Destino: Inglaterra

ALEMANHA, 1876

As viúvas sentadas nos divãs, numas das extremidades do salão de baile, retesaram o corpo. No minuto seguinte, seus olhares se dirigiram para a porta e um rumor tomou conta do sala. Qualquer pessoa que as visse comportando-se daquela maneira saberia que a Srta. Pandora Heinstein havia chegado à porta do salão.

- Souberam da última? – uma delas cochichou – Lady Pandora fez uma aposta com o alazão do lord Heindig.

- E ganhou! – replicou outra mulher – Deve ter sido uma calamidade para o pobre Heidig! Um homem tão cheio de si!

- Mas não é isso o que interessa! – insistiu outra – O problema é que ela anda se comportando de maneira vergonhosa e já me decidi por alertar seu pai!

- O que de nada adianta – asseverou uma outra de cabelos muito loiros – O Conde Johann adora Pandora, sua única filha, e quem pode culpá-lo? Ela é mesmo adorável!

Não obstante, o fascínio que a moça exercia não podia ser negado. Enquanto Pandora hesitava na soleira da porta, como quem procurasse alguém, as velas suspensas no candelabro de cristal realçava o negro de seus cabelos.

A luz tênue também fazia com que seus olhos grandes e azuis cintilassem. Pandora tinha uma beleza diferente, o que a distinguia da maioria das jovens de sua idade.

Por época dessa idade, elas eram geralmente desajeitadas, não sabendo sequer conversar. Pandora fora educada por seu pai, o conde de Heinstein e aprendera dominar qualquer assunto.

Crescera desempenhando o papel de filho que ele nunca tivera. Johann decidiu criar Pandora, desde seus primeiros passos como um garoto. Ela costumava montar seus cavalos mais imponentes e caçar com eles nas extensas terras que lhe pertenciam.

Ela tomava parte em todas as atividades que interessasse ao pai, o que incluía, especialmente, os cavalos dele. Suas proezas com os animais haviam se tornado o principal tema das conversas de Berlin, imediatamente após ser apresentada a sua majestade.

Quando cavalgava no parque, o que acontecia todas as manhãs, havia sempre uma multidão de homens ansiosos por fazer-lhe companhia. Eles eram então obrigados a emparelhar-se com ela nas cavalgadas, o que era bem difícil.

Para livrar-se deles, Pandora, rindo sempre, aumentava a velocidade, galopando de maneira imprópria para uma dama. Costumava dirigir-se ao lado norte dos campos, local pouco elegante. Senhoritas cavalgavam lentamente e nunca iam para aquela região.

Não havia dúvidas que ela galopava da maneira que lhe aprouvesse. Parecia que não havia ninguém que pudesse detê-la. Pandora fez uma pausa na porta do salão. Não demorou muito para que uma turba de homens a assediasse. Ela, deliberadamente, não aceitou nenhum, caçoando deles provocativamente.

Mas finalmente, escolheu o Duque Wilhelm para ser seu parceiro na valsa. Houve um murmúrio abafado entre as senhoras quando o casal se posicionou no centro da pista de dança.

- Se ela não aceitá-lo – uma delas comentou – não acredito que encontrará partido melhor!

- Dizem que ele é louco por ela! – observou outra com malícia – assim como a maioria dos homens!

- Se continuar assim acabará no convento – foi o comentário mordaz de uma delas.

Ninguém se preocupou em responder. Era óbvio que se Pandora continuasse tão adorável como naquela noite, havia pouco possibilidade de abraçar a vida religiosa.

Desde a primeira vez que apareceu na sociedade berlinense, tornara-se assunto principal da cidade. E isso não se devia apenas a sua beleza, mas também a maneira como se comportava. Parecia se divertir em todos os momentos de maneira quase ultrajante segundo a maioria das pessoas.

Todos os dias pensava em algo diferente para fazer e recusava um pretendente atrás do outro. Sua maneira exigente de escolher os homens insultava a todos ao seu redor. Porém, os comentários limitavam-se a sussurros, já que seu pai era um homem rico e respeitado.

