Nami - Algum lugar na parte central da cidade

Ela sentia o calor que emanava do corpo tão grande e bem definido dele que prensava o seu contra a parede. Um braço segura em volta de sua cintura, enquanto o outro, o braço metálico tão frio, mantinha o queixo dela bem preso. Finalmente descobriu qual era o cheiro que tinha a envolvido: pimenta misturado com aço. Era bom, exótico, único.

Igual ao dono. Exótico e único...bom? Jamais.

Ele sorri durante o beijo e sem separar os lábios, ele sussurra:

— Finalmente você é minha ruiva.

— Sonhe, paspalho.

Eustass Kid, um homem sem escrúpulos, moral ou qualquer coisa que faz pessoas estarem do lado cívico e bom da sociedade. Ele era uma pilha de músculos, força bruta, arrogância, mesquice. Tudo que uma mulher ODEIA. E Nami, não era diferente.

— Me solte.

— Quando terminarmos, sem problemas.

Dizendo isso, ele ergue mais o corpo da bela ruiva a ponto de seus pés saírem do chão. No processo lambe o pescoço dela até o rosto devagar.

O que ele não percebe é o braço da mulher chegando decisivamente em seu queixo: um belo soco, que normalmente não faria nada com ele, mas um soco inglês circundava a mão dela, agora coberto por sangue. O golpe faz com que ele recue um passo e solte-a. Ela não perde tempo e corre dali.

Ele? Permanece acompanhando-a apenas com olhar. Um olhar de que aquilo não estava acabado. E nesse exato momento ela da a bobeira de olhar para trás. Mesmo estando em um lugar iluminado apenas pelas luzes dos postes, olhares se cruzam.

O olhar dele, a petrifica por um segundo, e o panico toma conta dela.

Ela volta a correr, sem pensar em olhar para trás novamente.

• • •

Após o que pareciam horas correndo ela chega em frente a um prédio tão conhecido por ela e que inspirava a segurança que precisava naquele momento. Estava ofegante e por se sentir mais a vontade, sente o cansaço e o baque de todo o esforço em seu corpo, mas ela continua agora devagar, afinal não sentia mais aquela presença que a aterrorizava.

Ao chegar no andar de sua amiga, como tinha a chave corre para a porta a destranca largando escancarada e de qualquer jeito: só desejava o colo quente para se confortar e os conselhos tranquilos e certeiros de Robin.

— ROBIIIINNNNNN! - Ela ouve a voz serena e tão charmosa da amiga e corre na direção que ouvia.

Sem rodeios, pula em cima da amiga que estava aconchegada em seu luxuoso e belo sofá, afundando a cabeça em seus seios fartos, a abraçando.

— ROBINNN...EU..E-EU...

— Nami, se acalme! O que aconteceu? - a morena agora trazia um semblante de preocupação. - Koala querida, pode nos dar um segundo, sim?

— Nossa... - a jovem moça pega sua caneca da mesa e se levanta. - Claro Robin-chan...Se precisar de mim, estarei no quarto de hospedes.

— Certo.- Robin sorri docemente e agradece com um simples gesto de cabeça.

A porta da grande sala se fecha e Robin afaga com uma mão a cabeleira ruiva e com a outra busca puxar devagar o rosto da amiga de seu exílio. Os grandes olhos amendoados de um castanho vivido, estavam em tom que oscilava entre o âmbar e o amarelo. Seu rosto claro agora tinha pontos em um leve rosado, graças ao choro. Robin não resistiu ao semblante tão meigo da amiga a beijando suavemente na testa, "mesmo estando em sofrimento ela era uma bonequinha aos olhos."

— Vamos, conte-me o que aconteceu? Foi Trao novamente?

— Não...não foi ele..e dessa vez...não sei como dizer Robin...eu nem sei o que sentir disso tudo.

— Comece do inicio. É sempre o ideal. - ela da um pequeno sorriso sarcástico.

— Eustass. Ele me requisitou...

