Ma chair et mon sang
—
Fairy Tail © Mashima Hiro. #senta no meio-fio e chora#
—
Olhando em retrospecto parecia estranho, quase sobrenatural, recordar-se de um encontro tão breve ocorrido há doze anos. Talvez o corpo tenha mais lembranças e pressentimentos que a mente. Ela era tão pequena; os olhos azuis imensos o fitaram tão intensamente, bebendo-o por inteiro.
Como não havia percebido?
Viu-a poucas vezes ao longo dos anos, mas reparou que ela sempre fitava o mar. Havia uma tristeza em seus olhos oceânicos que parecia ir e vir com as marés. E por causa dele...
Agora era tão evidente. Ela tinha os olhos de Cornelia; Cornelia, a única mulher que amara e também perdera, e os cabelos ondulados tão sedosos que pôde sentir aquele mesmo cheiro de flores quando fechou os olhos. E o sorriso, e aquele corpo esguio de pássaro. Havia sido tão tolo que agora nunca mais.
Sentindo felicidade e amor que sequer sabia que podia existir, prendendo-a num abraço que nunca mais queria que acabasse; a vida tinha lhe devolvido um pedaço de Cornelia, pensou, e as lágrimas descendo pelas faces e molhando o queixo.
Sua filha, sua filha, sua filha.
—
N/A: Pra tu, peeh. VOLTE A LER O MANGÁ, YOU BASTARD!
