Olá a todos!

A fanfic a seguir foi baseada no filme "Change up".

Espero que gostem e comentem, por favor!

Cada vez que vocês nao deixam um comentário, um escritor morre!

Sejam bonzinhos e deem a suas opinioes, elas sao importantes para a auto estima de quem stá do lado de cá para seguir a história!

Beijos e até breve!

P.S: Perdoem a falta dos "til". Uso teclado espanhol e simplesmente nao consegui configurar o teclado. E ficar "ctrl c ctrl v" o tempo inteiro cansa.

o.O.o.O.o.O.o Se eu fosse você o.O.o.O.o.O.o

Ele estava sentado no sofá da oitava casa do zodíaco, peitoral a mostra, uma calça jeans escura com o botão aberto, os sapatos jogados a um lado. O ambiente estava na penumbra, uma meia luz iluminando uma meia cena. Os braços abertos no espaldar da cadeira, um sorriso cínico e faminto nos lábios finos e sensuais. Os olhos entreabertos, olhava o objeto do seu desejo sem nenhum pudor.

- Gata, onde você se escondia? – dizia ele com uma meia voz – Que belo traseiro, por Atena!

A moça, seus cabelos louros e selvagens estavam esvoaçantes, seus olhos verdes, pintados pesadamente de preto, fechavam-se enquanto suas mãos deslizavam por seu corpo escultural, tirando cada uma das peças que lhe vestia.

- E tudo isso de graça! – continuou Miro – Tira, safada, tira tudo...

- O que você quer hoje? – perguntou ela com voz manhosa – Quer uma colegial inocente ou uma sádica violenta e fatal? – e fez um grunhido.

Ela foi até o homem e sentou-se sobre seu colo, uma perna de cada lado. Miro tomou nas suas mãos os firmes seios da jovem.

- Prefiro uma gata no cio! – disse, beijando seu pescoço – Vem, gostosa, vem pro teu escorpião rei!

Ela o beijou com fúria. Miro a ergueu em seus braços e a levou até sua cama. Um lençou de cetim negro recobria o leito. Deitou-a, ficando entre suas pernas. A mulher, com seus ágeis pés, terminou de tirar a calça masculina, virando Miro e ficando por cima dele.

- Eu acho que tem um ferrão querendo sair pra picar aqui! – falou ela como uma criancinha vendo um brinquedo.

- O ferrão tá louco pra picar você! – dizia Miro, apertando sua cintura.

- Vai doer? – ela fez biquinho. – Você tem um grande e perigoso ferrão!

- Só um pouquinho! Mas eu sou bonzinho com minhas vítimas! Pico várias vezes antes de dar o golpe final!

- Várias vezes...- ela usava seus lábios para enloquecê-lo – Que escorpião malvado!

- Isso! – Miro excitado, fechando os olhos – Continua!

De repente ele toma o domínio da situação. Vira-a sobre a cama, ficando por cima dela. Ajeita-se sobre seu corpo bronzeado e a penetra com força e vontade. A mulher começa a gemer sensualemente.

- Vamos, papi, me dá o veneno do escorpião! – gritava ela, no ápice do gozo. – Me fura, me fura...

- Isso aqui é muito melhor que derrotar hades...- falava Miro, movimentando-se.

Miro sentiu que chegava ao final e com um forte espasmo, jogando-se contra a garota, encontrou o auge do ato sexual. Exausto, rolou para a cama, refugiando-se ao lado de uma ofegante mulher. Ela sorria.

- Você é melhor a cada noite! – comentou ela, refestelada.

- Eu sei...- disse Miro, a respiração voltando ao normal – Não é a primeira que me diz isso!

- Metido! – cínica – Você é um homem de várias mulheres, nunca se prende a nenhuma...

- As mulheres são descartáves: abraço, me satisfaço e descarto. Uma regra simples que mantêm minha vida em ordem!

- Nunca pensou em casar? – ela franziu as sobrancelhas.

- Casarei no dia em que eu morrer, assim morro feliz com a idéia de que o amor é todas aquelas baboseiras que fala o padre! Além disso, economizo sogra!

- Tem fome? – perguntou ela – Quer que eu prepare algo?

