Nhai...oi, gente! Eu sei que meus recados saum geralmente no fim dos cap, mas dessa vez resolvi mudar!

E mudar em tudo!

Não se espantem com essa fic...o Duo não é inocente, o Heero não é superprotetor...e o universo que eu escolhi é bem...inusitado...é tudo...novo, sabem? Resolvi arriscar em um campo diferente...espero que gostem!

E um pekeno aviso: é provável que as atualizações dessa fic venham um pouco mais devagar...ela está sendo um pouco complicada de escrever...mas prometo que vou tentar atualizá-la beeeem rápido!

Boa leitura!


Brincando de Seduzir

- Definitivamente não, Leon! – Passei a mão pela minha franja, extremamente nervoso. Por que tinha que sobrar sempre para mim?- Mas, Duo...

- Sem "mas"! – Falei, impaciente. – Você se lembra da última testemunha que eu tive que proteger? Eu ainda posso ouvir os gritos histéricos daquela garota! E só foram duas semanas! Imagina ter que ficar de um olho em um cara por seis semanas! – Massageei as têmporas sentindo uma dor de cabeça chegando. – E ela ainda mora no mesmo andar que eu!

- Só resta você! – Ele insistiu. Leon era um ótimo policial, um amigo maravilhoso, mas era insistente demais!

- Por que não você? – Indaguei de forma séria.

- Oh, claro! A minha mulher não iria gostar que eu colocasse um jovem atraente dentro de casa! – Ele pareceu pensar por alguns segundos. – Ou talvez gostasse demais! – Eu tive que rir. – E além do mais você sabe bem que a agência me exclui desses casos porque sou casado, minha mulher não pode correr riscos. – Eu grunhi algo incompreensível até para meus próprios ouvidos.

Eu, Duo Maxwell, 25 anos, agente do Programa de Proteção a Testemunha do FBI, estava tentando recusar um caso. Ha! Se meu chefe ouvisse...

- Chris? – Tentei, mas Leon riu e negou.

- Ele escapou inventando algo, mas a verdade é que o namorado dele não iria gostar de ter um homem...atraente como essa testemunha no pé do Chris. – Franzi a sobrancelha.

- Oh, claro...aí sobra para mim! Ora, tem agentes femininas também! – Ele só me olhou e negou. Realmente entregar testemunhas atraentes nas mãos de agentes femininas geralmente acarretava em um desastre. – Bem...eu também posso inventar algo!

- Ora, Maxwell, você tem sucesso de 10 entre 10 casos em proteger testemunhas e esse caso é...grande. – Eu concordei. Realmente eu era bom. Na verdade...o melhor.

- Certo certo, não tenho escolhas mesmo! – Bufei, irritado. – Conte-me tudo!

O caso era complicado...essa testemunha, um jornalista, havia descoberto que o secretário de Segurança Nacional estava envolvido com o maior traficante do país.

Esse rapaz podia se considerar morto se não tivesse dado a maldita sorte de ninguém saber de sua existência! Ele havia se escondido em um contêiner e ficado dentro dele por umas 28 horas...gravou a conversa, foi parar no México dentro de um avião, no compartimento de bagagens e conseguiu voltar. Puta sorte! Mas claro que logo descobririam e tentariam matá-lo.

E eu era o estúpido que estava encarregado de protegê-lo até o julgamento, que era dali a seis semanas.

Como eu era sortudo!

Merda de vida de agente do FBI!

- Que ótimo! E tenho que levar esse louco para meu apartamento e mantê-lo protegido por todo esse tempo! – Leon ergueu uma sobrancelha. – Cara, o homem ficou em uma caixa por horas em uma sala onde estavam as pessoas mais perigosas do país! Armados até as pregas! – Ele riu. – O que ele vai fazer comigo nessas seis semanas? Vou enlouquecer!

- Não seja trágico, Duo! – Chris apareceu com um imenso sorriso no rosto. – Imagine seu prestígio com o chefe!

- Pro diabo aquele chefe louco! – Bati com o punho fechado na mesa. – Eu quem vou ter que arriscar minha vida por um maluco suicida!

- O chefe louco está te chamando para conhecer a testemunha, agente Maxwell. – Olhei para a porta e Hilde me sorria, de forma divertida. – Acho bom você ficar bonzinho, lindo, o chefe não gostou de você ter tentado matar a última testemunha.

