Oi pessoal
Bem, essa é a minha primeira fic e não faço idéia de quantos capítulos ela vai ter, mas esse era um projeto que a muito eu tinha vontade de começar. E ele representa muito pra mim, pois vai contra a tudo que eu já escrevi, como as fics de Saint Seya e Inuyasha, que já foram os pequenos passos que estou dando para uma consquista pessoal. Sei que falta muito pra mim chegar a uma Shampoo-chan, mas quem sabe um dia a gente chega. Sinceramente espero que gostem.
Nota: Os Personagens de Hellsing não me pertence, apenas alguns que grande importância que surgiram no decorrer da trama.
Obs: Fic dedicada a todos os fans dessa obra prima do mangá e animação. Ah! outra coisa, somente a introdução se passa em primeira pessoa.
Project Hellsing – The Truth Beginning
14º Ordem – Quando Tudo Começou.
Confesso que procurei muitas formas de contar como tudo começou, mas todas essas infames regras gramáticais me levavam a um único sujeito. Eu. Sim, apenas eu poderia deixar de lado o encanto dos patéticos contos de fadas e as fantasias colegiais para comentar como realmente as coisas começaram e por conseqüência eu passei a existir.
Bem, seria estúpido de minha parte negar que para mim, essa narrativa não seja prazerosa, pois se ela não fosse, minha curiosidade nunca seria saciada e as faces do anjo inocente que era, não teria mudado consideravelmente mostrando-me que os resquícios de humanidade que tinha, haviam sido levados por Thânatos ao receber o beijo que selaria meu destino.
Mas, regressemos um pouco no tempo, cerca de alguns meses atrás, quando ainda era a imagem de pura inocência encarnada naquele anjinho de olhos carmesim.
Fomos pegos de surpresa, a mansão fora atacada pelos gholuns liderados pela Irmandade, justamente no dia que os Cavaleiros da Ordem Cristã se reuniram na base de operação da Hellsing. Sir Integra, como assim nossa senhora gostava de ser chamada, deixava que seus olhos transmitissem o ódio que preenchia seu coração. Eles a subjugaram. Queriam a cabeça do Mestre como se ele fosse um vampiro qualquer para sucumbir a um ataque amador de seres patéticos, mas isso nunca ocorreria.
Isso pode soar sádico, mas foi realmente divertido engatinhas como um felino acuado pelos dutos de ventilação que formavam um pequeno labirinto pelo teto de toda a instituição, até chegar a sala de reuniões.
Eu e Walter-san entramos na grande sala onde Integra-sama acabara de ouvir por uma linha particular um pedido abafado de Farguson que fora pego por Jr. O fedelho mais novo dos Valentine. Sir Integra se pudesse sem duvidas mataria um por um com suas próprias mãos, isso é claro se não tivesse que ficar fazendo salinha para aquele bando de homens inúteis que mal sabiam portar uma jackal. Mas, o destino lhe sorria de forma irônica, ao lembrar-se do prazer que teria ao ter certeza de que o mais velho dos Valentine conheceria o Inferno Terreno pelas mãos daquele cujo aposento violara. Sem duvidas o Mestre iria matá-lo.
Agora, deixamos o sadismo de lado e vamos ao porque de tudo, aquilo que realmente me chamou a atenção na época. O mais improvável. Bem, era um quadro. Confesso que na época apenas ignorei o fato, mas depois de um tempo, descobri que ele era a origem de tudo. A minha origem.
Enfim, admito que parte disso tudo fez com que eu me tornasse o que sou hoje. E abandonar os resquícios de humanidade que ainda me limitavam. Ainda lembro, com um sorriso nos lábios, o manto vermelho caindo no céu de 12 de julho, eu transpirava a medo. Um dois... Três tiros foram disparados antes de entender que ele não era humano. Mas isso vocês já devem ter percebido, não?