Miro a olhou. Sabia que aquela era a senha para perguntar se podia dormir em sua casa. Com uma piscada de olho, deu-lhe um amistoso tapinha no bumbum bem definido.

- Prefiro comer sozinho, além disso estou imundo, necessito um bom banho e um bom descanso. Amanha tenho teinamento. Hades morreu, mas Atena segue, ou seja, jamais teremos paz!

A garota o olhou por um segundo. Fazia alguns dias que vinham tendo relaçoes, mas era só isso. Miro ligava, ela vinha, ou se encontravam em algum lugar, faziam amor e ele a descartava, como um brinquedo com o qual estava cansado de brincar.

- Eu vou me vestir, então. Caso mude de idéia...

- Não mudarei de idéia. Além disso, esta foi nossa última noite! Obrigado por ter vindo, Dana!

E levantando-se, deu-lhe um beijo nos lábios, que ela não correspondeu.

- De nada, e meu nome é Júlia!

E levantando, agarrou suas coisas e saiu. Miro se dirigiu ao banheiro, voltou com a toalha amarrada na cintura. Balançou os cabelos molhados e abrindo a geladeira, retirou de lá uma garrafa de vinho. Agarrou o celular e discando um número, alguém atendeu do outro lado.

- Então, Livia, o que vai fazer esta noite? Sozinha?

o.O.o Em outra casa zodiacal o.O.o

- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!

- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!

Ele agarrou a almofada que tinha embaixo da sua cabeça e pôs por cima, para tapar a orelha. Mas um segundo grito, ainda mais forte, o fez encolher suas feiçoes, um arrepio subindo por seu corpo. Escutou a esposa movimentar-se na cama. Por fim ela resolvera levantar-se e calar aquelas duas feras. Sorriu aliviado pelos minutos de silèncio que ainda teria antes do amanhecer.

- Querido, é a sua vez de ir ver os bebês! – gemeu a mulher, a voz sonolenta.

- Mas eu levantei pra vê-los na última vez. Agora quem vai é você. – respondeu ele, o travesseiro em cima da cabeça.

- Você foi na última vez antes de eu ir. Faz 30 minutos que eu fui vê-los, é sua vez, levante-se já e faça-os calar a boca!

- Mas se faz 30 minutos que você foi, faz só uma hora que eu fui.

- Pois é, eles resolveram fazer intervalos curtos esta noite.

- Você tem peitos, eu nao. O que posso fazer para calá-los? Nao sou mágico.

- Pois vire um, levante seu traseiro preguiçoso dessa cama e vá ver os bebês. – rosnou uma mae, quase enfiando os travesseiros nos ouvidos.

- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

- Eles sao seus filhos. – rebateu o marido.

- Voltarao a ser meus quando amanheça o dia. AGORA SAI JÁ DAQUI!

Um cansado e sonolento pai se ergue de sua confortável cama, etre este mundo e o dos sonhos. Sem conseguir abrir os olhos, caminha pelo corredor da décima primeira casa do zodíaco até o quarto montado para os gêmeos. Mas, ou porque estava escuro, ou porque talvez estivesse sonâmbulo, o fato é que nao vira que tinha obstáculos pelo caminho. Tropeça num andador e cai estatelado no chao.

- PUTA QUE...- segura um grito de dor – Mon dieu! – agarrou os cabelos – Eu preciso acordar. Lavemos o rosto, é um ótimo remédio.

Kamus desviou do seu objetivo e caminhou até o banheiro. Acendeu a luz e abriu a torneira. Ainda com os olhos fechados, esperou o líquido sagrado, que nao veio. Kamus abriu os olhos preguiçosamente, mas por mais que girasse a torneira, nem uma gota de agua descia dela.

- AH, TÁ BRINCANDO COMIGO? – disse irritado – Vamos, porcaria! – e golpeava a mesma.

Desistiu. Olhando-se no espelho, teve uma idéia. Molhou os dois dedos indicadores la lingua e os passou sobre as pálpebras.

- Quem nao tem água...usa saliva mesmo!

BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

Contraiu a cara numa feia careta, fechando os olhos por um momento. Saindo do banheiro, arrastando-se pelo corredor, chegou até o quarto dos filhos, um belo par de gêmeos, robustos e fortes como o pai.