Sim...eu havia tentado afogar a última testemunha na banheira, mas poxa! Aquela tal de Relena Peacecraft era irritante! Só de lembrar daquela voz estridente minha cabeça ameaçava explodir.

Eu deveria pensar em sair daquele emprego. Claro, se aquele caso não me matasse no processo.

- Certo, Hilde, querida, vamos. – Saí da sala, não sem antes dar um sonoro tapa na cabeça de Leon e um beijo na bochecha de Chris.

No caminho eu tentava enumerar para Hilde todos os motivos pelos quais eu não podia pegar o caso, mas claro que ela só ria e dizia que eu precisava mesmo era de umas férias.

- Você vê? – Fiz biquinho, já na porta da sala do meu chefe. – Eles tiram o meu couro! Nem se eu fosse da Swat ralaria tanto assim! – Ela bagunçou minha franja. – Eu não quero proteger esse louco!

- Eu sei, meu querido, mas você é o melhor. – Eu sorri. Hilde sabia muito bem como me convencer. – E acredite você não vai reclamar depois que o vir. – Eu coloquei a mão na maçaneta e a olhei de forma desconfiada.

- Leon me disse que ele era atraente...é mesmo?

- Muito mais que isso...agora vá! – Ele me deu um beijinho no rosto e se foi.

Eu ainda fiquei alguns segundos parados, olhando-a desaparecer no corredor, batendo seus saltos finos no chão. Se eu apreciasse o espécime feminino com certeza a agarraria, mas...bem, digamos que um tórax bem definido me atraía muito mais que um par de seis fartos.

Respirei fundo e entrei na sala do meu chefe, sem ao menos bater. Sabia que receberia uma pequena bronca, mas naquele momento não me importava nem um pouco.

- Ok, Treize, vamos esclarecer umas coisas aqui! – Eu comecei em tom de brincadeira. – Você não poderia me dar umas férias?

- Duo...Duo...quantas vezes eu pedi para você não entrar aqui sem bater? – Eu sorri, lhe mostrando a língua.

- Claro, claro...você não iria querer que eu te pegasse com um certo chinês fogoso que atende pelo nome de Wufei, como daquela vez que vocês estavam em cima da mesa fazendo...

- Maxwell! – Eu gargalhei, mas logo fiquei sério.

- Onde está o louco suicida que tenho que proteger?

- Acho que está se referindo a mim, senhor Maxwell. – A voz rouca e sexy atingiu todos os nervos do meu corpo, fazendo-me virar imediatamente para o dono dela.

Deus! O que era aquele homem? Não era real!

Os traços asiáticos destacados pelo tom dourado da pele...os olhos de um azul tão...diferente que eu imaginei se eu não estava precisando de óculos...e também a boca...os cabelos desafiantemente rebeldes...e o corpo!

Eu queria jogá-lo em cima da mesa de Treize e devorá-lo inteiro!

(¯·..·¯·..·¯)

Hum...até que seria interessante ter um agente como aquele 24 horas por dia do meu lado.

Ou quem sabe também em baixo ou em cima de mim.

Não...Heero mau.

Ninguém pode me condenar por ter pensamentos obscenos! Aquele tal de agente Maxwell praticamente me devorou com os olhos quando me viu.

E eu...bem...eu fiz a mesma coisa que ele, mas creio ter sido um pouco mais sutil. E ele era uma perdição, o rosto, o corpo e aquele cabelo. Talvez seja prudente mencionar que tinha uma certa...admiração por cabelos longos.

Alguns minutos depois ele piscou aqueles enormes olhos violetas e sorriu. Eu fiquei desconcertado por alguns momentos, mas não retribuí o gesto. Ele pareceu não se importar.

- Onde você tava, cara? Me assustou! – Eu apenas franzi as sobrancelhas e ignorei a pergunta. – Ok, você é de poucas de palavras. – Ele lançou um olhar para o senhor Kusherenada como se dissesse "não vai dar certo".

- Heero Yuy. – Estendi minha mão, que ele aceitou prontamente, sorrindo ainda mais abertamente.

- Duo Maxwell. – Ficamos nos encarando por alguns segundos, enquanto eu pensava como seria bom ouvir aquela voz doce gemendo...pra mim. – Muito prazer!