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—-FLASHBACK -

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O salto de Nami ressoava por toda sua sala. Ela tinha alguns relatórios para entregar e organizar então caminhava para lá e para cá. Já estava quase acabando seu expediente na empresa quando alguém bate a sua porta. Ela estranha a secretária não ter anunciado seu visitante, mas logo presumi que ela tenha fugido um pouco antes do fim do expediente. Era comum.

— Entre.

Sem se prender a quem adentra na sala, ela continua seu vai e vem.

— Tem um minuto, ruiva?

A voz rude e sonora chama atenção da mulher. Ela vira instantaneamente e o encara. O homem era alto e robusto, mesmo trajando terno, era impossível não notar o volume de seu corpo esculpido. O cabelo ruivo é vermelho vivo, e estava como sempre rebelde.

— Vai ficar me encarando, ou me responder?

A voz a trás de volta da pequena "inspeção" feita pelo seu olhar.

— Seja rápido, Eustass.

— Preciso que... - ele desvia do olhar dela e sua voz vai diminuindo a cada palavra- ...me ajude.

— Até agora só o obvio, Eustass. - ela não conseguia evitar a defensiva com ele.

— Sua delicadeza é de uma jamanta, mulher.

— Olhe - ela sem se virar joga a pasta que estava em sua mão sobre a mesa. Caminha confiante até ele, ficando frente a frente ela coloca um dedo no peito dele o cutucando enquanto fala. - eu tenho um fechamento para fazer até amanhã, dessa empresa inteira. Então tenho pouco tempo a perder com lenga-lenga. Se quer minha ajuda, desembuche. - ela termina triunfante, cruzando os braços.

— Bonita e ameaçadora. Assim me apaixono, ruivinha. - ele sorri de canto quando percebe que a mesma estava ficando mais impaciente. - Preciso que me auxilie em um jantar.

— Jantar? Está com segundas intenções Eustass? Por que se for, tire seu cavalo da chuva.

— É um jantar comercial. É um cliente em potencial e ele da valor aos bons costumes. Como da pra perceber eu tenho uma vida que pode ser considerada o total oposto disso. - ele passa a mão nos cabelos um pouco sem graça. - E como sei que você sabe lidar com cliente complicados, disse que levaria minha noiva, que também é uma das executivas da empresa.

— Desculpe, você disse o que? - o rosto da ruiva ganha um leve rubor.

— Que levaria minha noiva que tamb...

— QUAL O SEU PROBLEMA? VOCÊ TEM O MINIMO DE NOÇÃO DO QUE FEZ? - ela perde a compostura. - EU TENHO UMA REPUTAÇÃO NESSA EMPRESA E NECESSITO DELA PARA CONTINUAR A GERI-LA! VOCÊ SIMPLESMENTE ME COMPROMETEU, FÁCIL ASSIM, SEU INSANO?

— Nem precisa tanto desse show, mulher. Se você não quer se comprometer é simples, deixamos esse cliente de lado. - ele fala com desdém.

— É exatamente por NÃO PODER perder esse cliente que estou SURTANDO AQUI. - ela começa a andar em círculos pensativa.

— Bom, se decidir ir, aqui meu numero, me avise e te buscarei. Hoje as 19h em ponto. - ele estica o braço metálico em direção a ruiva.

Ela para e segura o cartão distraída. Percebe então que ele a fitava sem soltar a outra ponta do cartão.

— O que não me falou? - os olhos dela eram penetrantes.

— Que o cliente é, Edward Newgate.

— O Pai ? Eustass como conseguiu tal contato? - estava perplexa.

Ele aproxima o rosto do da ruiva e abaixa o tom da voz - Sou a rede de contatos da empresa, ruiva. O que não tenho, se quero conquisto... Lembre-se bem disso.

Ele solta o cartão e se vira saindo da sala. Nami fica ali fitando a porta branca sem palavras.

" O que raios ele queria dizer com isso? Preciso ficar atenta a ele...muito atenta. "

O cartão era completamente preto fosco com as iniciais E.K. gravadas em prata. Do outro lado um numero de telefone. Ela arremessa o cartão em cima da sua mesa, junto com as dezenas de pastas e contornando-a se larga em sua cadeira.