Bem, estou me perdendo em velhas divagações e fugindo do ponto principal. O quadro. Sim, não era qualquer um. Confesso que sou completamente leiga com relação à arte e não me venham com esse patético pensamento de que só pelo fato de ser loira não posso entender de arte, pois posso ser extremamente perigosa quando irritada risinho diabólico.
Arf! Os mortais são tão previsíveis que chegam a ser tediosos, mas não se preocupem, nem por isso vou surtar e sair cravando os caninos no pescoço de todo mundo por mais tentador que seja.
Mas, voltando a época em que eu era uma recém cria de um vampiro aristocrata que se manifestara depois de milênios no século XIX, sádico, irônico e incrivelmente sedutor. Ué! Sou vampira, não sega, convenhamos que eu não esteja literalmente morta, mas que um vampiro como o Mestre não passa despercebido pelos olhares mais críticos que sejam. E ao contrario do que vocês, cabecinhas maliciosas e mortais pensão. Meus sentimentos para com ele não passam de profundo respeito e admiração. Afinal, vampiros são serem complexos e inteligentes, fiés a seus mestre por uma ligação de honra. Que nem mesmo os mortais que tanto se auto-estimam o possuem.
Definitivamente não confio mais em humanos, e vocês hão de concordar comigo. Lembram daquele idiota que substituiu o Coronel Furguson numa das minhas primeiras missões. Aquele idiota teve a capacidade de levar a imprensa os métodos de "limpeza" da Hellsing.
Ah! Sim, vamos ao quadro que é o que realmente importa. E que fora o real motivo da grande mudança da minha personalidade nesses últimos tempos. Pois caso vocês não tenham percebido essa nova Celas Victoria, nada se compara ao anjinho carmesim de meses atrás.
Dizem que a força se constrói com as circunstancias, pois eu assino em baixo. Desde que entrei para a Hellsing descobri o peso de cada uma dessas palavras. Já que vou falar desse quadro porque não descrever de uma forma mais ilustrativa o porque dessa pequena obsessão por esse pequeno pedaço do passado.
Assim que entramos na sala de reuniões, não pude evitar pousar meus olhos sobre uma tela, um pedaço de história ocultado pelo tempo. Não pude estudá-lo por muito tempo, já que Walter-san já se preparava para começar o extermínio daqueles gholuns liderados por Jr.
O tempo passou e a oportunidade de perguntar sobre ele me escapou por entre os dedos, como uma brincadeira travessa de meu Mestre, apenas para atiçar-me à curiosidade para a verdade que até a ele confundia.
Mas não desisti e a oportunidade veio num momento deveras tenso e complicado. Justamente quando Sir Integra fora atacada pela freak, a mando de Incógnito com o intuito de contaminar com aquele sangue sujo a líder da Instituição. Mas ela fora mais rápida causando um grande ferimento em si, mas o suficiente para tirar os resquícios daquele ser odiado, que lhe mostrava num convite atrevido a imortalidade, que tão fielmente a seus princípios, negava-se a aceitar.
De longe eu observava o sorriso cínico do Mestre morrer e dar lugar a um olhar sério e preocupado. Ele sabia que ali começava uma guerra silenciosa que nem todo o seu poder seria suficiente para inverter a situação, para que ele em toda sua virilidade lutasse pela vida em lugar de sua Mestra.
Foi quando eu senti a presença de Walter-san próximo a mim e pude matar aquela curiosidade. Antes que a mesma me levasse. Se alguém tinha as respostas esse alguém era o mordomo. Irônico, não?
- Walter-san! – o chamei tentando alcançá-lo, pois ele aprecia querer fugir de mim.
- O que deseja Victoria-san? – ele respondeu, na sua habitual formalidade.
- Poderia lhe fazer algumas perguntas?
- Claro, me acompanhe! – ele respondeu, apontando para a entrada do subsolo, onde por sinal se encontravam a sala de biblioteca restrita e os aposentos do Mestre.