- Igualmente. – Respondi, puxando minha mão.

- Você deveria relaxar, Heero! Você corre risco de morte, mas eu estou aqui para te proteger! – Eu sorri de forma quase imperceptível e me aproximei, colando meus lábios em sua orelha.

- Talvez você devesse me mostrar como relaxar.

(¯·..·¯·..·¯)

Me arrepiei por inteiro, mas não permiti que ele percebesse.

Se ele queria brincar de seduzir havia achado a pessoa certa para desafiar!

- Que tal uma bebida? – Sussurrei de volta. – Gelada.

- Oh...pensei em algo mais quente.

Eu sorri e me afastei, indo me sentar na mesa de Treize, ouvindo um protesto desse. Não me importei, estava mais preocupado com os olhares de Heero sobre mim.

Mas alguns minutos depois eu havia me tornado um profissional novamente, ouvindo atentamente as instruções do meu chefe.

- Então ele tem que tentar passar despercebido...um parente, um amigo que veio passar uns tempos comigo. – Enrolei a ponta da trança nos dedos. – Parece bom.

- Tem que servir. – Treize disse de forma firme. – Seis semanas até o julgamento.

- Eles sabem a identidade dele? Quer dizer o Secretário de Segurança e o traficante?

- Não. Solicitamos sigilo total.

- Ótimo! – Sorri me levantando da mesa. – Quando minha missão começa?

- Agora. – Treize apontou as três malas no canto da espaçosa sala.

- Que maravilha. – Murmurei, meio desanimado.

- Lembre-se...descrição, Maxwell! Não é um caso comum!

- Eu sei...eu sei... – Disse de forma monótona. – Vamos, Heero, você vai conhecer seu lar pelas próximas seis longas semanas.

Peguei duas das malas e saí da sala, sendo acompanhado por Heero. Me despedi de meus companheiros e segui até o estacionamento, parando em frente ao meu carro.

- Também não estou contente com isso, agente Max...

- Duo. – O cortei.

- Duo...isso também não é bom pra mim. – Ele encostou-se ao capô. – A matéria da minha vida virou um inferno, mas... – Ele se aproximou de forma insinuante. – Podemos tornas essas semanas...interessantes. – Sua respiração alcançou minha bochecha e eu sorri.

- Podemos? – Indaguei indo para o lado do motorista, após ter guardado as malas. – Talvez.

(¯·..·¯·..·¯)

Eu não conseguia impedir que um sorriso insinuante dançasse em meus lábios ao olhar para o americano ao meu lado. Até dirigindo pelas ruas movimentadas de Nova York ele era sexy.

Extremamente sexy

Talvez eu devesse ser mau e provocá-lo, transformando aquela semana em um delicioso jogo de gato e rato. Ou talvez devesse ficar quieto e esperar o tempo passar.

Oh, sim...eu era um homem conformado. Havia feito a matéria da minha vida e agora eu tinha que me desvincular dela para não ser morto. Irônico.

Havia entrado naquele maldito depósito porque pensei em fazer uma matéria sobre o traficante, mas eis que me vi metido em uma teia de armações e jogos sujos muito maior do que imaginava. Havia até sido mandado para o México. Bem eu estava dentro de um contêiner que deveria conter apenas peças de computador.

Hn. Vida de jornalista.

Mas ao olhar para o belo rapaz ao meu lado...até que tinha valido a pena, certo? Ele parecia gostar tanto de joguinhos como eu...hum...veríamos...

- Duo?

- Sim? – Ele não desviou a atenção da estrada.

- Você tem uma arma? – Notei que estávamos em frente um condomínio e sorri. Perfeito, assim não causaria acidentes.

- Hum? – Ele pareceu surpreso e assim que ele chegou no estacionamento eu deixei minha mão ir direto para o meio de suas pernas.

O carro freou e se não fosse o cinto eu estaria com belos pontos na testa. Oh, mas teria valido apenas, só para ver aquela cara de espanto e choque dele!

Apalpei aquela área sensível e notei algo duro...hum...duro demais. Bingo!

- Você é louco? – Ele apertou as mãos no volante, enquanto me olhava incrédulo.

- Eu sabia que esse volume todo não era de verdade. – Comentei, quando meus dedos escorregaram para dentro de sua calça, puxando seu revólver. – Duro demais.