Estava exausta com toda aquela conversa e mais exausta ainda em pensar que teria que sair em um jantar com aquele arrogante. Terrivelmente arrogante. Terrivelmente charmoso e misterioso...aquele toque exótico que ele carregava...

Se da conta de onde seus pensamentos a levavam então os afasta. Ela queria experimentar, tirar uma lasquinha...mas era apenas isso. Kid era impulsivo e desmiolado em certos assuntos e provavelmente com garotas também. O que o classificava em sua lista como "passatempo".

Volta a seus afazeres e logo se da conta que era 18h. Esquecera que o maldito homem a avisara no fim de seu expediente. Ela pega o cartão entre suas pastas e disca o numero dele. Algumas chamadas e aquela voz rude atende.

— Sabia que ligaria ruiva. - o tom era malicioso.

— C-como sabia...ah deixe pra lá. Está na empresa ainda? Preciso de uma carona até em casa, deixei meu carro com Genzo.

— Estou a um quarteirão dai. Volto te pegar.

— Estou descendo.

Odiava ter que pedir algo a ele ou a qualquer homem, mas não tinha muita opção se quisesse ir a esse jantar, afinal ele a pegara desprevenida. Junta suas coisas e entra no elevador. Ao chegar a entrada da empresa, um magnifico carro sport vermelho estaciona com tudo. O ruivo da um sorriso de canto e acena para que ela entre. Ela revira os olhos e entra no carro que sai cantando pneu em seguida.

Alguns minutos e ela estava adentrando a rica mansão, com o ruivo logo atras. Eles passam o longo hall de entrada e chegam na sala de visitas.

— Modesta sua casa...

— Gosto de viver confortavelmente. - ela responde sem muita emoção.

— Deve ser chato viver sozinha...

— Não se comova, vivo com mais gente aqui. Bom, fique a vontade vou subir me trocar. - ela da as costas e sai dali.

Algum tempo depois, ela desce as escadas e se depara com Eustass ao sopé a esperando. Ele a analisa de cima abaixo com olhar que a fazia se sentir despida. O que não era para menos, estava trajando um vestido preto tomara q caia que delineava muito bem suas curvas até um pouco acima dos joelhos, a barra de barbatana com um echarpe fume. Seu salto agulha era preto mas a sola trazia um laranja que combinava com seus cabelos que estavam presos num penteado lindo: duas tranças laterais se fundiam numa trança maior e duas mechas estavam soltas determinando sua franja. A maquiagem era suave sem contar o batom que era um bordo discreto.

— Pode respirar agora Eustass. - ela diz se divertindo com a expressão do mesmo.

— Engraçadinha. Vamos, que já perdemos tempo suficiente com você.

— Vai assim? - ela o mede com desdem.

— Passaremos em minha casa antes. - ele coloca as mãos em seus bolsos e vai em direção a saída.

— Sem chances. Volte me buscar depois. - ela permanece na escada.

— Já se deu conta do horário? São 20 para as 19h. O jantar é as 19:30h e como " anfitriões" chegamos antes. - ele a encara um pouco impaciente.

— Certo, irei de táxi...

— Pare de frescura mulher! Não vou toca-la se esse é seu medo.

— Confiança não é algo que inspire Eustass.

Ele revira os olhos e caminha para fora. Ela o alcança logo em seguida.

— Decidiu vir, doçura?

— Se tentar algo, acabo com sua raça. - ela diz confiante e entra no carro após ele abrir a porta para ela.

O que a motivou foi a curiosidade. Ela precisava de mais informações sobre aquele homem rude. Ele era charmoso e ao mesmo tempo grosseiro, com um temperamento terrivel. Mas ainda assim tinha influencia no mercado. E era isso que precisava descobrir, como.

Ao chegarem em um condomínio mais retirado, param enfrente a uma casa pequena mas bem feita com um jardim bem cuidado. A casa lembrava o melhor estilo americano. Eles entram e a surpresa para ruiva: uma casa simples mas muito bem decorada e luxuosa. Era extremamente confortável. Ela se acomoda numa poltrona enquanto ele sai para os quartos.

