Primeiramente, Mystic Messenger não me pertence, nem as músicas utilizadas.

Ok, eu comecei a jogar há pouco tempo e estou na rota do Zen, e já posso dizer que ele me inspira muitíssimo (exceto para elaborar sinopses, sinto muito pela dessa fic, ainda vou tentar melhorá-la).

Eu tenho algumas músicas e ideias engatilhadas para algumas songfics, mas não garanto a frequência da atualização, vai depender de muitos fatores pessoais.

Comecemos, então, com uma que surgiu baseada na ligação que você pode realizar para ele na madrugada do oitavo dia da rota dele, após o chat "The power os RFA apps!" (01:48 am). Em determinado momento, se você escolhe mandar um "Muah" pra ele, ele basicamente fica louco e diz algo parecido com a primeira fala da fic.

Ah! Espere muito PWP e hentai (e quem diria, eu escrevendo hentai fluffy), ok? Muito. Se não gosta ou não pode com isso, aqui vai o aviso para não prosseguir.

Música: Depeche Mode - Higher Love


I surrender all control

To the desire that consumes me whole

And leads me by the hand to infinity

That lies in wait at the heart of me


— Oh… querida, é realmente tarde… você está me torturando. Claro, eu entendo suas intenções, mas… Deus… não... me permita, por favor, me permita fazer o que eu quiser na próxima vez em que nos encontrarmos…

A única coisa que ela havia feito foi mandar um beijo para ele por telefone, e deliciava-se com aquela reação obtida do outro lado da linha. Não eram só as palavras, era o gemido, a respiração falha, o anseio.

— Zen, você não precisa esperar nós nos encontrarmos, sabia? — Ela ouviu a própria voz exteriorizando seus pensamentos mais ocultos e ruborizou na hora. Como podia agir assim com alguém que havia acabado de conhecer pessoalmente?

É claro que Zen deixava dicas e mais dicas no ar sobre o quanto a desejava já há alguns dias, mas naquelas horas em que esteve cara a cara com ela, fizera de tudo para demonstrar paciência e respeito, para que ela não acreditasse que ele queria somente usá-la. O problema era que o desejo que transbordava do ser dele, já havia extrapolado todos os limites dela também.

Ela mordeu o lábio quando ouviu um suspiro cheio de paixão ao telefone, e então olhou imediatamente para a câmera há alguns metros da cama dela. Seven estaria lá vigiando-a? Ou estaria ocupado trabalhando? Por via das dúvidas, virou-se de costas para ela, puxando o lençol para cima de forma a escondê-la totalmente, segurando com a outra mão o celular firme contra a orelha.

— O quê? O que quer dizer com isso? Minha princesa… você sabe do que está falando, não é mesmo? Sabe o que isso significa?

— Eu quero você... — respondeu com um sussurro dengoso, que expressava uma resolução que o fez hesitar.

Por alguns segundos, tudo o que fez foi ouvir a respiração pesada dele.

— Você… está deitada?

— Sim… e você? Também está?

— Estou, deitado em minha cama, ficando louco só de pensar em você aí. O que está vestindo?

Ela riu, sem jeito, antes de responder:

— Estou com uma camisola, branca, e calcinha… é isso… e você?

— Deus, você deve estar… perfeita. — A última palavra saiu dos lábios dele como um sopro que a fez arrepiar. — Eu… bem… você tem certeza que quer continuar com isso? Podemos desligar agora, se quiser, você não precisa fazer isso só para me agradar. Você já me faz feliz, querida, muito feliz… nossa… desculpa, não consigo parar de pensar… em você aí...

— Zen, isso me agrada também. Você já me faz muito feliz, e eu acho que pode me fazer muito mais quando finalmente estivermos juntos… completamente juntos. Por favor, me conte o que está vestindo agora, deitado em sua cama, pensando em mim…

— Sinceramente? Está tão quente aqui que… que não estou vestindo nada, qualquer coisa me sufocaria.

— Eu também te sufocaria, se estivesse aí com você?

— Claro que não, minha querida, eu… eu tiraria sua camisola, lentamente, te beijando e te tocando, de baixo para cima, até poder me deitar sobre você e sentir minha pele derreter na sua. Posso? Posso apertar seus seios nus contra o meu peito assim?

— Oh, Zen, eu… claro, claro que pode… — foi a vez da respiração dela falhar, apertando o seio esquerdo por baixo da camisola, imaginando a situação.

— Então eu me deitaria sobre você, beijaria sua boca, e entre as suas pernas você estaria sentindo todo o desejo que sinto por você… consegue sentir? Percebe o quanto eu quero você? Se não consegue, coloque sua mão ali…

Antes que ele pedisse, ela já deslizava a mão até aquela região, sentindo o calor e a umidade crescente entre as coxas. Sabia que a peça de roupa que a cobria estaria inutilizável em poucos momentos, mas não se importou. Apertou a própria carne, aplicou sobre ela a pressão que imaginava que sentiria caso Zen investisse sua ereção contra ela.

Gemeu. O pensamento de que ele estaria nu, de que ela poderia sentir a textura da pele perfeita dele contra a dela, e de que o membro dele já poderia deixar sua barriga molhada pelo tamanho da excitação que o homem sentia a vez emendar um gemido em outro.

