*A maioria dos personagens não pertencem a mim, mas sim a Steph Meyer.
*Não há nada de sobrenatural nessa fic.
*Eu ainda não decidi se o casal é Bella e Edward ou Bella e Robert.
*Essa fanfic é Team ROBERT! Não é ROBSTEN! Estou avisando pq não quero comentários reclamando sobre isso.
*Tive a iéia dessa fic quando vi as fotos da traição da Kristen.
*Espero que gostem!
Saved by the devil
Prólogo
São duas e vinte e sete da manha. Na televisão, um documentário sobre os grandes felinos do planeta está sendo reprisado pela terceira vez na National Geographic. Ou no Discovery Channel, não estou muito seguro.
Meu olhar está desenfocado porque não pisco a dois minutos e cinquenta e seis segundos. Cinquenta e sete, cinquenta e oito, cinquenta e nove... Sim, eu estou cronometrando o tempo que consigo ficar sem piscar. E são exatamente três minutos e quatro segundos.
Pisco algumas vezes com a intenção de focar a vista e levanto o braço esquerdo levando minha novena lata de cerveja aos lábios. O pouco líquido que ainda resta na lata está morno e com pouca – por não dizer nada de – espuma. Faço uma careta de desgosto para o estado em que se encontra a bebida, porém ainda assim levanto o braço com mais decisão e termino com a cerveja de um gole. Enquanto o líquido pouco saudável e já nada saboroso desce pela minha garganta eu jogo a lata de cerveja vazia junto as outras oito, ao lado do sofá. No chão.
Deixo a cabeça cair pesadamente no encosto do sofá e fecho os olhos. Tento me decidir entre ir a geladeira pegar a décima cerveja ou pegar um cigarro e fumá-lo na varanda do meu apartamento. Com o gritante e persistente sabor da cerveja morna ainda na língua me decido pelo cigarro.
Estendo a mão rumo à mesinha de centro – já saturada de caixas de pizza; sacos de guloseimas meio vazios e varias guimbas de cigarro – para pegar a carteira de cigarros e o isqueiro verde transparente que havia me custado nada mais que um dólar e cinquenta centavos num posto de gasolina qualquer no subúrbio de Los Angeles.
Caminho com um andar cansado em direção as portas duplas da minha varanda. O ruído dos meus pés descalços se arrastando sobre o carpete de cor marfim da sala é o único som que se ouve até eu chegar ao piso de cerâmica branca da minha varanda. Caminho um pouco mais até a espreguiçadeira situada no canto do lugar. A espreguiçadeira e uma pequena mesa são os únicos móveis visíveis na penumbra já que decidi não acender a luz.
Deito na espreguiçadeira com um suspiro. Posiciono o penúltimo cigarro da carteira nos lábios e tento acendê-lo. Meu isqueiro verde transparente de 1.50$ só produz uma faísca. O mesmo acontece na segunda e na terceira tentativa. Na quarta tentativa finalmente alcanço meu objetivo. O sabor da nicotina e seu efeito relaxante fazem-se presentes imediatamente no meu sistema. Levanto a vista e me pergunto se contar as estrelas seria realmente tão difícil como parecia. Na centésima sexagésima segunda estrela eu decido que sim, realmente era difícil.
Não, eu não estou louco. Só estou... Não sei. "Tentando sobreviver" talvez seja uma forma melodramática demais para expressá-lo, porém, é a verdade. Não estou loco, só estou tentando sobreviver a isso. A ela. Ao que ela me fez.