Pandora dançou com o duque até a música cessar, então, deixaram o salão de baile e se dirigiram para o jardim, onde vários casais se encontravam. Ela caminhou sobre a grama em direção ao chafariz.

- Você ainda não me deu uma resposta – lembrou-lhe o duque

Pandora quase havia esquecido-se dele.

- Sinto muito Hans – respondeu ela – Qual foi mesmo a sua pergunta?

- A mesma que já lhe fiz tantas vezes e nunca recebi sequer uma palavra – retorquiu ele – Quero que se case comigo!

Pandora desviou seus olhos dos dele para contemplar o céu. Do salão de baile vinha o som melodioso de valsa. Sabia que não poderia dar-lhe a resposta que ele tanto esperava.

- Não há nada que eu possa fazer – tornou ela – e lhe digo que só me casarei quando eu estiver realmente apaixonada!

- Por que você não me ama? – indagou ele em tom aborrecido

Aos 28 anos, fora cobiçado por todos os pais de Berlin. Custava-lhe aceitar o fato de que, quando finalmente se decidira a casar, recebesse uma recusa. Como podia uma garota insolente ser a única mulher da Alemanha a não amá-lo?

- Você não sabe nada sobre o amor – disse ele – com exceção do leu nestes romancezinhos baratos na idade em que deveria ler contos de fada!

- Que mal há nisso? – quis saber ela

- O mal é que não é prático para uma garota do seu nível social – comunicou ele – sabe que se casar comigo se tornará da noite para o dia a mulher mais admirada de Berlin!

Pandora o fitou.

- Quer dizer com isso que devo me casar com você?

- Que mal há nisso?

Ele tinha consciência de que era aclamado não só como o homem solteiro mais cobiçado da sociedade alemã, como também o mais atraente.

- Vamos mudar de assunto? – propôs ela – Seu cavalo correu muito bem ontem!

- Não ganhei por culpa do Jóquei! – respondeu ele em tom cortante – Mas já o demiti!

Pandora sorriu ao ver a determinação dele.

- E é isso que pretendo fazer com você! Não vou mais discutir! Vai se casar comigo sim! – continuou ele.

- Não vou, não! – declarou ela séria

- Quer saber de uma coisa, vá para o inferno! – vociferou o duque – Você poria a prova a paciência de um santo e eu me recuso a aceitar um Não como resposta!

Hans enlaçou sua cintura com os braços. Pandora sabia que ele tencionava beijá-la, mas nada fez para escapar de sua investida. Em vez de afastá-lo, moveu-se tão rápido que o duque desequilibrando-se, caiu de cara na água do chafariz.

Pandora não esperou nem para ouvi-lo nem para socorrê-lo. Desapareceu por entre as árvores procurando um atalho que a levasse de volta a casa. Bem mais tarde, naquela noite, retornou ao lar numa carruagem confortável na companhia de seu pai.

- O que aconteceu a Hans? – o conde quis saber – Eu o vi dançando com você e depois desapareceu!

Pandora não respondeu e depois de um minuto de silêncio, seu pai respondeu:

- Não me diga que ele a pediu em casamento e recebeu uma recusa?

- Essa proposta já me foi feita pela 10ª vez e é claro que recusei!

O conde deixou escapar um suspiro.

- Você recusou um duque? Mas por que? Garota, fique certa que jamais voltará a ter a mesma sorte!

- Você sabe porque, Vatti – respondeu ela em voz baixa

O conde ainda refletia sobre o assunto quando os cavalos pararam diante da esplêndida residência da família Heinstein. Era óbvio que com sua beleza e fortuna, Pandora seria cortejada por todos os homens. Mas os parentes dela, bem como as senhoras de sociedade, ficavam atônitas ao vê-la recusar uma proposta atrás da outra.

No entanto, quando Wilhelm entrou em cena, mostrando interesse por sua filha, Johann julgou ter chegado a hora de Pandora pensar mais seriamente sem seu futuro. Hans era o homem mais rico de Berlin e sua esposa certamente seria tratada como uma rainha.