Como ele podia fazer isso com os pensamentos dela?

— Você já está se tocando, não é mesmo? — Ele perguntou ao telefone, a voz trêmula, como se causasse sofrimento suprimir os próprios gemidos para articular aquelas palavras. — Minha nossa, o que eu faço com você, princesa? Você vai gemer desse jeito quando eu te tocar em pessoa? Você vai me deixar louco, eu talvez não consiga conter minha fera interior e meu impulso por apenas afastar sua calcinha e já te possuir assim mesmo com toda a força, mas, ah… você é preciosa demais para mim…

— Zen… — ela suspirou como se implorasse, quando os próprios dedos afastaram a peça íntima e ela sentiu a pele escorregadia por baixo dela.

— Não… não me provoque assim. Eu tenho que ter certeza de que está preparada para mim, querida. Eu não quero te machucar. Acho melhor tirar sua calcinha de uma vez e trilhar o caminho de volta por seu corpo abaixo, é claro que eu vou aproveitar o máximo possível cada centímetro da sua pele, vou me afundar nos seus seios, vou apertar eles nas minhas mãos! — Ele exaltou-se de repente, e por um momento, tudo o que fez foi resfolegar até conseguir prosseguir: — mas eu vou ser sincero com você, querida, meu alvo nesse momento seria sentir com a minha língua o quanto você me deseja. Se eu abrisse suas pernas e te beijasse ali, será que meus lábios ficariam molhados com a sua essência? Consegue me responder?

— S... sim! — Ela respondeu imediatamente, arfando. Seu rosto ardia ao pensar na resposta, enquanto movia lentamente as pontas dos dedos, direcionando-as para a própria entrada. O fluido viscoso encontrava-se em abundância naquela região. — Oh, Zen… estou tão pronta para você, eu… você… ah! Seus lábios… eles ficariam encharcados…

— Querida… você vai me matar assim! Saber que eu faço isso com você, com o seu corpo, eu… eu não vou conseguir me controlar na próxima vez em que nos encontrarmos! Eu quero você… eu quero você inteira pra mim… eu quero me afogar entre as suas pernas, sabia? Mesmo que já esteja pronta, eu quero te beijar e te provar com a minha língua. Eu quero te fazer gozar na minha boca, consegue imaginar isso? Porque eu consigo, oh… te sentir tremendo, te ouvir delirando, chamando meu nome, implorando por mim…

Ele gemeu de uma forma que ela não havia ouvido até então. Sabia que não era tão profundo como um gemido de orgasmo, ainda assim sentia que o prazer para ele se intensificava. Será que ele se tocava? Era óbvio que se tocava. Naquela situação, havia somente motivos para fazê-lo. Ela fechou os olhos e imaginou, não apenas ele entre suas pernas dedicando-se inteiramente a fazê-la gozar, mas também ele deitado em sua cama naquele exato momento, aquele homem tão belo e perfeito, com a mão envolvendo o membro e manipulando-o com toda a paixão que transmitia na voz sôfrega.

— Zen… eu quero que você me tome inteira agora… oh, minha nossa! Eu queria, eu queria sair daqui agora mesmo e ir até você… — respirou fundo, juntando forças para continuar enquanto seus dedos moviam-se sem cessar. — Eu entraria em seu quarto… e eu me deitaria com você… não… eu me deitaria sobre você, eu quero que você me pegue pela cintura e me possua…

— Oh… você sabe que o seu desejo é uma ordem, não é mesmo, minha princesa? Minha rainha! Vem, vem aqui e me monta, me cavalga com toda a sua vontade que eu quero te ver livre, linda e forte como uma amazona sobre mim, oh… você vai me fazer explodir, sabia? Você, sua voz, seus gemidos, imaginar você aqui comigo, você não tem noção de como faz eu me sentir. Você é perfeita… você é perfeita em todos os sentidos… você foi feita para mim…

Ele também não tinha noção do que a fazia sentir. Não era apenas aquele desejo físico insano de tê-lo com ela, dentro dela, libertando suas feras interiores juntos, mas era também a cumplicidade envolvida naquele processo. Era verdade que não o conhecia há muito tempo, mas sentia que podia confiar nele e se mostrar inteiramente para ele, pois estaria lá para acolhê-la, para compartilhar das mesmas sensações com ela, e ainda aceitá-la, achá-la linda, de todas as maneiras. Às vezes duvidava se merecia tanto. Desde que aceitara aquele pedido estranho de ir até aquele apartamento, ainda que estivesse agora presa nele, sua vida parecia ter se tornado um sonho, e ela não queria acordar.

Queria que a festa fosse um sucesso, que todos continuassem amigos e, acima de tudo, queria poder ficar com o Zen finalmente como um casal normal. Não, era mais do que aquilo. Sabia que jamais seriam apenas um casal normal.

Aquilo era…?

Um gemido um pouco mais alto do outro lado da linha a fez retribuí-lo. Como era possível que reagisse assim, tão naturalmente, como se estivesse de fato com ele? Ouvia seus murmúrios e ruídos, podia sentir a movimentação de seu braço e de sua mão. Quase podia sentir o gosto de seu suor na boca.

