Harry Potter não me pertence, é tudo da JK, só escrevo para me divertir.

Fanfic com temática gay, inspirada no universo de Ai no Kusabi, quem conhece vai reconhecer fácil, quem nunca ouviu falar vai entender do mesmo jeito.

Estava eu quietinha no meu canto lendo uns livros, escrevendo Recomeços e Um Novo Caminho. Até ai ok, mas então conheci Dieni, ela é legal, sério. Uma beleza de pessoa. Mas a culpa dessa fic nova é dela. Foi ela quem aceitou minha sugestão de anime, foi lá e viu, logo mais, ficou comentando e me empolgando até me fazer ter ideias pra fic. Culpem-na.

Boa leitura!

Remus sabia que era uma má ideia, mas o que ele poderia fazer? Depois que Sirius teve a brilhante ideia de mandar Severus para a Casa dos Gritos enquanto ele estava transformado, seu segredo tinha ido para o quinto dos infernos. Dumbledore tinha conseguido mantê-lo em Hogwarts, mas de nada adiantava ter terminado a escola já que nenhum mago "respeitável" contrataria um lobisomem conhecido para algum trabalho que valesse a pena. Isso o deixava com pouquíssimas opções, não tinha vontade de virar um capanga de gangues de poções ilícitas, nem cobrador de apostas, mas não tinha como deixar passar alguns trabalhinhos especiais, por assim dizer. Era por isso que estava de madrugada na escura Travessa do Tranco esperando que um mago "respeitável" terminasse sua compra semanal de poções extremamente controladas pelo Ministério, que tecnicamente não deveriam ser feitas fora de hospitais, mas, por que ensinam poções na escola se esperam que os magos não usem seus conhecimentos?

- Vamos logo com isso? – Ele ralhou com o homem. – Pare de pechinchar, isso aqui vai começar a ficar bem menos amigável, os bares clandestinos já estão fechando.

Seu cliente fungou em desgosto, provavelmente por levar uma bronca dele, mas o vendedor, muito mais acostumado com os magos de baixa classe da sociedade mágica deu uma risada baixa.

- Escute seu guarda-costas. Não quer sair por ai carregando essas belezinhas quando os viciados saírem das festas e bares. São quinhentos galeões, pegar ou largar.

Seu contratante pagou, mas rangendo os dentes. Logo que ele teve o lote precioso de poções em maõs, começaram a andar pelas ruas de pedra úmida e suja da parte periférica do mundo mágico.

- Sério, tem que começar a comprar essas coisas mais cedo. – Remus ralhou com o homem.

- Seria mais fácil se você viesse comprar sozinho. – O homem reclamou, fungando com indignação.

- Posso receber para te proteger, mas não vou comprar drogas. Isso seria um crime.

- Como se estivesse em posição de escolher.

Remus rilhou os dentes e apertou sua varinha, não pela ofensa, ele estava acostumado com isso, mas porque um grupo de cinco jovens estava vindo em direção a eles.

- Fique atrás de mim. – Remus instruiu.

- Não acredito nisso. – O homem resmungou. Odiava o fato de que sua carga era demasiado volátil para ser encolhida e guardada num bolso, menos ainda para ser transportada por aparição ou chave de portal.

- É uma boa hora para dizer que eu te avisei? – Remus brincou.

- Não seja impertinente, Remus, fica muito parecido com o Sirius. – Peter reclamou.

Remus teve vontade de rir. Peter podia ter sido seu amigo na escola, e inclusive se tornado animago para ajudá-lo, mas assim que seu segredo foi revelado, começou a evitá-lo socialmente. Esse comportamento que enfureceu Sirius e James era algo que estranhamente ele entendia, Peter não tinha o dinheiro e o nome dos dois herdeiros desmiolados. Ele era um sobrevivente como Remus, e o ajudava contratando-o para tarefas de guarda-costas, e indicando-o a seus contatos menos perigosos do submundo, coisa muito mais digna que a "ajuda" que Sirius e James queriam que ele aceitasse.

- Agora, seja um bom ratinho, volte por onde viemos e se esconda em um dos seus buracos.

- Mas Remus… eles são cinco. – Peter disse, gaguejando, mas já dando dois passos para trás.

- Você me paga para apanhar no seu lugar e manter suas poções seguras. Vá!

Assim que Peter começou a correr com agilidade, o grupo gritou.

