Aquela manhã estava realmente fria, mesmo meu corpo sendo quente, sentia o tremular de frio. A neve caia tornando o chão branco. Eu continuava deitada apenas escutando os pessoa no andar de baixo. Minha mãe estava no piano junto com meu pai (ele tentava ensina-la a tocar.) minhas tias Alice e Rose discutiam sobre seu próximo desfile, meus tios Jasper e Emmett estavam conversando sobre qual seria o vencedor do jogo que eles assistiam, vovô Carlisle, que não merecia esse titulo tão velho, montava sua palestra e vovó Esme, muito nova para tal, estava na cozinha preparando meu café da manha.

No quarto ao lado ouvia o ronco estremecedor do meu querido amigo lobo Jake. Ele se mudou conosco para o Canadá. Mesmo fingindo não sentir saudade de seu pai e de seu bando, eu sabia que a distancia o chateava. Com tudo todas as vezes que tocávamos nesse assunto ele dizia "Ness, posso ficar afastado do meu bando. Sam esta cuidando deles. E eu tenho e quero cuidar de você".

Mesmo sabendo que sua teimosia o mantinha longe do bando e infeliz em parte, eu me sentia bem e feliz a seu lado.

Depois de algum tempo perdida em meus pensamentos, percebi que Jake havia parado de roncar. Ouvi a porta do meu quarto se abrir e o vento que entrou por ela inundou meu quarto com um cheiro amadeirado muito familiar para mim.

"Bom dia Jake" eu disse instantaneamente.

"Ah, oi Ness. Você estava dormindo?" Ele perguntou constrangido.

"Não. Eu estava pensando." Respondi

"Bom, acho que vou descer, estou morto de fome." Ele disse respirando fundo o aroma que vinha do andar de baixo.

"Jake!" Eu chamei.

"Diga Ness." Ele respondeu.

"Jake posso te fazer uma pergunta um tanto... pessoal?" Perguntei sentindo no meu rosto o rubor aparecendo.

"Claro Ness. Tudo o que você quiser." Ele disse entrando no meu quarto.

Ele estava só usava uma calça, seu peito bronzeado estava exposto e seu cabelo estava bagunçado.

"Jake, você... pode me carregar lá para baixo?" Eu brinquei escondendo a real pergunta que eu queira fazer.

"Ra! Claro Ness. Suba aqui!" Ele disse batendo em suas costas nuas.

Eu entrelacei meus braços em seu pescoço e cruzei minhas pernas em seu peito. Sua temperatura era extremamente agradável e seu cheiro era muito relaxante.

Todos já nos esperavam na sala.

"Bom dia!" Dissemos Jake e eu.

"O café de vocês já esta pronto!" Disse minha mãe do piano.

Durante o passar dos anos meus talentos sofreram algumas modificações. Eu agora conseguia bloquear meu pai, porem era mais fácil para mim do que para minha mãe, deixa-lo entrar na minha mente. Eu também conseguia me concentrar o suficiente para não ter mais que tocar o rosto da pessoa que eu desejava que visse minhas memórias.

Em quanto Jake e eu tomávamos café da manha eu tive a idéia de andarmos de moto. Toquei sua mão quente quando ele ia pegar um pouco mais de suco. Seus olhos brilharam e com um aceno ele concordou. Tirei o escudo de minha cabeça e pensei 'Pai posso andar de moto?' Ouvi a musica que meu pai estava tocando ao piano parar.

"Jacob vai com você?" Ele perguntou da sala.

"Vou Edward!" Jake respondeu.

"Tudo bem. Podem ir." Ele concordou depois de um tempo.

Assim que nos trocamos, fomos para a garagem da grandiosa casa que compramos a uns 2 anos para poder abrigar todos os Cullen. Nela tinha o volvo de meu pai, a Mercedes guardian que minha mãe me dera, a Ferrari F430 de minha mãe, o porsche 911 amarelo de tia Alice, o jipe de tio Emmett, o M3 de tia Rose, o Audi TT de tio Jasper, a Ferrari F599 de Esme, a Mercedes de Carlisle, o Aston Martin Vanquish que meu pai de presente para Jacob e as duas Suzuki Biplane uma preta que era minha e uma azul que era de Jake.

Eu já estava subindo na moto quando Jake assoviou para chamar minha atenção.

"Capacete e jaqueta, por favor." Ele disse me jogando-os. Eu sorri balancei a cabeça e os coloquei.

Assim que ele subiu e ligou sua moto eu abri o meu visor.

"Me siga se puder Jake!" eu disse acelerando minha moto.