— Eu nunca conheci alguém como você, Zen… eu… eu sei que pode parecer loucura, o que estamos fazendo agora… já é uma loucura… oh… mas eu quero fazer isso com você em pessoa também… não imagina como quero te tocar, te lamber, te morder, te sentir, libertar essa sua fera, e a minha também, todas as noites de nossas vidas… todas as noites… para sempre… eu… oh, como eu tenho certeza disso. Você é único para mim. Eu te quero, eu te quero, eu te desejo tanto…

— Meu bem, não faça isso… — a voz dele soou entrecortada, difícil entre gemidos. — Eu… eu… eu mal estou conseguindo me segurar… e eu… eu quero te ouvir gozar comigo… não quero fazer isso antes de você… sem você… quero que façamos isso sempre juntos, entendeu? Faça isso para mim, por favor… faça isso para nós, eu imploro… eu…

Ela prendeu a respiração, apertando as coxas uma contra a outra e encolhendo-se sob os lençóis enquanto a mão pressionava e trabalhava sobre o próprio prazer, com a urgência que aquele pedido a fazia ter. Ah, como queria ouvi-lo gozar também. Faria qualquer coisa para ouvir e para sentir em seus ossos que era capaz de provocar aquilo naquele homem. Ele era seu. Como o destino havia feito aquilo com ela? Zen era o seu homem, e ela era a mulher mais feliz do mundo.

— Zen! — Chamou-o num murmúrio desesperado, era difícil respirar, era difícil se conter quando suas pernas começavam a tremer e aquela sensação começava a centralizar-se em seu quadril. — Zen, eu…

— Isso… isso! Não segure, meu amor, eu quero ouvir você gozar… eu quero ouvir você fazendo isso só para mim… fui eu que fiz isso com você, não?

— Oh, sim… — respondeu automaticamente, sem conseguir raciocinar, quando um espasmo a vez curvar-se, fechar-se em si mesma enquanto os gemidos ultrapassavam as barreiras de qualquer discrição.

Imaginou que a sensação seria rápida, mas quando ouviu no telefone Zen fazer o mesmo — em verdade, talvez, de maneira mais intensa e expressiva do que ela, com seus gemidos e urros demonstrando uma agonia ímpar, tamanho o prazer que parecia sentir —, seu corpo continuou respondendo ao dele, prolongando o orgasmo.


Moved, lifted higher

Moved, my soul's on fire

Moved, by a higher love


Não suportava mais o lençol sobre si, a ponto de não mais se importar se Seven estava a olhando pelas câmeras ou não. Suava, resfolegava, sofria as consequências da profundidade do que havia acabado de sentir, mas sorria. Sorria com uma alegria que jamais em sua vida imaginou encontrar.

Por vários segundos permaneceram em silêncio, os dois se recuperando da aventura a distância, quando Zen finalmente se pronunciou:

— Como você está? Está… está bem?

Ela riu.

— Eu estou… estou muito feliz, em fazer isso com você.

— Você não sabe como me faz feliz ouvir isso. Você é um sonho que se tornou realidade, oh… como a vida foi generosa comigo, minha querida! Me deu tantos presentes, mas nenhum deles, nem mesmo a minha beleza ou talento, é maior ou melhor do que você. Eu trocaria tudo somente por esse momento de alegria…

— Não é necessário, Zen… eu estou aqui… eu sempre estarei aqui…

Não sabia o motivo, mas sentia podia visualizar o sorriso perfeito dele se desenhando em seu belo rosto naquele momento. Aquele sorriso era o próprio sol para ela.

— Eu também estou aqui sempre para você, minha querida. Sempre. — Enfatizou com segurança a última palavra. — Eu gostaria de fazer isso a noite inteira com você, mas não quero que esteja muito cansada amanhã. Já fiz você voltar tarde para casa hoje, você precisa descansar. Tome uma ducha, deite novamente e durma, certo? Prometo te encontrar nos seus sonhos, como seu cavalheiro sempre fiel e disposto a servi-la e protegê-la, em qualquer circunstância!

— Zen… — o sorriso que ela abria era mais forte do que ela. Era tanta felicidade que não cabia mais em si. Apesar do pedido dele, sabia o quanto seria impossível dormir aquela noite.

— Então rumo aos sonhos, minha princesa! Vamos desligar juntos agora, ok? Um… dois… três!

Ela não queria, mas sabia que seria o melhor pressionar o end naquele momento. Teria uma vida inteira para estar com ele, não é mesmo? Não havia motivo para querer fazer tudo em uma noite.

Ficou deitada por longos momentos pensando em tudo o que se passara antes de finalmente ir tomar uma necessária ducha. Quando retornou ao quarto, o led do celular piscava com o aviso de uma nova mensagem. Na caixa de entrada, uma selfie de Zen sem camisa piscando para ela. Era tão perfeito que sentia que poderia morrer feliz naquele momento, somente por ter visto aquela foto. Abaixo, a mensagem: "Sonhe comigo, princesa, e até amanhã!".