- Ele é que tem as poções! – Disse uma voz levemente bêbada.

Ótimo, Remus pensou, lutar com idiotas bêbados. Com sua varinha em mãos, ele achou que seria fácil de lidar com os rapazes, eram muito jovens, ele não era tão mais velho, mas a vida dura te faz crescer e amadurecer muito rápido. O primeiro oponente bêbado terminou no chão, mas para seu azar, os demais estavam bem lúcidos e muito interessados em descobrir para onde Peter tinha levado seu carregamento valioso de narcóticos mágicos. Apesar de ser muito bom em feitiços de duelo, não podia lutar contra quatro ao mesmo tempo, mas teve o gosto de só deixar dois de pé no final, e isso, só porque um deles o acertou pelas costas. O líder do grupo, um ruivo de cabelos lisos, o desarmou e dois de seus amigos o seguraram, já que tinham percebido que tinha força sobrenatural, e pela primeira vez em muito tempo, Remus desejou que a lua cheia estivesse mais perto para ter mais acesso a sua força inusual.

- Agora, por que não me diz para onde o rato correu para podermos continuar nossa noite em paz? – O ruivo perguntou, balançando sua varinha de maneira ameaçadora.

- Eu não sei do que está falando. – Remus disse, testando novamente o agarre de seus atacantes e forcejando para se livrar deles.

Os dois resistiram, mas ele pôde se soltar e socar um deles, estava curvado por um chute do outro quando sentiu um arrepio na nuca, a sensação de perigo que só seus instintos podiam delatar. Quando se virou, viu que o líder do grupo tinha transformado parte de sua varinha numa lâmina afiada e que a direcionava com precisão a seu pescoço. Ele sabia que não teria tempo de desviar, fechou os olhos e esperou o pior, que não aconteceu.

Quando abriu seus olhos cor de mel novamente, viu ninguém menos que Lucius Malfoy segurando a mão de seu atacante principal. O mago de sangue puro apertou o pulso do mais jovem até que o fez gemer e soltar a varinha semi transformada. Remus tinha certeza que tinha ouvido um osso se partindo, em questão de segundos os magos tinham se arrastado para tentar ajudar o líder, mas este já recuava com os olhos arregalados.

- Não sejam estúpidos, não podem tocá-lo. É um dos Lordes! Corram!

Em questão de segundos o beco estava vazio. Lucius olhou para a varinha em sua mãos e suspirou ao jogá-la de lado, ele se virou, fazendo sua capa esvoaçar atrás dele enquanto se afastava de Remus também. Tão gryffindor e impulsivo como sempre, ele não poderia deixar isso terminar assim, é claro.

- Ei! Idiota, por que diabos me ajudou aqui? – Ele gritou, sentindo raiva por estar em dívida com alguém como ele. Se Remus pertencia a escória desprezada da sociedade, Lucius Malfoy era quem ditava as regras na elite.

O maldito loiro arrogante nem sequer o respondeu, só soltou um bufido de desprezo e continuou andando, essa frieza, essa maneira de olhar para ele como se não fosse nada mais que uma ratazana no lixo fez com que Remus o odiasse ainda mais

- Pode parar ai, Malfoy! Não vou te deixar ir sem pagar por esse favor. Nada bom vem de dever pra gente da sua laia.

O homem parou e suspirou, como se fosse a coisa mais cansativa do mundo dar atenção a Remus, mas pelo menos estava olhando para ele agora. Com um accio não verbal, o lobisomem teve sua varinha de volta em suas mãos.

- Imagino que não vai querer que eu te apareça no meu apartamento, então, temos que ir andando. Não é muito longe.

Lucius o seguiu, intrigado, Remus Lupin era uma icógnita para ele. E sua vida estava suficientemente entediada para deixar que aquele mestiço infectado o distraísse. Não foi uma surpresa que o lobisomem morasse num prédio velho não muito longe da Travessa do Tranco.

- Pode se sentar em qualquer lugar. – Remus disse com sarcasmo enquanto ia ao banheiro.

Era uma piada sombria porque o apartamento minúsculo só tinha um sofá, uma cama, e uma cozinha pequena. Havia pilhas de livros sobre a mesa da cozinha e ao lado da cama. Um lobisomem erudito, Lucius pensou, tão peculiar. O aristocrático loiro se sentou no sofá e cruzou suas pernas longas, analisando que o local era bastante limpo e organizado, algo interessante para um homem solteiro e jovem. Merlin sabe que ele já tinha visto dormitórios parecidos com chiqueiros em sua vida.

