," Harry disse dentro das chamas. O rosto de Ginny se contorceu em preocupação, mas não raiva como Harry havia temido.

"Albus deveria vir também."

Harry assentiu. "Vou tentar convencê-lo, mas você sabe como ele é." Albus poderia escrever um manual sobre comportamento obstinado. Quando tinha dez anos, a família estava de férias na Irlanda, com protestos veementes de Albus. Enquanto eles faziam compras em um mercado lotado em Dublin, Albus desapareceu. Após horas de busca frenética, Harry o encontrou em casa, seguro, inteiro, e sem arrependimentos.

Harry preferia manter Albus por perto do que se preocupar com ele dando uma volta por ai em um ataque de independência imprudente, mesmo que agora ele tivesse dezessete e fosse relativamente maduro.

"Sim, eu sei como Albus é. Estamos em—"

"Não me conte!" Harry disse rapidamente. "É melhor eu não saber, no caso... Bem, só por precaução. Vou mandar outro Patrono se precisar chegar até você, caso contrário, apenas uma chamada pelo Flu às 18h00 e—"

"18h00, Harry?" ela perguntou mordaz.

Harru corou. Tinha esquecido o quanto ela odiava 'A Merda do Ministério' que incluía tudo sobre o trabalho dele no momento em que se separaram. "Quis dizer às 6 da tarde," ele emendou. "Como vai o Neville?"

O rosto dela se iluminou e ele sorriu perplexo, reconhecendo que era bom vê-la feliz, apesar de tudo. Ele ainda a amava, afinal de contas, apenas não da maneira que qualquer um deles precisava. "Nev está ótimo. Encontrou três novas espécies desde que estamos aqui e está tão animado, você precisa ver." ela tossiu e acrescentou, "Bem, vou dizê-lo que você mandou um Oi."

"Obrigada, Gin. Esperemos que isso acabe rápido."

Ginny assentiu. "Tchau, Harry. Falo com você às 18h00." torceu o nariz para ele e encerrou a conexão.

"Ela parece estar levando isso bem," Malfoy comentou atrás dele e Harry virou. Não tinha ouvido o idiota entrar. Reprimiu um comentário mordaz sobre conversas privadas, mas decidiu que entrar numa competição de gritos com Malfoy não seria benéfico, especialmente se o plano de Cho fosse posto em prática.

"Sim, ela é ótima," Harry disse no lugar da resposta malcriada. "Como vai...?" Ele parou, incapaz de lembrar o nome da esposa do Malfoy. Começava com A, lembrou. Aurora? Amelia?

Malfoy revirou os olhos. "Não importa. Você está pronto?"

Harry se levantou e tirou a poeira dos joelhos antes de pegar um punhado de Pó de Flu em seu manto. "Sim, vamos." jogou o pó nas chamas, entrando nas brasas e gritando, "Hogwarts!"

Ele saiu e quase caiu antes de endireitar-se. Nunca iria descobrir as nuances da viajem graciosa Rede de Flu mesmo se vivesse até os 150, ao contrário do Malfoy, que saiu como se entrasse por uma porta normal, maldito.

Minerva McGonagall ficou atrás de sua mesa, parecendo tão severa como sempre, mas sua feições se suavizaram quando viu Harry. "Boa tarde, Harry. Draco, é bom vê-lo outra vez, embora desejasse que as circunstâncias não fossem tão terríveis."

Harry assentiu para ela, mas voltou sua atenção para Albus, que estava ao lado de Scorpius Malfoy. Albus parecia alguém pego colocando fogo na sala de Poções. Os olhos de Harry se estreitaram e ele se perguntou o que seu filho tinha feito pra justificar tal reação. Supôs que descobriria mais cedo ou mais tarde.

Scorpius estava pálido quase cinza. Ele realmente oscilou contra Albus por um momento, e Albus pegou a borda de sua manga para firmá-lo. Os garotos trocaram um olhar e Harry piscou para eles surpreso, antes de se lembrar que eles eram amigos e tinham sido durante anos. Harry não estava muito acostumado com esse fato.

