O Retorno de Salazar Slytherin

Sinopse: Draco e Gina agora têm um novo desafio, destruir Salazar Slytherin. Passam por muitas dificuldades como a obsessão de Harry por Gina e a aceitação dos Weasleys quanto ao namoro do casal. Continuação de "Os Amuletos Irmãos".

Nota da Tradutora: Tradução da fic de MochaButerfly "The Return of Salazar Slytherin" A fanfic é melhor do que a primeira, se quiser lê-la originalmente em inglês, ou conhecer mais obras da autora, podem visitar a página dela aqui no

Nota da Autora:Bem, aqui está o capítulo um de O Retorno de Salazar Slytherin (The Return of Salazar Slytherin), seqüência de Os Amuletos Irmãos (The Brother Amulets). Espero que vocês gostem...

Capítulo Um - Férias

-Obrigada por vir comigo. - Gina Weasley disse. -Eu não achava certo dizer adeus a você no castelo.

Draco Malfoy sorriu ironicamente e olhou em volta. Estavam perto do Expresso de Hogwarts e a plataforma estava lotada de estudantes que iriam para casa para as duas semanas de férias em comemoração a derrota de Lord Voldemort.

-Então você quis que eu viesse e me despedisse de você em frente de todos?

Gina mordeu o lábio e olhou pela plataforma.

-Por ali. - ela disse apontando em direção aos banheiros. -Nós podemos nos despedir ali, ninguém nos veria.

Draco permitiu que ela o levasse. Eles estavam se encontrando secretamente nos últimos dias, não queriam que a escola toda soubesse do seu relacionamento. Ele secretamente acreditava que não poderiam manter em segredo por muito mais tempo. As novidades corriam rápido em Hogwarts, se vissem um sinal dos dois juntos todos logo saberiam.

Tinha sido uma idéia de Gina, que não deixassem que os outros soubessem dos sentimentos de um pelo outro. O irmão dela, Rony, já sabia, mas ela não se entusiasmava com a idéia de toda família saber.

-Não antes que eu esteja pronta para contar a eles. - ela prometeu.

Eles encontraram um espaço na parede que os escondia das outras pessoas, mas era um tanto pequeno. O que não era uma coisa ruim, Draco adorava ficar perto de Gina.

-Me diga de novo porque você não pode vir para casa comigo. - Gina disse assim que eles estavam escondidos, deslizando os braços envolta do pescoço de Draco.

-Porque não. - Draco pretendia soar irritado. A única razão de ele estar irritado era porque queria beijá-la pelo maior tempo possível, e não conversar.

Ele sabia que não se veriam por duas semanas e não tinha certeza se estaria disposto a não tê-la no mesmo prédio que ele, nem vê-la todo dia. E não saber quando poderiam estar juntos de novo e quando os lábios dela estariam de volta nos seus, onde eles pertenciam.

Ele colocou as mãos na cintura dela e a puxou para mais perto.

-Minha mãe quer que eu vá para casa. - ele disse em seu tom mais gentil. -Te disse um milhão de vezes.

Os olhos castanho-escuros de Gina entristeceram.

-Eu quero mesmo que você venha comigo. - ela sussurrou.

-Não estou tão certo. - Draco disse ceticamente, rindo com ironia. -Você não é a única que não quer contar a sua família sobre nós? Como você acha que eles vão aceitar a idéia de eu ir para casa com você?

-Não me importo com isso agora mesmo. - Gina respondeu, encostando o rosto em seu pescoço, ele amava quando ela fazia isso. -Sei que posso estar parecendo uma imbecil, mas não sei como vou viver sem você nas próximas semanas.

-Deus, Gina. Estamos juntos a apenas três dias. - Draco disse, exasperado.

Ela levantou a cabeça e olhou para ele.

-Eu sei. - respondeu suavemente. -Vou sentir saudades.

Ele não podia dizer o quanto sentiria falta dela também. Em vez disso, ele empurrou os volumosos cabelos vermelhos dela para trás e levantou o queixo dela para que sua boca pudesse tocá-la.

Beijar Gina era sempre como da primeira vez. Uma torrente de emoções sempre corria por ele. Às vezes sentia-se assustado por seus sentimentos, nunca tinha se importado com ninguém mais, a não ser sua mãe. Mas algo dentro de si dizia que se alguma coisa acontecesse a Gina, se ela fosse de alguma maneira tirada dele, ele absolutamente acabaria.

Eles se beijaram por um longo tempo, Draco a teria beijado mais se ela não se afastasse.

-Vou perder o trem. - ela disse, um pouco sem ar.

Ele não respondeu, apenas saiu do caminho para que ela passasse. Então a seguiu até a plataforma, que estava quase limpa já que muitos tinham entrado no trem vermelho.

