Anos atrás;
Dumbledore sentia sua visão cansar-se com tantos relatórios, típicos do começo das férias; Era dezembro, e a neve caía durante horas lá fora, espalhando brancura e frio. Seu escritório estava mais gélido que o comum, papéis espalhados em sua escrivaninha e penas de todos os tipos e cores em um porta-caneta.
Alguém bateu com delicadeza na porta. Dumbledore não fazia ideia de quem poderia ser – não havia assuntos pendentes com qualquer professor. Quase nenhum aluno estava ali; E os poucos que ficaram estavam provavelmente aproveitando a neve ou em suas confortáveis poltronas nos Salões Comunais.
- Entre. – A voz rouca preencheu o ambiente enquanto a porta de madeira rangeu ao ser aberta. Dumbledore permaneceu parado e quieto na presença dela.
Era uma mulher alta, esguia e imponente, com porte aristocrático. Sua capa macia era tão branca que poderia ser confundida com a neve lá fora, caindo por ombros de pele macia e clara. O vestido com decote em "v" salientava o busto e os pescoço perfeito, com o rosto arrogante e impressionantemente belo. Seus cabelos eram de um dourado faiscante, tão brilhante quanto ouro derretido, seus olhos como os de uma onça – azul marinho vivo e perigoso.
- Lilith. – A voz de Dumbledore endureceu com desprezo, com falta de respeito perante aquela criatura. – A que devo uma ilustre visita tua?
A moça encrispou os lábios. Sua beleza era chocante e atemporal – poderia ter dezesseis ou quarenta anos, embora fosse o tipo de mulher que teria qualquer homem aos seus pés.
- Ora, ora, meu caro Dumbledore... Realmente não sabe? – Ela deu um sorriso de lado seus olhos brilharam como jóias. – Eu esperava mais de você. Realmente, tudo se deteriora com o tempo.
- Não fiquemos de gracejos, condessa. Sejamos diretos. Ambos sabemos que um enfrentamento entre nós não seria agradável. – O diretor cruzou os dedos, indiferente e distante.
Ela não esperou ser convidada. Sentou-se delicadamente na cadeira em frente à escrivaninha e cruzou as pernas. Dumbledore evitou focalizar os olhos dela; Embora não fosse uma da espécie, era uma descendente. O sangue era forte naquela.
- Se é assim que prefere, meu caro professor. – Seus lábios voltaram a neutralidade. – Você sabe quem e o que eu sou, não sabe?
- E como não saberia Lilith? Tua própria mãe ousou me confrontar uma vez. Ela mostrou-me a força que a sua linhagem mantém; E eu lhe mostrei o desprezo que tenho por seres como você. – Dumbledore cerrou os olhos.
- E eu mostro o desprezo que tenho por simples bruxos que vocês são. Nós somos superiores, e você deveria admitir isso Dumbledore. E por esse motivo, acho que você deve saber. Há muito as minhas irmãs se manterão neutras na guerra. Mas é hora de tomar partido, principalmente sabendo que no próximo ano... A esperança haverá de surgir. E eu própria devo me assegurar disso, Dumbledore. Eu fiz minha escolha; Embora nada sábia. Eu salvei a mim, a você e salvarei aquele previsto na profecia de Sibila.
Lembrando que: Série, personagens, marcas, etc relacionadas a Harry Potter pertencem a J.K. Rowling. Eu só os estou adaptando as minhas ideias.