No verde Sonserino, Scorpius parecia exatamente com Draco aos dezessete anos, só que ele não era tão fino e pontudo. Draco vivia sob a tensão de Voldemort e da guerra na época, que o deixaram esquelético e decididamente pouco saudável. Ele não parecia assim agora, Harry notou, lançando um olhar de soslaio para Malfoy. Ele parecia bacana, auto-suficiente, profissional, e decididamente, bem... gostoso, se Harry fosse honesto.

Malfoy pegou seu olhar e seus olhos cinzentos se estreitaram. Harry desviou. Malfoy ainda era um idiota, é claro, essa parte não tinha mudado.

"Por que...?" Albus tossiu e começou novamente. "Por que estamos aqui, pai? Aconteceu alguma coisa?"

Harry assentiu. "Sim, Albus, tenho algumas más notícias que afetarão você e... Scorpius."

Albus deu um passo pra perto de Scorpius, como se para protegê-lo e levantou o queixo desafiadoramente. Harry o encarou perplexo.

"Por piedade, Potter, não os assuste. Garotos, um criminoso perigoso fugiu e jurou vingança à nós dois. Bem... Potter e eu... e a Ministra, achamos que Hogwarts não é o lugar mais seguro para vocês. Peço desculpas, Diretora."

McGonagall assentiu. "É compreensível, Sr. Malfoy."

"De qualquer forma," Harry disse, "nós decidimos mandar você e Scorpius para ficar no Largo Grimmauld até que tudo esteja em ordem. A menos que prefira ficar com sua mãe, Albus. Estamos mandando Lily para ela e ela está mais do que disposta a ficar com você também." Olhou interrogativo para McGonagall.

"Lily está recolhendo seus pertences e estará aqui em breve," McGonagall disse. "Ela está sendo acompanhada pelo Auror Thomas."

Harry assentiu, aliviado. Dean cuidaria de Lily.

"Espere, você quer que eu e Scorpius fiquemos no Largo Grimmauld? E fazer o quê?"

"Bem, fiquem lá, é claro. Nós a colocamos sob um Feitiço Fidelius e é impossível de mapear, assim você estará seguro enquanto não sair." Cho havia concordado em ser a Guardiã do Segredo. "Não deve ser uma estadia prolongada, já que o Departamento de Aurores inteiro está procurando o culpado."

Albus e Scorpius compartilharam um olhar que parecia expressar muita informação, embora nenhuma palavra tenha sido dita entre eles. Albus virou para Harry e um sorriso iluminou seu rosto. O filho de harry tinha um olhar de prisioneiro condenado agindo como se tivesse sido anunciado que o natal fora antecipado. Os olhos de Harry se estreitaram. "Seu dever de casa virá junto," Harry advertiu. "E qualquer aula prática será ministrada pela Hermione. Ela concordou em tomar conta de vocês, junto com George."

A expressão alegre de Albus não mudou. Isso deixou Harry duvidoso. Albus pode ter sido Classificado para Corvinal, mas ele parecia extremamente Sonserino às vezes, possivelmente graças à sua amizade com Scorpius Malfoy.

"Ótimo!" Albus disse. "Sinistro! Isso é excelente, não é, Scorpius?"

Felizmente, Scorpius parecia menos intusiasmado. "Eles não vão notar nossa ausência? E o Quadribol?"

O rosto de Albus se abateu. "Oh Deus, Quadribol! Eu esqueci!"

Scorpius lhe lançou um olhar desdenhoso, como se esquecer do Quadribol fosse uma ofença passível de punição.

"Deixe que nós nos preocupamos com isso. Vá arrumar suas coisas. Bem, algumas de suas coisas. E tenha certeza de que seus colegas não vão notar você saindo. Estamos tentando manter isso em sigilo."

Albus revirou os olhos. "Eles vão perceber que saímos de manhã."

Harry sorriu. "Não, eles não vão."

Scorpius engasgou e Albus explodiu, "Polissuco? Oh não, você não vai fingir ser eu!" Olhares idênticos de horror passaram de Harry para Draco e vice-versa.