Além disso, Hans era respeitado por muitos homens da corte, o que agradava ao conde, além é claro, de possuir uma incrível coleção de cavalos tão magnífica quanto a sua. Pensavam que juntos poderiam produzir cavalos que aprimorariam a já boa reputação dos seus.

Quando o conde saltou da carruagem, disse:

- Preciso conversar com você, filha. Venha comigo!

Ela não respondeu. Limitou-se a entrar em casa na companhia paterna e entregou seu casaco a um lacaio. Após lançar uma ansiosa vista de olhos para a escada, acompanhou o pai pelo corredor que conduzia ao escritório. O candelabro ainda se encontrava aceso sobre a escrivaninha.

- Já é um pouco tarde papai – bocejou ela – para ouvir mais de seus discursos! Sei que está com raiva por eu ter recusado Hans, mas não há nada que eu possa fazer!

- Como assim "não há nada que eu possa fazer"? – indagou o conde enfurecido – Você nunca recebeu uma proposta tão boa quanto esta! Lembre-se que os cavalos do duque são os melhores aqui em Berlin!

- Concordo, papai, mas não vou casar-me apenas por causa dos cavalos! – tornou ela.

O conde, que acabava de sentar-se diante de sua mesa, desferiu um soco sobre a madeira.

- Você leva tudo na brincadeira, mas saiba que não vejo a menor graça! Você terá que se casar com alguém e tenho certeza que Hans Wilhelm é o pretendente mais adequado!

- Eu tenho certeza de que ele não é – disse ela – o que temos a fazer com este assunto então?

- Tudo isso é ridículo – declarou o conde – Deixei-a a vontade para recusar várias propostas. Nas outras eu realmente achei que seria um erro casá-la!

- Não consigo entender porque tem tanta presa para se ver livre de mim! Sinto-me tão feliz em sua companhia!

A expressão do rosto do conde tornou-se menos tensa.

- … claro que gosto de tê-la ao meu lado – concordou – porém sabe que deve se casar! Se não vão haver comentários...

Pandora gargalhou...

- … claro que vão comentar, mas não me importo! O que elas sentem é inveja! E raiva pelo senhor não ter querido se casar depois que a mamãe morreu!

Houve um silêncio antes do conde falar.

- Você sabe que amei sua mãe...

- Eu sei e é por isso que tomo conta do senhor, como a mamãe fazia! Seria impossível fazer isso com um marido grudado no meu pé!

O conde levantou-se...

- Você está me manipulando outra vez! Sabe que precisa casar-se e o mais comum é que os pais escolham o marido das filhas!

Pandora não pôde deixar de rir...

- Papai, não me venha com isso de novo! Você mesmo concorda que casamentos arranjados é o caminho certo para o desastre!

- Não me lembro de ter dito isso – protestou ele

- Você prometeu que jamais me forçaria a casar!

- Prometi dentro dos limites! Mas agora está indo longe demais! Eu ordeno que aceite Hans!

Um silêncio se fez presente até Pandora sorrir maliciosamente.

- Acredito que ele não tornará a pedir-me em casamento depois do que aconteceu esta noite!

- mein Gott, o que houve?

- Ele tentou me beijar...

- E...

- Eu o fiz cair dentro do chafariz!

- O que você fez? – exclamou o conde – Por que sempre tem de agir dessa maneira?

- Ele não devia ter aproximado-se de mim!

- Bem, se ele voltar a pedi-la em casamento, ficaria muito surpreso – vociferou Johann

- Não foi minha intenção agira assim! Tentei defender-me e ele escorregou!

- Eu sei bem o que aconteceu! – o conde levantou os braços – Você é um caso perdido!

- Aceite-me como eu sou papai!

- Isso é algo que jamais farei! – asseverou o conde – Bem, acho que tenho a solução!

- Duvido,mas quero que me conte o que tem em mente!

- Mas terá que fazer o que lhe proponho!

- o que quer dizer com isso?

