Prólogo

Nevava no povoado de Hogsmead, uma grande camada branca se estendia nas estradas que ligavam o povoado a famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, tanto que os alunos foram forçados a ficar em seus dormitórios sem poder sair para o passeio mais cedo naquele dia. A noite seguia com uma névoa espessa e nada se via através das janelas das lojas, que permaneceram fechadas por muitas horas.

O frio era esperado naquela época do ano, embora não com tanta violência, mas afetara e muito o andamento das aulas em Hogwarts e o funcionamento do povoado, muitos moradores antigos e professores do castelo concordavam com apenas uma coisa: algo de estranho estava acontecendo, junto com a névoa, um sentimento muito parecido com o emanado pelos dementadores, pairava no ar, tomando o coração de cada pessoa de um certo temor e desespero.

Alguns Aurores foram avistados rondando a orla da Floresta Proibida dentro de Hogwarts, chamados para resolver esta questão intrigante. Contudo, nada foi concluído, pelo menos nada comprovado, pois boatos haviam, e muitos. O mais antigos diziam que os mesmos fantasmas que assombraram a Casa dos Gritos no passado estavam furiosos por algum motivo e assim jogavam toda sua ira em forma de gelo. Outros diziam, mesmo que sussurrando seu nome, que Lord Voldemort começara a assombrar os terrenos em que havia encontrado seu fim.

Contudo, foi pela noite que aconteceu algo que por muito tempo foi tema das primeiras páginas de todo jornal bruxo de respeito na Gran Bretanha.

Muitos dizem que a luz verde incidiu primeiro, depois um som forte e uma debandada de criaturas que costumavam viver nos limites da floresta, invadiram o centro de Hogsmead, como se estivessem correndo de algo, ou alguém. O que está claro porém foi o causador de tudo isso: uma Varinha.

Sim, os Aurores foram novamente alertados e dessa vez o que encontraram surpreendeu toda a nação bruxa. Apenas uma Varinha fora capaz de causar tanto tumulto e tanto temor dentro do povoado. A mesma foi retirada do local, e levada para o Departamento de Mistérios, do Ministério da Magia, em Londres.

"É ela" Murmurou um dos bruxos de maior renome dentro da comunidade mágica, o Sr. Harry Potter. Se encontrava em um local que lhe era muito familiar, a sala do véu, onde uma espécie de incubadora fora posta para guardar a Varinha encontrada em Hogsmead.

"Não pode ser" Disse-lhe Hermione Weasley, com as mãos em torno na boca, completamente assombrada "Pensei que só nós três conhecíamos a existência dessa Varinha, eu mesma me certifiquei que sua história fosse retirada dos livros…"

"Ainda sim está aqui" Disse o Ministro Kim Shacklebolt , observando a varinha com grande interesse "alguém deve ter entrado em Hogwarts e violado o Túmulo Branco"

Contudo, auros foram enviados até o local e nenhum sinal de arrombamento, seja em métodos trouxas, ou por feitiços, foram encontrados. Os feitiços de proteção muito poderosos que cercavam o túmulo de Alvo Dumbledore ainda estavam ali, intactos.

Ao mesmo tempo em que estavam ali, a quilômetros de distancia uma fuga acontecia. Lucius Malfoy se esgueirava através das celas de Azkaban, ao que os dementadores ignoravam solenemente, pois naquela alma não havia nenhum indício de felicidade e os monstros eram cegos. Ele encontrou a saída, não sem antes atingir um dos aurores que rodavam pelos corredores imundos da prisão e roubar-lhe a varinha. Tudo fora muito fácil, mas as semanas que se seguiram foram muito dolorosas para o bruxo: a consciência de Lucius Malfoy estava em transe, completamente alucinado com o sonho que o atormentava por anos. Ele tinha ordens sendo sussurradas em seu ouvido, ele tinha remorso corroendo suas entranhas...

"Use-a"

"Você fez seu voto, cumpra-o!"