Primeiramente, declaro que Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco) não me pertence, essa estória é não-oficial, criação de uma mente fértil que acompanhou Saint Seiya desde a infância e não conseguiu se desinteressar pela série... Obrigada aos leitores.

Nathalie Chan

Lemúria - Prólogo

Sentia novamente as pálpebras pesarem sobre as orbes verdes, tentando não se render ao sono que insistia em confrontá-lo. Mais uma vez estava a velar o sono do belo anjo loiro que dormia tranquilamente ao seu lado, que parecia totalmente alheio às preocupações que antes o afligiam, enquanto desperto. Mas a mente de Mu estava inquieta, lhe fazia perguntas para as quais não havia resposta, não o deixava dormir: "O que está acontecendo neste momento com o que restou do povo de Lemúria? Porque sonho tanto com ela? O que ela está tentando me dizer? Porque esconde seu cosmo para que eu não a encontre, se é isso o que você quer? Ou você não quer me encontrar? Você realmente nos abandonou? Porque se esconde, Mydhra?"

Shaka sentiu um cosmo elevar-se, e abriu os olhos, vendo o amante. Já havia acordado há algum tempo, sentindo uma mão pousar em sua face, mas continuou inerte, encantado com os carinhos feitos em seu rosto pelas mãos daquele que velava seu sono. Fitou Mu, que, apesar de olhar para ele, parecia perdido entre pensamentos, em uma infindável melancolia, tentando utilizar seus poderes telepáticos.

- Não consegue dormir?

- Não, meu anjo. Me perdoe por acordá-lo.

Shaka passou a mão pelo rosto do namorado, recolhendo uma mecha lilás que caía pela face alva. Olhou fixamente para os olhos de Mu, que pareciam estar prestes a derramar lágrimas.

- Porque está triste, Mu?

- Aqueles sonhos estão novamente me perturbando, Shaka... Parecia tão real... Havia tanta tristeza nos olhos dela! Eu gostaria de fazer alguma coisa por eles, mas sequer posso alcançá-los, penso que nunca verei meu povo novamente...

Nesse momento, as lágrimas escorreram pelo rosto de Mu, e foram enxugadas pelos dedos finos de Shaka, que gostaria de ser capaz de tomar a dor do amante para si, assustado com tamanha tristeza estampada na face daquele ser tão doce e sereno. Normalmente, era ele, Shaka, quem era consolado pelo outro. Na verdade, ele não sabia muito bem como reagir quando via seu amante tão frágil, não sabia bem o que deveria fazer para levar toda aquela tristeza embora.

Colou a testa na de Mu, encaixando seu pequeno ponto vermelho entre os dele, em sinal de compreensão. Selou os lábios dele com os seus, sentindo o outro abraçar-lhe com força, como se sua vida dependesse daquele contato. Uma confissão sem palavras, que dizia muito mais do que quaisquer palavras que ambos poderiam proferir.

O momento de silêncio entre os amantes foi quebrado pelo som dos lábios de Mu pousando sobre os de Shaka, sua língua delicadamente pedindo passagem pela boca quente e molhada, as lágrimas derramadas por Mu se espalhavam pelas faces de ambos, que deslizavam em busca de um contato que se tornava cada vez mais íntimo.

Mu deitou-se sobre Shaka, que deslizava as pernas vagarosamente pelas dele, entrelaçando-as. As mãos de Mu passaram pelo corpo do amante, reconhecendo aquela aura tão conhecida para fazê-la interagir junto à sua, para que se tornassem uma. Entrelaçaram as mãos, se beijando, sentindo-se uma unidade apenas com aquele contato.

Fitaram-se extasiados. Mu passou as mãos por dentro do sari de Shaka, que levantou os quadris para ajudá-lo a retirar aquela peça de roupa que não havia mais razão de estar ali entre eles. Shaka revirou-se na cama, envolvendo a cintura do amante com os braços, retirando dele a bata, revelando o torso alvo e rebelando os cabelos do ariano. Passou os dedos finos pela calça do amante, retirando-a e deitando por cima dele. Beijou-lhe a boca, o pescoço, desceu pelo corpo do ariano ouvindo-o gemer de prazer e sentindo-o se remexer de ansiedade abaixo de si.

A cascata formada pelos fios dourados caíam pelo corpo de Mu, e o faziam se arrepiar de tanto desejo. Acariciava gentilmente e com firmeza a nuca do amante, subindo as mãos pelos seus cabelos, deixando os dedos se perderem entre as mechas loiras. Gemeu alto ao sentir Shaka abocanhar-lhe a carne sensível, em movimentos sedutores, deslizando a língua pelo seu falo, se movimentando como um felino.

Em seguida, Shaka fitou o rosto ofegante de Mu, o beijou com desejo e, sorrindo-lhe, e passou a língua por entre seus dedos, em mais um gesto mudo que havia entre os dois. Mu deslizou delicadamente os dedos por entre a entrada de Shaka, que gemeu em resposta. Aos poucos, sentindo o corpo do amante ceder à invasão, retirou os dedos de seu interior, sentando-se sobre a cama e puxando o amante sobre si. Shaka sentou-se no colo de Mu, passando os braços pelo seu ombro e as pernas pelo seu quadril.