"Em uma maneira de falar," Harry disse. Ele não podia revelar a solução real, mas felizmente Polissuco não seria usado. O Departamento de Mistérios vinha procurando uma solução permanente, que o Ministério vinha mantendo em segredo à anos.

Scorpius se inclinou e sussurrou algo na orelha de Albus. Albus enrubesceu e agarrou o braço de Scorpius. "Com licença um instante," Albus disse todo contente e então arrastando Scorpius para o outro lado da sala tão longe dos outros quanto possível. Os dois meninos estavam envolvidos em uma conversa sussurrada que envolvia Albus agitando os braços enquanto Scorpius cruzava os dele, parecendo muito com seu pai. Scorpius balançou a cabeça várias vezes e Albus lançou ocasionais olhares preocupados na direção dele, mas parecia estar tentando convencer Scorpius a concordar com o plano, então Harry os deixou sozinhos.

"O que você acha que é isso?" Malfoy perguntou seco.

Harry deu de ombros. "Scorpius parecia chateado em perder o Quadribol."

"Ele é o apanhador da Sonserina. Claro que ele está chateado."

"Albus é um artilheiro, mas nunca levou Quadribol tão a sério quanto James."

Harry já tinha avisado James sobre a situação do Nott. James não tinha ficado feliz em deixar o emprego na loja de George até Harry mencionar que o estava mandando para a Romênia para ficar com Charlie e Teddy. Aparentemente o encanto em trabalhar com dragões era grande o suficiente para fazer James estar disposto a desistir de seu trabalho brincando com as substâncias potencialmente perigosas na Gemialidades Weasley. Pelo menos por um tempo. E Harry confiava em Charlie para protegê-lo, mesmo de alguém tão perigoso quanto Nott.

Lily subiu as escadas estrondosamente e entrou na sala apenas para lançar-se sobre Harry. "Papai!" ela gritou. Harry sorriu e girou-a, mesmo que estivesse ficando velho demais para tal coisa e suas costas tenham protestado com uma pontada que ele sentiria mais tarde. Dean Thomas levantou os polegares para Harry, entrando na sala mais serenamente atrás da filha de Harry.

Harry colocou-a no chão e ela perguntou, "O que houve? Dean disse eu tenho que ir ficar com a Mamãe. Onde ela está agora? Eu não me importo, é claro, porque Transfiguração é uma merda—"

Albus riu, chamando a atenção de Lily.

"Lily," Harry advertiu.

Ela torceu o nariz. "Desculpe, Diretora," disse sem sequer olhar para McGonagall. "Albus não vai, né? E porque Scorpius está aqui? Certamente a mamãe não vai deixar Albus arrastar seu—"

"Lily, por que você não fecha a matraca tempo suficiente para Papai conseguir dizer uma maldita palavra? Na verdade, só fecha a matraca." As palavras de Albus eram afiadas e o olhar penetrante de aviso que ele deu a sua irmã levou-a a dar língua para ele.

Harry explicou rapidamente a situação e ela deu um olhar especulativo para Albus. "Você vai para o Largo Grimmauld? Com Scorpius?"

Albus assentiu, ainda olhando mortalmente para ela. Para surpresa de Harry, Lily começou a rir. Ela murmurou algo sobre Albus ser uma 'Maldita Felix Felicis Ambulante' e então balançou a cabeça. "Tudo bem, então. Quando eu saio?"

Harry soltou um suspiro. Lily sempre foi a imprevisível do bando e ele tinha ficado mais preocupado com a reação dela. Olhou para o relógio. "Cerca de uma hora. Pegou tudo o que precisa?"

Lily assentiu e olhou para Dean, que segurava uma grande mochila cor-de-rosa. A expressão dele era de dor. "Sim, eu disse para as únicas pessoas importantes que eu estava indo para um feriado prolongado, então eles estão devidamente ciumentos e eu vou fazer a mamãe comprar um monte de presentes para que eu possa trazer de volta pra eles. Espero que ela não esteja em algum lugar horrível, horrível como a selva miserável no Peru em que ela nos arrastou uma vez..."