- O que vocês têm contra uma boa noite de sono? - perguntou, aproximando-se do berço - Por acaso nao vêm com botao de desliga, nao?

Os bebês voltaram a gritar ainda com mais força, levando Kamus a tapar as orelhas com as duas maos.

- Por que nao perdi dez segundos da vida botando a camisinha? - gritava olhando aos céus - Agora perco dez anos assistindo Teletubbies!

Finalmente decidiu agir. Acendeu a luz do quarto e encaminhou-se para o primeiro bebê, uma linda menina. Levantando-a por uma perna a fim de verificar sua fralda, franziu o rosto ao sentir o cheiro nada agradável vindo de baixo.

- Como você pode fazer algo tao fedorento assim?

Pegou uma fralda nova, as toalhinhas úmidas e pôs-se a limpar o delicado bumbum. A garotinha parou de chorar, fazendo o pai dar um suspiro de alivio.

- Mon Dieu, o senhor é esperto. Nos dá o sexo e depois nos pune por transar! - comentava consigo.

Por fim a nene dormiu. O cansado pai se dirigiu entao ao varao da familia. Analisou a fralda. Limpa. Ofereceu mamadeira. Nao quis. Mas seguia chorando.

- Algum problema, mon amour?

Catherine apareceu na porta do quarto ao sentir que o choro do filho aumentara consideravelmente.

- Nenhum, só tenho vontade de socar o garoto! - respondeu Kamus, maquinalmente.

- Ele deve tá com coliquinhas! - disse a mae, fazendo biquinho.

- Eu ficaria com a coliquinha e jogaria o garoto fora! - sussurrou Kamus, mais dormido que acordado.

- Nao fale assim, querido. Ter um filho é padecer no paraiso! - a mae embalando a criança nos braços.

- Só um louco pode achar que uma bola de carne que caga e chora o dia inteiro é padecer no paraiso. Agora se me der licença, vou urinar no meu pé!

E saindo do quarto, bateu a porta. A última coisa que viu foi as listras do seu confortável travesseiro de pena de ganso.

!

- OS EXPECTROS ESTAO ATACANDO!

Gritou, atirando-se para fora da cama e agarrando um taco de madeira, colocando-se em posiçao de ataque. Catherine o olhou aturdida, enquanto terminava de se pentear.

- O que houve? - perguntou Kamus.

- O despertador despertou...- falou ela, em tom óbvio.

Ele baixou o taco, uma gota na cabeça.

- O que todos vocês têm contra uma boa noite de sono! - começou a dar chutes no ar - Deus é um menino malvado com uma lupa na mao olhando pra mim! - e fazia gesto indicando a lupa.

- Querido, o que você precisa é sair um pouco! Está muito estressado! Por que nao chama o Miro para dar uma volta hoje? É sexta-feira, vai te fazer bem! Agora arrume-se, pois está atrasado para os treinamentos!

o.O.o

- Bom dia, Kamus! Dormiu bem?

Aioria, com um sorriso cínico nos lábios, saudou um sonolento pai quando o viu entrando na arena onde os novos aprendizes eram treinados diariamente. O leonino fez um gesto de cabeça para Aldebaran, indicando o amigo francês.

- Olha só essa cara, como tem coragem de sair na rua com ela? - Aioria seguia irritando.

- Isso demonstra uma coisa...- o cavaleiro de Touro se aproximou - Você é muito valente!

Ambos cairam na gargalhada sob o olhar mortal e rendido do cavaleiro de Aquário.

- Mas que feio perturbar um amigo que necessita do nosso apoio! - repreendeu Shaka, que chegava naquele momento - Kamus, se você precisar conversar com alguém, desabafar os problemas, eu estou aqui. Entendo muito de psicologia, estudei 8 anos!

- E é paciente há exatos 20! - rebateu Máscara da Morte, provocando risadas escandalosas em Aioria e Aldebaran.

- Buda, por que eu teria de te agradecer por seu um cavaleiro de ouro? - Shaka erguendo seus olhos aos céus.

- Porque se você nao o faz, nossa querida deusa mandaria você agradecer pessoalmente! - respondeu Aioria.

