Eu já tenho uma conta neste site, mas esqueci-me da password ^^; portanto aqui está uma das minhas histórias dessa conta. Espero que gostem =)
- Publicada a 02-24-10 -
Meus Deus. A minha primeira história. EM PORTUGUÊS!
Yumi: Deves estar- espera ai, porque é que eu estou a falar português?!
Porque tu és eu. Ou uma coisa assim parecida. Esta história é dedicada à minha irmã, que num momento muito difícil me ajudou... Obrigada mana!
Yumi: Chega de lamechiches. Vamos lá à história.
Ela encontrava-se sentada num café à beira-mar quando o viu. O seu primeiro amor.
~Flashback~
…Março…
"Meu Deus! É… é…" – disse ela, agarrando numa caixa aberta, as lágrimas a começarem a cair.
"Então? Gostas?" – disse ele esperançoso, abraçando-a por trás.
"Adoro. Oh amor, tu não precisavas…" – disse com as lágrimas a correr livremente pela cara abaixo e com o embrulho contra o peito, a apertá-lo como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.
"Se eu pudesse, até te dava o mundo. Tu mereces isso e muito mais."
"Eu amo-te." – ela vira-se e inclina-se para trás.
"Eu também te amo." – disse ele, diminuindo lentamente a distância entre os dois.
…Novembro…
"Desculpa estar tão atrasada, o meu patrão – sabes, aquele gordinho – obrigou-me a ficar depois de horas para fazer um relatório sobre as novas mercadorias do supermercado. Mas quem é que quer saber que-" – parou de repente, apercebendo-se que ele não a estava a ouvir.
"Então… humm… vamos jantar?" – pergunta ela um pouco receosa.
"Já fui jantar." – disse ele ainda a olhar para a tv. Os Celtics estavam a jogar.
"Tu… tu o quê?"
"Fui jantar. Como estavas a demorar não quis perder as reservas. Sabes o quão difícil é arranjar mesas naquele restaurante?!" – respondeu ele, levantando-se do sofá e levantando a voz.
"D-Desculpa, eu não queria ficar a trabalhar mas-"
"Levei meses para arranjar aquelas mesas. MESES! Deverias ter dito ao badocha que esta noite era impossível!" – gritou.
"Mas tu sabes como o jornal é importante para mim."
"Sim eu sei. Queres seres uma jornalista de topo, que leve todas as informações ao público." – disse ele, voltando-lhe as costas.
"Amor, desculpa, mas eu tentei-"
"Não vale a pena. Esta noite durmo no sofá ok?"
…Outubro…
"Querido, porque é que combinas-te o encontro à chuva? Está a chuver a potes!"
"Temos de falar."
"Vamos- o quê?"
"Encontrei outra pessoa."
"Não…"
"Por favor, não dificultes as coisas."
"Isto não é verdade. Estás a brincar comigo não estás? Por favor diz que estás…"
"Desculpa."
"NÃO!"– grita.
"Adeus." – disse ele, voltando as costas em direcção a um carro ali estacionado. Porque é que ela ainda não o tinha visto antes?
"Não… não… isto não está a acontecer…" – continuou, negando o acontecido como um mantra, à chuva.
…Dezembro…
"Querida, tens de te levantar, há dias que estás nessa cama." – disse a sua mãe. Duas semanas após o acontecido ela refugiou-se no seu quarto, saindo apenas para ir à casa de banho ou para comer. A mãe foi logo ter com ela, caso precisasse de ajuda e levou a sua outra filha mais nova.
"Ya, e já agora toma um banho. Tresandas." disse a sua irmã.
"Humm…" – disse de baixo da montanha de cobertores que a cobriam da cabeça aos pés.
"Olha eu nunca tive um amor verdadeiro, portanto não te posso ajudar muito neste aspecto," – disse, sentando-se na cama, ainda que com alguma relutância – "mas sei que nenhum homem merece aquilo por que estás a passar. Levanta-te, toma um banho" – disse a fazer uma cara de náusea – "e faz-te à vida. Pensa na tua vida e nada mais. Mostra-lhe que não precisas dele para nada."
"O-ok, vou tentar."
"Nada de tentar. Tu vais conseguir!" disse a sua irmã, levantando-se da cama e fazendo o sinal de vitória.
"Sim…" disse ela um pouco mais decidida.
~Fashback~
Ele vê-a e encaminha-se na sua direcção. Ela tenta esconder-se atrás do seu novo livro que tinha comprado momentos antes na livraria. Ela sempre gostou de romances.
"Olá." – começa ele.
"Olá." – responde.
"Este lugar está ocupado?" – ele pergunta, com uma mão estendida para o encosto da cadeira, como se soubesse que ninguém estava ali sentado. O que até era verdade.
"Não." - ela olha-o de alto a baixo, e vê o quanto ele está mudado. Nova camisa, novas calças, novo ar. 'Ele está mesmo mudado' pensa.
"Então, como tens passado?" pergunta, ajeitando-se na cadeira de metal do café.
"Bem, e tu?" diz ela, marcando a página e pousando o livro. Agora já não pode continuar a leitura.
"Também, também."
Um silêncio paira no ar. Nenhum dos dois consegue encontrar palavras para ultrapassar a situação. O que é que se pode dizer? 'Então, arranjas-te alguém depois de me teres deixado à chuva para apanhar uma pneumonia? Podia ter morrido!'.
"Como tem corrido a vida?" – pergunta ele passado algum tempo.
'Chegou a altura' pensou.
"Bem, bem. Estive a escrever sobre a minha viagem ao Dubai para o novo artigo do jornal. Ajuda ter acabado de chegar. As memórias ainda estão frescas." – disse ela, com a esperança de o espantar.
"Foste ao Dubai?" – perguntou ele, surpreso.
'Yes!' pensou.
"Sim, e olha, foi fantástico. Adorei aquilo." – disse ela para enfatizar.
"Parece que a vida te corre bem." – é verdade, corria-lhe tudo bem. O patrão tinha-lhe dado um aumento e a prestação da casa estava quase terminada. Tudo ia bem.
Riram-se. De repente ela relembra-se dos momentos que passaram juntos, mas é ele que fala.
"Passamos bons momentos não foi?"
"Humm…"
"Encontras-te alguém?" -
"Ah… agora quero focar-me no meu trabalho."
"Ah… ok."
"Olha, desculpa, adorava ficar a conversar mas tenho uma coisa marcada e já estou atrasada. Vemo-nos por aí?"
"Claro."
Ela arruma o livro na mala, levanta-se e arruma a cadeira. Uns metros mais longe pára e olha para trás. Os seus olhares cruzam-se. Sorrindo, volta-se e segue. Sabe agora que pode voltar a amar.
Meu Deus...
Yumi: Não vais continuar pois não?
O que acham? Bom? Mau? As críticas só são boas quando são construtivas.
Yumi: Até já!
O.o