Ele pareceu conter a raiva e estacionou calmamente, saindo do carro como se nada tivesse acontecido. Eu sorri, sarcástico e tirei o cinto, abrindo a porta em seguida.

- Você quer brincar? – Ele me segurou pela gola da camisa, me puxando para fora e me imprensando contra a lataria do carro.

- Talvez. – Respondi, fazendo um gesto de despensa com as mãos.

Ele pegou a arma na cintura e encostou o cano em baixo do meu queixo. Eu apenas prendi meus olhos aos seus, deixando claro que não sentia medo daquela ameaça.

- Não deveria brincar com quem não conhece. – Sua voz não passava de um sussurro e todos os meus pêlos se arrepiaram quando ele deslizou o cano do revólver pelo meu pescoço.

O metal frio contra a minha pele, unida à sensação de perigo, fez meu membro pulsar dolorosamente entre minhas pernas.

Sua língua alcançou minha orelha, no instante que minhas mãos acharam a ponta de sua trança.

- Oh...mas eu te conheço. – Minha respiração se acelerou quando ele pressionou meu membro com sua coxa. – Duo Maxwell, agente do FBI e encarregado de tomar conta de mim por seis deliciosas semanas. – Puxei sua trança, fazendo-o se afastar.

- Seu filho da...

- Não...não xingue...sua boca deve ficar melhor entreaberta...gemendo...pra mim – Ele sorriu de forma sarcástica e colocou a arma em seu suporte.

- Nos seus melhores sonhos. – Sem mais palavras ele pegou duas das malas e me jogou a outra, andando em direção aos apartamentos em seguida.

Ou seriam as seis melhores semanas da minha vida ou as mais infernais.

(¯·..·¯·..·¯)

Ele pensava que podia competir comigo?

Há!

Eu tornaria sua vida um inferno...de prazeres! Iria levá-lo ao limite, até fazê-lo implorar por algo a mais.

Claro que se eu conseguisse resistir a ele.

Confesso que essa era uma tarefa humanamente impossível, pois se ele viesse com aqueles joguinhos e aquela voz absurdamente sexy, eu mandaria meu autocontrole para o inferno. Junto com minhas roupas, provavelmente.

Eu caminhava lentamente, ouvindo seus passos logo atrás de mim e, apesar de não vê-lo, podia sentir seu olhar sobre meu corpo. Provavelmente, mais precisamente, sobre meu traseiro.

- Você não deveria usar essas calças tão justas nos quadris, Duo. – Ele comentou quando entramos no elevador.

- Mesmo? – Ergui meus olhos, encarando-o. – E por que? Não te agrada? – Provoquei.

- Imensamente, mas você sabe como esse mundo é, né? – Ele apertou um botão, fazendo o elevador parar. – Existem tarados, maníacos, estupradores por todos os lugares. – Ele largou a mala no chão e colocou uma mão de cada lado da minha cabeça, me imprensando contra o metal frio. – Alguém poderia te atacar no elevador. – Senti sua respiração quente em meu pescoço e suprimi um gemido.

- Hum...eu sei me defender. – Murmurei.

- Não parece, Duo...eu estou aqui e vou te beijar agora. – Seus lábios ficaram a poucos centímetros do meu. – E o que você vai fazer?

- Te atacar primeiro. – E sem mais uma palavra eu rocei minha boca na dele.

O toque foi extremamente sutil, mas surtiu o efeito que eu esperava. Sem demoras, o empurrei e coloquei o elevador para funcionar novamente. Ele ficou me olhando, meio embasbacado, parecendo decidir se continuava com aquilo ou não.

Quando suas mãos ameaçaram me alcançar a porta abriu e o puxei, trazendo junto as malas. Ficamos parados em frente o elevador, nos olhando intensamente.

- Você é lindo, Duo, sabia? – Eu pisquei quando uma de suas mãos acariciou minha bochecha. – Um pecado na verdade.

- Hum... – Eu sorri, largando as bagagens e colocando minha mão sobre a dele. – Você se importa de eu ser um pecado?

- Nunca acreditei em Deus. – Ele respondeu simplesmente, sorrindo de uma forma mais...doce.

- Isso é bom! – Brinquei, puxando-o pela mão até a porta do meu apartamento.

Ele se deixou conduzir e eu pude ouvir o som da sua risada. Rouca, profunda. Deliciosa.