-Então, sua mãe vem te buscar amanhã? - Gina confirmou. Ela parou e virou-se para ele antes de ir.

Draco concordou com um aceno.

-Me escreva assim que chegar em casa. - Gina disse e direcionou a cabeça um pouco para frente como se quisesse beijá-lo novamente, mas percebeu que alguém poderia estar vendo e a direcionou para trás novamente. Ela o lançou um último, triste, lindo sorriso, que Draco amava tanto e virou-se para entrar no trem.

Draco deu um passo para trás do Expresso de Hogwarts. Ficou na plataforma até que ele fosse embora. Assim que ele desapareceu com a distância, não pode evitar sentir-se vazio por dentro, sabendo que estar separado de Gina era a razão.

Gina não quis sentar-se no vagão com seu irmão, Rony, e seus dois melhores amigos, Hermione Granger e Harry Potter. Rony e Hermione tinham finalmente descoberto o amor que tinham um pelo outro e estavam absorvidos um com o outro nos últimos dias, não percebendo ninguém a sua volta. E Harry... Bem, Gina não sentia-se mais confortável perto dele.

Ela tinha feito o Feitiço da Vida nele e depois disso ele estava obcecado nela.

Sentou-se com suas amigas, Melanie, Rachel, Sarah e Laura. Mesmo que agora sentia-se fora de lugar perto dela, percebeu que elas eram a melhor escolha de companhia no momento.

Elas obviamente não queriam que Gina sentasse com elas, primeiro ficaram caladas. Gina tentou não dar atenção e olhou para fora da janela, mantendo os olhos grudados em Draco. Poderia ser pela distância, mas ela podia jurar que ele parecia quase triste.

"Draco nunca fica triste". - Gina pensou, voltando ao seu lugar. "E se ele estivesse, preferiria morrer a mostrar em sua face".

Essa era uma coisa que preocupava Gina. O jeito como ele nunca demonstrava seus sentimentos. Ela não podia evitar fazê-lo saber de seus sentimentos, às vezes, depois, sentia-se como uma idiota dizendo tanto enquanto ele apenas ficava ali, parecendo desconfortável. Tentava dizer a si mesma que essa era a maneira de Draco Malfoy: reservado. Algumas vezes ela ficava maravilhada que ele pelo menos se preocupasse com ela.

Todavia, os últimos dias tinham sido os melhores de sua vida. Parecia que Draco era a única pessoa que ela podia depender. Ela não precisava se pendurar mais em Hermione como quando ela era a única pessoa com quem sentia-se confortável. Agora, sentia-se estranha e insegura entre todos, exceto nas vezes que estava com Draco. Mesmo quando ela fazia de si uma boba perto dele, apenas ficava triste, não realmente desconfortável.

No caminho, Gina tentava procurar voltar para casa. Eles estavam na escola há apenas duas semanas e meia e ela tinha perdido a maioria dos dias por estar ausente, mas, por alguma razão, ela sentia-se relaxada por saber que não precisaria se preocupar com nada nos próximos quatorze dias.

Gina dormiu na maioria da viagem para a estação de King's Cross. Quando eles chegaram, seus pais estavam esperando por ela na plataforma.

Rony tinha convidado Hermione e Harry para ficar com eles na Toca. Já que nenhum de seus irmãos estava em casa, eles ficariam em outros quartos. Mas Gina não gostava da idéia de acordar e encontrar com Harry na mesa da cozinha toda manhã.

O problema era que Gina, de repente não gostava mais de Harry só porque ele tinha um grande sentimento por ela. Era o exato oposto. Ela tinha medo de que perdesse todo o controle perto dele, ainda gostava dele, no fundo, muito, mesmo que gostasse mais de Draco. E a parte sua que ainda amava Harry, dentro de si, estava aliviada e quase feliz que Harry agora não conseguia parar de pensar nela, ela tinha finalmente conseguido o que desejava desde que tinha dez anos.

Quando eles chegaram à Toca Gina encontrou Fred e Jorge, seus dois irmãos gêmeos mais velhos, na cozinha. Ficou surpresa que eles estivessem em casa agora que eles eram mais velhos o suficiente para viver por conta própria raramente voltavam para casa.

O que era mais impressionante é que estavam cozinhando.

-Mãe, você realmente confia neles para fazer nossa comida? - Rony perguntou.

-Você não sabe o que está dizendo. - Fred exclamou, o colocando para o lado com sua varinha. -Nós nos tornamos excelentes chefes!

-Eles não são maus. - a senhora Weasley abrandou.

-De qualquer maneira você não devia estar nos enchendo. - Jorge disse a Rony enquanto todos menos o senhor e a senhora Weasley sentavam nos seus lugares à mesa. -Nós devíamos estar te enchendo. Dezessete anos e sua primeira namorada!