- Bom dia a todos!

Miro, com um farto sorriso no rosto resplandecente, deu as caras, devidamente trajado com sua armadura de ouro. Deu palmadinhas no abdömen, como se tivesse acabado de comer e espreguiçando-se, olhou de forma feliz seus companheiros.

- O que foi, paspalho, viu passarinho verde? - perguntou Máscara da Morte, com seu velho tom de galhofa.

- Verde, branco, rosa, vermelho...Ontem foi um verdadeiro arco-iris de prazer! - metido.

- Sei, eu vi bem a última que entrou na tua casa...- O cavaleiro de Gêmeos chegou - O Miro tá saindo com uma mulher que perdeu a virgindade na segunda guerra mundial!

- Qual é, Saga? Preconceito com as coroas! Panela velha é que faz comida boa! - disse Aldebarán.

- Vou fingir que nao escutei isso! - disse Shaka.

- Eu nao pegaria aquela velha nem se meu sêmen curasse o câncer! - rebateu Saga. - Ela fazia mais barulho que as molas do colchao do Miro!

- É por isso que ele faz tanto sexo, o colchao faz metade do serviço! - ironizou Aioria.

- Alguèm falou em sêmen? - Afrodite entrou na conversa - O dia nem bem amanheceu e eu já escuto poesias...

- Por Atena, será que nao pode ser menos gay na frente das pessoas? - Kamus impacientou-se. - E eu psso saber porque se juntaram todos aqui? Eu quero descansar antes de terminar de surrar meu pupilo!

- Eu vi o que voce fez com o pobre do menino! - olhou Saga, observando o garoto ainda estatelado pelo treino - Isso é sadismo infantil!

- Quando a pressao aumenta em casa, o pau come na rua! - comentou Kamus - Minha vida virou um inferno!

- Nem todos os homens sao burros, alguns ainda sao solteiros, como nós! - disse Máscara da Morte - O ruim do casamento é que nao se pode pedir o reembolso!

- O que você precisa é de descanso, meu amigo. - falou Miro, dando atençao ao companheiro - Vou te levar num lugar maneiro!

- Miro, eu sou pai de familia, acha que tenho dinheiro pra tá gastando nos seus lugares "maneiros"? - Kamus o fitou, irritado.

- Eu sei que você gosta de economizar desde que nasceram os bebês, mas infelizmente nao existem prostitutas nas lojinhas de 1,99!

- Kamus, você nao pode dar ouvidos a este depravado! Você precisa dar o exemplo aos seus filhos! - Shaka dando liçao de moral - Alem disso, Buda ajuda a quem cedo madruga, devia agradecer por seus filhos lhe tirarem da cama em hora tao matutina.

- Buda ajuda a quem cedo madruga...- Saga sarcástico - E quem cedo madruga nao conseguiu uma transa!

- Do jeito que o Kamus anda, nao arranja mulher nem debaixo d'água usando tanque de oxigênio! - comentou Aldebaran.

- Nao permitirei que zoem o meu amigo! - Miro aproximou-se dele - Esta noite é nossa noite de folga, vou te buscar pra gente dá um passeio, só nós dois!

Kamus nao respondeu. Seus olhos piscaram diversas vezes antes de que ele deixasse a cabeça pender para frente, sobre o tampo da mesa. Alguns segundos depois fortes roncos podiam ser escutados a quilômetros de distância.

o.O.o À noite o.O.o

Kamus, devidamente trajado, uma calça de pregas, cor bege e uma camisa de botoes, um pouco formal, de mangas curtas e sapatos socias, desce as doze casas com ar de quem ia pra cadeira elétrica. Miro, esportemente vestido, caça jeans com rasgoes e uma camisa preta, o esperava na entrada do Santuário. Shura, o cavaleiro de Capricórnio também estava e de braços cruzados, também sensualmente vestido, abriu um sorrisinho cínico nos lábios ao ver o pobre pai se aproximando.

- Nao está tendo um bom dia, Kamus? - perguntou o espanhol, com seu forte sotaque sevilhano.