Colocava a chave na fechadura, quando a porta em frente a minha se abriu num estrondo. Eu balancei a cabeça.

- Duo! – Eu respirei fundo, pensando porque não havia afogado mesmo aquela mulher. – Quer é esse seu amigo? – Uma súbita raiva me invadiu quando eu vi os olhares cobiçosos dela sobre Heero.

- Não é meu amigo, Relena. – Ela desviou os olhos dele. – É meu namorado.

(¯·..·¯·..·¯)

Aquele americano era um louco!

Mas também era adorável!

A convicção que ele disse que éramos namorados quase me convenceu! Mas claro que minha mente também teve espaço para rir da cara desapontada e apavorada daquela garota de trancinhas.

- Ah...ah...ah... – Suprimi uma gargalhada diante da falta de palavras dela. – Então...hum...bem vindo. – E sem mais demoras a porta se fechou.

- Brilhante. – Eu disse quando entramos em seu apartamento.

Ele deu de ombros e deixamos as malas ao lado da porta. Eu analisei todo o ambiente e gostei do que vi. Pelo visto minha estadia não seria desagradável.

- Desculpe. – Ele murmurou, depois de tirar os sapatos e se jogar no sofá, me convidando a fazer o mesmo. – Eu não queria ter dito aquilo, mas...saiu.

- Não há problemas. – Afirmei. – Acho que você já percebeu que não tenho problemas quanto a isso. – Ele sorriu, mas ainda parecia desconfortável. – Hey, cara, desculpe por tudo que fiz hoje, é quase espontâneo quando vejo homens de olhos violetas e tranças assim. – Segurei seus cabelos.

- Mesmo? Então essa foi a única vez, né? – Sua voz soou divertida.

- Sim...você simplesmente me atraiu. – Dei de ombros.

Ele me encarou, sorrindo abertamente, mas eu ignorei. Sorrir daquela forma era algo fora dos meus padrões.

- Entendo. – Ele pareceu pensativo, mas logo estava sentado em meu colo, provocando pequenas ondas elétricas pela minha coluna. – Eu também me sinto atraído por você. – Seus lábios roçaram nos meus. – Mas isso não quer dizer que as coisas vão ser fáceis! – Eu franzi as sobrancelhas, segurando sua cintura. – Posso gostar de seduzir... – Ele aproximou os lábios da minha orelha. – Mas você ter que merecer me ter.

Eu grunhi algo incompreensível e apertei sua cintura possessivamente. Ele riu, me fazendo sorrir com o som daquela risada cristalina.

- Idiota... – Murmurei, enquanto sentia seus dedos bagunçarem meus cabelos.

- Hum...você tão fica sexy me chamando de idiota. – Eu segurei seu rosto, fazendo-o me encarar.

- O que você quer, heim? – Indaguei passando a língua por seus lábios.

- Você quem começou, Heero...você quem sabe o objetivo do jogo.

- Oh...então podemos terminar o jogo agora mesmo. – Deixei minhas mãos escorregarem por seus braços, tirando sua jaqueta.

- Muito cedo, baby. – Sua voz soou doce. – Temos seis semanas pela frente, não podemos esgotar toda a diversão de uma vez. – Eu tentei segurá-lo, mas ele se levantou. – O banheiro é a última porta no corredor, querido...acho que você precisa de um banho frio. – Eu olhei para meu membro, preso dolorosamente pela calça e suspirei, mas quando ergui os olhos ele não estava mais lá.

Levei vários minutos para fazer meu corpo se acalmar e nem tive tanto sucesso assim. A imagem de Duo ficava pairando em minha mente, fazendo-me desejá-lo ainda mais.

Caminhei pelo corredor com o intuito de ir tomar um banho, mas parei em frente à porta anterior, observando atentamente a cena que se desenrolava.

Duo estava se despindo de costas para a porta. Primeiro a blusa, em seguida a camiseta, o colete a prova de balas e então...ele desfez a trança. Eu fiquei hipnotizado por vários minutos vendo aqueles fios castanhos roçarem em suas costas nuas, enquanto ele os penteava suavemente.