Se fitaram novamente, em uma declaração muda de amor, prestes a se tornarem um. Agora em corpo, pois já haviam eram uma só alma naquele momento, que vibrava em plena harmonia. Shaka se posicionou sobre o falo de Mu, descendo cuidadosamente sobre ele, sentindo completar-se pelo amante aos poucos, arrancando gemidos de ambos, a respiração começando a falhar. Logo Shaka havia chegado ao ponto mais próximo que seus corpos lhe permitiam estar, e passou a movimentar seus quadris sedutoramente, abraçado ao amante.

Mu sentia espasmos por todo o corpo, tentando conter os gemidos causados pelo prazer que sentia ao ter o corpo quente do amante o envolvendo. Envolveu Shaka com o braço, segurando a cintura dele com uma mão, levando a outra ao falo, arrancando gemidos altos do virginiano. Subiu a mão outrora pousada na cintura do amante pelas suas costas, sentindo-o arrepiar ainda mais com o toque. Retirou as mechas loiras que insistiam em cair pelo pescoço, beijando-o, tornando os movimentos do amante mais intensos e suas respirações cada vez mais ofegantes.

Após algum tempo se amando, tempo esse que não saberiam precisar nem se quisessem, seus corpos chegaram ao limite do prazer. Ambos atingiram o clímax juntos, sentindo seus corpos interagirem em perfeita harmonia. Shaka não percebeu quando arranhou os ombros de Mu durante o apse, e teve as costas também arranhadas pelo amante. Permaneceram naquela posição, encaixados, abraçados, deixando a respiração retomar seu ritmo normal. As mechas douradas e lilases se misturavam em cascata, coladas aos corpos dos amantes.

Entre beijos e carinhos os amantes se separaram, Shaka deitando sobre Mu, que o abraçou e os cobriu com um lençol fino. Ainda se sentiam extasiados e cansaram-se, deixando o sono levá-los. Desta vez um sono tranquilo para o ariano, que sentia o peito mais leve por ter desabafado suas tristezas com o amante, porém um pouco pesaroso por deixá-lo preocupado.

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O loiro acordou, revelando um par de belos olhos verdes o fitando com ternura, ansiosos por verem seus olhos azuis de um tom peculiar, que se aproxima do violeta. Observou o rosto que se encontrava diante dele, maravilhado com o contraste entre o verde dos olhos e a coloração dos pontos lemurianos avermelhados sob a testa alva. Os cabelos caíam sob a face em cascata, o que lhe dava um aspecto sensual. Como poderia haver um ser tão doce, enigmático e sensual como aquele que tinha diante de si? Seria o sangue de Zeus que corria naquelas veias? Agradecia todos os dias pela companhia preciosa, entristecido porém por estarem longe de outros que amavam, que protegiam através da distância que os separava. "Um dia verei meu filho novamente?"

Os olhos verdes se encheram de lágrimas ao escutar telepaticamente os pensamentos do outro, e passando os dedos pelos pontos lemurianos do loiro, fitando-o, respondeu-lhe telepaticamente: "Sim, meu amor. Em breve veremos o nosso filho."

O loiro abraçou-lhe, enroscando os dedos por entre as mechas ruivas. De repente, outra mensagem telepática chegou ao casal, mas vinda do exterior do recinto que os acolhia.

- Mydrha, Atlas! Fomos descobertos!

- Você tem certeza do que afirma, Evrion?

- Sim! Os cavaleiros de Hera foram vistos perto do lago!

- Foi quebrada a barreira que nos protege?

- Ainda não, mas não sei quanto tempo poderemos resistir, precisamos do poder de Lemúria.

- Certo. A matriarca e eu iremos detê-los. Enquanto isso, Evrion, dirija-se ao santuário e avise a Athena. Encontre Mu. Diga a ele que estamos bem.

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Mu tomava seu chá matutino e conversava animadamente com Shaka quando sentiu um cosmo se aproximando instantaneamente de sua casa. Levantou-se, fitando a entrada da casa.

- Não dê nem mais um passo! Sou Mu de Áries, o guardião desta casa, e a protegerei com a minha vida se você insistir em desafiar Athena!

Mu havia se teleportado para a entrada da casa de áries, apreensivo com a rapidez com que o outro cosmo havia se aproximado dele. Ficou atônito ao ver uma pessoa se teleportar diante dele. Fez aparecer uma parede de cristal diante de si para proteger o templo. O cavaleiro de áries ficou ainda mais atônito ao constatar que a imagem que se encontrava diante de si era do irmão de seu mestre.

- Mu! Não me ataque, por favor. Sou eu, Evrion! A matriarca me mandou vir aqui buscar reforços, estamos sob ataque da deusa Hera. Se não fizermos algo logo, o nosso povo sucumbirá!

- Evrion! Me desculpe, nunca imaginei ver outro lemuriano tão repentinamente diante da casa de áries. O que está acontecendo? Vocês não estavam escondidos? Eu tentei encontrá-los diversas vezes, por vários anos!