- Vou fingir que nao ouvi! Hoje acordei com as cachorras! Prometi a mim mesmo que o próximo que me zoasse eu lhe enfiava a espada da armadura de Libra no apêndice!

Respondeu secamente o cavaleiro, muito sério, fazendo Miro levantar os braços em forma de rendiçao.

- Tranquilo, meninos! Hoje a noite é uma criança! - sorriu sarcástico.

- Correçao Milo, a noite faz uma criança! - completou Shura, com insinuaçao pra Kamus.

- Ei, espanhol, continua querendo dá uma de machao e vai terminar com meu sapato enfiado na sua bunda!

- Calma, amigo, você anda muito estressado! Chamei o Shura para me ajudar na difícil tarefa de fazê-lo divertir-se esta noite! - falou Milo.

- Eu sei muito bem como vocês se divertem! - disse Kamus, olhando a ambos - Vinho e mulheres!

- Bom, melhor viver no pecado do que morrer no matrimônio! - comentou Miro, cínico. - Mas isto nao vem ao caso. Esta noite será sua libertaçao, mon ami, eu prometo.

- Vamos logo que tenho de estar em casa antes da 01:00 para dar o leite as crianças!

No bar...

- Lar doce lar! - sorriu Miro, batendo no tórax.

- Até parece que comeu algo suculento...- ironizou Kamus, tomando um gole da sua cerveja.

- Nao comi, meu amigo, mas comerei em breve! - piscou um olho.

- Miro, você nao presta! - sorriu Shura, comendo com os olhos um aviao loiro que havia acabado de entrar - É um mulherengo de marca maior!

- É como dizem: ninguém gosta do álcool, se gosta do efeito dele! - comentou kamus, desinteressado.

- Cada um pensa naquilo que lhe faz falta, amigo espanhol! E no meu caso...- Miro tira do bolso um maço de fotos - Eu sempre levo meus pensamentos comigo!

- O que quer dizer? - Kamus franziu o cenho.

- Olhem isso, rapazes! - escolheu uma delas e virou para os amigos - Um verdadeiro colírio para os olhos masculinos!

- Madre mía! Aonde você arrumou esta? - Shura agarrou a foto com sofreguidao. - Isso nao é um aviao, é uma nave espacial! Desde quando você sai com uma coisa desta e nao me conta? - ofendido.

- Desde que criou juízo! - falou Kamus, olhando a foto - Quem é ela?

- Tatiana! - Miro lambeu os lábios ao pronunciar o nome - Uma russa que faturei nas sessoes de terapia de casal!

- Mas você nao é casado! - Kamus levantou uma sobrancelha.

- Mas ninguém precisa saber! Além disso, é um ótimo lugar pra conhecer MBSNS!

- O que? - Kamus faz uma careta horrível.

- MULHER BONITA SOLÍTARIA NECESSITANDO SEXO! - respondeu Shura imediatamente.

- Vocês nao se cansam dessa vida? - Kamus exasperado - Nao cansam de viver de modo tao vazio, sem nenhum sentimento?

- Isso é como um jogo de pôquer, Kamus, mon ami! - respondeu Miro, cinicamente - E como um bom jogador, eu sempre sei a hora de parar!

- Nunca!

Shura e Miro cairam na gargalhada diante do olhar mortal de Kamus. Este suspirou.

- Nao sei porque as mulheres buscam homens como vocês! Nao entendo porque têm tantos problemas com o orgasmo! Sempre o orgasmo! Um dia, quando a Catherine nao queria, tive um orgasmo com um alfinete enfiado no dedao do pé!

- Por Dios, hombre! Um anao cheio de verruga transa mais que você! - Shura debochou.

- Estou satisfeito com minha vida sexual! - falou kamus, orgulhoso.

- Nao podes falar sobre isso, nao tens experiência! - disse Miro.

- Como nao tenho experiência?

- Você é casado! O que um casado sabe sobre vida sexual? - Miro em tom óbvio.

- Olhem esta! - disse Shura, pegando outra foto. - Isso é simplesmente a melhor coisa desde que Saori pôs luz elétrica no Santuário!

- Essa é meu programa das terças! Cada uma tem um dia da semana, assim eu nunca me entedio!