O conde sentou-se numa poltrona

- Recebi uma carta da Inglaterra hoje e a achei interessante! – começou – O que temos a fazer é pedir desculpas pelo seu desaparecimento social, por causa da carta que recebi!

- Quem é o remetente?

- A primeira é do conde Macgreen, que me convida a ir visitá-lo afim de que eu possa ver seus cavalos, que segundo ele, me interessarão muito!

Pandora sabia de quem o pai falava. O conde Macgreen era conhecido por possuir os melhores puro sangues de toda Londres. Sabia também já tinha alguns meses que seu pai se correspondia com ele a respeito de criação de cavalos.

Pandora não o conhecia, mas ouvira o pai comentar sobre ele em várias ocasiões. Johann fora amigo do pai de Macgreen, quando ela ainda era criança. Perguntou-se como tudo aquilo poderia estar relacionado a ela, mas pensou que uma visita a Inglaterra, na situação em que se encontrava, seria uma ótima opção.

- Nesta carta, havia um sobrescrito da tia de Macgreen, uma senhora que conheci há alguns anos! – prosseguiu o conde

- Lembro-me um pouco dela...

- Na carta ela diz que está muito preocupado com o sobrinho, a respeito de certos assuntos que não quis mencionar, mas que me colocará a par assim que nos encontrarmos! Parece que ela deseja que o rapaz se case!

Pandora deixou escapar uma exclamação de surpresa, mas não interrompeu o pai.

- Infelizmente, isto é algo que ele não quer fazer, razão pela qual a família Macgreen encontra-se num estado desesperado com a possibilidade de não ter um herdeiro oficial!

Pandora sentiu-se tensa, pressentiu as palavras que se seguiriam:

- Portanto, já que a aristocracia alemã não a satisfaz, decidi que se casará com ele! – anunciou o conde com voz firme

Pandora fitou o pai com olhos arregalados.

- Mas papai, você acabou de dizer que ele não quer se casar!

- Isso é o que você também decidiu! Mas esperamos que vocês dois, criaturas obstinadas, mudem logo de idéia!

Pandora voltou a encarar o pai e deu uma gargalhada.

- Como o senhor é capaz de forjar uma trama dessas?

- Só o que tenho para lhe dizer é que a levarei a Inglaterra e forçar seu casamento com o conde, quer você queira, quer não!

- Suponhamos que o conde não concorde com tudo isso? – indagou Pandora

- Posso estar errado, mas tenho a impressão que podemos deixar o rapaz por conta de sua tia. Ela é uma mulher bastante astuta!

Pandora se pôs de pé.

- Jamais ouvi tanta tolice em minha vida! Sinto muito papai, mas não permitirei que me ofereça dessa maneira! Tenho certeza que se o conde for igual aos outro homens ingleses, tem um punhado de amantes muito mais excitantes que eu!

- Essa não é a linguagem mais adequada para uma dama! – disse Johann erguendo as mãos

- A culpa é sua por ter me criado como a um garoto!

- Você é mesmo um demônio! – Levantou-se – Quando for cavalgar amanhã, diga a todos que irá visitar um conde em Londres comigo!

- Acha que eles vão acreditar que estou apenas indo visitar um conde?

- Terá de fazer acreditá-los! – insistiu o conde – Deverá dizer também que irá casar-se com ele!

- Papai o senhor enlouqueceu! Contudo, é melhor que eu me afaste por algum tempo até este escândalo com o Hans passar!

- Esta é a coisa mais sensata que te ouço falar há meses!

- Mas deixo claro que não vou casar-me com o conde inglês! – retorquiu Pandora

- Não se preocupe, ele também preferirá passar seu tempo com as cortesãs! – sorriu cinicamente o conde

Pandora aproximou-se do pai e o beijou.

- Ich liebe dich, papai – falou ela – por mais zangada que esteja com o senhor!