Estava distraída no celular revendo alguns relatórios quando sente um aroma que não conseguia identificar mas era viciante. Em seguida o homem passa apenas com uma toalha cobrindo sua cintura e com outra ele esfregava o cabelo o secando. Ela percebe uma enorme cicatriz que subia do cotoco de seu braço até seu rosto no lado direito do corpo. Era gigante e ela não tinha a menor ideia como alguém sobreviveria a uma lesão daquela.

Ao notar o olhar espantado dela fixo em sua cicatriz ele para na frente da mesma.

— O que foi ruivinha? Nunca viu um homem nú? - ele diz com certo sarcasmo e malicia.

— Eu...- ela se da conta do que estava fazendo. - Er.. Na verdade não é da sua conta e não tem nada interessante ai para ver. - ela vira o rosto fazendo uma postura desinteressada e da atenção ao celular.

— Um dia você prova e me diz o que acha de verdade.. - ele diz achando graça e sai para os quartos do outro lado.

" Homem nú..hunf...nú! Vai se achando seu idiota. Se fosse tudo isso..." "

— ...e então ele saiu e fomos para o jantar. - Nami termina bebendo em um grande gole uma caneca de achocolatado que Robin preparara para ela.

— Engraçado, você não mencionou a roupa que ele vestia... - Robin diz distraída - por acaso ele foi de toalha?

— Não...ele estava com calça social preta risca de giz, camisa chumbo tendo os dois primeiros botões aberto, deixando seu peito a mostra com sobretudo preto de gola plumada. Mas amiga, depois de ver ele de toalha, roupas são ilustrativas. - ela diz descuidada.

— Então qual o problema? - a morena diz sem entender.

— Foi depois do jantar... ele..ele parou o carro em um lugar desconhecido, disse que precisava fazer uma entrega..
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EUSTASS KID - MANSÃO K.

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— Certo ela estava linda. Você repetiu milhões de vezes.

Sentado numa aconchegante poltrona, um homem com cabelos loiros gigantes e muito bem cuidados, cavanhaque loiro robusto, bem vestido tinha uma expressão séria e desinteressada, tinha uma taça entre os dedos e um livro aberto sob o colo.

Você me conhece Killer. Ferrei com tudo. - o ruivo se reencosta com semblante impaciente.

— Outro b.o por assédio, Kid? Estou cansando de ter que ir em delegacias subornar para limpar sua ficha.

— Não acredito que faça um b.o. Ela é esperta e aposto que não colocaria em risco sua preciosa reputação com isso... e tão pouco arriscaria me ferrar na empresa diretamente. Mas, eu realmente queria ela.— suspira fundo recostando a cabeça para trás e cobrindo o rosto com sua mão.

— O que aconteceu?

— Nós saímos do jantar e...

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—- FLASHBACK-

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O carro voa pelas ruas desertas. O jantar tinha sido um sucesso provavelmente pelo carisma dela. Ele lança um olhar de canto para a ruiva, mas ela não parecia estar com medo da velocidade, ao contrario, parecia até gostar um pouco da adrenalina. Ele sorri e volta a encarar as ruas. A noite toda, desde que entrou na sala dela sentiu uma atração pela mulher determinada que estava a seu lado. Uma caixa surpresa, fácil de decifrar com todas suas pistas. Mas ela também o deixava impaciente, nervoso e alterado. O que não era bom.

Uma ideia e ele pega outro rumo. Ela pega o desvio no ar.

— Minha casa é para o outro lado, Eustass.

— Farei uma breve parada.

— Não demore, preciso estar cedo na empresa...

— Relaxe doçura.

— Com você? É suicídio. - ela diz em tom despreocupado, olhando para o outro lado.

— Heh... afiada como sempre.

Ele para o carro num lugar a meia luz. Era uma rua movimentada e sem problemas. Pelo menos para ela. Remexe no banco de trás pegando um pacote e desce do carro. Ele se abaixa e olha pelo vidro para a ruiva.