- E elas topam todas as posiçoes? - perguntou Shura - Eu adoro a "sardinha enlatada"!

- Meu Deus! - Miro fecha os olhos de satisfaçao - Você já fez o "sapo inchado"?

- Nao há nada como o "coelhinho desdentado"!

- Eu vou dneunciar vocês ao Ibama! - falou Kamus - Do que estao falando? Nunca escutei sobre estas posiçoes!

- Normal, você é casado! - disse Miro.

- Vocês me trouxeram aqui pra me ajudar ou pra zoar com a minha cara?

- As duas coisas! - respondeu Shura.

- Olha aqui, espanholzinho de merda...

Kamus agarrou SHura pelo colarinho, ameaçando-o com o punho. Miro separou os amigos.

- Desculpe, amigo! - pediu o cavaleiro de Escorpiao - Nós iremos te ajudar, sim!

Sentaram-se, Shura ajeitando a camisa. De repente, uma morena entra pela porta do bar, chamando a atençao dos amigos.

- Desculpa, Miro, mas a terapia do Kamus fica pra outra hora. Boa sorte!

E batendo no ombro de Miro, levanta da mesa e vai na direçao da garota. Dez minutos depois, ambos saem do bar abraçados.

- Esse é meu aluno! - diz Miro.

- Vamos pra casa, isso aqui tá um saco!

Pagam a conta e saem.

- Ah, meu amigo, você reclama tanto da sua vida, pois eu te invejo! - falou Miro, enquanto caminhavam pelas ruas tranquilas da madrugada de Atenas.

- Me inveja? Você é louco? Você é livre, nao tem uma esposa que grita no seu ouvido todo dia, nem filhos que só cagam e choram todo tempo! Nao queira filhos, Miro. Sao como cocaína, mas sem adrenalina!

- Pois eu acho o contrário! Ás vezes me sinto tao sozinho. Eu sou tao solitário que nem meus pais foram no meu nascimento! E a Catherine é uma mulher e tanto!

- Pois eu acho a sua vida uma delícia! Dorme a hora que quer, transa com quem quer, come o que quer e pode deixar a tampa do vaso levantada sem que o mundo caia por isso!

- Falando em vaso, tenho vontade de fazer xixi, acho que bebi muita cerveja! - disse Miro.

- Eu também! Mas nao há banheiros por aqui!

- Ali tem uma fonte! - falou Miro, abrindo a calça e andando até lá.

- Você ficou louco? - kamus o seguiu - Urinar no meio da praça pública?

- Nao seja chato! Nao tem ninguém aqui, estamos só nós! Anda, kamus, faz algo errado ao menos uma vez na vida!

- Já fiz duas coisas erradas e estou me arrependendo até hoje! - falou o francês, cedendo e abrindo a calça.

- Bonita fonte! - comentava Miro, enquanto urinavam.

- Esta é a estátua da deusa Minerva adormecida! - explicou Kamus.

- Pois eu a farei acordar! - disse Miro, cínico.

- Eu gostaria de ter sua vida e poder dizer coisas imbecis!

- Pois eu gostaria de ter a sua e ter sempre uma vaca pegando no meu pé!

- Você é louco, Miro! Eu gostaria de ter a sua vida!

- Nao, Kamus! Eu gostaria de ter a sua!

- EU GOSTARIA DE TER A SUA VIDA!

Sem querer, ambos terminaram gritando aquela frase. E nem bem a haviam dito, todas as luzes se apagaram. Toda a cidade de Atenas, ou talvez o mundo, havia afundado na mais completa escuridao. Os dois amigos, atônitos, se entreolharam, interrompendo o que faziam, completamente paralisados, com o júnior nas maos. Mas ao final de um minuto, as luzes se acenderam aos poucos e tudo pareceu voltar a normalidade.

- O que será que houve? - perguntou Miro, voltando ao que fazia.

- Talvez uma queda de energia, sei lá! - completou Kamus, também terminando o trabalho.

Após terminarem, ambos se fecharam as roupas e olhando a fonte uma última vez, onde uma estátua de ármore antigo os observava, partiram rumo ao Santuário, pois já era quase a uma da manha e Kamus tinha de dar o leite às crianças.

o.O.o Continua o.O.o