Adaptação: Rainha Pirata

Capitulo 1

Eu estava no convés do navio e contemplava o infinito do mar. As águas azuis escuras eram bonitas, mas nem a brisa fresca do mar que arrepiava meu cabelo de loiro me fazia apreciá-lo. Tudo o que conseguia pensar era no que me esperava no final desta jornada.

O casamento.

Com um homem mais velho que meu pai.

Eu havia saído no convés para escapar de meu noivo, mas quando me distraí com o oceano, descobri que o homem havia me seguido até aqui. O barão volturi não era nada além de um saco velho de rugas, cabelos brancos secos e hálito fétido, mas meu pai não se importava. volturi era um dos homens mais ricos do Caribe, ele recebia seu dinheiro de escravos que trabalhavam nas plantações de açúcar na Jamaica. Dinheiro de sangue na minha opinião. Eu não queria nada dele nem nada haver com ele. Infelizmente, o que eu queria pouco importava. Minha família estava falída, e meu casamento com o Barão resolveria isso.

— Aí está você, Isabella.—Volturi disse, quando se aproximou de mim com uma carranca. —Garota estúpida o que está fazendo aqui, debaixo do sol? Não quero ter você cheia de sardas no dia do nosso casamento.

Eu me encolhi quando ele chegou perto de mim.

—Eu simplesmente precisava de um pouco de ar fresco!

Ele agarrou meu braço forte o suficiente para me fazer vacilar. —Fique abaixo do convés. Não tenho tempo para suas bobagens.

A sociedade ditava que eu deveria me acovardar diante de meu futuro marido e ser uma esposa obediente, mas não nunca fui muito boa nisso. Puxei meu braço fora de seu alcance e reuni minhas saias.

—Estou bem aqui fora, mas agradeço a sua preocupação.

Ele zombou, mostrando seus dentes. —Quando for a minha esposa, não haverá nenhuma insolência. Pode ter certeza disso.

— Talvez você devesse ter escolhido outra noiva.

As palavras foram um erro, mas eu não consegui guardá- las. Ele estreitou seus olhos, me agarrou e puxou contra ele, com suas mãos suadas na minha bunda. Tateando-me através de minhas saias, sua respiração me fazia engasgar.

—Não! Você vai ser minha noiva —disse com sua voz baixa e ameaçadora. — E você vai gostar quando eu transar com você todas as noites. Senão...

Eu não acreditei nisso. O barão havia tido quatro esposas, todas elas jovens e bonitas, que morreram no parto ou em circunstâncias não-naturais. Eu não tinha dúvidas que tal destino me aguardava também.

— Talvez eu a faça minha esta noite— disse ele, trazendo sua mão para a frente de minhas saias, cruamente tateando- me entre as minhas pernas. —Por que esperar pelo casamento?

Tentei me afastar, mas ele me segurou firme. — Por favor, meu senhor. Isto não é apropriado. Meu pai não aprovaria!

—Ele nunca saberá — ele disse, mas não forçou mais. Em vez disso, tocou meu rosto com as mãos retorcidas. —Tão bonita e jovem. Virgem também, sem dúvida. Melhor que seja, pelo preço que paguei.

Eu queria lutar, mas para quê? Os homens do navio trabalhavam todos para ele. Viram ele me apalpar e não se importavam, sorriam com o que ele estava fazendo. Na verdade, alguns deles também tentaram me agarrar quando ninguém estava olhando. Mesmo que eu escapace do Barão, os outros homens na tripulação não hesitariam em me agarrar a força.

Meu pai tinha me vendido pela melhor oferta e me fez sair de minha casa para sempre indo parar neste navio no meio do oceano, onde eu era levada para a casa do Barão no

Caribe onde não conhecia ninguém, e não tinha ninguém para me ajudar a escapar do meu destino amaldiçoado.

Eu estava realmente sozinha.

— Acho que posso esperar um pouco mais para ser o primeiro a estar dentro de você. — O barão volturi deixou eu ir, e finalmente consegui respirar novamente mas não por muito tempo.

Ele foi para outro lado do barco falar com o Capitão, eu caí contra o corrimão de madeira. Ele me deixou ir desta vez, mas eu sabia que minha sorte não duraria muito tempo. Talvez eu devesse me arremessar no oceano e deixar que o mar me levasse. Senhor, eu até causaria um naufrágio nesse momento.

Tudo o que podia fazer era rezar. Rezar por um milagre.

Nada poderia me salvar deste destino.

—Navio a estibordo! —Uma voz de repente chamou gritou acima de mim.

Eu virei para olhar no mar, mas não consegui ver nada à distância. O Capitão se aproximou e levantou sua luneta no olho.

—O que foi? —O Barão perguntou, enquanto puxava as mangas do casaco.

—Um bergantim. Não há cores de bandeiras levantadas.

—O que acha, senhor? — perguntou o imediato.

O comandante franziu a testa. — Podem ser comerciantes, podem ser piratas. Melhor tentarmos fugir deles.

—Sim, Capitão... — O primeiro marinheiro virou e começou a gritar ordens para içar as velas e mudar de rumo. O navio rapidamente ficou caótico em uma enxurrada de atividades. No caos, eu vi o Barão me procurando, mas fugi e me escondi atrás de um grande barril.

Piratas. De volta à Inglaterra, nós tínhamos ouvido contos daqueles criminosos de alto mar vagando, mas eu nunca esperei que tivesse que enfrentá-los pessoalmente. Havia rumores que eles eram bestas cruéis que matavam marinheiros e saqueavam onde pudessem. Eu rezei por um jeito de fugir de meu casamento, mas este não era o que eu esperava.

Eu olhava por trás do barril. O navio agora estava perto o suficiente para eu vê-lo se aproximando rápido. Uma sensação de frio estabeleceu no meu estômago. Não íamos poder ganhar deles. O Bergantim do pirata era menor do que a nossa fragata, porém muito mais rápido. Em breve estariam em cima de nós.

—Lá! — O marinheiro que observava acima do mastro gritou. — O Jolly Roger!

O Capitão praguejou baixinho e começou a gritar ordens. Eu apertei os olhos e pude ver a vela negra do navio que rapidamente se aproximava. Tinha um crânio branco que

Contrastava com duas espadas cruzadas por baixo. Um símbolo que enviava medo a cada marinheiro no Atlântico.

Os piratas estavam vindo atrás de nós.