- Ai de mim se não agir assim! Só Deus sabe o que seria de nossa fampilia!
– resmungou o conde

- Pense em como sua vida seria entediante se eu já tivesse me casado? – sorriu a moça

- Você é mesmo encantadora filha – elogiou ele – Quero que saiba que só desejo sua felicidade! Mas não pode continuar nessa condição! Devo exercer meu pape de pai!

- saiba que isso é apostar na incerteza – acrescentou ela

Pandora parou em frente ao espelho que pendia perto da lareira fumegante.

- Imagino que se tivesse nascido feia ficaria grata com qualquer homem que me propusesse casamento! – comentou ela – Em vez disso, já que nasci com uma aparência interessante e o senhor papai, me concedeu a inteligência, quero muito mais para mim do que um homem que me ofereça apenas um nome!

- Muitos homens já lhe devotaram seus corações – lembrou-lhe o pai

- Eu sei, mas isso não é suficiente!

Havia uma nota de desespero ao pronunciar esta frase e se encaminhar até a janela.

- Boa noite, pai – despediu-se ela –Faça planos para a nossa viagem, mas saiba que não vou comportar-me bem nem me casar com o conde!

Pandora abriu a porta enquanto falava e a bateu levemente depois que saiu. Ao ouvir os passos dela ecoando pelo corredor, Johann acomodou-se em sua poltrona.

- Ela é mesmo incorrigível! – comentou consigo mesmo

Já em seu quarto, Pandora não chamou a criada. Antes de sair de casa naquele dia, notou que a camareira apanhara um resfriado e pediu-lhe que ela ficasse em repouso.

- Estou bem, Milady – disse a simpática mulher

- Vá deitar-te – pediu Pandora sorrindo

Pandora sentiu-se satisfeita sozinha naquela noite. Com habilidade, desatou o vestido nas costas, atirando-o sobre a cadeira. Em seguida encaminhou-se para a janela e abriu as cortinas, as estrelas pareciam dominar o firmamento enquanto o luar atirava um manto prateado sobre os telhados.

Pandora levantou os olhos para o céu. Sentiu como se pudesse elevar-se ao infinito, deixando o mundo e suas dificuldades para trás.

- O que há de errado comigo? – indagou ela – Por que não consigo me apaixonar?

Pensou nas garotas que haviam feito seus casamentos no ano passado. Sempre sentira remorsos por ter magoado os remetentes das diversas cartas amorosas que recebia. Tinha consciência de que nenhuma outra garota havia recebido tantas propostas de casamentos como ela e muitas, como seu pai mesmo dissera, eram de homens com grande importância social.

Não era tanto o amor que procurava. Pelo o que lera nos livros, Pandora sabia que os homens haviam lutado e buscado seu verdadeiro amor ao longo dos tempos. As vezes eram afortunados por encontrá-lo.

- O que é o amor? – indagava

- Como posso me apaixonar?

Admitia que tentara a acreditar no amor, embora isso não passasse de pretensão. O que buscava era algo sagrado. Sabia que o pai só queria o que parecia ser o melhor para ela, não ficara nem um pouco enraivecida pelo fato dele querer levá-la a Inglaterra. Porém, obrigá-la a casar-se com um conde seria uma tarefa infrutífera.

A única coisa que tornava a coisa divertida era o fato do conde também não querer casar-se. Certamente, depois da primeira noite, o tal Macgreen acharia a esposa enfadonha. Não se imaginava nos braços de um homem que não amasse.

Seria uma jornada inútil,porém interessante, pensava ela. Vou conhecer a Inglaterra e um importante conde inglês que deve ser tão devasso quanto o foi Don Juan. Pandora lembrava-se das histórias que ouvia sobre os homens ingleses. Eles ofereciam até jóias e até casas às pobres moças apenas para possuí-las por uma noite.

Se esse comportamento ainda acontece em Londres, com certeza o conde Macgreen nem vai notar minha presença. Pandora suspirou e fechou as cortinas. Quando se enfiou na cama já não pensava na Inglaterra nem no conde. Perguntava-se a si mesmo se os cavalos do conde seriam realmente melhores que os seus.

o.O.o Continua... o.O.o