— Me acompanha, ruiva?

— Já que estou aqui mesmo. - ela desce e fecha a porta.

Eustass da a volta e enlaça o braço delicado de Nami.

— Precisamos disso?

— Para sua segurança e também para aquece-la.

— Certo. O que vai fazer mesmo? - ela pergunta durante a caminhada, distraída.

— Negócios. Uma entrega.

— Hum...

Ela não diz mais nada durante o trajeto. Eles percorrem mais algumas vielas e estavam quase no coração da cidade. O olhar dela analisava tudo, enquanto ele mantinha o sorriso. Eles param em uma esquina.

— Me espere aqui. - ele diz sério.

— Hum...

Ela faz uma careta, mas obedece. Eustass entra numa casa mais atras. Ele demora um pouco la dentro. Na verdade era a casa de um colega. Precisava de fato devolver algumas coisas para ele, mas usara apenas de pretexto para trazer ela ali.

Sabia que era um lugar deserto e escuro, ideal para poder dar uns amassos em alguém. Já pegou ela lançando olhares curiosos nele na empresa nas raras ocasiões que se "trombavam", e aquele olhar em sua casa somado a beleza que ela esbanjava, tirou suas dúvidas se deveria arriscar: queria sentir o corpo da ruiva junto ao seu.

Ele sai da casa com um sorriso estampado na cara. O que vinha depois o deixava cada vez mais ansioso, mais animado.

Nami estava de braços cruzados com uma cara impaciente e encostada na parede. Ao perceber que ele vinha em sua direção ela desencosta e vai rumo a ele.

— Esperar não é uma virtude minha, Eustass...

— Engraçado ruiva... - Ele para a frente dela a fechando entre a parede e si. O olhar dele era cobiçoso. - Temos isso em comum.

Os olhos dela aumentam instantaneamente. Ela era esperta e ele amava isso em mulheres: inocência era para as chatas. Ela tenta sair dali, mas ele coloca os dois braços na parede bloqueando as laterais para ela.

— Eustass...o que...

— Você é irresistível doçura... - ele aproxima mais o rosto do dela ficando próximo o suficiente para sentir a respiração acelerada dela. - se acalme, iremos nos divertir um pouco..eu sei que você quer.

— SONHE.

Num piscar de olhos ela acerta um soco no estomago do homem que não demora em resposta quando ela tenta correr: ele segura-a pelo braço e com um puxão faz com que os corpos fiquem colados. Ela era quente e macia. Recupera o folego e segura com a mão livre o queixo dela.

Os olhares se cruzam. Um par de olhos âmbar eram enormes e assustados, surpresos. O par carmesim era decidido e cobiçoso.

— Eustass...p-por favor...n-não... - a voz dela sai com dificuldade.

Ele afunda seu rosto no pescoço dela e consegui sentir um leve aroma cítrico. Isso o instigara. Ele larga o braço dela, explorando com sua mão o corpo ate alcançar a cintura bem delineada. Ele fecha a mão ali, prensando mais o corpo dela na parede com o seu e cobre a boca dela que começa a balbuciar algo, com a sua.

Ela reluta mantendo pressionado seus lábios fechados. Ele continua e com um pouco mais de persuasão de sua mão livre, consegue abrir caminho.

O beijo começa selvagem, ele tinha fome daquele toque, tinha curiosidade de experimenta-la mas não tinha paciência para rodeios. Ele guia o beijo e por um instante pareceu sentir que ela retribui. Aquilo o instigou mais.

—Finalmente você é minha ruiva.

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— Bem, ela é durona certo? Te acertou em cheio e escapou. Hahaha, deve ser a primeira em anos. - beberica o vinho.

— Sim. E com isso fiquei mais atraído pela vadia! - ele soca o braço da poltrona. Em volto de sua mão de ferro estava o escarpe fumê da mulher.

— Pode ser que você esteja começando a...

— Calado Killer! - ele bufa ameaçador.

— Certo, Certo... Agora me diga, por que veio?

— Por que preciso descobrir como conquistar essa mulher! Ela tem que ser minha!