- Estávamos nos escondendo de Hera, em um local próximo a Jamiel. Disfarçamos nossos cosmos para não sermos descobertos, mas os cavaleiros de Hera nos encontraram e estão tentando quebrar a nossa barreira neste momento! Não sei quanto tempo a matriarca aguentará!

- Venha, Evrion, vamos até Athena o mais rápido possível.

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MODO COMÉDIA LIGADO

Shaka, que observava os lemurianos de dentro da casa de Áries, se juntou aos dois para seguir até Athena. Passaram por Aldebaran, que tentou perguntá-los alguma coisa, desistindo em seguida. Saga e Kanon correram atrás deles, mas desistiram ao perceber que Mu e o lemuriano falavam um dialeto que eles não conseguiam compreender. Acharam melhor esperar para ver o que aconteceria. Máscara da Morte não estava em sua casa. Aioria perguntou a Shaka o que estava acontecendo e os seguiu. Obviamente, o cavaleiro de Virgem também não estava em casa... Dohko se assustou ao ver Evrion novamente, e pediu permissão para acompanhá-los. Milo não conteve a curiosidade e correu atrás dos cavaleiros, perguntando a Aioria o que estava acontecendo. Aioros seguiu com os cavaleiros, escutando a conversa entre Aioria e Dohko, que explicava a eles quem era o misterioso lemuriano que acompanhava Mu. Shura se assustou ao ver tantos cavaleiros juntos, e perguntou a Aioros o que estava acontecendo. Camus exclamou um alto "Mon Dieu!" ao ver o grupo que se aproximava. Ainda assustado para reagir, sem compreender a situação, foi puxado por Milo para dentro do grupo que seguia rumo a Athena. Foi ouvido um grito histérico da casa de peixes, Afrodite não se conteve ao ver tantos homens bonitos juntos... Seguiu o grupo, saltitante e feliz, sem reparar na preocupação de alguns ali presentes.

Só para constar os presentes provenientes do grupo: Evrion, Mu, Shaka, Aioria, Aioros, Shura, Máscara da Morte (nota da autora: ahn? quando ele entrou no grupo sem ser notado? que eu me lembre ele não estava em casa, né... rsrsrsrs),Dohko, Milo, Camus, e Afrodite.

Milo: Peraí, quando foi que o Máscara da Morte se juntou a nós? (dando um sorriso torto para o canceriano)

Máscara da Morte: Certamente em algum momento em que você estava preocupado demais com um certo francês para reparar...

Milo: Mas eu só encontrei o Camus na casa de aquário, e depois da casa de aquário vem a casa de...

Afrodite: Hum, eu não tenho nada a ver com isso, nadinha!

Todos: Sei...

Máscara da Morte: Cala a boca, Dite!

Todos: Chamou ele de Dite?! (Gota)

MODO COMÉDIA DESLIGADO

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Chegaram até a sala do mestre. Shion se levantou assustado com o grupo de cavaleiros acompanhados por Evrion. "O que meu irmão faz aqui depois de tantos anos escondido junto ao nosso povo? O que teria acontecido? Porque um deles se arriscaria vindo até aqui? Espero que nada grave tenha acontecido à matriarca, ou a barreira que protege o povo de Lemúria será desfeita..."

Para desespero dos cavaleiros ali presentes, os lemurianos começaram a se comunicar telepaticamente, e pediram licença para se retirarem da sala do mestre para serem recebidos pela deusa, acompanhados apenas de Dohko e Shaka. Logo chegaram à sala do mestre Aldebaran, Saga e Kanon, aguardando um pronunciamento a respeito do ocorrido.

Algumas horas depois, os cavaleiros e o lemuriano recebidos pela deusa a acompanharam até o salão do mestre. Athena fitou seus cavaleiros.

- Não temos tempo para contar a vocês o que está acontecendo agora. Enviarei Mu, Shaka, Shion e Dohko para protegerem o povo de Lemúria, que está em perigo. Não quero comentários sobre a vinda de Evrion ao Santuário, especialmente perto de Kiki, discípulo de Mu. Ele não pode desconfiar de que iremos até os lemurianos, ou tentará nos alcançar. É muito perigoso para uma criança ir conosco. Os outros cavaleiros deverão aguardar as minhas ordens aqui no Santuário, eu irei ao Olimpo. Quando eu voltar, vocês deverão me acompanhar. Estejam preparados. Muito obrigada a todos vocês por sua lealdade, desculpem-me por deixá-los apreensivos, logo compreenderão o porquê de tudo isso.

Evrion, Shion, Dohko, Mu e Shaka seguiram em direção ao esconderijo do povo lemuriano.

Saori se dirigiu ao Olimpo, à procura de seu pai, Zeus.

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FIM DO PRÓLOGO

Próximo capítulo: Os Segredos de Lemúria

Vocês estão se perguntando quem é Mydrha? hehehehehehe

Não fiquem enciumados, sou uma mushakista fervorosa, não há motivos para terem ciúmes dela, viu?!

Não se desesperem, o próximo capítulo sairá nas próximas semanas, já o tenho totalmente em mente, agora é só parar para escrever.

Obrigada pela paciência e pela audiência! rsrsrs

Beijos,

Nathalie Chan