Burt and the Kid
TRADUÇÃO Alguns headcanons sobre a relação de Burt e Blaine. Começa quando Kurt se transfere para Dalton. T por segurança a potencias capítulos futuros.
Notas da autora: Então, essa é a primeira parte de alguns headcanons que tenho planejado. Eu simplesmente sempre senti como se Burt e Blaine tivessem essa dinâmica épica não muito mostrada, como na fala "Quem vai contar para o Blaine? Você tem que me deixar fazer isso!". Enfim, essa será uma corrida pela série passando pela primeira e pela segunda temporada. Aqui está minha primeira tentativa. Aproveitem!
Disclaimer: apesar de meu desejo fervoroso, não possuo os Hummels, Blaine ou qualquer coisa de Glee. *suspira*
Capítulo 1: Furt
A primeira vez em que Burt Hummel encontra Blaine Anderson é no dia em que Kurt se muda para Dalton. Burt está estressado. Ele está lidando com sua iminente separação com seu garoto, a única coisa pela qual ele tem se importado por muitos anos. Também está indeciso consigo mesmo, algo bastante incomum para ele. Apesar de achar que essa é a decisão certa, ele claramente não tem feito um trabalho tão bom como achava em relação a saber o que é o certo para Kurt.
Então Burt está preocupado. Ele observa enquanto Kurt fala com a recepcionista sobre a mudança. Kurt envia uma mensagem a Blaine, quem aparece tão rápido que Burt realmente se pergunta se ele se estava esperando, bem na esquina, pela chegada do amigo. O menino de cabelo encaracolado imediatamente abraça Kurt amigavelmente, do jeito que Burt vê Finn fazer o tempo todo com o time de futebol americano. O abraço é bem breve, e então Blaine se vira para Burt, com sua mão direita estendida.
Ele diz algo, e Burt não distingue as palavras tão bem quanto seu tom educado, que quase encobre a excitação do menino. Burt aperta sua mão e acena, grunhindo afirmativamente.
Blaine se volta para Kurt, agarrando várias de suas malas de uma vez, e começa a discorrer sobre a localização de seu quarto, levando em consideração determinados andares e a proximidade com o salão. Ele parece não ter problemas com as mochilas, o que impressiona Burt, que percebe que o menino é bem forte para alguém de seu tamanho. Blaine os guia por um corredor, sobe alguns andares de escada e atravessa outro corredor.
Burt nota o modo como Kurt olha seu novo amigo, se pendurando em cada palavra sua. Nota, também, que Blaine está tentando impressionar seu filho, como se soubesse tudo sobre Dalton. Momentos depois, percebe que a fascinação de Kurt não é totalmente em relação ao conteúdo das divagações de Blaine, mas no próprio garoto. Huh. De repente, Burt não está mais tão certo sobre a decisão de deixar Kurt permanecer nos dormitórios.
Quando chegam ao quarto, Blaine destranca a porta com um floreio. O cômodo é pequeno – um retângulo de, provavelmente, seis por três metros. Há uma cama, uma mesa, e um guarda roupas. O quarto não é exatamente luxuoso, e Burt não pode evitar pensar no quanto aquilo está custando para ele. Blaine e Kurt se põem a desfazer a mala, conversando excitadamente sobre um ou outro evento social próximo. Burt se ocupa em arrumar o frigorífico, demorando-se mais do que o necessário para deixar os meninos conversarem (e para ter uma chance de escutá-los).
Burt imagina como é a vida de Blaine em Dalton, considerando o quão ansioso ele estava para ajudar Kurt a se mudar e em como ele fala com uma energia tão grande que sugere que ele não via outra pessoa há anos. A conversa flui naturalmente, e nenhum dos dois parece a dominar. Falam sobre vários assuntos, quase como se para verificar o quanto pensam igual.
Ocasionalmente Blaine olha para Burt, provavelmente para monitorar a reação que tem para a interação com seu filho. Burt desvia rapidamente o olhar na maioria das vezes - não querendo ser pego encarando – e tenta fazer uma expressão o menos ameaçadora possível. Não sabe ao certo se consegue.
