N/A: Os personagens não são meus, todos da titia Steph. Só dei uma diferenciada na história dela. Espero que gostem. DEEIXEM REVIEWS =D
Cap 1 – Despertar
- Eu ouvi você – ele respirou – Como? Como você fez isso?
- Idéia de Zafrina. Nós praticamos algumas vezes. - Ele estava deslumbrado. Ele piscou duas vezes e balançou a cabeça. – Agora você sabe. – eu disse levemente e ergui os ombros – Ninguém jamas amou alguém tanto quanto eu amo você.
- Você está quase certa. – ele sorriu e seus olhos ainda estavam um pouco mais arregalados que o normal - Eu só sei de um exeção.
- Mentiroso!
Ele começou a me beijar de novo, mas aí parou abruptamente.
- Você consegue fazer de novo? – ele perguntou.
Eu fiz uma careta. – É muito difícil. – ele esperou, sua expressão ansiosa – Eu não consigo manter se estiver mesmo que seja um pouco distraída – eu o avisei.
-Eu serei bonzinho - ele prometeu.
Eu entortei os lábios, meus olhos estreitando. Então sorri. Eu pressionei minhas mãos ao rosto dele de novo, expulsei o escudo da minha mente, e então comecei exatamente de onde eu havia parado – com a memória clara feito cristal da primeira noite da minha vida... me prendendo aos detalhes. Eu ri sem fôlego quando o beijo urgente dele interrompeu meus esforços de novo.
- Maldição - ele rugiu, beijando esfomeadamente a linha da minha mandíbula.
- Temos bastante tempo para trabalhar nisso – eu o lembrei.
- Pra sempre e pra sempre – ele murmurou.
- Isto parece exatamente certo para mim.
Então sua boca foi de encontro a minha em um beijo alucinante. Aquele beijo tomou toda a minha força e eu fui perdendo a consciência, seria isso capaz de acontecer com um vampiro? Agarrei-me com força a silhueta turva na minha frente, algo estava acontecendo e, fosse o que fosse, queria ele do meu lado.
Abruptamente o chão foi tirado do meu pé, a pele que não era mais tão gelada do que a minha virou algo mole e macio e tudo que eu enxergava era branco.
Pisquei freneticamente enquanto tentava organizar minha cabeça, estava zonza demais para raciocinar. Levei um tempo relativamente longo para entender que eu estava deitada em algum lugar e olhando para o teto excessivamente branco.
Gargalhei mentalmente. Zafrina deveria estar por perto, resolvendo me pregar alguma peça, prometi que iria me vingar quando colocasse meu escudo no lugar dele. Toda minha tentativa foi em vão, não achei nem se quer a ponta do meu elástico mental. Será que depois de alargado tanto, ele havia se afrouxado?
- ZAFRINA! – berrei entrando em pânico.
O cenário continuava quase o mesmo, mas agora com uma agitação maior. Eu pude ouvir murmúrios surpresos, mas não consegui identificar nenhuma voz ou entender o que falavam.
Em um movimento desesperado tentei me levantar. Opa. Rápido demais. Meu corpo amoleceu e eu cai com um baque surdo no travesseiro. A força que aplicava em minhas mãos doeu me fazendo perceber que ainda estava agarrada a algo, o que deveria ser as mãos do meu Edward.
Não podia soltá-las, não podia perdê-lo. Estava entrando em surto, se aquilo fosse uma brincadeira, era de muito mau gosto e alguém sofreria as conseqüências.
- EDWARD FAÇA ALGUMA COISA!
Não podiam continuar a me torturar desse jeito, deixando meu corpo mole, mente confusa a ponto do meu escudo não funcionar e a minha visão meio turva.
Quando eu ouvi um soluço de o que aparentava ser uma mulher chorando, senti uma fisgada no meu braço direito. Cerrei minhas mãos com mais força sentindo a unha rasgar a pele em alguns pontos.
Porque eu havia me machucado? Eu era uma vampira recém-nascida, só dentes de vampiros poderiam retalhar minha pele impenetrável. Algo estava errado, muito errado.
Então foi quando perdi o controle sobre meu corpo todo. As minhas mãos se abriram desobedecendo meu desespero, tudo ficou preto e perdi a noção do que estava acontecendo.