Gina riu tampando a boca enquanto via as orelhas de Rony ficarem vermelhas. Hermione sorriu envergonhada.

-Já é o suficiente. - senhor Weasley disse antes de desaparecer subindo as escadas.

-Nós nem começamos. - Fred lamentou. -Como pode ser o suficiente?

A senhora Weasley, percebendo como Hermione se contorcia em seu lugar, rapidamente mudou o assunto.

-O que você estão preparando para o jantar? - perguntou suavemente.

-É surpresa! - Fred disse com uma risada.

Gina emburrou, eles provavelmente tinham colocado um feitiço que transformava a pessoa que comia em um peixe dourado. Essa era a idéia de surpresa de Fred e Jorge.

Mas ela se divertia ao estar novamente com sua família, quase aliviada que seus dois irmãos estivessem em casa, eles tiravam Draco de sua mente.

Durante o jantar, no qual ninguém tinha de repente ficado com barbatanas, Fred e Jorge começaram a caçoar Rony novamente.

-Desse jeito você provavelmente se casará até os quarenta. - Jorge disse inesperadamente.

-A maioria das pessoas começam a namorar quando têm quartorze. - Fred adicionou.

-Isso não é verdade. - Molly disse friamente. -Eu não estava permitida a namorar até que tivesse vinte.

Os gêmeos bufaram olhando o purê de batatas.

-Precisamos continuar com o assunto sobre namoro? - Rony suspirou.

-No seu caso, mãe, funcionou muito bem. - Fred disse para sua mãe sorrindo. -Você produziu quatro filhos perfeitos e maravilhosos. Mais que a metade!

-Imagino que vocês sejam dois desses quatro. - Gina disse sombriamente.

-Funcionou muito bem. - a senhora Weasley corrigiu.

-Gui e Carlinhos são os outros dois. - Jorge anunciou.

-Rony e Percy são os rejeitados. - Fred adicionou.

-E eu? - Gina perguntou.

-Bem, você é a infeliz irmãzinha.

-Muito obrigada!

-Todavia, Rony, o que tentávamos dizer é que... bem, estamos simplesmente orgulhosos de você. - Fred o disse.

-Mesmo?

-Sim. Pensávamos que você morreria de velho antes de namorar qualquer pessoa.

Hermione parecia que não desejava nada mais do que pular da mesa e sair correndo. Harry tentava não rir por detrás de seu guardanapo. Após Rony lançar um olhar irritado a ele, disse alto:

-Não sou o único aqui num primeiro namoro.

-Harry já saiu com alguém antes. - Fred disse simplesmente.

Gina olhou duramente para Rony, mas ele nem pareceu notá-la. Ele estava tão irritado que deixou escapar:

-Estou falando da Gina, seu idiota.

Todos os olhos viraram-se para ela. Ela queria se esconder embaixo da mesa. "Muito obrigada, Rony." - pensou furiosa.

-Gina tem uma namorada também? - Jorge engasgou.

-Gina, há quanto tempo isso está acontecendo? - a senhora Weasley respondeu feliz, radiantemente. -E com quem? Você deveria convidá-lo para o feriado.

-Nossa pequena Gina está crescendo. - Fred suou o nariz e tirou uma lágrima falsa do rosto.

-Sim, Gi, quem é o rapaz de sorte? - o senhor Weasley perguntou.

Gina sabia que estavam brilhantemente vermelha. Rony estava olhando para seu prato, percebendo o erro que cometeu. Hermione continuava assustada, e após um momento pediu licença para ir ao banheiro. Harry olhava para seu garfo como se fosse a coisa mais interessante que ele já tivesse visto.

-Hum... - Gina começou. -Eu... na verdade, vocês não o conhecem...

-Ah! - Rony disse alto e voltou a olhar para o prato depois que Gina lhe deu um olhar de morte.

-Nós ainda queremos saber o nome dele. - o senhor Weasley disse calmamente.

"Não, vocês não querem" - ela pensou, mordendo seu lábio inferior. "Você odeia os Malfoys, todos nessa mesa, a exceção de mim."

Ela deveria dizer a eles? Não poderia mentir... isso seria estupidez. E havia prometido a Draco que deixaria sua família saber sobre seu relacionamento. Mas, e se eles desaprovassem? Teriam que aprender a viver com isso. Era a vida dela, e não deles.

Ainda assim, sua garganta pareceu bem apertada quando ela disse baixo e rapidamente:

-Draco Malfoy.

Fred riu rapidamente.

-Estou ouvindo coisas. - Jorge disse. -Eu simplesmente pensei que você havia dito Draco Malfoy.

Gina não sabia o que dizer. Seus pais a olhavam com uma cara de choque e confusão, suas bocas levemente abertas. Eles tinham a ouvido claro e alto.

