Fora pesar o sentimento a tomar conta de cada poro de seu corpo logo após retornar do chuvoso e melancólico velório do estimado Sherlock Holmes. Por mais que Mycroft houvesse encontrado uma forma de limpar o nome de seu irmão, alegando as autoridades e ao mundo que a história contada por Moriarty, o "Napoleão do Crime", não passava de uma história da carochinha, elaborada meticulosamente com o propósito de destruir o único inimigo que parecia ser brilhante a ponto de poder destruí-lo, John não poderia se encontrar satisfeito.

Moriarty estava completamente correto.

Sherlock havia destruído-o. E, em troca, havia colocado uma bomba-relógio entre os próprios dedos... Então de que adiantava ter o nome limpo sendo que não poderia usufruir de sua liberdade?

Afinal, Sherlock estava... Morto.

O seu melhor amigo estava enterrado e a única coisa que restaria do mesmo seria a lembrança das aventuras vividas e dos dias que nunca aconteceriam.

Sherlock morrera... E com isso o mundo se tornara um lugar ainda pior.

E, no tardar da noite, depois de meia garrafa de whisky e de o violino de Niccolò Paganini ter silenciado no aparelho de som pela quarta vez naquelas intermináveis horas, John percebeu que ele também estava segurando uma bomba-relógio...

Agora bastava esperá-la explodir.

That love is watching someone die

So who's gonna watch you die?