Estávamos em meio à maior guerra do mundo bruxo, e a única coisa na qual eu conseguia me preocupar, era em saber se ele estava bem.
– Pelo amor de Merlin, vamos procurá–lo! – eu dizia aos cabeças–ocas que estavam correndo feito loucos atrás da penúltima horcrux.
– Mione, por favor, temos mais o que fazer do que correr atrás do morcego seboso das masmorras, que só nos atormentou durante esses anos todos! – respondeu Rony.
– Pois eu acho que devemos encontrá–lo, apesar de tudo. Penso que Voldemort está
atrás de algo que esteja sob a posse de Snape – disfarcei, mas nem precisou de muito.
Rony é o tipo de garoto que não percebe quando alguém tem segundas intenções... Eu que o diga! Passei sete anos da minha vida esperando uma atitude de HOMEM da parte dele... quer dizer, quatro anos, porque depois daquele comentário ridículo que ele fez às vésperas do Baile de Inverno, não dava mais, né? Aff! "Hermione, você é uma garota!" Foi a gota d'água pra mim. A partir daquele dia, tomei uma decisão na minha vida: Procurar me interessar por alguém à minha altura, que tivesse a mesma mentalidade que eu e que fosse bem mais maduro.
BURRA! Pra bruxa mais inteligente da minha idade, eu fui é muito burra em não perceber que, durante todos esses anos em Hogwarts eu convivi com o homem mais incrível do mundo.
– A varinha! É claro! – a voz de Harry ecoava estridente em minha mente, fazendo com que eu voltasse de meus devaneios platônicos.
– Demorou, hein, Cicatriz?
– Qual é, Mione? Deu pra imitar o Malfoy agora, é?
– Não viaja, Harry! Temos que encontrar logo o Sev... Snape, não podemos perder tempo!
– O Harry tem razão... Você anda muito estranha...
– Calado, Ron! Vocês não são os amigos mais normais do mundo, e nem por isso fico amolando vocês. Não sei se perceberam, mas estamos em meio de uma guerra, portanto, temos que encontrá–lo logo, se quisermos achá–lo vivo, e...
– Ok, ok, Srta. Sabe–Tudo! Vamos logo atrás do Ranhoso!
– Você só tem tamanho né, Ronald Weasley? O cérebro deve ser menor que o do Perebas!
– Ah, calem a boca os dois! – interrompeu Harry, já caminhando na frente, apressado.
Na tentativa de achar Severus, Harry resolveu invadir a mente de Voldemort, na expectativa de obter alguma pista sobre o paradeiro do Mestre de Poções. No início, não gostei da ideia, por ser muito arriscada, mas na falta de alternativas seguras, não tínhamos escolha. Eu só queria saber logo onde ele estava, como estava...
Meu coração apertava só de pensar no pior.
– Encontrei! – Harry finalmente anunciou, após invadir a mente de seu rival
– Eles estão na Casa dos Gritos!
– Eles?
– Sim, Mione... Você–Sabe–Quem e Snape.
Seguimos de imediato para lá. A cada passo, eu estremecia, só de imaginar como o encontraria. Estávamos em guerra, como eu poderia deixar de pensar no pior?