- Então, como quer fazer isso? – Remus perguntou, ao sair do banheiro, já sem os arranhões de luta em seu rosto e mãos. Provavelmente tinha usado alguma poção ou feitiço.

Lucius não moveu um músculo enquanto o via tirar seu casaco e desabotoar a camisa.

- Já entendi. Então, pretende me pagar com o seu corpo. Esse é exatamente o tipo de comportamento esperado de um mestiço sem refinamento.

Remus fez um esgar de desgosto e raiva.

- Não tenho outra coisa para te pagar, Lorde Malfoy. E não pedi para nascer mestiço e ter tido o azar de ser mordido por um lobisomem! Assim, ou aceita a porra do pagamento ou pode ir foder umas das putas sem graça do seu harém!

Ele tinha fogo, isso Lucius tinha que admitir, ainda que jamais fosse demonstrar.

- Para sua infelicidade não estou tão desesperado para colocar minhas mãos num lobisomem mestiço.

- Não pense que estou louco para deixar um mimado egocêntrico botar as mãos em mim! Mas não quero te dever um favor, só Merlin sabe o que me forçaria a fazer… sei muito bem que anda atrás do Sirius e do James tentando prejudicá-los. Só tome o pagamento.

Claro que Lucius sabia que ao salvar Remus tinha criado uma dívida mágica entre eles. Podia sentir perfeitamente o puxão da magia, ele poderia cobrar essa dívida quando quisesse, e sim, o lobisomem era uma peça que poderia usar para manipular Potter e Black, mas no momento não estava preocupado com os dois idiotas. Será que o mestiço tinha tão pouca cultura para imaginar que poderia pagar uma dívida de vida com um pouquinho de sexo? A magia só estaria satisfeita se fosse um sacrifício enorme, e ele não se sentia inclinado a ter sexo quando a outra parte estava tão incomodada. Bem, esse era um novo tipo de jogo. Seria interessante ver a humilhação nos olhos ferais quando se desse conta que usar seu corpo não era suficiente, pelo menos não por uma única vez.

- Muito bem, se isso vai fazer que pare de ladrar como um cão de rua, vou aceitar seu corpo como pagamento. – Lucius disse. – Tire suas roupas e se encoste na parede.

Remus já tinha feito isso antes, sexo com homens era divertido e menos complicado. Sirius era muito mandão, por exemplo, mas não dominador. Os dois tinham brincado bastante em seus últimos anos de Hogwarts, mas enquanto seu amigo era brincalhão e terminava fazendo piadas e rindo de tudo e estragando qualquer clima sério, Lucius Malfoy exalava seriedade e dominação. Estava sentado em seu sofá puído usando uma capa branca, uma túnica de seda cor de vinho com detalhes claros, era tudo muito fino e elegante. O loiro tinha jóias em seu corpo que valiam mais do que todo o apartamento! E por Merlin, ele ainda usava as malditas luvas de couro de dragão, como se pudesse se contaminar só por estar ali. Remus desabotoou sua camisa, sem fazer nenhum esforço para parecer sexy, só obedeceu ao comando do Lorde, se despindo completamente. Se virou para a parede, mas a voz fria e calculista o impediu.

- De frente. – Lucius completou, sem parecer afetado pela nudez do lobisomem. – E mantenha as pernas afastadas e as mãos ao longo do corpo.

Remus encostou suas costas à parede, bem em frente ao sofá onde o homem estava sentado. O loiro de longos cabelos ficou olhando-o por um bom tempo, e mesmo sem querer, Remus sentiu seu membro se mover. Ele não tinha estado com ninguém por meses, e sua raça sempre foi conhecida pelo apetite sexual, era esse o motivo das labaredas de excitação que estava sentindo, o lobisomem pensou, incapaz sequer de pensar em outra possibilidade. Ele mordeu os lábios, a sensação de estar em exposição para os olhos frios de Lucius Malfoy era vergonhosa e excitante ao mesmo tempo, podia sentir seus testículos pesados, não tinha coragem de olhar para baixo, mas tinha certeza que estava palpitante e muito perto de uma ereção completa. O calor em suas bochechas certamente não era desejo, era vergonha, pura e crua.