Kurt pede licença para lavar as mãos. Blaine lhe aponta o banheiro, mas permanece no quarto.
Burt se endireita e olha para o menino, que estava o encarando com cautela.
-Senhor, eu... – Blaine começa.
-Burt. – o homem mais velho o interrompe.
-Ah, é, ok, Burt, eu, bom, eu só queria dizer que acho que Kurt vai ser feliz aqui. Eu te prometo que ele estará seguro, e eu farei tudo o que puder para que ele se adapte bem.
Burt assente, sem saber direito o que responder. Enquanto aquele era um lugar que parecia totalmente seguro, não parecia onde Kurt seria verdadeiramente feliz. Burt começa a se preocupar mais.
-Olha, garoto, – ele diz – eu agradeço o que você está fazendo. É bom para Kurt ter alguém com quem conversar sobre, bem, parece que absolutamente qualquer coisa.
Blaine solta uma risada baixa, parecendo relaxar com as palavras positivas de Burt. O homem pega um pequeno cartão de seu bolso e entrega ao garoto, que o recebe com curiosidade.
-Esse é o meu cartão de contato. A escola tem, claro, mas eu quero que você também o tenha. Se alguma coisa, qualquer coisa, acontecer, quero que você me ligue. Eu me preocupo com Kurt, mas ele também se preocupa comigo, e aprendi que não posso confiar nele para me contar sobre seus problemas. Os Hummels são teimosos pra caramba. Não estou pedindo para bancar o dedo-duro, mas se algo o preocupar, por favor, me avise.
Burt respira fundo, surpreso com o quanto acabou de falar. Blaine está analisando cuidadosamente o cartão, quase com se estivesse memorizando seu conteúdo.
-Eu avisarei, senh... Burt. Eu definitivamente manterei meus olhos nele.
Burt deixa escapar uma risada.
-Tenho certeza de que manterá, menino.
Burt percebe o quanto o garoto cora, mas não tem tempo de pensar muito sobre o assunto. Kurt retorna ao quarto e olha para os dois com suspeita, porém, resolve não perguntar o que perdeu. Ao invés disso, pergunta a Blaine sobre os outros meninos do andar.
Algumas horas depois, as malas estão todas desfeitas e Kurt está instalado. Burt percebe que não pode adiar mais sua partida e, com um último olhar para o minúsculo quarto, deixa que seu filho e Blaine lhe guiem ao estacionamento. Quando se despedem e os olhos de Kurt começam a lacrimejar, Burt só consegue pensar em enfiá-lo no carro e levá-lo de volta para casa. Mas ele não o faz. Ele aperta a mão de Blaine e lhe encara fortemente nos olhos, dá a Kurt um último abraço e um "eu te amo". Vai embora com a promessa de conversar no Skype naquela mesma noite.
Burt olha para o espelho retrovisor e vê que Blaine está com um braço ao redor da cintura de Kurt, dizendo-lhe algo com um inteligente sorriso no rosto. Conforme estavam ficando longe demais para serem vistos, Burt vê Kurt jogar sua cabeça para trás num ataque de riso, provavelmente por causa do que Blaine havia dito. Mais do que curioso, Burt está feliz por seu filho ter encontrado alguém que pudesse fazê-lo rir assim. Talvez aquela tenha sido a decisão certa, afinal de contas.
Notas da autora: Então, espero que vocês tenham gostado! Por favor, deixem comentários com suas opiniões sobre a história. Espero por críticas construtivas, de verdade!
Notas do tradutor: Pessoal, essa história é ótima! A original tem o mesmo nome (Burt and the Kid), e é escrita pela SarahLovesGlee (podem encontrá-la no meu perfil). Ela tá, atualmente, no capítulo dezoito, e eu tenho que dizer que ela fica cada vez melhor! Não pude evitar, tive que compartilhá-la com vocês... Enfim, tentarei postar o restante o mais rápido possível!
PS: Tenho de deixar registrado aqui meu agradecimento à EWWBD, cuja tradução de Dalton me motivou a me arriscar nessa tradução, haha!