- Heero mau...muito mau... – Sua voz me tirou do meu transe. – Não deveria observar as pessoas se despindo. – Senti meu rosto esquentar por ter sido pego tão vulnerável. – Mas eu te perdôo. – Ele caminhou até mim, me deixando vislumbrar seu tórax levemente trabalhado. – Porque você é lindo...demais. – Seus dedos acariciaram minha bochecha.

- Não tanto quanto você. – Murmurei, deliciado com o calor do toque.

- Lindo, sexy e gentil. – Ele aproximou a boca da minha. – O que mais você tem a manga, Heero Yuy? – Seus lábios sugaram levemente o meu lábio inferior e sem dizer mais uma palavra ele se afastou, fechando a porta na minha cara.

O banho frio era uma opção nada tentadora, mas bastante útil no momento.

(¯·..·¯·..·¯)

Me joguei de costas na cama, sorrindo de uma forma...travessa.

Nunca havia me aventurado em joguinhos como aquele, mas...era divertido. E também perigoso. Não que eu tivesse medo de me apaixonar ou algo do tipo, mas eu deveria protegê-lo, não me deitar com ele.

Como iria explicar para Treize que eu estava dormindo com a testemunha chave de um dos maiores escândalos da história americana?

"Hey, Treize, eu o protejo bem viu? Tem sempre uma parte do corpo dele bem escondida...dentro de mim."

Não...definitivamente não. Talvez sendo mais sutil.

"Ah, Treize, entenda! Eu o mantenho sempre bem protegido, junto a mim! Por cima, por baixo..."

Não também. Merda!

E não era ético se envolver com uma testemunha. Mas claro que eu mandaria a ética às favas se fosse preciso, com certeza não era a coisa mais importante do meu trabalho.

A verdade é que eu havia me metido em algo que não sabia como transcorreria. Tudo poderia acabar bem, na cama. Ou muito mal fora dela. Não gostaria de conviver seis semanas com alguém frustrado porque uma noite não deu certo.

E começar um relacionamento desses na cama não me parecia sensato.

Ah! Inferno!

Me virei na cama, abraçando o travesseiro. Mas...Heero era tão sexy...tão bonito...tão encantador.

E eu estava tão desesperado por uma boa transa!

Sim...haviam meses que eu havia me entregado alguém pela última vez. Ah, sim! Tudo terminou quando eu decidi que me envolver com um companheiro de trabalho não era bom. E Chris havia concordado comigo.

E agora eu estava em um maldito caso, com um maldito japonês absurdamente sexy com um potencial enorme de sedução! O Deus! O que fazer?

- Duo? – A voz grave me tirou dos meus devaneios.

- Pode entrar.

- Hum...me desculpe por tudo. – Ele se sentou na beira da cama. – Mas eu realmente estou extremamente atraído por você. Sei que não é ético, ou certo ou qualquer outra coisa que deveria ser, mas...merda! Você é perfeito! – Eu arregalei os olhos e me aproximei, tocando seus lábios com meus dedos.

- Obrigado. – Beijei sua bochecha. – Eu também sei que não é certo, mas...você é irresistível. Só não sei se realmente devemos nos envolver...você sabe, serão seis semanas nos vendo 24 horas por dia, um passo como esse pode arruinar qualquer chance de nos darmos bem nesse período. E eu não tenho o costume de dormir com quem tenho que proteger. – Ele esboçou um sorriso.

- Arriscar?

- Talvez, mas...acho que preciso pensar e você também, sim? – Ele assentiu.

- Eu sei o que eu quero, e posso te seduzir. – Seus lábios encontraram meu pescoço, sugando a pele sensível. – Hum...acho que vou colocar minhas coisas no quarto de hóspedes aqui do lado, sim? – Eu apenas assenti, ainda sentindo a pele pegar fogo.

- Você não presta. – Murmurei, vendo-o se levantar, só com uma ínfima toalha amarrada na cintura.

- Menos do que você pensa.

Quando ele saiu eu tive certeza de uma coisa.

Minha vida iria virar um inferno com aquele japonês tentando me seduzir a cada instante.

Continua...


E aí...espantados? 0.0

Tou vermelha até agora por ter escrito essas coisas...nhai...mas um Heero e um Duo sedutores é um máximo!

Por favor, por favor, por favor comentem! Preciso saber se posso ser uma escritora para tudo ou...se meu forte são mesmo Duos inocentes e Heeros superprotetores...

Bjus!

Arsinoe