Lily continuou e a atenção de Harry voltou para Albus e Scorpius, que tinham terminado sua conversa. Harry podia dizer pela expressão no rosto de Albus que ele tinha convencido Scorpius, o que era um alívio. Harry não tinha certeza do que eles fariam com Scorpius se ele tivesse se recusado a acompanhar Albus. Harry não achava a Mansão Malfoy segura, apesar da vigilância do Ministério e o argumento de vinte minutos do Malfoy em relação ao mesmo.

"Tudo bem," Harry disse animadamente. "Lily, você espera aqui pela sua mãe. Vou levar os meninos para se instalarem no Largo Grimmauld. Fique segura." Ele lhe deu um abraço sincero e beijou o topo de sua cabeça, sentindo uma onda de afeição feroz. Se alguma coisa acontecesse com algum de seus filhos... bem, ele faria o que aconteceu com Voldemort parecer encantador em comparação.

"Malfoy, você está pronto?"

Malfoy assentiu e Harry gesticulou para Albus se aproximar. Albus se juntou a ele, mas depois lançou um olhar preocupado para Lily. "Hey, Lils, se mantenha longe de problemas."

Ela lançou um olhar surpreso para ele e depois sorriu. "Você também. Não faça nada que eu não faria naquele empoeirado, desagradável lugar velho com aquelas frágeis camas. E mobílias. E coisas."

Albus revirou os olhos. "Vamos embora, Pai, ok? Tchau, Lils."

Harry lançou um último olhar preocupado para sua filha, segurou o braço de Albus, e os levou para a lareira e sairam para o Largo Grimmauld.

xx*x*xx

Malfoy tinha enrugado o nariz imediatamente após entrar na sala de estar do Largo Grimmauld e Harry se encolheu interiormente quando viu a casa pelos olhos do Malfoy. Ele tinha tentado preservar o lugar, mas na verdade ele odiava estar ali e recordar todas as memórias desagradáveis contidas dentro daquelas paredes escuras. Como seu único vínculo com Sírius, no entanto, ele não podia suportar livrar-se dela.

"Faz... um tempo que eu a usei para alguma coisa," Harry admitiu. Ele ocasionalmente a oferecia como esconderijo para o Ministério ou morada temporária para amigos longe de casa, mas ele nunca tinha realizado uma grande reforma que ele sempre tentou planejar para a casa.

"Obviamente," disse Malfoy.

"Vamos lá, Scorpius. Vamos escolher nossos quartos!" Albus disse e disparou para as escadas. Depois de um olhar para seu pai, que assentiu, Scorpius o seguiu num ritmo mais calmo.

"Tente não tocar em nada!" Malfoy gritou depois que eles sairam. "Até que isso seja desinfectado!"

Harry fez uma careta, mas Hermione saiu da cozinha Levitando uma bandeja de prata cheia de canecas de cerâmica e um jarro fumegante. Malfoy saudou-a com um aceno cortês. Ele e Hermione trabalhavam juntos com frequência no Ministério, uma vez que foram empregados pelo mesmo departamento. Às vezes Hermione realmente importunava Harry para 'tentar se dar bem' com Malfoy, o que ele achou aborrecedor.

"Harry, esse lugar está tão cheio de poeira que vai me levar uma semana apenas para fazer a sala de estar voltar a ser uma sala de estar e não uma grande cesta para montes de poeira. Olá, Draco. Espero que não tenhamos de ficar aqui muito tempo. Você conseguiu o dever dos meninos com a Professora McGonagall? Nós não queremos atrasar seus estudos por causa desse absurdo."

"Sim, Hermione." Harry disse, embora não tivesse idéia do plano de aula deles. Ele supôs que deveria perguntar quando voltasse à Hogwarts. Confiava em Hermione para pensar em estudar enquanto Harry estava ocupado com o homem que estava tentando destruir suas vidas. Harry sorriu; era quase como nos velhos tempos.