Hermione voltou ao seu lugar, percebendo a tensão no ar lançou um olhar simpático à Gina, obviamente percebendo o que havia acontecido, mas parecendo aliviada pelo fato de não ser mais ela o foco de atenção.

-Bem, - a senhora Weasley disse finalmente, cortando sua carne um pouco violentamente. -não era ele que estava com você em Nova York?

-Sim. - Gina murmurou.

-Espera um segundo. - Jorge disse. -Eu perdi algo? Ela disse mesmo Malfoy?

-Ela tinha que estar brincando. - Fred disse abatido.

Jorge forçou uma risada. -Muito boa, Gina! Realmente, quem é ele?

Gina suspirou e se levantou tão rápido que as costas da cadeira balançaram para trás. Ela deixou a cozinha sem uma palavra e correu para cima, para o seu quarto, levando consigo sua varinha e fechando sua porta com um feitiço de trancamento para que ninguém pudesse entrar.

Era bom estar de volta em seu quarto, por mais pequeno que ele fosse. Havia espaço apenas para sua cama dupla, sua coleção de ursinhos de pelúcia num canto, sua escrivaninha, guarda-roupa e a penteadeira com as maquiagens que ela nunca usava. Ela se sentou na cadeira e colocou a cabeça sobre os braços apoiados na mesa.

"Bem, há um bom sinal. Eles não explodiram e começaram a gritar como eu pensei que fariam." - pensou.

Antes que terminasse seus pensamentos ouviu um grande barulho escada abaixo. Seu quarto ficava exatamente sobre a sala, ao lado da cozinha, e ela pôde ouvir seu pai gritando. Não podia ouvir as palavras claramente, mas pegou: Malfoy - Gina - juntos - minha garotinha - por que você deixou que isso acontecesse, Rony?

Ela quase riu. Como se fosse toda a culpa de Rony por ela estar com Draco.

Gina se levantou e começou a andar. Por que ela estava com Draco? Antes, nos últimos anos, ele sempre esteve com uma garota diferente, ao que parece, a cada semana. Mesmo assim ele sempre parecia disposto a voltar para Pansy Parkinson, a garota mais feia que Gina já viu em sua vida. Era óbvio que ele não gostava dela. O ponto era, que Draco nunca tinha ficado com uma garota por mais de duas semanas. O que faria Gina pensar que era diferente?

Bem, primeiramente, pelo modo que ele a beijou. O jeito que os lábios dele ficavam nos dela fazia parecer que estaria protegida para sempre.

"Mas ele poderia beijar qualquer uma daquele jeito." - ela pensou, seu coração doendo só de pensar em Draco beijando outra pessoa.

E eles estavam juntos sem nenhuma interrupção. Ele tentou salvar sua vida algumas vezes. Ele não faz isso com qualquer garota, não é?

Gina se recusou a pensar que Draco estava apenas a usando como havia feito com as outras namoradas. Ela não estava certa como passou a se preocupar tanto com ele. O modo como ele agia quando estava com ela... tão frio e distante... ela não devia se sentir do modo que estava sentindo. Deveria estar temendo que ele acabasse tudo em um bilhete, mas, por alguma razão, não tinha medo disso.

"Se ele terminasse comigo, pelo menos faria isso pessoalmente." - pensou, mas não queria que isso acontecesse.

O detalhe era que Gina algumas vezes pegava relances de emoções nos olhos cinzentos de Draco. Às vezes ela o pegava olhando para ela com um olhar pensativo e um pequeno sorriso. Mas ele sempre o transformava num sorriso irônico e dizia: Tem uma mancha de tinha no seu queixo, ou Eu acho que você está começando a ter uma verruga no seu nariz.

E quando eles se separavam depois de um beijo, ela se sentia tão confortável e leve quando ele olhava para ela. Ele sempre parecia um pouco maravilhado depois, como se não pudesse acreditar que ela fosse realmente ela, que ela era sua.

Infelizmente, esses momentos raramente duravam muito e ocorriam com freqüência.

"Eu tenho que parar de pensar nisso." - ela pensou, olhando pela janela para o sol se pondo no céu. "Está me deprimindo. E está me fazendo lembrar que não verei Draco por duas semanas."

Ela se decidiu a escrever para ele uma carta contando sobre ter dito a seus pais. Embaixo ainda podia ouvir seu pai e mãe gritando sobre o seu namoro com Draco. Tentando ignorar, começou a escrever.

Continua...

Nota da Autora:Está começando um pouco devagar, eu sei. Mais ação com Draco e Gina em breve. Eu vou tentar fazer essa história um pouco mais... bem, picante, para ser honesta. E não será com quem vocês pensam ;)