- Só vai ficar ai parado?! Faça alguma coisa. – Ele gritou, quando já não aguentou mais.

Tão pouco controle, Lucius pensou, seria um adestramento muito longo se ele fosse um animal de estimação. Quando se levantou, o loiro fez com que o lobisomem levantasse os braços, segurou suas mãos em cima da cabeça castanha com apenas uma das suas sem esforço. Magos de sangue puro de linhagem antiga o suficiente tinham mais força que magos comuns, muito mais que mestiços e sangues ruins. Ele poderia controlar Remus Lupin inclusive se ele estivesse transformado, claro que isso não era interessante para ele. Uma luta com um lobisomem sempre resultava em feridas desagradáveis ele não tinha a intenção de ter cicatrizes. Apertando os pulsos finos entre seus dedos enluvados, ele se inclinou para deixar seu nariz passear pelo pescoço do lobisomem sentindo seu cheiro amadeirado e picante.

- Não vai tirar as roupas? – Remus perguntou, com a respiração ofegante, sentindo o corpo tenso e excitado.

- Nenhum mago que se preze iria tirar as roupas só para disciplinar um animal de estimação impertinente. – Lucius respondeu, baixando mais a cabeça e alcançando um mamilo saliente de Remus, capturando com os dentes e puxando-o, fazendo com que o lobisomem gemesse audivelmente. – Não reclame, lobo, vamos ver se esse corpo de que se gabou é tão bom quanto fez parecer. Não se preocupe, vou me divertir.

Remus engoliu em seco quando a outra mão de Lucius desceu por seu peito até chegar aos meio de suas pernas, só que o loiro ignorou sua ereção palpitante para segurar seus testículos inchados como se os pesasse. O couro de sua luva era macio, e se sentiu bem contra a pele sensível dali fazendo Remus choramingar, a coisa só piorou quando o loiro o massageou. O lobisomem pôde sentir uma gota grossa de pré-sêmen escorrer da ponta de seu pênis até chegar aos dedos do loiro.

- Tão pesadas… não tem cuidado de si mesmo, Lupin? – Lucius perguntou com a boca junto a seu ouvido. – Isso é um desperdício, vejamos quanto pode produzir.

Lucius agarrou sua ereção com a experiência de uma puta velha, Remus lutou contra a mão que segurava seus pulsos, mas foi inútil. O loiro usou o polegar para acariciar a ponta inchada e sensível de sua ereção com uma lentidão agonizante, ele provocou e espalhou toda a umidade crescente que brotava dali, ignorando a pulsação firme que sentia entre os dedos.

- Olhe que bom pet você é. – O loiro voltou a dizer em seu ouvido com aquela maldita voz fria e zombadora. – Tão ansioso que praticamente se molha sozinho… quando a lua cheia está chegando, fica mais sensível aqui? Também começa a…

- Cale a maldita boca e só faça alguma coisa! – Remus gritou, incapaz de continuar ouvindo, não era possível que ele soubesse tanto sobre sua biologia, era só provocação.

Em resposta, Lucius apertou sua ereção, finalmente deslizando os dedos por ela, ao mesmo tempo em que mordia sua orelha. Remus gemeu, mordendo os lábios em seguida para conter um grito ao sentir como o loiro o manipulava com mão firme, quase rude, dedos o tocavam exatamente onde deviam, e o lobo choramingou quando o sentiu deslizar o polegar pela veia saliente que pulsava ao longo de sua ereção, ele podia sentir seus testículos se apertando, ele sabia que iria gozar vergonhosamente rápido, mas não teve tempo de se admoestar pela fraqueza, já que o prazer tomou conta de seus sentindos. Remus jogou a cabeça para trás e praticamente uivou ao chegar a seu ápice. Sentiu-se esvaziar em ondas contínuas, mas o loiro não deixou de manipulá-lo, parecendo disposto a ordenhá-lo até a última gota. Quando finalmente soltou seu pênis sensível, Lucius não fez o mesmo com suas mãos, o loiro levou sua mão enluvada e arruinada com a semente de Remus até o rosto do lobisomem.

- Agora, seja um bom menino e limpe sua bagunça. – Lucius ordenou, com os dedos muito próximos aos lábios do lobisomem.

Com a mente enevoada de prazer, Remus obedeceu.