"Fico feliz que você ache isso divertido, Potter." Malfoy disse, soando nem um pouco feliz quando pegou uma caneca de chá e tomou um gole.

Harry sorriu de escárnio e pegou seu próprio copo. Graças à Deus os meninos estavam em Casas separadas ou este plano de Cho nunca funcionaria. A lareira chamejou e Cho Chang saiu como se chamada pelos pensamentos de Harry.

"Certo, tudo está em ordem no Ministério," ela disse. "Ron Weasley está se passando por você , Harry, e Jack Martinson tomou seu lugar, Draco. Com alguma sorte, Nott irá atacá-los, mas estamos altamente duvidosos de que isso vá acontecer. Ele parece disposto a se vingar, por isso espero que esse plano o atraia para fora." Os lábios dela se estreitaram e Harry sabia que ela estava questionando a sensatez de estabelecer a armadilha em Hogwarts, entre tantas crianças. Ainda assim, Harry sabia que era a melhor chance deles.

"Vamos ser cuidadosos," ele a assegurou.

Ela assentiu sombriamente quando Albus e Scorpius saltaram escada abaixo. "Hey, Pai! Oh Olá. Ministra Chang! Quer nos dizer o que é tudo isso?"

Harry balançou a cabeça. "Hermione vai inteirá-los de tudo depois que sairmos. Precisamos voltar antes que sintam suas faltas. Agora, lembrem-se, façam o que fizer, fiquem em casa."

Albus lançou um olhar enigmático para Scorpius. "Isso não será problema. Vocês estão realmente planejando se passar por nós?"

"Sim, então vocês precisam nos dizer tudo o que puderem sobre seus amigos, suas aulas, e qualquer outra coisa que considerem necessário nos dizer."

"Com gráficos para Potter," Malfoy acrescentou. Harry resistiu a vontade de lançar-lhe uma saudação obscena, duramente.

Os meninos se sentaram e começaram a falar, às vezes falando um sobre o outro. Albus realmente desenhou gráficos, para grande diversão do Malfoy.

"E em Encantos ninguém se senta ao lado de Beau Beason," Albus disse após mais de uma hora de partilha de informação implacável.

"Não se quiser manter seu olfato. Acho que ele não toma banho desde o nascimento."

"É melhor por segurança," Albus disse e assentiu.

"Tempo é essencial, meninos. Isso é o que terão de fazer. Agora, se vocês, por favor, segurarem as mãos dos seus pais, nós vamos começar," disse Cho e levantou sua varinha. Todos eles ficaram de pé.

Albus sorriu e estendeu suas mãos. Harry as pegou e ficou maravilhado com a forma com que Albus tinha crescido. Eram quase da mesma altura e quase idênticos olhos verdes e cabelo negro rebelde. O sorriso travesso de Albus, no entanto, era puramente de Ginny. Harry não pode deixar de sorrir de volta. Maldição, os últimos anos de seu casamento em declínio tinham sido difíceis, mas Harry não teria desistido dele em nenhum momento, porque ele tinha três filhos incríveis como resultado.

Ao lado deles, Scorpius estava de mãos dadas com Malfoy. Cho começou a lançar um feitiço complexo sobre Harry e Albus. O garoto observava com fascínio e parecia estar tentando memorizar as palavras. Harry se perguntou se ele teria que usar Obliviate em Albus para impedí-lo de tentar fazer a magia por conta própria.

Harry fechou os olhos e deixou a magia se derramar sobre ele. Inomináveis tinham tentando o feitiço sobre ele vária vezes no passado. Foi experimental e não tinha funcionado anteriormente, mas Cho parecia acreditar que houve um avanço. O ar se turvou e parecia crepitar em volta deles. A pele de Harry estava formigando e quente, mas ele sabia que ia passar. Tudo ficou assustadoramente azul por um momento e depois voltou ao normal.

"Não funcionou," disse Albus.

"Oh meu Deus," Hermione gritou. "Como você pode ter mantido essa magia em segredo?"