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Eu estava hiperventilando. Após dois anos de sofrimento, vendo minha filha naquelas situações, o meu coração estava batendo de novo.
Sem nenhum progresso nos exames feitos ultimamente os médicos perdiam as esperanças. Mas eu sabia que eu não podia desistir, não por Bella. Eu sabia que ela era forte o suficiente para voltar a si, voltar a viver e sair daquele maldito hospital.
Foi então que ela abriu os olhos, eles estavam desfocados, me aproximei da beirada da cama me sentando numa cadeira próxima. Enquanto eu a observava perplexa algo aconteceu. Ela gritou. Ela gritou um nome, suplicando alguma coisa.
As lágrimas romperam sobre meus olhos. A minha Bella estava ali, ela sempre esteve.
Charlie se aproximou boquiaberto enquanto o médico checava as máquinas ao lado da cama dela. Aparentemente tudo estava estável, nada mostrava o avanço obvio que a mente dela havia feito.
Então sua voz rasgou o silêncio do quarto mais uma vez, mas agoniada ainda. Mas quem era Edward? E quem era ela pra fazer minha filha sofrer como aparentemente estava?
Então a enfermeira chegou com uma injeção e antes que percebêssemos, aplicou em Bella fazendo a dormir. Como ela podia fazê-la dormir se ela havia acabado de acordar de um coma de dois anos? Algo considerado praticamente um milagre.
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Eu mentalizava os olhos cor âmbar de Edward, seus cabelos propositalmente bagunçados com umas mechas douradas e seu sorriso torto. Estava perdida naquele êxtase quando foi se tornando mais difícil de lembrar das feições daquele ser divino, não conseguia lembrar perfeitamente das curvas de seu rosto e de suas rugas de expressão.
Aquilo não poderia acontecer, não podia simplesmente esquecer de como o homem que eu amo era. Mas parecia tão distante tudo que nós havíamos vivido, o preto dominava meus pensamentos lerdos.
Senti meus dedos formigarem, estava voltando a mim. Tateei, com os olhos ainda fechados, algum sinal dele. Nada. Percebi que estava coberta por um lençol de algodão e tinha alguma coisa presa desconfortavelmente na minha mão.
Abri os olhos e deixei a claridade me cegar momentaneamente.
Esperei encontrar seus olhos preocupados me analisando, mas aquele branco enlouquecedor foi tudo que eu consegui ver. Tentando absorver tudo que eu conseguia sobre o local eu inspirei profundamente, esperei a dor lancinante em minha garganta, mas nada aconteceu. Consegui diferenciar uma série de intermináveis 'pi' do lado direito. Um som remotamente conhecido, o som de um hospital.
'Mas que diabos eu estou fazendo num hospital? Eles vão nos expor!' Com o devido cuidado, inclinei minha cabeça para frente. Havia alguém debruçado na maca onde eu estava, mas havia pegado no sono. Quando tentei me sentar a pessoa levantou em um pulo, me fazendo parar de respirar. Reneé.
Ela me olhava como uma criança em dia de Natal, tão alegre.
- Bella... – sua voz era um sussurro.
- Mãe. – tentei sorrir, mas sei que não consegui a enganar. – Cadê Edward?
- Quem? – ela parecia confusa, algo em seu rosto me desesperou.
- Edward mãe – minha voz foi aumentando – Onde ele está?
Por fim eu estava fazendo um escândalo, já não bastava eu estar humana novamente, meu marido havia sumido?
- Bella, se acalme. Vou chamar o médico.
Ela se aproximou da minha cama e pressionou um botão azul ao lado da luminária. Então a porta se abriu e um homem meio bronzeado de cabelos verdes entrou de agulha na mão. Uma estranha sensação passou por mim, eu o conhecia, mas de onde?
- Sr. Swan? – sua voz era como uma melodia – Algo errado?
- Bella está... meio nervosa. – as palavras pareciam machucar minha mãe.
- Não se preocupe, ela está cansada. Vamos deixar ela dormir.
- NÃO! – eu não podia dormir, não sem saber o que houve. Sem saber onde ele estava. Então senti novamente a fisgada no meu braço direito e vi tudo rodando, mas precisava lutar. – Edward...- minha voz era um murmúrio.
- Não existe nenhum Edward querida... Durma.