Aquele caminho escuro e silencioso, não mais era um lugar que a olhos mortais seria taxado de sombrio. Na verdade, eram corredores muito claros, iluminados pelas lâmpadas amarelas, mantendo o estilo medieval daquela residência.
Passamos por uma ou duas salas seguidas, até chegar a biblioteca.
- O que deseja perguntar, Victoria-san? – ele falou, apontando duas cadeiras, apenas separadas por uma mesa. Sentando-se em seguida, para me fitar com olhos indagadores. Os braços finos apoiados na tampa da mesa e a cabeça apoiada sobre os longos e finos dedos que entrelaçavam-se entre si.
- Quero saber quem é a moça do quadro? – perguntei em toda aquela inocência, que hoje chega a ser infame.
- A quem se refere exatamente? – sem duvidas aquilo era um teste, aquela sobrancelha arqueada de modo desafiador, eu já conhecia muito bem. A resposta pulsava dentro de mim, com uma louca vontade de responder de modo impertinente, eu me envolvi numa guerra interna, entre a necessidade de responder e a necessidade que querer a verdade.
- Aquela parecia com a Integra-sama; falei usando todo meu auto-controle e o ar submisso, sabia o quanto ele a estimava e sabia também o quanto ela me detestava.
Ainda ouso a sua voz seca e inquiridora perguntar ao Mestre desde quando ele se interessava por mulheres mais novas. Aquilo era de subir o sangue, pois aquelas palavras soaram como uma ameaça velada, que logo faria parte da trama que eu viria a desenrolar.
- O que te leva a crer que não seja a Integra-sama? – ele me perguntou usando o mesmo pronome referencial e de igual respeito.
Conversar com humanos chega a ser tão tedioso, sempre querendo os porquês de tudo. Como são enfadonhos e previsíveis. Jogos psicológicos deveriam ser restritos somente a seres como eu, cujo tempo não afeta de forma abrasadora como aos humanos. Mas exigir que eles ajam de forma direta, é realmente pedir muito, já que com a aparição de gholuns e freaks ninguém tem mais cabeça para isso.
- Seus olhos; a resposta surgiu eloqüentemente por meus lábios. – Demonstravam sentimentos vividos numa época em que Integra-sama nem pensava em existir; boa, essa foi pelos joguinhos psicológicos, pensei.
- "Com apenas uma olhada ela decifrou o quadro"; eu podia ouvi-lo pensar, as palavras apenas eram sussurradas aos meus ouvidos, sem precisar de um esforço maior para entendê-las. Realmente, viver assim tinha suas vantagens, embora limitadas apenas por uma mente sem perspectivas. – Bem, realmente a Sra. Do quadro não é Integra-sama; ele respondeu, descruzando os dedos e endireitando-se na cadeira. 1 a 0 pra mim. Pensei sorrindo por dentro.
- Poderia me contar sobre ela? – pedi querendo tornar a conversa mais produtiva.
- Antes de contar sobre quem é e como aquele quadro surgiu, pois suponho que seja essa a sua duvida inicial; ele falou com ar incomodado ao tocar no assunto. Eu bem que poderia ler seus pensamentos, mas dessa vez não me atrevi a tanto, já bastavam os momentos que isso acontecia acidentalmente e o assunto era deveras delicado e era melhor saber pelos métodos certos do que por atitudes escusas. – Poderíamos deixar para depois, pois creio que você esteja com presa; ele comentou esperando uma resposta positiva para meu olhar impaciente.
- De maneira alguma, tenho todo o tempo do mundo; respondi, deixando um sorriso sádico brotar de meus lábios de forma desafiadora. Eu não pretendia desistir daquela conversa e nem que o teto daquela biblioteca caísse sobre mim eu não sairia dali sem a verdade.
Continua...
E ai pessoal...
O que acharam, por favor comentem, a opinião de vocês é muito importante para o desenvolver dessa história, pois ela ainda não foi concluída, e esta sujeita a modificações. Então quem tiver alguma sugestão, estou aberta a isso.
Kisus
Já ne...