"Ainda está em desenvolvimento," Cho respondeu, encarando-a. "E você acha que deveria ser do conhecimento comum, mesmo se funcionar perfeitamente?"

Hermione engoliu seco, ainda olhando de Harry para Albus e vice-versa. Albus parecia confuso. "Do meu ponto de vista, funciona perfeitamente," disse Hermione.

"Mas não aconteceu nada," Albus protestou.

"Sim, aconteceu," Scorpius sussurrou. "Seu pai... é você."

Albus soltou as mãos de Harry e depois olhou para Cho. "Vamos ver novamente, então."

Ela levantou a varinha e Harry disse, "Aqueles ligados pelo feitiço não podem ver seus efeitos. Mas para terceiros, as mudanças são evidentes."

Cho lançou novamente e enquanto Harry observava, Draco Malfoy lentamente se transformou em seu filho. Albus engasgou.

"Incrível," Hermione sussurrou. "Quanto tempo irá durar?"

"Até ser cancelado por quem lançou," Cho respondeu. "Ou até a minha morte, é claro. Um simples Finite Incantatum não vai quebrá-lo. Nós trabalhamos duro nisso. Infelizmente, só temos sido capazes de fazer funcionar em membros diretos da família. Acreditamos que a assinatura mágica tem conexão com a linhagem, pais para filho."

"Como o chamam?"

"O Encanto de Troca," Cho bateu sua varinha contra a coxa enquanto Harry olhava de um deles para o outro. "Mais uma coisa." ela puxou dois objetos de prata do bolso e entregou um para Harry e outro para Malfoy. Harry olhou para o objeto com curiosidade — era um bracelete moldado com dois elos de prata com um espaço em branco que parecia esperar uma gravura.

Harry colocou a dele sem perguntar e Malfoy fez o mesmo após um momento de hesitação.

"Agora deem as mãos," Cho ordenou.

Harry ergueu sua mão com um olhar desafiador para Malfoy, que o encarou de volta e em seguida enroscou seus dedos com os de Harry. Harry lutou para não enrubescer e xingou a si mesmo por se comportar como um idiota. Era Malfoy, pelo amor de Deus, e eles não estavam de mãos dadas, estavam realizando um trabalho.

Cho lançou outro feitiço que Harry reconheceu de usos anteriores. A imagem de Malfoy vacilou e então a o disfarce de Scorpius pareceu quebrar e cair, deixando o Malfoy adulto parecendo exatamente como sempre.

"Vocês já tratam um ao outro como crianças," Cho disse empertigada. "Não há necessidade de verem um ao outro dessa forma também. Não tirem as pulseiras, uma vez que permitem ver um ao outro através da magia."

Harry deu de ombros e soltou rapidamente as mão do Malfoy. Ele admitiu que seria estranho tentar trabalhar — disfarçado, não menos — com Draco Malfoy parecendo Scorpius.

"Devemos começar," Harry disse. Ele deu um último olhar severo para Albus. "Tenho certeza de que você já sabe as regras."

Albus sorriu preguiçosamente. "Não sair de casa. Não irritar a tia Hermione ou ela tem permissão pra me transformar numa batata. Não exploda nada. Sem Quadribol em casa. Sem festas barulhentas."

"Ou festas silenciosas," Harry acrescentou. "Nenhum tipo de festa."

Albus rolou os olhos. "Certo." um sorriso brincou em seus lábios e Harry não pode deixar de pensar que a graça era ele, especialmente quando Albus acrescentou, "Divirta-se em Hogwarts. Não faça nada que eu e Scorpius não fariamos."

Scorpius lhe deu uma cotovelada dura o suficiente para fazer barulho, mas Albus apenas riu.

"Obrigada, Albus. Tenho certeza de que não vou. Malfoy?"

Malfoy assentiu. "Vamos manter contato. Nos avise no—"

"Instante em que ouvirmos algo sobre o Nott. Eu vou." Cho terminou.

"Tome conta deles, Hermione," Harry acrescentou.

"É claro, Harry. Não se preocupe."

Então ele e Malfoy entraram na lareira e voltaram para Hogwarts.